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  MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento

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Note: Avisos e assuntos administrativos

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Thu, 04 Mar 1999 20:23:53 GMT
From: Imre Simon <is@ime.usp.br>

Esta �rea dever� conter os avisos do Professor, Monitor, etc. e as nossas discuss�es sobre os assuntos administrativos da disciplina.


News: Linux Install Show no IME

Re: Note: Avisos e assuntos administrativos (Imre Simon)
Date: Fri, 05 Mar 1999 21:31:19 GMT
From: Imre Simon <is@ime.usp.br>

Date: Fri, 5 Mar 1999 18:08:59 -0300 (EST) From: Marcio Rodrigo de Freitas Carneiro <pipo@ime.usp.br> To: g-mac@ime.usp.br Subject: Linux Install Show

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       FAVOR DIVULGAR         FAVOR DIVULGAR         FAVOR DIVULGAR
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              Instalando Linux: dicas, truques e manhas

                 Auditorio Antonio Gillioli - Sala 262A           
                    Ter�a-feira, 9 de mar�o �s 13:30

Se voc� quer instalar Linux no seu micro pessoal, mas n�o se sente seguro para faz�-lo, deve assistir a esta palestra. O grupo de usu�rios linux vai demonstrar como instalar, respondendo a d�vidas de todos os interessados.

A livraria Tempo Real apoiar� o evento, fazendo promo��es de livros e CDs e sorteio de alguns CDs e camisetas.

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       FAVOR DIVULGAR         FAVOR DIVULGAR         FAVOR DIVULGAR
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Note: Escolha do tema do trabalho te�rico

Re: Note: Avisos e assuntos administrativos (Imre Simon)
Keywords: trabalho te�rico tema escolha
Date: Thu, 22 Apr 1999 14:48:08 GMT
From: Roger Gailland <gailland@linux.ime.usp.br>

O grupo formado por Daniel Muller, Roger Gailland e Wagner Dias escolheu trabalhar com a Parte 2 do livro Internet Dreams, talvez mais especificamente com os dois �ltimos cap�tulos desta parte.


None: Vers�o preliminar do trabalho te�rico

Re: Note: Escolha do tema do trabalho te�rico (Roger Gailland)
Keywords: trabalho te�rico tema escolha
Date: Mon, 24 May 1999 00:35:02 GMT
From: Roger Gailland <gailland@linux.ime.usp.br>

O grupo formado por

Daniel Muller
Roger Gailland
Wagner Dias

diponibiliza a vers�o preliminar da leitura da parte 2 de Internet Dreams de Mark Stefik em: 

 http://www.linux.ime.usp.br/~gailland/mac333/


Note: Versao final do trabalho teorico

Re: : Vers�o preliminar do trabalho te�rico (Roger Gailland)
Keywords: trabalho te�rico tema escolha final
Date: Tue, 29 Jun 1999 14:09:42 GMT
From: Wagner Dias <dias@ansp.br>

A versao final do trabalho teorico (Parte II - The e-mail metaphor) ja esta disponivel.

http://www.linux.ime.usp.br/~gailland/mac333/


More: Flaming

Re: Note: Escolha do tema do trabalho te�rico (Roger Gailland)
Keywords: e-mail flaming Linux Linus egcs cygnus inline
Date: Fri, 18 Jun 1999 16:52:19 GMT
From: Wagner Dias <dias@ansp.br>

O e-mail tambem apresenta algumas desvantagens. Como o Roger comentou na apresentacao, o uso que fazemos do e-mail faz com que nao pensemos muito antes de enviar uma mensagem, ou seja, nao revisemos nossas mensagens.

Isso as vezes provoca alguns desentendimentos. Flaming eh um tipo de discussao que pode ocorrer a partir desses desentendimentos.

O link a seguir eh um trecho de um thread de discussao da lista egcs@egcs.cygnus.com, onde ocorre flaming entre os desenvolvedores envolvidos no projeto do ambiente de compilacao egcs e Linus Torvalds, sobre inlining de funcoes no gcc.

http://www.linux.ime.usp.br/~dias/mac333/flaming.txt


Note: Sobre a entrevista de Domenico de Masi na Roda Viva

Re: Note: Avisos e assuntos administrativos (Imre Simon)
Date: Tue, 27 Apr 1999 16:53:49 GMT
From: Imre Simon <is@ime.usp.br>

O Estado de S�o Paulo, 25 de fevereiro de 1999

A sociedade do lazer e seu profeta

Gilberto de Melo Kujawski

A entrevista do professor italiano Domenico De Masi no Roda Viva, da TV Cultura, em janeiro, foi um acontecimento raro, um sucesso total de audi�ncia. Foram tantos os pedidos que, na segunda-feira seguinte, o programa foi reprisado na integra. As id�ias novas lan�adas pelo entrevistado a prop�sito do tempo livre na sociedade p�s-industrial, sua constante flu�ncia e jovialidade na comunica��o, sempre em tom ameno e coloquial, cativaram n�o s� os telespectadores como o grupo de entrevistadores, que se mostrou excepcionalmente feliz na formula��o das perguntas. Entretanto, por razes insod�veis, a imprensa escrita manteve-se omissa. Nenhuma palavra, nenhum registro daquele acontecimento cultural que magnetizou oPa�s inteiro na Tv. Entenda quem puder.

De Masi, professor de Sociologia do Trabalho na Universidade de Roma, consultor de grandes corpora��es, como a IBM e a Fiat, v� o s�culo 21 dominado n�o pelo problema do trabalho, e sim pela tem�tica da organiza��o do �cio (entendido n�o como ''fazer nada", mas como tempo livre). A sociedade p�s-industrial � gerada pela pr�pria sociedade industrial, na medida em que esta aperfei�oa e difunde seus programas de automatiza��o e informatiza��o do trabalho. A sociedade p�s-industrial, esse fen�meno que j� come�ou a existir, troca a produ��o de bens materiais pela produ��o de servi�os, de informa��o e de conhecimento. Hoje em dia - diz ele -, o pa�s que conta com muitas ind�strias est� atrasado. A linha de montagem foi superada. A economia sadia e avan�ada, segundo De Masi, n�o � unilateral, e sim diversificada, combinando a fun��o agr�cola e a industrial com o lazer. As condi��es para a constru��o da sociedade do lazer s�o: a grande arte, a grande literatura e a grande universidade. O Brasil conta de sobra com os dois primeiros fatores, mas falha no desenvolvimento da universidade na dedica��o intensiva e extensiva ao estudo e � pesquisa cient�fica.

O maior inimigo da criatividade organizada que caracteriza o mundo p�s-industrial � o burocrata, o ant�poda das inova��es e do esp�rito criador. Os burocratas s�o "s�dicos", s� enxergam os limites e nunca as oportunidades; s�o "corruptos", tentam corromper os clientes com a explora��o das dificuldades, dos prazos, etc. Atualmente, qualquer executivo pode terminar seu trabalho di�rio em cinco horas; mas o executivo representa uma com�dia; faz de conta ter trabalho em demasia, inventa horas extras, para n�o ser capturado pela fam�lia e pela mulher, a qual, em geral, despreza. Prop�e um sem-n�mero de "reuni�es sem finalidade e de regulamentos "para os outros". E preciso come�ar a sanear o regulamento das empresas, eliminando, um a um, todos os preceitos sem raz�o de ser.

A imagina��o criadora � importante, mas n�o basta; tem de se completar pela realiza��o. Fantasia + realiza��o � a proposta dos grupos de trabalho estudados em seu livro A Emo��o e a Regra (Jos� Olympio Ed.). Tais grupos se constitu�ram na Europa, entre 1850 e 1950. E dif�cil deparar com a genialidade individual, mas � vi�vel criar grupos que somem fantasia com realiza��o. Um desses grupos foi a Escola de Biologia de Cambridge, que descobriu o DNA. Os cientistas produziram diversos desenhos da poss�vel estrutura do DNA, a priori, sem base experimental. Na hora de testar aqueles desenhos surgiu a quest�o: qual deles? A resposta foi: o mais belo. Testou-se o desenho mais formoso e elegante. E n�o � que deu certo? O esquema do DNA era aquele mesmo. O epis�dio � importante para destacar a import�ncia do esp�rito l�dico, do prazer de jogar, sem o qual n�o se constr�i a ci�ncia.

Ortega y Gasset, h� mais de 70 anos,j� acentuava a influ�ncia decisiva do jogo em qualquer tipo de cria��o: "Para advert�ncia exemplar dos homens existe o feito gigantesco de que a civiliza��o que obteve maior dom�nio material, pr�tico, sobre o cosmos - a europ�ia - foi tamb�m a civiliza��o da matem�tica mais irreal e abstrusa. O mundo antigo s� produziu uma t�cnica rudimentar e embotada - a meu ju�zo, uma das causas mais concretas de sua ru�na - porque n�o cultivou a matem�tica e o pensamento com suficiente alegria desportiva. Digam-me o que seria de nossa t�cnica sem a geometria anal�tica de Descartes e o calcul des infiniment petits, de Leibniz! Em trabalho pr�ximo a publicar-se - Marta e Maria ou Trabalho e Desporto -, voc� ver� como as coisas chamadas 's�rias' e �teis, foram, na Hist�ria, m�seras decanta��es e como que migalhas do puro desportismo" (Ortega y Gasset, Carta a um Jovem Argentino que Estuda Filosofia, O.C., III, 350).

De Masi reconhece no desemprego crescente e mundial um perigo s�rio. Mas entende que a desocupa��o, que surge como uma amea�a, se revela logo uma oportunidade de reorganizar o trabalho e a sociedade. Para ele, aquelas tr�s etapas da vida que andam separadas, o estudo, o trabalho e o tempo livre, tendem a integrar-se desde j�. O tempo livre - diz De Masi - � o tempo do luxo; n�o da ostenta��o de riquezas ornamentais, mas da recupera��o de alguns luxos hoje perdidos, como o tempo, o espa�o, o sil�ncio, a seguran�a. Por isso, respondendo a um dos jornalistas, declara De Masi que o principal valor que sustenta seu trabalho � a est�tica. A est�tica - afirma - � a disciplina que d� sentido �s coisas, unindo o fragment�rio numa realidade inteiri�a.

Precioso subs�dio para as teses do pensador italiano seria a no��o do tempo hisp�nico, forjada por Gilberto Freyre. o mundo desenvolvido, diz Freyre, est� dominado pela tens�o abomin�vel do tempo anglo-sax�nico, o tempo planificado segundo objetivos pragm�ticos de utilidade e ganho material, um tempo que nunca � "nosso", de cada um de n�s. mas da empresa. do capital e do trabalho, da sociedade, enfim. J� o tempo hisp�nico (comum a Espanha, Portugal e seus descendentes) � o tempo pessoal, que considero pr�prio, "meu". Numa palavra, � o tempo do que interessa por si mesmo, e n�o por outra coisa. Gilberto fala do cafezinho, do charuto fumado, lentamente, do tempo da cervejaria ou da confeitaria, da conversa gratuita. dos sorvos de vinho do porto das guloseimas, etc. (G. Freyre, O Brasileiro entre os Outros Hispanos).

Espanha e Portugal, Brasil e It�lia s�o pa�ses que chegaram por �ltimo ao festival do desenvolvimento. Talvez porque o pensamento espanhol. a sociologia brasileira e o g�nio italiano estejam reservados para brilhar na temporalidade do �cio, do tempo livre, no mundo p�s-industrial.

( Gilberto de Melo Kujawski � escritor  e jornalista
   O Estado de S�o Paulo, 25 fev 99) 


Note: Tema projeto teorico

Re: Note: Avisos e assuntos administrativos (Imre Simon)
Date: Mon, 03 May 1999 20:27:26 GMT
From: Julio C�sar Silva de Queiroz <jqueiroz@linux.ime.usp.br>

O grupo formado por Julio Queiroz, Telmo Souza e Alencar Shibayama desenvolverao o tema DINHEIRO basedos nos trabalhos de LIETAER


None: Projeto Te�rico - Vers�o Preliminar

Re: Note: Tema projeto teorico (Julio C�sar Silva de Queiroz)
Date: Sun, 23 May 1999 21:41:05 GMT
From: Julio C�sar Silva de Queiroz <jqueiroz@linux.ime.usp.br>
Body-URL: http://www.linux.ime.usp.br/~jqueiroz/dinheiro.html

404 Not Found

Not Found

The requested URL /~jqueiroz/dinheiro.html was not found on this server.


