A Ciência no Benchmarking


FRETE

A Ciência no Benchmarking

O Grupo de Benchmarking adota método científico em busca do índice de referência
para comparação de custos de frete

Desde o ano passado, o grupo de Benchmarking, coordenado pela Vantine & Associados e Xerox do Brasil e composto por integrantes de 23 empresas, vem estudando uma maneira para a comparação do custo do frete entre companhias de diferentes características e conhecer suas performances. O primeiro desafio do grupo era encontrar uma maneira de descobrir um índice de referência (ver boxe) do custo de transporte para a análise. Por tratar-se de empresas com diferentes características no setor, constatou-se a necessidade de procurar um algoritmo matemático adequado, mediante um estudo mais apurado. Assim foi contratado o serviço de consultoria do Cemcap (Centro de Matemáfica e Computação Aplicadas), do Instituto de Matemática e Estatástica da USP – Universidade de São Paulo. Quem vem realizando o estudo, em conjunto com o grupo, é o professor-doutor do Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatástica e vice-diretor do Cemcap, Júlio Michael Stern, Ph.D. em Pesquisa Operacional pela Universidade de Cornell (USA).

Para a definição da fórmula, o grupo de Benchmarking está reunindo subsídios para o banco de dados, composto por algumas variáveis quantitativas (ver boxe). “Retratando as principais características de transporte de cada empresa, vamos fazer um estudo estatástico dos dados, o que vai culminar com a definição da fórmula”, diz Júlio. “Mas, além desses dados”, diz ele, “precisamos de outros indicadores lógicos, ou variáveis qualitativas auxiliares, que informem necessidade de refrigeração da carga, periculosidade, se o transporte é feito a granel, características especiais de carregamento e do veículo, etc.”

Ferramentas

Na verdade, tais indicadores são necessários para atender a uma das técnicas analáticas de Pesquisa Operacional sugeridas pelo professor para a análise. Dividida em três fases distintas, o método básico prevê, além da Análise de Variânciao uso da Análise de Clusters e de Séries Temporais. Usando essas três técnicas será criado o índice de referência, definido pela fórmula. Segundo Júlio, com o índice cada empresa poderá comparar sua performance. “As empresas estão preocupadas em se tomar cada vez mais competitivas, mais eficientes e, evidentemente, baixar custos”, avalia o professor.

É justamente no sentido de colaborar com esse aspecto que Júlio ressalta a importância da Pesquisa Operacional. “As ferramentas de Pesquisa Operacional permitem o estudo rigoroso e quantitativo de sistemas bastante complexos, e sua posterior otimização”, diz ele. A ciência pode ser utilizada ainda como um instrumento facilitador de negociações para o estabelecimento de políticas de operacionalização, decorrente da alta capacidade dos métodos disponíveis.


Configuração Relacional

Índice de referência = (fator) x (custo total de frete/faturamento líquido)
ou seja:
Ir = f * CTF/Fliq

Baseados nessa configuração, o fator (f) seria a ponderaãoo, relacionada às muitas variáveis que compõem o custo final de frete para cada empresa participante, o seja, a partir de fatores estabelecidos por empresa será possível comparar o Ir de forma mais criteriosa.

Variáveis consideradas: Densidade média (Kg/m3) � Faturamento Líquido por tonelada (US$/ton) � Número de entregas � Peso total (ton) � Momento de Transporte (US$/ton � Km) � Custo de frete por tonelada (US$/ton).