Nos dias 27 e 30 de junho de 2025, o Grupo de Teatro da Poli (GTP) estreia seu exercício cênico comemorativo de 80 anos, celebrando uma trajetória marcada por arte, resistência e memória. O espetáculo traz ao palco cenas selecionadas de quatro montagens históricas do grupo, em um reencontro emocionante com sua própria história e com o poder transformador do teatro.
As cenas apresentadas fazem parte de:

- Sonho de uma Noite de Verão – Amores cruzados e magia em uma floresta encantada. Uma comédia sobre o que é real e o que é sonho;
- Bodas de Sangue – Um amor proibido, marcado pelo destino e pelas convenções no interior da Espanha. Drama poético sobre paixão e morte;
- Um Bonde Chamado Desejo – O choque entre passado e presente, fragilidade e violência, em uma Nova Orleans sufocante;
- Gota d’Água – A tragédia de Joana, mulher traída, em um morro prestes a ser removido. Uma denúncia potente das injustiças sociais.
Mais do que revisitar obras marcantes, o espetáculo propõe um reencontro com o passado do grupo e com os temas universais que essas peças carregam – o desejo, o onírico, a injustiça, a tradição, o amor e o conflito.
Neste exercício de memória e criação, o GTP homenageia sua trajetória colocando o passado em cena – e reafirma, a cada nova geração de politécnicos, o poder transformador da arte em tempos de mudança.
Com entrada franca, as apresentações se iniciam às 20h30 no Laboratório Dramático Antônio Januzelli no prédio do Biênio da Escola Politécnica da USP, localizado na Av. Almeida Prado, 128 – Butantã.
Para mais informações, acesse o Instagram do grupo.
Sobre o Grupo de Teatro da Poli (GTP)
Com 80 anos, o Grupo de Teatro da Poli (GTP) é possivelmente o grupo de teatro universitário mais longevo em atividade no Brasil. Vinculado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), o grupo nasceu em uma época em que o teatro passava por uma grande renovação em São Paulo por conta de grupos amadores e estudantis. Nesse período, o GTP era dirigido pelo estudante de engenharia Antonio Carlos Zaratti (futuro ator Carlos Zara). Atualmente, o GTP conta com mais de 30 integrantes, divididos em núcleos de pesquisa teatral.
Apesar do vínculo com a Escola Politécnica, o GTP não é aberto somente a estudantes da Universidade, mas a participantes da cidade como um todo. Todas as atividades oferecidas pelo grupo são gratuitas. Seguindo os princípios da educação libertária, o GTP não estabelece hierarquia entre seus núcleos. Todos os integrantes podem participar da experimentação de cada pesquisa, sempre mantendo vínculo com seu núcleo de origem. O objetivo do GTP é oferecer aos seus participantes um conjunto de técnicas teatrais, além de uma experiência de trabalho mais ampla envolvendo educação para a arte e relação socioemocional.
O GTP se baseia nos princípios do Teatro da Pessoalidade, de Antonio Januzelli, doutor em teatro pela Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP), e segue uma estética dramática, rompendo com as noções de enredo, linearidade e caráter teatral. Atualmente dirigido por Néia Barbosa, o grupo busca desenvolver uma linguagem inovadora em todos os seus espetáculos, em sintonia com os rumos das últimas pesquisas em performance teatral.
Texto do Release Grupo de Teatro da Poli | Adaptado por Camila Bernardes | Serviço de Apoio Institucional