Idea: Artigo que pode ser �til para o trabalho

Re: : Projeto Te�rico - Vers�o Preliminar (Julio C�sar Silva de Queiroz)
Keywords: dinheiro eletr�nico
Date: Wed, 09 Jun 1999 01:29:34 GMT
From: Elis�ngela Peres <eperes@keyword.com.br>

Na p�gina abaixo h� um artigo publicado na revista BYTE em junho/96 que fala sobre o dinheiro eletr�nico. Talvez ele possa ser �til...

http://infojur.ccj.ufsc.br/arquivos/informatica_juridica/Comercio_eletronico/dinheiro_eletronico.html


News: Versao Final do projeto

Re: Note: Tema projeto teorico (Julio C�sar Silva de Queiroz)
Date: Fri, 02 Jul 1999 15:06:31 GMT
From: Telmo Dias de Souza Carlos <unknown>
Body-URL: http://www.linux.ime.usp.br/~jqueiroz/dinfinal.html

404 Not Found

Not Found

The requested URL /~jqueiroz/dinfinal.html was not found on this server.


News: Palestras de Manuel Castells e de Domenico de Masi e duas noticias sobre Linux

Re: Note: Avisos e assuntos administrativos (Imre Simon)
Date: Tue, 25 May 1999 17:34:56 GMT
From: Imre Simon <is@ime.usp.br>

*******************************************************************

 A seguir estou reproduzindo um an�ncio feito na lista do Grupo de
 Estudos de Informa��o e Comunica��o do IEA. Pe�o desculpas aos que
 receberem mais de uma c�pia deste an�ncio e para evitar este inc�modo,
 dentro em breve estarei enviando estas not�cias apenas � lista
 <edic-l@ime.usp.br> Se Voc� tem interesse neste tipo de material,
 inscreva-se, por favor, na lista. Para tanto, visite a p�gina

	       http://www.ime.usp.br/~edic/edic-l.html

*******************************************************************

Boa tarde,

Na semana que vem teremos uma semana muito ativa em termos de Informa��o e Comunica��o e gostaria de anunciar dois eventos p�blicos e algumas novidades que podem interessar a esta lista.

1. Na quarta feira que vem,

			dia 26mai99, as 19:00,

		     o Professor Manuel Castells,

	      da Universidade da California em Berkeley,

   estar� dando uma palestra no Parlamento Latino Americano, �
   Av. Auro Soares de Moura Andrade, Port�o 9, Barra Funda, S�o Paulo
   sobre o tema

	  A Era da Informa��o: Economia, Sociedade e Cultura

   As inscri��es s�o gratuitas pelo telefone 3824-6325 ou Fax
   3824-6324. 

   Castells � um soci�logo espanhol que escreveu uma trilogia com o
   t�tulo acima. O primeiro volume, A Sociedade em Rede, est� sendo
   lan�ado no Brasil pela Editora Paz e Terra. Os outros dois volumes,
   O Poder da Informa��o e Fim do Mil�nio ser�o lan�ados em portug�s
   em breve. Esta trilogia, amplamente aclamada, � considerada hoje em
   dia como o estudo mais completo da globaliza��o e das consequ�ncias
   do grande avan�o das tecnologias da informa��o. Ela caracteriza as
   transforma��es pelas quais estamos passando atrav�s do fluxo e
   troca quase instant�neos de informa��o, capital e comunica��o
   social. Castells investiu 20 anos de pesquisas at� completar esta
   obra.

   Algumas URLs de interesse:

   The Informational City is a Dual City: Can It Be Reversed?
   http://web.mit.edu/sap/www/high-low/1castells.html

   Book review by Cliff Barney 
   http://www.rewired.com/98/0126.html

   Book review by Steve Cisler, 1997 
   http://www.ctcnet.org/r981cisl.htm

   Castell meets Torvalds in Berkeley
   http://www.ias.berkeley.edu/cwes/calendar.html#A30

2. O segundo convite se relaciona a um assunto ligeiramente fora do
   nosso foco, mas mesmo assim, achei que vale a pena anunci�-lo neste
   lista.

	     Na quinta feira, 27mai99, das 9:30 �s 11:30,

			  Domenico de Masi,

   o soci�logo italiano que advoga a Sociedade do Lazer, proferir� uma
   palestra no 

	      IPT pr�dio 1, Audit�rio Adriano Marthini,

   sobre o tema

       O trabalho criativo nos centros de ci�ncia e tecnologia.

   Favor confirmar a presen�a com Val�ria, pelo telefone 3767-4176 ou
   pelo Fax 3767-4050.

   Uma URL de interesse:

   A sociedade do lazer e seu profeta, artigo de Gilberto de Melo
   Kujawski no Estad�o
   http://www.ime.usp.br/~is/ddt/mac333/aulas/DdMasi.html

As pr�ximas duas not�cias, referem-se ao Linux, mas em fun��o da sua abrang�ncia elas podem vir a ser de interesse mais amplo.

3. Foram inaugurados dois sites que se dedicar�o � intermedia��o entre
   empresas e programadores, visando a cria��o remunerada de software
   de fonte aberta. Um dos sites � parcialmente patrocinado pela
   HP. Veja estas URLs:

   http://lwn.net/1999/0520/

   http://www.sourcexchange.com/

   http://www.cosource.com/

4. Linus Torvalds foi agraciado com o t�tulo de Doutor honoris causa
   pela Universidade de Stockholm. Maiores informa��es na URL:

   http://linuxtoday.com/stories/6056.html

Boa divers�o! Eu recomendo, em particular, ver o Castells na quarta � noite.

Sauda��es,

Imre Simon
 


More: Mat�ria com De Masi no Estad�o de ontem

Re: News: Palestras de Manuel Castells e de Domenico de Masi e duas noticias sobre Linux (Imre Simon)
Date: Mon, 31 May 1999 21:12:04 GMT
From: Clayton Selani <unknown>

Ol� pessoal,

ainda continuando a discuss�o sobre o tema "A sociedade do lazer", Dom�nico de Masi deu uma interessante entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", a qual foi publicada ontem (dia 30 de maio/99). Nela, o soci�logo debate sobre o assunto "fadiga e �cio", com declara��es interessantes sobre o tema supracitado.

Al�m do desemprego, redu��o de jornada de trabalho e aposentadoria, o professor fala, inclusive, sobre comuninsmo X capitalismo.

Abaixo, algumas declara��es de De Masi: "O trabalho �, pela sua natureza, uma maldi��o b�blica. Desenvolve-se em lugares indecentes e feios, onde uma pessoa deve gastar muito tempo, gastando muito energia, com rituais in�teis..."

"... hoje, quando fazemos um trabalho intelectual, poder�amos inverter a situa��o fazendo com que o trabalhador viesse � nossa casa por meio de infovias, como a Internet..."

"... � in�til estabelecer hor�rios para trabalhos intelectuais..."

"Uma pessoa deve trabalhar at� quando quiser..."

"O regime comunista sabia distribuir a riqueza muito melhor que n�s; por�m, n�o sabia produz�-la. N�s, ao contr�rio, sabemos produzir, mas n�o sabemos distribuir..."

A mat�ria foi publicada na se��o "Caderno 2/Cultura" do jornal, p�gina D9.

H� tamb�m um "trailler" de suas id�ias no mesmo jornal, no encarte "Empregos", na primeira p�gina.

Um abra�o a todos e boa leitura.


None: Projeto Te�rico

Re: Note: Avisos e assuntos administrativos (Imre Simon)
Keywords: Internet, Ensino
Date: Tue, 25 May 1999 23:10:51 GMT
From: Rafael Valvassoura <rafael@linux.ime.usp.br>

O tema que escolhi � "Ensino a Dist�ncia". J� estou pesquisando os sites relacionados e contactando �rg�os governamentais para saber o que o Brasil est� fazendo a respeito.


None: Como andam as leis sobre ensino a dist�ncia

Re: : Projeto Te�rico (Rafael Valvassoura)
Keywords: Internet, Ensino
Date: Tue, 25 May 1999 23:30:58 GMT
From: Rafael Valvassoura <rafael@linux.ime.usp.br>

http://www.geocities.com/WallStreet/7939/html/leis.html

Na p�gina acima est�o as leis que entraram em vigor no dia 11/02/98, a respeito de ensino a dist�ncia.


News: Notas e aproveitamentos

Re: Note: Avisos e assuntos administrativos (Imre Simon)
Date: Mon, 19 Jul 1999 23:19:43 GMT
From: Imre Simon <is@ime.usp.br>

                     Trabalho       
 MAC 333           grupo - Nota    P1    P2     Aproveitamento

 Adelia                   0	   4,6   5,0     2,4				       

 Adriana               C  7        4,0   3,0     5,3                                    

 Alencar               J  6        3,8   4,5     5,1                                    

 Bruno                    0        5,3   3,5     2,2                                    

 Carlos Alberto           0        -     -       0                                  

 Clayton               C  7        5,0   6,5     6,4                                    

 Daniel                F  8        5,1   5,0     6,6                                    

 David                 G 10        5,5   6,5     8,0                                    

 Debora                D  9        6,8   7,0     8,0                                    

 Denis                 C  7        7,1   5,0     6,6                                    

 Eduardo               C  7        5,1   3,5     5,7                                    

 Edward                B 10        8,0   9,0     9,3                                    

 Elisangela            D  9        4,5   9,0     7,9                                    

 Enrico                A  6        -     -       3,0                              

 Gustavo               I  8        4,6   4,5     6,3                                    

 Henrique              I  8        5,5   3,5     6,3                                    

 Jefferson             D  9        8,3   8,0     8,6                                    

 Joao Luiz                0        5,6   3,5     2,3                                    

 Julio Cesar           J  6        5,7   6,0     6,0                                    

 Marcello              A  6        7,7   5,0     6,2                                    

 Rafael                   0        5,1   7,5     3,2                                    

 Rodrigo               E  8        5,7   5,0     6,7                                    

 Roger                 F  8        5,1   5,5     6,7                                    

 Rogerio               B 10        3,8   8,0     8,0                                    

 Sergio                E  8        5,7   6,0     7,0                                    

 Shigueo               B 10        -     4,0     6,0                                      

 Telmo                 J  6        5,5   5,0     5,7                                    

 Wagner                F  8        8,0   7,5     7,9                                    

                   Trabalho						       
 MAC 5800         grupo - Nota     P1    P2     Aproveitamento

 Clenio               H  9         -     -      I	       

 Francisco	      H	 9	   7,5   7,5    A             


None: Tema 1 - Dicion�rio B�sico desta Disciplina

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Thu, 04 Mar 1999 20:27:19 GMT
From: Imre Simon <is@ime.usp.br>

Esta �rea � destinada �s discuss�es do tema 1.


None: Tema 2: Exitir� Mesmo uma Revolu��o da Informa��o?

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Thu, 04 Mar 1999 20:29:26 GMT
From: Imre Simon <is@ime.usp.br>

Esta �rea � destinada �s discuss�es do tema 2.


Idea: Existir� uma Revolu��o da Informa��o?

