Projetistas de circuitos lógicos antigamente (por volta da década dos 60) preocupavam-se em simplificar equações lógicas, visando a minimização do número de portas lógicas (``gates'') para a sua implementação. A Figura 1.11 mostra alguns tipos de portas lógicas:
A Algebra Booleana tem fornecido as ferramentas básicas para essa
finalidade. Métodos usando diagramas foram desenvolvidos para facilitar a
aplicação das regras de simplificação. Além do diagrama de
Veitch, o de Karnaugh tem a mesma finalidade.
A tecnologia de circuitos integrados possibilita a integração de muitas
portas lógicas num só circuito. Um circuito MSI (``Medium Scale
Integration'') contém tipicamente algumas centenas de portas. Um circuito
LSI (``Large Scale Integration'') contém milhares de portas. Hoje
já temos circuitos integrados (VLSI ou ``Very Large Scale
Integration'') com várias centenas de milhares de portas, numa pastilha
medindo menos que 1 cm. A densidade de portas continua a crescer com o
avanço da tecnologia, e pode atingir vários milhões de portas numa
só pastilha.
O projetista deve portanto conhecer quais os circuitos ``enlatados'' que já
existem e que ele pode adquirir no mercado. Toda a circuitaria para o
``display'' dos 7 segmentos, por exemplo, encontra-se num circuito integrado que
pode ser facilmente encontrado no mercado.
A existência de pastilhas MSI e LSI já prontas não elimina ainda a necessidade dos métodos de simplificação. No projeto de um sistema digital, uma parte ainda é feita com lógica aleatória, principalmente para a integração das pastilhas MSI e LSI. O projetista deve portanto conhecer as técnicas básicas de simplificação.