Que emoção estar no alto com aquelas amigas redondinhas, fofinhas, bochechudas, rosadas que até dava vontade de apertar! Um barco a vela se formou com suas velas amplas, abertas ao vento e, pelo céu, começou uma viagem: Rumo ao Norte! Rumo ao Norte, grumetes!
Esquias, algumas gotas esgueiravam-se para outros barcos ou pulavam num mar fictício, nadando no vento forte lá de cima.
Gabriel preocupou em se comportar como um turista em um cruzeiro de férias, conversando banalidades com os demais passageiros e observando a paissagem ``mar'' abaixo: As geleiras flutuando em um mar azul escuro deram e os contornos de terra.
Quando o barco-nuvem comecou a passar plea terra, Gabriel viu meninos empinando pipas e logo todos amigos gotas d'água foram brincar de pipas. Se Gabriel pudesse ver sua nuvem da terra, veria ela na forma de um pipa branco no céu.
O som de um trem buzinando veio da terra e as crianças-gotas imitaram o barulho, ``Piuiiiiii...'', lá vai uma nuvem em forma de trem. Mais um carro, pião, gato-cachorro, cacalo, balão. Não tinha nada que estivesse na terra que não fosse bom de brincar. Gente, que delicia a núvbem pastel, sorvete, pirulito e bola de chiclé. Tudo estava tão bom que deu fome de comida que não fosse de mentirinha. Mais ainda, olha lá em baixo è minha casa, meu pai e minha mãe! ``Para, para, breca o gira-gira que eu vou descer!''
Um pelotão de gotas de todas as cores organizadas em um escorregador se formou, enquanto outras gotas, de paraquedas pulavam rumo ao chão.
Gabriel optou pelo escorregador de arco-iris ao invés de saltar e, que sorte! Desceu em sua cama, bem em sua casa.
O quarto estava quentinho e Gabriel foi ganhando calor no corpo e ficando bem maior. Já do tamanho de caber como antes no quarto, ele pulou da cama e fechou a janela. A chuva iria molhar todo o quarto e mamãe ficaria uma fera se visse isso.
É claro que antes de fechar a janela, Gabriel deu adeus as amigas e depois ele foi correndo tomar água que tudo isso dá sede. Você também não acha?
FIM