Re: : Tema 2: Exitir� Mesmo uma Revolu��o da Informa��o? (Imre Simon)
Date: Thu, 11 Mar 1999 21:12:26 GMT
From: Jefferson Kato <jskato@linux.ime.usp.br>

  Conversando com um colega meu a respeito da influ�ncia da Internet na sociedade, entramos em uma discuss�o sobre a rela��o homem-m�quina ao longo da hist�ria. Meu colega levantou uma id�ia sobre a possibilidade de o homem estar se alienando em rela��o � sociedade humana. Um dos pontos que sustentavam essa opini�o era a de que o homem, desde que nasce, recebe uma identidade, um nome pelo qual � chamado, caracter�sticas f�sicas que o identificam, costumes que adquire atrav�s da educa��o de seus respons�veis e assim por diante. S�o essas caracter�sticas que ligam o homem � sociedade a que ele pertence. Ao entrar na Internet, toda essa identidade adquirida ao longo da sua vida � deixada de lado e ele passa a viver uma nova identidade, se desligando dessas caracter�sticas e deixando de lado tamb�m a chave para o seu relacionamento com a sociedade. Como num chat, por exemplo, ele t�m um apelido novo, caracter�sticas f�sicas novas, e at� seu comportamento pode mudar.
  Eu, particularmente, discordo do ponto de vista de aliena��o do homem. Para mim, h� uma outra sociedade na Internet, no qual cada ser humano ter� que refazer sua identidade. Por mais que ele se desligue da sua vida social fora da Internet, ele ainde estar� vivendo numa nova sociedade totalmente diferente da sociedade em que vivemos, com uma identidade diferente, talvez totalmente forjada pelo indiv�duo que ela identifica. Essa nova sociedade, onde essa troca de identidade se torna poss�vel, n�o cabe na teoria social que vivemos fora da Internet. Uma nova forma de pensar e de se relacionar far� com que soci�logos tenham que redefinir a teoria social que caberia para essa nova sociedade. Embora eu n�o ache que ela venha a substituir a sociedade em que vivemos.
  Poderia ser considerada a id�ia de revolu��o, mesmo que n�o haja uma completa mudan�a de paradigma, mas sim a cria��o de mais um e a co-exist�ncia dos dois modos? A hist�ria diz que sim. Como no caso das Revolu��es Agr�colas, apesar de toda a tecnologia que as grandes planta��es dispunham, ainda continuava a existir o pequeno plantador, como antes da revolu��o. Um trabalhador que planta para o consumo e um pouco de excedente que � vendido gerando algum lucro. Isso existe at� hoje.
  Essas foram as conclus�es que chegamos nessa discuss�o. Queria dizer que acredito sim que uma revolu��o nesses termos esteja em andamento.


More: Sobre a identidade na rede

Re: Idea: Existir� uma Revolu��o da Informa��o? (Jefferson Kato)
Keywords: identificacao, autenticacao, personalidade
Date: Mon, 15 Mar 1999 17:03:49 GMT
From: Wagner Dias <dias@ansp.br>

Tamb�m acredito que exista um novo conceito de sociedade na qual se pode refazer a sua identidade, como no caso dos chats (muitas pessoas s�o atra�das pela troca de identidade, personalidade e comportamento, da� talvez venha o sucesso de tais aplica��es).
Mas acho que um outro conceito de identidade est� surgindo, apoiado pelas tecnologias de autentica��o eletr�nica. H� situa��es em que queremos ter certeza da identidade da pessoa com quem estamos conversando ou trocando informa��es potencialmente sigilosas.
Enfim, a pergunta �: Pode ser muito interessante ter uma certa liberdade na rede, mas at� que ponto? Ser� que n�o se tornar� necess�rio no futuro um mecanismo de identifica��o global na rede?


Idea: identidade

Re: More: Sobre a identidade na rede (Wagner Dias)
Keywords: identificacao, autenticacao, personalidade
Date: Mon, 15 Mar 1999 18:24:03 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Identidade na Rede

Talvez no futuro a sua identidade na rede seja muito mais importante que a sua identidade real. Se for assim, n�o haveria muito sentido mais voc� precisar provar que � voc� mesmo... Um grupo de trabalho poderia por exemplo ter uma identidade �nica na rede, e n�o teria mais import�ncia saber qual pessoa deste grupo estaria acessando no momento. :-)


Question: Identidade na Rede

Re: Idea: identidade (David Machado)
Keywords: identificacao, autenticacao, personalidade
Date: Fri, 19 Mar 1999 12:00:13 GMT
From: Julio C�sar Silva de Queiroz <jqueiroz@linux.ime.usp.br>

Se algum dia a identidade na rede se tornar mais importante que a do pr�prio individuo como ser humano n�s estaremos vivendo em um mundo onde todo o contato social como n�s o conhecemos hoje(receber um abraco de um amigo, o beijo da namorada, ver o sorriso das pessoas, etc...) nao existir� mais. Ser� que n�s queremos um mundo assim???

Com certeza eu n�o quero!!!


Feedback: Identidade na rede

Re: Question: Identidade na Rede (Julio C�sar Silva de Queiroz)
Keywords: identificacao, autenticacao, personalidade
Date: Wed, 24 Mar 1999 01:30:33 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

N�o foi exatamente isto que eu quis dizer, devo ter me expressado mal...

Eu n�o sugeri que as pessoas perderiam suas identidades reais para troc�-la por uma identidade na rede. O que eu quis dizer foi que talvez estas duas identidades fiquem cada vez mais separadas, o que do meu ponto de vista � muito bom! L�gico que as pessoas v�o continuar tendo suas identidades no mundo "real"(bom, o que � real ou n�o j� � outra discuss�o...). Tal identidade continuaria sendo muito importante para as rela��es humanas, como as que voc� citou. Mas para realizar um trabalho cooperativo pela rede, com um grupo espalhado pelo mundo todo, n�o importa muito quem � a pessoa na realidade. Em alguns casos saber isto pode at� atrapalhar!

O que eu tentei dizer foi que o mundo real e o mundo existente na rede tendem a se separar cada vez mais, a ponto da identidade da pessoa deixar de ser importante (do ponto de vista dos usu�rios da rede, nunca em rela��o �s pessoas que convivem com tal indiv�duo).

� interessante notar que atualmente algumas pessoas fazem o contr�rio: ao inv�s de separar, misturam os dois mundos. � comum pessoas procurarem atrav�s da rede os tipos de relacionamento que voc� enumerou, mas que a rede (pelo menos com a tecnologia de hoje) ainda n�o � capaz de transmitir na forma de bits...

Bom, talvez eu possa resumir tudo isto do seguinte modo: a rede mundial serve, e muito bem, para se trabalhar e conseguir informa��es; tentar us�-la para conseguir algo s� poss�vel pelo contato direto entre as pessoas �, no m�nimo, um erro...


Question: Identidade na rede

Re: Feedback: Identidade na rede (David Machado)
Keywords: identificacao, autenticacao, personalidade
Date: Tue, 06 Apr 1999 03:26:20 GMT
From: Gustavo Tadao <gtadao@uol.com.br>

Como poderia uma pessoa ter uma identidade na Rede e outra na vida real diferentes? E se algum dia, por algum motivo, estas duas identidades virem a se confrontar? Qual serah levado em conta? Supona que na vida real vc seja uma pessoa muito introvertida e com um potencial carismatico pequeno, e que na rede vc seja uma pessoa expansiva e extremamente criativa, como confrontar estas duas identidades? Qual delas sera levada em conta na hora de uma suposta entrevista? Esta eh uma duvida que tenho e que a qualquer hora posso me deparar com ela, acho que eh uma pergunta muito aberta, cheio de "Depende" mas, com a identidade virtual, isto eh possivel de acontecer.


More: identidade virtual

Re: Question: Identidade na rede (Gustavo Tadao)
Keywords: identificacao, autenticacao, personalidade
Date: Tue, 06 Apr 1999 20:12:18 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Este dilema acontece quando pensamos que esta identidade virtual somos nós mesmos. Não é assim que eu vejo: esta identidade virtual seria mais ou menos como um boneco que nós controlamos. Poderia até ter grande importância dentro da rede, mas o que eu estou tentando questionar é o quanto isto poderia afetar a vida real. Para mim não poderia afetar de forma alguma, para nosso próprio bem-estar. Lógico que muita gente deve pensar diferente...


None: adfajfajfkja'lgkja

Re: Idea: Existir� uma Revolu��o da Informa��o? (Jefferson Kato)
Keywords: adgadgfgagaga
Date: Mon, 08 Nov 1999 02:12:26 GMT
From: <unknown>

a'gkajg�jgoajkldgakjdfdknbka'dfoadofkagd


News: Dinheiro

Re: : Tema 2: Exitir� Mesmo uma Revolu��o da Informa��o? (Imre Simon)
Keywords: Money, Dinheiro, e-money, Lietaer
Date: Fri, 12 Mar 1999 20:45:54 GMT
From: Wagner Dias <dias@linux.ime.usp.br>

O professor Imre comentou o autor Bernard Lietaer na aula de hoje. Alguns artigos escritos por ele, que falam sobre o dinheiro no futuro, podem ser encontrados em:

http://www.transaction.net/money/bio/lietaer.html


Question: Pode haver revolu��o, mas...

Re: : Tema 2: Exitir� Mesmo uma Revolu��o da Informa��o? (Imre Simon)
Date: Sat, 13 Mar 1999 03:32:14 GMT
From: Eugenio A Nassu <nassu@ime.usp.br>

Pois �, pessoal. Acredito que o prof. juntou argumentos suficientes para me fazer acreditar que estamos vivendo uma revolu��o. Mas, s� para refletir, ser� que essa revolu��o vai ser boa para n�s ? Ser� que vai resultar em uma vida melhor, sem viol�ncia, sem pobreza, sem os problemas que vivemos hoje ?

Particularmente, me parece que n�o. Mas, os efeitos s�o imprevis�veis... quem sabe � de uma mudan�a radical na sociedade � o que � necess�rio...


Feedback: Os benef�cios da Revolu��o

Re: Question: Pode haver revolu��o, mas... (Eugenio A Nassu)
Date: Wed, 31 Mar 1999 17:04:11 GMT
From: Rafael Valvassoura <rafael@linux.ime.usp.br>

 Eug�nio, voc� perguntou se essa revolu��o que est� acontecendo vai ser algo bom para n�s. 

 Eu respondo: sim, vai ser algo muito bom para n�s, que estamos dentro do cora��o da mudan�a, acompanhando os acontecimentos e colhendo seus frutos.
 No entanto, para a parte da sociedade que n�o tem contato com esse mundo, a revolu��o representar� um distanciamento ainda maior.

 Como foi dito durante a aula, num futuro n�o muito distante existir� um segundo tipo de analfabetismo, o tecnol�gico. Quem n�o souber lidar com o computador ter� menos chances de sucesso na vida. 

 Se voc� voltar ao passado, ver� que em toda revolu��o uma parte da sociedade saiu "prejudicada". Durante a Revolu��o Francesa foram os nobres que perderam as cabe�as, durante a Revolu��o Industrial foram os oper�rios que perderam os empregos, e durante a Revolu��o da Informa��o, n�o haver� ningu�m mais prejudicado do que as classes mais pobres da sociedade.


Question: Consequencias para a sociedade

Re: Feedback: Os benef�cios da Revolu��o (Rafael Valvassoura)
Date: Tue, 06 Apr 1999 03:38:10 GMT
From: Gustavo Tadao <gtadao@uol.com.br>

Rafael, Concordo com vc sobre o segundo tipo de analfabetismo, acho que toda revolucao traz um crescimento e ao mesmo tempo uma instabilidade cada vez maior entre a sociedade humana. Acho que esta instabilidade eh vista nas crises que, hoje tem suas dimensoes cada vez maiores. Sobre o ponto de vista de que esta revolucao eh boa para nos que estamos no meio, eh relativa pois somos engrenagem de um processo muito maior que esta tracando o rumo da humanidade. Vc nao acha muita responsabilidade? Ou vc encara como um processo natural?As vezes tenho medo nas consequencias que nossas atitudes podem causar no futuro e me pergunto : Ser� que o que estou fazendo � o melhor? Ou vamos fazer e depois veremos o que acontece? Acho isto muito perigoso.


None: A terceira onda da Revolucao

Re: : Tema 2: Exitir� Mesmo uma Revolu��o da Informa��o? (Imre Simon)
Date: Mon, 15 Mar 1999 12:03:28 GMT
From: Daniel M�ller <muller@ime.usp.br>

  Creio que o cerne da questao que nutre esta lista e sua polemica � justamente a terminologia empregada. Nao que discorde pessoalmente da existencia de uma Revolucao que permeia nossas vidas, muito pelo contrario, mas talvez pelo termo Revolucao ter se tornado apos seculos e seculos parte intrinsica de uma manifestacao de carater f�sico, o que nao se evidencia nesta tal revolucao da informacao. Essa falta de materia palpavel, creio eu, e o que leva a discussao da veracidade de sua existencia.
  Allan Toffler, escritor americano, defende a existencia de tres ondas de poder no curso da historia. Primeiro temos a violencia, depois o dinheiro e depois a informacao. Em cada estagio da evolucao, aqueles que detiveram, concentraram, manipularam, ou seja, tiveram controle sobre o poder correspondente a sua era, foram justamente aqueles que ditaram as regras do jogo.
  Estaremos entao vivendo a revolucao no seu sentido mais puro, o de passagem de um estado da humanidade para outro. De um estado onde o dinheiro ainda e o simbolo maximo de poder para um onde a informacao passaria a ter tal status.
  Como toda revolucao, seus frutos dependerao das acoes tomadas em seu desenvolvimento. Isto torna este momento tao importante para os que estao cientes da existencia de tal movimento.
  Infelizmente, e dificil conceber um modo de se integrar a mudan�a. Por isso, para finalizar, gostaria de propor a seguinte quest�o: qual � o nosso papel, como profissionais da informacao, nesta Revolucao?


Feedback: Nosso papel nesta revolu��o

Re: : A terceira onda da Revolucao (Daniel M�ller)
Date: Wed, 31 Mar 1999 17:58:44 GMT
From: Rafael Valvassoura <rafael@linux.ime.usp.br>

 Muito bem argumentado, Daniel.

 Em nossa sociedade quem possui mais dinheiro possui mais influ�ncia e poder, isso � uma certeza. A import�ncia que se d� � informa��o � grande, mas a import�ncia dela na sociedade como um todo n�o ir� ser equivalente � do dinheiro, pelo menos n�o t�o cedo.
 Um dos principais fatores que me levam a crer nisso � que a informa��o est� sendo utilizada principalmente com a finalidade de se obter lucro.

 Voc� pode, por exemplo, desenvolver um algoritmo que seja mil vezes mais eficiente na resolu��o de um problema. Como aquela garota que descobriu uma maneira dez vezes mais r�pida para calcular o determinante de matrizes (ou algo do g�nero, desculpe por n�o saber todos os detalhes). O que fazer com essa informa��o?
 Existem basicamente duas op��es: divulgar abertamente a informa��o ou cobrar um certo pre�o para quem quiser ter acesso a ela.
 
 Seguindo pela primeira op��o, voc� certamente ser� muito reconhecido, e com certeza ter� um status muito alto, dentro do c�rculo de pessoas que se beneficiaram com a informa��o.
 A segunda op��o com certeza lhe render� muito capital, que mesmo que n�o lhe traga boa fama vai garantir conforto material e um status alto, al�m de muito poder dentro da sociedade.
 Temos como exemplo Linus Torvalds e Bill Gates. Linus foi o pioneiro nesse assunto, ao divulgar seu sistema operacional livremente pela internet. Todos que tiveram acesso ao Linux sabem o valor do trabalho deste g�nio. Bill Gates cobra (e cobra caro) pelas informa��es que ele possui. E apesar de n�o ter boa fama, todo o dinheiro que juntou durante esses anos o faz ser simplesmente um dos homens mais ricos do mundo. E esse status n�o pode ser compartilhado por Linus.


Warning: Desculpe, o t�tulo da �ltima mensagem est� errado...

Re: Feedback: Nosso papel nesta revolu��o (Rafael Valvassoura)
Date: Wed, 31 Mar 1999 18:19:49 GMT
From: Rafael Valvassoura <rafael@linux.ime.usp.br>

Troquei as bolas. Escrevi o t�tulo pensando em uma coisa e abordei um assunto completamente diferente.


Idea: Internet e cooperacao

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Tue, 09 Mar 1999 22:10:59 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

  Estive pensando sobre uma das ultimas aulas do professor. Em uma delas, citava-se que a Internet permitiu, forneceu um meio para aumentar o grau de cooperacao entre as pessoas, inclusive pessoas distantes geograficamente. Concordo com isso, mas devo acrescentar que a Internet fez mais do que isso. Hoje a Internet, alem de possibilitar a cooperacao entre as pessoas, parece obrigar as pessoas a cooperarem.

  Isso esta sendo bem sentido pelo meio empresarial. A cooperacao tornou-se um fator de competitividade entre as empresas, pois gera economia de custos. Sendo assim, as empresas que nao adotarem a filosofia cooperativa da Internet estarao destinadas a perder competitividade perante as empresas que o fizerem.

  Dessa forma, posso concluir que a Internet e' por si mesma, um auto-catalisador de si mesma; ja que estimula seu proprio crescimento e uso. Posso estar enganado, mas parece que a Internet ganhou vida propria e nao depende mais de seus criadores para se sustentar; ela mantem seu proprio sustento por ter tornado-se indispensavel para muitos.


  Aceito sugestoes para desenvolver a ideia.


News: Computdores no projeto Appolo

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Wed, 10 Mar 1999 15:24:52 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

Ai vai um texto sobre os computadores usados na missao espacial Appolo que obtive a pedido do professor Imre Simon. Esse material foi obtido da pagina: www.hq.nasa.gov

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Computers in Spaceflight: The NASA Experience

                        - Chapter Two - 
         - Computers On Board The Apollo Spacecraft - 

           The Apollo guidance computer: Hardware

[34] The Apollo Guidance Computer was fairly compact for a computer of its time. The CM housed the computer in a lower equipment bay, near the navigator'station. Block II measured 24 by 12.5 by 6 inches, weighed 70.1 pounds, and required 70 watts at 28 volts DC. The machine in the lunar module was identical.

Crew members could communicate with either computer using display and keyboard units (DSKY, pronounced "disky"). Two DSKYs were in the CM, one on the main control panel and one near the optical instruments at the navigator's station. In addition, a "mark" button was at the navigator's station to signal the computer when a star fix was being taken. A single DSKY was in the lunar module. The DSKYs were 8 by 8 by 7 inches and weighed 17.5 pounds. As well as the DSKYs, the computer directly hooked to the inertial measurement unit and, in the CM, to the optical units.

The choice of a 1 6-bit word size was a careful one. Many scientific computers of the time used 24-bit or longer word lengths and, in general, the longer the word the better the precision of the calculations. MIT considered the following factors in deciding the word length: (a) precision desired for navigation variables, (b) range of input variables, and (c) the instruction word format. Advantages of a shorter word are simpler circuits and higher speeds, and greater precision could be obtained by using multiple words. A single precision word of data consisted of 14 bits, with the other 2 bits as a sign bit (with a one indicating negative) and a parity bit (odd parity). Two [35] adjacent words yielded "double precision" and three adjacent, "triple precision." To store a three-dimensional vector required three double precision words . Data storage was as fractions (all numbers were less than one). An instruction word used bits 15-13 (they were numbered descending left to right) as an octal operation code. The address used bits 12-1. Direct addressing was limited, so a "bank register" scheme (discussed below) existed to make it possible to address the entire memory .

The Apollo computer had a simple packaging system. The computer circuits were in two trays consisting of 24 modules. Each module had two groups of 60 flat packs with 72-pin connectors. The flatpacks each held two logic gates. Tray A held the logic circuits, interfaces, and the power supply, and tray B had the memory, memory electronics, analog alarm devices, and the clock, which had a speed of one megahertz. All units of the computer were hermetically sealed. The memory in Block II consisted of a segment of erasable core and six modules of core rope fixed memory. Both types are discussed fully below.

The Apollo computer used few flip-flop registers due to size and weight considerations, but seven key registers in the computer did use flip-flops:

    The accumulator, register 00000, referenced as "A". 
    The lower accumulator, 000001, L". 
    The return address register, 000002, "Q". 
    The erasable bank register, 000003, "EB". 
    The fixed bank register, 000004, "FB". 
    The next address, 000005, "Z". 
    The both bank register, 000006, "BB" (data stored in EB and FB were automatically together here). 

The use of bank registers enabled all of the machine's memory to be addressed. The largest number that can be contained in 12 bits is 8,192. The fixed memory of the Apollo computer contained over four times that many locations. Therefore, the memory divided into "banks" of core, and the addressing could be handled by first indicating which bank and then the address within the bank. For example, taking the metaphor "address" literally, there are probably hundreds of "100 Main Street" addresses in any state, but by putting the appropriate city on an envelope, a letter can be delivered to the intended 100 Main Street without difficulty.

The computer banks were like the cities of the analogy. The erasable bank register held just 3 bits that were used to extend the direct [36] addressing of the erasable memory to its "upper" region, and the fixed bank register held 5 bits to indicate which core rope bank to address. In addition, for the addresses needing a total of 16 bits, a "super bank bit" could be stored and concatenated to the fixed bank data and the address bits in the instruction word. This scheme made it possible to handle the addressing using a 1 6-bit word, but it placed a greater burden on the programmers, who, in an environment short of adequate tools, had to attend to setting various bit codes in the instructions to indicate the use of the erasable bank, fixed bank, or super bank bit. Although this simplified the hardware, it increased the complexity of the software, an indication that the importance of the software was not fully recognized by the designers.

To further reduce size and weight, the Apollo computer was designed with a single adder circuit, which the computer used to update incremental inputs, advance the next address register, modify specified addresses, and do all the arithmetic. The adder and the 16 I/O channels were probably the busiest circuits in the machine.

                         Memory

The story of memory in the Apollo computer is a story of increasing size as mission requirements developed. In designing or purchasing a computer system for a specific application, the requirements for memory are among the most difficult to estimate. NASA and its computer contractors have been consistently unable to make adequate judgments in this area. Apollo's computer had both permanent and erasable memory, which grew rapidly over initial projections.

Apollo's computer used erasable merry cells to store intermediate results of calculations, data such as the location of the spacecraft, or as registers for logic operations. In Apollo, they also contained the data and routines needed to ready the computer for use when it was first turned on. Fixed memory contained programs that did not need to be changed during the course of a mission. The cycle times of the computer's memories were equal for simplicity of operation.

MIT's original design called for just 4K words of fixed memory and 256 words of erasable (at the time, two computers for redundancy were still under consideration). By June 1963, the figures had grown to 10K of fixed and 1K of erasable. The next jump was to 12K of fixed, with MIT still insisting that the memory requirement for an autonomous lunar mission could be kept under 16K ! Fixed memory leapt to 24K and then finally to 36K words, and erasable memory had a final configuration of 2K words.

Lack of memory caused constant and considerable software [37] development problems, despite the increase of fixed memory 18 times over original estimates and erasable memory 16 times. Part of the software difficulties stemmed from functions and features that had to be dropped because of program size considerations, and part because of the already described addressing difficulties. If the original designers had known that so much memory would be needed, they might not have chosen the short word size, as a 24-bit word could easily directly address a 36K bank, with enough room for a healthy list of instruction codes.

One reason the designers underestimated the memory requirements was that NASA did not provide them with detailed specifications as to the function of the computer. NASA had established a need for the machine and had determined its general tasks, and MIT received a contract based on only a short, very general requirements statement in the request for band. The requirements started changing immediately and continued to change throughout the program. Software was not considered a driving factor in the hardware design, and the hardware requirements were, at any rate, insufficient.

The actual composition of the memory was fairly standard in its erasable component but somewhat unique in its fixed component. The erasable memory consisted of coincident-current ferrite cores similar to those on the Gemini computer, and the fixed memory consisted of core rope, a high-density read-only memory using cores of similar material composition as the erasable memory but of completely different design. MIT adopted the use of core rope in the original Mars probe computer design and carried it over to the Apollo. Chief advantage of the core rope was that it could put more information in less space, with the attendant disadvantages that it was difficult to manufacture and the data stored in it were unchangeable once it left the factory (see Box 2-1).

    [38] Box 2-1: Core Rope: A Unique Data Storage Device 

    Each core in an erasable memory could store one bit of information, and each core in the core rope fixed memory could store four words of information. In the erasable memory, cores are magnetized either clockwise or counterclockwise, thus indicating the storage of either a one or a zero. In fixed memory, each core functions as a miniature transformer, and up to 64 wires (four sets of 1 6-bit words) could he connected to each core. If a wire passed through a particular core, a one would be read. If a particular wire bypassed the core, a zero would he read. For example, to store the data word 10010001000011 1 1 in a core, the first, fourth, eighth, and thirteenth through sixteenth wires would pass through that core, the rest would bypass it. A 2-bit select code would    identify which of the four words on a core was being read, and the indicated 16 bits would be sent to the appropriate register. In this way. up to 2~000 bits could he stored in a cubic inch55. 

    The computer contained core rope arranged in six modules, and each module contained 6,144 16-bit words. The modules further divided into "banks" of 1,024 words The first two banks were called the "fixed-fixed memory" and could he directly addressed by 12 bits in a instruction word. The remaining 34 were addressable as described in the text, using the 5-bit contents of the fixed bank register and the 10 bits in a instruction word. 

The use of core rope constrained NASA's software developers. Software to be stored on core rope had to be delivered months before a scheduled mission so that the rope could be properly manufactured and tested. Once manufactured, it could not be altered easily since each sealed module required rewiring to change bits. The software not only had to be finished long in advance, but it had to be perfect.

Even though common sense indicates that it is advantageous to complete something as complex and important as software long before a mission so that it can be used in simulators and tested in various other ways, software is rarely either on time or perfect. Fortunately for the Apollo program, the nature of core rope put a substantial amount of pressure on MIT's programmers to do it right the first time.Unfortunately, the concept of "bug"-free software was alien to most programmers of that era. Programming was a fully iterative process of removing errors. Even so, many "bugs" would carry over into a delivered product due to unsophisticated testing techniques. Errors found before a particular system of rope was complete could be fixed at the factory, but most others had to be endured. Raytheon, the subcontractor that built the ropes, could eliminate hardwiring errors introduced during manufacture by testing the rope modules against the [39] delivery tape of the programs. The company built a device to do this.

(MISSING FIGURE) Figure 2-1. This diagram shows the principle behind core rope. Suppose that the data shown above the cores in the drawing is to be stored in the specific core. Thus 1000 is stored in the first core on the left by attaching the top wire from the select circuit to the core and bypassing it with the next three wires. When that core is selected for reading, the wire attached to the core will indicate a "one" because all cores in a rope are permanently charged as ones; the wires bypassing the core will indicate zeroes.

                  Production Problems and Testing

Development and production of the Apollo guidance, navigation, and control system reflected the overall speed of the Apollo program. Design of the system began in the second quarter of 1961, and NASA installed a Block I version in a spacecraft on September 22, 1965. Release of the original software (named CORONA) was in January 1966, with the first flight on August 25, 1966 . Less than 3 years after that, designers achieved the final program objective. Even though fewer than two dozen spacecraft flew, NASA authorized the building of 75 computers and 138 DSKYs. Fifty-seven of the computers and 102 of the crew interfaces were of the Block II design . This represents a considerable production for a special-purpose computer of the type used in Apollo. The need to quickly build high-quality, high-reliability computers taxed the abilities of Raytheon.

Through AC Electronic Circuits (contractor for the entire guidance system), Raytheon was chosen to build the computers MIT had designed largely because of its Polaris experience, but it had [40] never built a computer as complex as the one for Apollo. The Polaris machine was much simpler. Despite the use of experienced Polaris personnel, Raytheon's production division for the Apollo computer went from 800 to 2,000 employees in a year's time in order to handle the increased difficulties and speed of production.

Rapid growth, underestimation of production requirements, and reliability problems dogged Raytheon throughout the program. Changes in design made by MIT in late 1962 caused the company its initial trouble. The original request for proposal had featured Polaris techniques, so Raytheon bid low, expecting to use the same tools and production line for the Apollo machine. The changes in component types and memory size caused cost estimates to nearly double, resulting in considerable friction with NASA. NASA was also worried when two computers and fully 50% of the Block I DSKYs failed vibration tests. These failures turned out to be largely caused by contaminated flat packs and DSKY relays. Particles would shake loose during vibration testing. The Block II computers would not work at first due to excessive signal propagation time in the micrologic interconnection matrix. The solution was to switch from nickel ribbon connectors to a circuit board, causing an increase of $500,000 in production costs.

These sorts of problems caused the Manned Spacecraft Center to authorize a complete design review of the AGC in February 1966. The lack of adequate support documentation was found to be the most significant fault of the Block II computer. This sort of problem is usually the result of speeding up development to the point at which changes are not adequately documented.

Continuous and careful attention to reliability led to the discovery of problems. Builders flight-screened components lot by lot. Post-production hardware tests included vibration, shock, acceleration, temperature, vacuum, humidity, salt fog, and electronic noise. As D.C. Fraser, an engineer on the project, later remarked, "reliability of the Apollo computer was bought with money" .

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Idea: sugest�o de abordagem p/ linha do tempo

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Wed, 10 Mar 1999 19:10:24 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

Em nossa aula do dia 9 de Mar�o de 1999, nosso professor mostrou uma linha do tempo. Para aqueles que n�o lembram, a linha apresentou v�rias �pocas e per�odos em que ocorreram mudan�as na forma como a informa��o era vista ou tratada. Mudan�as importantes como a inven��o da escrita, da imprensa; o movimento iluminista, a revolu��o industrial.

     Gostaria de sugerir que al�m dessa abordagem sobre "como a informa��o foi tratada pelo tempo", poder�amos levar em conta o "como a velocidade de transmiss�o e o alcance da informa��o mudou com a passagem do tempo".

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     A velocidade e �rea de espalhamento de informa��oes era bem limitada antes da inven��o dos primeiros barcos. Com os barcos, a informa��o poderia chegar at� a vila rio abaixo. O fogo permitiu alguns meios de comunica��o por meio da fuma�a.
Os tambores poderiam fazer as informa��es chegarem a dist�ncias de alguns quilometros. 

    Quando o cavalo foi domesticado e a roda associada a um carro de transporte, as mensagens passaram a chegar at� algumas dezenas de quilometros. 

Curiosidade: O cavalo n�o foi, primeiramente, usado para carregar, em seu dorso, um homem; pois suas costas n�o aguentavam o peso deste. Os cavalos tinham for�a apenas suficiente para puxar um carro de combate ou de carga. Somente a partir do come�o da era crist�, surgiram cavalos fortes para carregar um homem.

   Com a inven��o da das grandes embarca��es as mensagens podiam percorrer milhares de quilometros. Temos, aqui, um aumento nas dist�ncias, mas pouco incremento na velocidade. O aumento de velocidade ocorreria com o advento da m�quina a vapor. com as ferrovias, as mensagens chegavam a viajar a 60 km/h ou mais.

    Com o tel�grafo, as dist�ncias que as informa��es podiam percorrer eram da ordem de milhares de quilometros, com velocidade quase instant�neas.

    O r�dio e a televis�o permitiriam que a informa��o passasse a ser transmitida em grandes volumes.

    O computador, associado aos sat�lites e meios de transmiss�o de banda larga, levou, ao infinito, as dist�ncias atingiveis para propagar a informa��o; levou a velocidade de transmiss�o ao m�ximo permitido pela f�sica; elevou o volume de dados transmitido a n�veis esmagadores. 

   Tudo que foi visto acima n�o leva em conta, ainda, a velocidade com que a informa��o � criada. � um tanto assustador saber que mais de 95 por cento do conhecimento produzido pela humanidade foi criado neste �ltimo s�culo, o s�culo XX. 

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    Talvez minha exposi��o esteja bem incompleta, por abordar um n�mero bem limitado de fatos, mas serve para um come�o a ser discutido.

          At� a pr�xima mensagem.


Idea: Conhecemos toda a Linha do Tempo?

Re: Idea: sugest�o de abordagem p/ linha do tempo (Edward Iamamoto)
Keywords: linha do tempo
Date: Thu, 11 Mar 1999 19:07:13 GMT
From: <unknown>

N�o acredito que a Linha do Tempo conhecida seja completa. Tenho a impress�o que n�o somos capazes de saber com precis�o de fatos ocorridos a mais de 10 ou 15 mil anos. Olhando a linha do tempo com mais aten��o, parece existir uma lacuna gigantesca, e eu explico por qu� (n�o sei se vou conseguir convencer):

Realmente parece que uns 90% do conhecimento humano foi formado de dois s�culos at� hoje. Um crescimento explosivo! Ao que parece, esta "explos�o" aconteceu porqu� a tecnologia criada neste per�odo gerou um meio adequado para que o conhecimento se desenvolvesse (e vice-versa, numa esp�cie de processo de realimenta��o).

Tendo em mente que as coisas podem acontecer com tal velocidade (a maior prova disso � que elas aconteceram e assim continuam at� hoje), n�o parece absurdo acreditar que, desde +-1 milh�o de anos, quando surgiu, at� pouco mais de 10 mil anos atr�s, o desenvolvimento da esp�cie humana tenha sido praticamente zero? Devemos lembrar que era exatamente a mesma esp�cie que somos hoje, com provavelmente a mesma capacidade de criar que temos atualmente. Por que demoraram mais de 990 mil anos at� aprenderem a plantar, falar, fabricar ferramentas, se agrupar em cidades, etc...? Meu chute foi de que v�rias explos�es do conhecimento devem ter acontecido durante este per�odo, e sempre que se atingia o limite do crescimento se voltava ao zero (embora n�o consiga imaginar um motivo para que tudo regredisse ao atingir o limite). Talvez n�s n�o sejamos capazes de enxergar t�o "longe" na hist�ria como gostar�amos...

Mas se realmente � a primeira vez que vivenciamos uma explos�o deste tipo, ent�o o desenvolvimento humano n�o � mais um crescimento exponencial... Deve ser alguma fun��o que cresce muito mais r�pido que isso, algo que permane�a quase nulo durante mais de 99% do tempo e, em determinado momento, atinge valores inimagin�veis (um polin�mio de grau 1000, por exemplo :-D)...


Feedback: Mais sobre a linha do tempo e o conhecimento

Re: Idea: Conhecemos toda a Linha do Tempo?
Keywords: linha do tempo
Date: Thu, 11 Mar 1999 22:20:46 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

    A respeito da linha do tempo:

    Concordo com a afima��o de que a pr�pria tecnologia gerou a explos�o do conhecimento. Nosso colega foi feliz ao citar isso. De fato, a pr�pria tecnologia � respons�vel por um fato atordoante: mais de 90 por cento dos humanos que surgiram na face da Terra viveram nos �ltimos 200 anos (alguns ainda est�o vivos). Sabemos que 95% dos cientistas e pesquisadores, que a humanidade j� produziu, ainda est�o vivos. � claro que a porcentagem de g�nios entre a popula��o parece ser constante com o passar do tempo. Os grandes g�nios parecem ser raros, independentemente da tecnologia de qualquer �poca. Mas se � assim,se existiram g�nios em todas as �pocas, como a quantidade de id�ias produzidas era t�o pequena, no passado?

    A fala humana n�o � uma coisa t�o antiga quanto a esp�cie humana. O g�nero homo surgiu a cerca de 2 a 3 milh�es de anos, seu grau de comunica��o com seus semelhantes devia ser algo bem gutural, sem qualquer estrutura��o adequada. Se n�o me engano, h� cerca de 500 mil anos a fala come�ou a ganhar alguma estrutura��o mais complexa, com frases mais longas, com mais palavras. Nessa �poca, mais verbos foram sendo acrescentados, mais substantivos, mais adjetivos. Quando isso ocorreu, houve uma boa melhoria na pr�pria forma de se pensar; pois como bem se sabe, o pensamento s� pode se desenvolver com a l�ngua, assim como a l�ngua n�o surge sem o pensamento. O que cria a pergunta: Quem surgiu primeiro, a fala ou o pensamento?

    Conforme a l�ngua humana foi se sofisticando, o pensamento tamb�m o foi, assim como a organiza��o de id�ias e a cria��o das mesmas. Certamente houve um grande avan�o nesse ponto, pelo menos no n�vel da auto-consci�ncia do pr�prio ser. Mesmo assim, o conhecimento produzido pela humanidade era muito pequeno. Por qu�?

    Bem, um g�nio podia ter grandes id�ias durante a sua vida, mas se as informa��es ao seu alcance eram limitadas apenas pelo que podia ver a sua volta e pelo que podia lembrar, o material para ser processado em sua mente era reduzido, assim como o que podia ser produzido pela sua intelig�ncia. E mesmo que o g�nio fosse muito produtivo independentemente do que podia obter de informa��es do meio ambiente, seu conhecimento era perdido. Quando o g�nio morria, seu conhecimento se perdia, pois n�o havia como pass�-lo adiante. Se suas id�ias eram muito sofisticadas, dificilmente haveria algu�m dentro de sua pequen�ssima tribo que pudesse entend�-las. Certamente haveria algu�m em outra tribo que pudesse entender essas id�ias sofisticadas, mas como os meios de transporte e comunica��o eram bem limitados, essa outra pessoa nem saberia da exist�ncia dessas id�ias. Como n�o havia como o g�nio passar seu conhecimento adiante, este morria com ele. Isso explicaria porque a humanidade n�o progrediu quase nada, em termos de conhecimento. De fato, at� 8.000 anos atr�s, o conhecimento acumulado pela humanidade n�o passava de coisas necess�rias para a simples sobreviv�ncia de ca�a e agricultura.

    Tudo isso muda com o surgimento da escrita. Pelo que sei, a escrita surgiu por pura necessidade. Sua origem se encontra na agricultura. A agricultura, que gerava excedente de alimentos, permitiu que se armazenasse quantidades de um ou outro produto. Isso estimulou o uso de alguma nota��o para fazer contas de estoque. Entretanto, a escrita n�o teria ido muito longe apenas com isso. Fazer riscos para contar n�o � uma linguagem escrita muito sofisticada, j� que n�o � capaz de expressar id�ias. A agricultura obrigou os homens a observar o c�u com mais aten��o. Tentanto prever o futuro atrav�s das estrelas, os homens come�aram a anotar posi��es de astros que fossem favor�veis ao plantio. Como algumas observa��es astron�micas levam muito tempo, at� v�rias gera��es, n�o se podia confiar na transmiss�o de dados, pelo tempo, feita com a fala.Os astr�nomos/astr�logos (naquela �poca, eram a mesma coisa)tinham que anotar minuciosamente suas observa��es para que estas pudessem ser utilizadas pelas pr�ximas gera��es, para que pudessem fazer previs�es acertadas (pelo menos para a �poca de colheita e plantio). Isso criou a necessidade de algo mais sofisticado do que alguns riscos numa pedra para contabilidade, as id�ias e descri��es tiveram que ser melhor detalhadas. Surgia assim a escrita com todas as suas caracter�sticas.

    Com a escrita, o pensamento dos g�nios n�o morreria com seus criadores, seria passado adiante. Mesmo uma id�ia muito sofisticada para qualquer um poderia sobreviver ao tempo at� que nascesse algu�m a entendesse. Assim a velocidade com que as id�ias foram se desenvolvendo foi aumentando, j� que n�o era mais necess�rio reinventar a roda para fazer um carro.

   Para aqueles que conhecem Hist�ria Antiga, � interessante notar que houve um per�odo de explos�o do conhecimento que foi do ano 1000a.C. a 300a.C., na Gr�cia. Durante esse per�odo alguns fil�sofos j� sustentavam que a Terra era esf�rica; outros, que a Terra girava em torno do Sol. Dem�crito dizia que existiam part�culas min�sculas que constitu�am toda a mat�ria, a no��o de �tomo. Conhecia-se, por Erat�stenes, a circunfer�ncia da Terra com precis�o assustadora para a �poca e at� para os modernos cientistas do s�culo XIX. Um sistema de classifica��o de esp�cies colocava os golfinhos na mesma classe que os cachorros e os homens, pois todos eles mamavam. E muito mais era conhecido, n�o vou me demorar nisso.

   Como sabemos a Gr�cia foi dominada por outras na��es. A mais importante, Roma n�o tinha interesse no desenvolvimento intelectual, mas no militar e o ritmo do progresso foi interrompido, ou pelo menos, diminu�do. Depois, com a Idade M�dia, passou-se um per�odo de pouco desenvolvimento, causado pelo isolamento entre as vilas, feudos e poucas cidades; a comunica��o era quase nula. O conhecimento n�o chegou a desaparecer, ou estagnar totalmente; pois os �rabes o preservaram, apesar dessa n�o ser a prioridade de sua sociedade. Perceba que a situa��o pol�tica e militar da Idade M�dia n�o permitia que o conhecimento se desenvolvesse livremente e para todas as dire��es.

   Somente com a renascen�a, o conhecimento voltou a aumentar num ritmo consider�vel. Obviamente levou-se uns dois ou tr�s s�culos para se recuperar o conhecimento grego. Levaria um certo tempo para que esse conhecimento voltasse a estar espalhado de forma razo�vel pela popula��o. Quando isso ocorreu, a produ��o come�ou a aumentar. Tivemos, ent�o, o Iluminismo e a Revolu��o Industrial. E o resto todos j� conhecem.
    
    � aqui que discordo da opini�o de nosso colaborador desconhecido (tente identificar-se, isso ajudar� a entender a linha de racioc�cnio de uma pessoa espec�fica; isso pode evitar muitos desentendidos. � claro que isso � uma op��o do colaborador). Nosso colaborador unknown afirma que h� v�rias explos�es do conhecimento, no que concordo; mas diz que ap�s a explos�o volta-se ao zero, no que discordo. As explos�es ocorrem, mas n�o podem continuar; � preciso um tempo para as sociedades se adaptarem aos efeitos das explos�es de conhecimento, pois elas geram movimentos sociais, econ�micos e pol�ticos.

    Mesmo n�o existindo muitas informa��es sobre o passado at� 10.000 anos atr�s, posso acreditar que n�o houve muitas explos�es de conhecimento,e devem ter sido pouqu�ssimas, antes dessa �poca. � claro, isso � uma opini�o, mas est� baseada no argumento de que o conhecimento que fosse produzido na explos�o n�o tinha como se propagar ou se perpetuar atrav�s do tempo; pois os meios de transporte eram limitad�ssimos (e as id�ias n�o se espalhavam) e a escrita ainda n�o existia para armazenar o conhecimento (e as id�ias morriam). � claro que o conhecimento pode ser passado atrav�s da fala, mas imagino que n�o podemos esperar sucesso no ensino da multiplica��o (nem do c�lculo diferencial) sem alguma forma de escrita.
 
    Ent�o podemos dizer que o processso do desenvolvimento do conhecimento come�ou a se desenvolver desde a aurora da humanidade, mas s� acelerou exponencialmente a partir da escrita, houve um interregno de mil anos na Idade M�dia e o crescimento exponencial foi continuado ap�s a Renascen�a. Imagino que tipo de tecnologia e conhecimento ter�amos se n�o fosse a Idade M�dia.Em que ano ter�amos chegado � Lua, n�o fosse a Idade M�dia.

    Tenho mais algumas id�ias sobre velocidade de desenvolvimento do conhecimento para delinear, mas creio que cabe fazer uma pausa por aqui (se � que algu�m ainda est� lendo minha mensagem). Eis minhas id�ias e espero que fa�am suas an�lises, caros colaboradores, e se poss�vel, respondam com o maior n�mero de cr�ticas que puderem.

   At� l�, vejo-os em breve!







    


None: Conhecimento

Re: Idea: Conhecemos toda a Linha do Tempo?
Keywords: linha do tempo
Date: Mon, 15 Mar 1999 11:31:03 GMT
From: Eugenio A Nassu <nassu@ime.usp.br>

Uma vez, assistindo a serie "Cosmos", assisti um programa que falava de uma grande biblioteca (que nao me lembro onde era, vou pesquisar para saber onde era) que foi destruida. Isso ha mais de 2000 anos.

Ha noticias, de acordo com o programa, que havia MUITA coisa importante nesse lugar, incluindo teorias sobre a Terra girando em torno do Sol... (nessa epoca, totalmente descartada).

Todo esse conhecimento se perdeu, eu pelo menos, quase todo.

Se essa biblioteca nao estivesse destruida, poderiamos estar em outro nivel de conhecimento hoje, talvez sabendo se a revolucao da informacao aconteceu...

Acredito que esse tipo de fato possa ter acontecido, em que o conhecimento por algum motivo se perde...

Ah, vou pesquisar tambem por que a biblioteca foi destruida.


Feedback: Biblioteca destru�da

Re: : Conhecimento (Eugenio A Nassu)
Keywords: linha do tempo
Date: Mon, 15 Mar 1999 14:10:47 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Se eu n�o estou enganado, foi a biblioteca de Alexandria...
Eu tenho certeza que havia l� conhecimentos muito avan�ados para a �poca. Mais ainda, acho que esta verdadeira "queima" de conhecimentos pode ter acontecido in�meras vezes na hist�ria (no per�odo que n�s insistimos em chamar de pr�-hist�ria...) Eu j� opinei antes a esse mesmo respeito, mas parece que o sistema n�o me identificou... Espero que tenha conseguido corrigir isto agora.
Mas eu acho que o conhecimento n�o desaparece t�o facilmente com a destrui��o de uma biblioteca, de uma escola... N�s realmente avan�amos exponencialmente, ent�o basta uma pequena fa�sca de conhecimentos anteriormente "apagados" para que comecemos tudo de novo. E acredito que os s�bios "pr�-hist�ricos" eram inteligentes o suficiente para preservar uma parte do conhecimento para as gera��es futuras.
Bom, um pequeno v�o de imagina��o agora: ser� que, da mesma forma que anteriormente incendiaram a biblioteca de Alexandria, n�o existe o risco de um grupo querer brecar o avan�o do conhecimento "incendiando" esta enorme biblioteca que � a Internet? � um risco, sempre existem pessoas que se sentem incomodadas quando a popula��o come�a a ficar mais inteligente... :-)


OBS.: s� para o caso do sistema falhar de novo
<< David Machado Santos Filho (davi@linux.ime.usp.br) >>


None: Esse e mais um perigo, nao e ?

Re: : Conhecimento (Eugenio A Nassu)
Keywords: linha do tempo
Date: Mon, 15 Mar 1999 16:22:54 GMT
From: Eugenio A Nassu <nassu@ime.usp.br>

Esse ponto que o David colocou achei bem importante:

Outro fator para que a revolucao nao aconteca, ou seja freada e o fator dos interesses poderosos...

Isso parece ate fantasioso, mas acredito nisso.


Note: O Cair da Noite - A destrui��o do conhecimento

Re: Idea: Conhecemos toda a Linha do Tempo?
Keywords: linha do tempo
Date: Tue, 16 Mar 1999 17:06:07 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

     Nosso dileto colega, David Machado, teoriza sobre v�rias tentativas bem sucedidas de destruir o conhecimento acumulado pela humanidade. Em sua explana��o, todas as explos�es de conhecimentos e id�ias sofreram interrup��es for�adas que levaram a humanidade de volta a estaca zero.

     Apesar de n�o concordar com isso, devo admitir que essa � uma possibilidade a ser considerada com alguma seriedade. Durante essa discuss�o amig�vel, lembrei-me que existe um conto de fic��o cient�fica que aborda essa id�ia. Nesse conto, um fen�meno peri�dico sempre levava uma civiliza��o a estaca zero.

    O conto a que me refiro foi escrito pelo bom doutor Isaac Asimov, O t�tulo original do conto � "NightFall", que foi traduzido, no Brasil como "O Cair da Noite". Esse conto ganhou os pr�mios Hugo e Nebula de melhor conto de fic��o cient�fica. Posteriormente, o conto tornou-se um livro de mesmo t�tulo, sendo publicado aqui no Brasil pela editora Record, creio eu. Ainda pode encontrar-se exemplares desse livro � venda nas livrarias. Para n�o deixar os n�o iniciados em Asimov � deriva, farei uma descri��o curta do conto:

    A hist�ria se passa em um planeta cujo sistema solar possui seis s�is, seis estrelas. Sendo assim, sempre existe um ou outro sol no c�u, iluminando a tudo e a todos. As pessoas desse planeta nunca viram a escurid�o, os animais desse planeta nunca viram a noite; nenhuma forma de vida desse planeta evoluiu para um ecossistema com dias e noites; pois sempre h� uma luz iluminando o ambiente, mesmo que t�nue. (N�o me pergunte como o planeta estabilizava sua temperatura, o conto n�o esclarece isso.)
 
     Os cientistas locais sabem que existiram outras civiliza��es tecnol�gicas antes deles, pois h� ru�nas enterradas por todo o planeta. Sabe-se, por estudos arqueol�gicos, que existiram civiliza��es, v�rias delas, mas a cada 6 mil anos as civiliza��es desapareciam. Sempre era visto o cen�rio de uma civiliza��o emergir, desaparecer abruptamente e depois de 6 mil anos, surgir outra em seu lugar. Esse ciclo era comprovado at� onde se podia escavar.

     Entretanto, na gera��o de cientistas atuais, da civiliza��o atual, havia algo que foi descoberto e que parece que n�o o f�ra pelos cientistas das outras civiliza��es anteriores. Esses cientistas descobriram a lei da gravita��o universal.

     Algu�m aqui da Terra poderia dizer: "E da�, o que h� de extraordin�rio nisso?" Bem, Isaac Newton formulou a Gravita��o Universal a partir de seu pr�prio intelecto; mas o sistema que ele teve que estudar tinha apenas uma estrela para produzir atra��o sobre os planetas. No planeta do conto, as seis estrelas e seus pux�es gravitacionais tornavam o estudo e as medi��es astron�micas t�o complicadas que uma pessoa n�o poderia formular a Gravita��o apenas com seu intelecto. As estrelas formavam um sistema din�mico muito dif�cil de analisar.

    Por acaso, gra�as a Gravita��o, descobriu-se como as estrelas se comportavam e se movimentavam. Um fato descoberto foi revelador: as estrelas poderiam sofrer um alinhamento em suas �rbitas de tal forma que todas elas ficariam de um mesmo lado do planeta. Sendo assim, um lado do planeta ficaria mergulhado na escurid�o por um certo tempo; e conforme o planeta fosse girando, as �reas iluminadas pelos seis s�is iriam caindo na noite. E durante alguns dias, todas as �reas do planeta passariam a ver uma sucess�o de dias e noites, como n�s vemos aqui na Terra.

    Calculou-se que essa configura��o dos seis s�is alinhados repetia-se a cada seis mil anos e que todos os alinhamentos coincidiam com a destrui��o das civiliza��es.

    Os psic�logos do planeta descobriram que as pessoas que ficavam expostas a escurid�o artificial sofriam danos psicol�gicos muito graves, levando-os � loucura. Finalmente foi descoberta a causa do fim das civiliza��es. Quando as pessoas eram expostas � escurid�o da noite, algo nunca visto antes em suas vidas, elas enlouqueciam, ficavam apavoradas ao verem um c�u negro, intimidadas com estrelas brilhantes que pareciam olhos diab�licos vigiando do alto do firmamento. As pessoas perdiam seu bom senso, queriam que a luz voltasse a qualquer custo e para tal queimavam tudo o que fosse poss�vel tentando , em v�o, iluminar a escurid�o. Queimava-se tudo para espantar o v�u da morte que parecia estar sobre suas almas.

    Ningu�m se recuperava da loucura, todos os conhecimentos eram perdidos, toda a tecnologia era destru�da, ningu�m saberia operar as m�quinas, todos os livros eram queimados. A civiliza��o era destru�da, e demorariam mais alguns milhares da anos para surgir uma nova civiliza��o; at� que a grande escurid�o voltasse novamente.
     
    Mas desta vez, as pessoas estariam preparadas, elas sabiam qual era a causa da grande escurid�o que estaria por vir, a civiliza��o sobreviveria ao pr�ximo cair da noite. Mas estariam mesmo preparados?

    Bem, n�o vou contar o resto da hist�ria. Caso algu�m se interesse, deve procurar o livro indicado.

    Esse conto � interessante por adotar a teoria da destrui��o c�clica do conhecimento, mesmo que produzida por fen�menos naturais de um planeta fict�cio. Se quisermos provar que isso ocorre com a nossa humanidade, produzida por fatores n�o naturais, mas intencionais, devemos buscar os motivos, as for�as, as vari�veis que produzem a destrui��o do conhecimento. Podemos falar sobre a destrui��o c�clica do conhecimento, mas devemos analiz�-la sob a luz da raz�o e da l�gica; analisar fatos, procurar evid�ncias de algo que sustente a teoria, evid�ncias arqueol�gicas. E se, de fato, a destrui��o c�clica for real, devemos descobrir como evitar que a humanidade passe por uma outra escurid�o sem esperan�as, sem futuro.

     Por isso, tor�o para que sua teoria, caro David, esteja errada. Porque se f�r verdadeira, nosso tempo pode estar acabando e n�o estamos fazendo nada para impedir o fim de nossa civiliza��o.


News: Lembran�as de um passado que n�o existiu?

Re: Note: O Cair da Noite - A destrui��o do conhecimento (Edward Iamamoto)
Keywords: linha do tempo
Date: Wed, 24 Mar 1999 03:05:35 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

O resumo da hist�ria foi interessant�ssimo, espero algum dia encontrar o conto em algum livro para poder l�-lo com cuidado. Talvez fosse o caso de criar outra lista de discuss�o especificamente sobre fic��o cient�fica (pra n�o misturar com o assunto enfocado nesta). Por�m, a id�ia de um sistema com seis estrelas � meio absurda... � improv�vel que tal sistema fosse suficientemente est�vel a ponto de repetir um alinhamento dos s�is a cada 6mil anos. Enfim, o importante mesmo � a hist�ria. O fato da situa��o ser imposs�vel � sobreposto pela import�ncia da mensagem que o conto tenta transmitir, como o pr�prio Asimov escreve no pref�cio de um de seus (inumer�veis) livros.

Por�m a minha id�ia n�o � de que existam ciclos bem delimitados de destrui��o de conhecimentos. � bem mais amena : disse que isto parece ter acontecido pelo menos uma vez, n�o que o fato se repete a intervalos fixos...

Pode parecer contradit�rio, mas para mim a maior prova de que sumiram conhecimentos em determinada �poca � de que eles n�o sumiram completamente. :-D Constantemente na hist�ria (na hist�ria que n�s conhecemos, de uns 5000 anos at� hoje) algumas pessoas parecem se "lembrar" de conhecimentos muito antigos. Obviamente j� bastante distorcidos, talvez por terem sido sempre retransmitidos oralmente...

Por exemplo, tudo indica que os alquimistas na idade m�dia j� sabiam bastante sobre a estrutura da mat�ria e sobre rea��es nucleares. L�gicamente eram id�ias distorcidas pelo tempo, mas estavam l�. Por exemplo, ao inv�s de quatro elementos (terra, �gua, �r e fogo) eles n�o estariam se "lembrando" das quatro for�as elementares (gravitacional, eletromagn�tica, nuclear fraca e nuclear forte)? Ainda sobre este assunto, de onde eles tiraram a id�ia de que era poss�vel fazer transmuta��o de elementos? A maioria da f�rmulas de transmuta��o acabavam envolvendo platina e/ou merc�rio, mais algum "catalizador", com o objetivo de transmut�-los em ouro. Conv�m dar uma olhadinha na tabela peri�dica e procurar o n�mero at�mico dos elementos Pt, Au e Hg... Coincid�ncia? Bom, levo em conta esta possibilidade tamb�m... :-) Mais interessante ainda � a teoria deles do envelhecimento (decaimento radioativo?) dos metais no seio da Terra, que constantemente estariam se transformando em outros.

A quest�o n�o � se eles conseguiram ou n�o fazer alguma transmuta��o. Provavelmente n�o, na idade m�dia n�o se podia conseguir a enorme energia necess�ria para uma rea��o deste tipo. Para mim, o espantoso � que, descontadas todas as distor��es de informa��o, eles estavam muito perto! De onde eles haviam tirado a id�ia de que a platina e o merc�rio tinham apenas um pr�ton de diferen�a em rela��o ao ouro (esquecendo os is�topos, por enquanto...)? Para mim � um conhecimento bastante antigo, que acaba levando � id�ia absurda (pelo que se conhece hoje) de que j� se havia estudado rea��es nucleares na pr�-hist�ria... � divertido imaginar um homem das cavernas construindo um retor de fiss�o com sua machadinha de pedra, � luz da fogueira, hehe!

O maior argumento de que n�o teria existido uma sociedade tecnol�gica anterior � hist�ria conhecida � de que n�o existem vest�gios dela... Pode ser, mas ser� que os vest�gios durariam muito tempo. Se a sociedade atual desaparecesse por algum motivo (l�gico que n�o desejo isto, � apenas uma suposi��o!), quanto tempo ser� que nossos "vest�gios" permaneceriam ainda no planeta? 1000 anos? 10mil? 100mil? Ser� que temos uma no��o correta de quanto tempo � necess�rio para que a eros�o do planeta possa cobrir todas as nossas cidades e nossa tecnologia junto, se for tudo deixado ao relento? E restando algumas pessoas, quanto tempo (gera��es) seria necess�rio para que se esquececem desta tecnologia toda?

Mas o que eu disse antes � que tais conhecimentos n�o teriam sido totalmente esquecidos. Talvez j� tivessem inventado a escrita, talvez j� tivessem impressos livros... Mas quantos livros ou manuscritos j� foram destru�dos durante o per�odo da pr�pria hist�ria que conhecemos? Ao destruirem a biblioteca de Alexandria, talvez tivessem sido destru�dos alguns manuscritos sobre f�sica nuclear escritos em hieroglifos indecifr�veis. Ou quem sabe, durante a inquisi��o, um livro com a ilustra��o de uma fiss�o nuclear tenha sido considerado herege e condenado � fogueira... Mesmo assim ainda acho que alguns tiveram acesso a estes livros, e sem entender muito daqueles caracteres antigos tenham preenchido as lacunas com suas pr�prias suposi��es...

Bem, quando discuto sobre isto costumo me estender demais, de forma que devo parar por aqui. Mas se eu lembrar ainda trago a imagem da p�gina de um CODEX asteca com a gravura de uma c�lula e uma espiral de DNA saindo de seu n�cleo... :-D


Idea: Sociedade do lazer? Cade?

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: Lazer?
Date: Wed, 17 Mar 1999 22:24:12 GMT
From: <ceriba@ime.usp.br>

Num dos items sobre os indicios visiveis da RdI, mas precisamente no item "tend�ncia a falta de empregos", o professor citou, uma sociedade do lazer vislumbrada por Domenico de Masi. A muito tempo atras eu tambem ja tinha houvido falar nessa ideia de que o homem iria automatizar todos suas tarefas e portanto, teria mais tempo para o lazer. Entretanto, na minha opini�o, o que vem ocorrendo desde que o homem inventou a primeira maquina, � uma diminui��o no tempo de lazer do homem, pois ele tem uma carga de conhecimento muito maior para aprender. A cada nova maquina construida, o homem tem que aprender como o inventor espera que ele a opere. Por exemplo, nossa faculdade � fruto das inven��es humanas criadas com o fim de automatizar suas tarefas. Portanto, eu acho que nunca vai haver uma "sociedade do lazer" muito menos uma falta enorme de empregos. Eu acho que o que mudou foram as atividades do homem, ou seja, uma pessoa que s� faz tarefas repetitivas, que n�o necessita de nenhum trabalho mental, tem que aprender a operar, dar suporte e atualizar a maquina que far� o seu trabalho mecanico, ou ir trabalhar numa outra area que exige atividade mental. Portanto, a grande falta de empregos no mundo atualmente se deve a fato das pessoas n�o terem se atualizado a nova realidade (Por exemplo, veja como sobra emprego para profissionais na nossa area no CANADA, EUA, e aqui tambem). A culpa disso s�o delas mesmas (medo de mudar e de estudar) e do governo que n�o d� oportunidade a todos de aprender e se especializar.


None: Est� a caminho, mas pode ser complicado

Re: Idea: Sociedade do lazer? Cade?
Keywords: Lazer?
Date: Thu, 18 Mar 1999 21:46:57 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

     Pensei sobre a mensagem de nosso colega cujo login � Ceriba. Ele argumenta e p�e em d�vida a possibilidade da sociedade do lazer vir a existir.

     De fato, uma sociedade do lazer vem sendo imaginada por um sem n�mero de gera��es. Ela vir� a ocorrer? � dif�cil exercer a futurologia; entretanto, uma an�lise mais profunda deve ser feita sobre o assunto. A Hist�ria n�o parece corroborar com uma vis�o do aumento cont�nuo da carga de trabalho imposta aos humanos, um aumento de trabalho que surge a cada nova inven��o. N�o parece l�gico supor que inven��es que tornam a vida das pessoas mais dif�ceis possam ser adotadas pelas mesmas. � claro que os humanos nem sempre s�o l�gicos. Na verdade, quase nunca o s�o.

     Ao lembrarmos da sociedade da Gr�cia Antiga, o ber�o da civiliza��o ocidental, n�o podemos deixar de associ�-la aos fil�sofos (S�crates, Plat�o e Arist�teles), ao teatro (dramas e com�dias), aos jogos ol�mpicos e aos banquetes hom�ricos regados a hidromel. Assim, � f�cil deixar levarmo-nos por uma vis�o rom�ntica da vida grega, cheia de divers�es e sem preocupa��es. A realidade, no entanto, para a maioria dos gregos, era o peso da escravid�o. Muit�ssimos gregos eram subjugados para servir aos poucos cidad�os. Naquela �poca existia uma sociedade do lazer, mas o lazer de poucos.

     A Idade M�dia presenteava as pessoas com a servid�o no lugar da escravid�o, mas a vida dos servos n�o era menos miser�vel. O servo passava a maior parte do tempo trabalhando nas terras arrendadas ao senhor feudal, pois tinha que pagar com quase toda sua colheita pelo direito de continuar morando em uma pobre choupana que mal podia abrig�-lo dos elementos.

     A Revolu��o Industrial n�o mudou a situa��o dos desfavorecidos, da ral�, como antes diziam os nobres. Trabalho sem fim, 20 horas por dia, todos os dias da semana, do m�s e do ano. Trabalho para homens, mulheres, velhos e crian�as. Trabalho at� cair de exaust�o. Isso n�o � uma contradi��o?! Se as m�quinas permitem que o trabalho seja feito mais facilmente, mais rapidamente, por qu� as pessoas tinham que trabalhar tanto? O motivo � t�o simples que at� parece tolo. Antes das m�quinas da Revolu��o Industrial, todas as pessoas trabalhavam para produzir poucos produtos agr�colas e pouqu�ssimos produtos manufaturados. Depois da Revolu��o Industrial, era poss�vel produzir grandes quantidades de produtos, mas, tamb�m, imensa variedade de produtos. Sendo assim, mudou-se da situa��o em que muitos produziam poucos produtos para a situa��o em que muitos produziam muito produtos. Dessa forma, o ganho de tempo de lazer que as m�quinas poderiam ter oferecido foi anulado.

     Entretanto, no fim do s�culo XIX e no s�culo XX, as coisas foram modificando. M�quinas mais r�pidas, mais precisas, mais autom�ticas surgiam. A popula��o planet�ria iniciou um processo de crescimento explosivo. Movimentos sociais das classes mais pobres surgiam. Tudo isso associado a muitos outros fatores, inclusive as Guerras Mundiais, levou �s sociedades atuais. Hoje, na d�cada de 1990, podemos dizer que trabalhamos menos do que nossos ancestrais. Temos os s�bados e domingos oficializados para descanso. Isso certamente consiste em uma significativa mudan�a, uma significativa diminui��o no tempo de trabalho e num aumento no tempo de lazer. Mesmo at� algumas d�cadas atr�s, as pessoas trabalhavam aos s�bados; hoje, n�o mais. As �nicas pessoas que continuam trabalhando aos s�bados e domingos s�o aquelas ligadas ao setor da divers�o (shoppings, cinemas, restaurantes, boates, bares, acampamentos, praias, clubes, parques de divers�es, etc). Nunca se empregou tanta gente no setor do turismo e do lazer. O setor do turismo e do lazer � um dos dez setores mais importantes na economia mundial, superando at� o setor do petr�leo. Tudo isso leva a concluir que as pessoas est�o tendo mais tempo para o lazer, para viver suas vidas com mais prazer.

     Existe uma crise de emprego? Sim, existe. Entretanto, n�o devemos ser simplistas e imaginar que tudo se resolveria se as pessoas tivessem mais instru��o para ocupar os cargos que exigem maior qualifica��o, cargos t�o abundantes hoje em dia. Mesmo uma sociedade com bom �ndice de educa��o escolar tem desempregados, e n�o s�o poucos. A Alemanha tem desemprego de 12%, Jap�o 5%, Fran�a 14%, Espanha 20% e por a� vai. Certamente n�o podemos dizer que os alem�es e os franceses s�o um bando de analfabetos. Mesmo uma pessoa com n�vel universit�rio n�o tem garantias de conseguir um bom emprego; o Jap�o tem o maior �ndice de motoristas de taxi com n�vel universit�rio, o maior �ndice de caixas de banco formados em universidades.

     Existe uma crise do emprego, sim; e todas as sociedades parecem estar caminhando para esse dilema. Nos EUA do come�o da d�cada de 1870, 70% da m�o-de-obra estava concentrada no setor prim�rio da economia; hoje, apenas 0,4% trabalha no setor prim�rio. No setor secund�rio, o das ind�strias, apenas 10% da popula��o consegue emprego. Todo o grosso da popula��o americana est� concentrado no setor terci�rio, o de servi�os. Mesmo o setor de servi�os est� acabando com os empregos. Video-locadoras est�o desaparecendo com o advento das teves por assinatura e das teves interativas. Quitandas est�o tornando-se lembran�as antigas, pois a geladeira permitiu que se comprasse toda a comida do m�s nos supermercados. Mesmo os supermercados est�o desaparecendo e dando lugar aos hipermercados. Esses mesmos hipermercados diminu�ram seu quadro de pessoal com leitoras autom�ticas de c�digo de barras, com sistemas computadorizados de estoque. Bancos est�o demitindo para se tornarem autom�ticos, preparando-se para o surgimento do dinheiro eletr�nico (j� h� um banco totalmente eletr�nico na Gr�-Bretanha). A montadora de autom�veis Mazda terminou de construir, no ano de 1996, a primeira f�brica totalmente autom�tica. Algumas lanchonetes da rede Mac Donald's j� est�o testando as m�quinas autom�ticas de fazer hamburgeres. Catracas autom�ticas nos �nibus est�o surgindo (est�o come�ando a testar os �nibus sem motorista, na Alemanha). Mesmo o boom de empregos que os EUA experimentam atualmente, tende a arrefecer, pois as m�quinas est�o ficando mais espertas, e ser�o adotadas pelas empresas e ind�strias, pois a empresa que n�o o fizer perde competitividade.

     Isso tudo � apenas um vislumbre dos problemas sociais que est�o por vir. Mesmo os melhores programas de reciclagem profissional n�o conseguem realocar nem 20% dos demitidos de uma empresa. Tentemos imaginar como poderia funcionar uma sociedade informatizada como essa que desponta. N�O h� como arranjar emprego em uma sociedade como essa. N�O � poss�vel transformar todos em professores, cientistas e programadores, mesmo porque o sistema econ�mico n�o conseguiria absorver todos; mesmo porque nem todos, a maioria, t�m aptid�o para isso.

     Esse problema dos empregos � muito mais complexo e grave do que querem acreditar muitos. Esse assunto � analisado mais profundamente no livro "O Fim dos Empregos" de Jeremy Rifkin, creio que publicado pela Makron Books.

    Nesse livro, Rifkin argumenta que o trabalho deixar� de ser usado como padr�o de medida. At� agora, as pessoas vem sendo julgadas pela sua capacidade de trabalho, n�o pelo que s�o, pela sua ess�ncia. Nessa sociedade, as pessoas viver�o como os cidad�os gregos antigos; s� que os �nicos escravos ser�o as m�quinas. Talvez os �nicos que ter�o um emprego, n�o um emprego como hoje, ser�o os criadores de informa��o, mais precisamente, os professores e pesquisadores (eu incluiria os funcion�rios do setor de lazer).

    Como funcionaria uma sociedade dessas? N�o sabemos. Se existe uma forma de evitar que isso aconte�a? Parece que n�o. Quando come�ar�? J� come�ou. Quanto tempo levar� para completar a transforma��o de uma sociedade para outra? Desconhecido. Haver� conflitos sociais e econ�micos? Certamente, sim. Estamos preparados? Ningu�m estar�.

                 

  


Question: Novos empregos

Re: Idea: Sociedade do lazer? Cade?
Keywords: Lazer? Profiss�es, Criatividade.
Date: Wed, 31 Mar 1999 23:40:31 GMT
From: Rafael Valvassoura <rafael@linux.ime.usp.br>

 Pode at� ser que a sociedade do lazer surja, como pode ser que n�o. Existe uma certeza, no entanto: novas profiss�es est�o surgindo.
 
 Por exemplo, o webmaster. O webmaster � como um "contador". Veja esta analogia: qualquer pessoa que se esforce pode declarar seu imposto de renda. Mas � claro que um contador faria um trabalho melhor, em muito menos tempo. Assim como qualquer pessoa pode montar sua p�gina na internet, mas um webmaster faria esse servi�o para a pessoa, produzindo um resultado final melhor, e mais r�pido.
 Al�m do webmaster, a reportagem que eu li trazia mais 4 ou 5 profiss�es novas, todas relacionadas com as mudan�as que vem acontecendo na sociedade.

 Existe ainda um outro ponto que eu queria que fosse discutido. O computador � muito poderoso, mas existem coisas que ele ainda n�o faz sozinho t�o bem quanto os humanos.
 Um computador pode cantar? Pode escrever poesias? Pode pintar quadros sozinho? Pode contar hist�rias e piadas engra�adas?

 Em qualquer atividade na qual seja necess�ria uma alma humana e criatividade, o computador sozinho n�o � bem sucedido. Se voc� programa uma m�quina para arar a terra, ela vai l� e o faz. Mas como ensinar um computador a fazer uma m�sica nova ou pintar uma paisagem?

 Ele pode at� ajudar-nos, como um m�sico que faz nele a mixagem de suas composi��es, ou um poeta que utiliza um processador de texto para escrever suas poesias, ou um desenhista que usa o computador para a arte-final de seus quadros, e ainda para armazenar as obras do humorista.

 O ponto em quest�o �: ser� que as pessoas que possu�rem esses dons ser�o mais valorizadas, ou existe a possibilidade do computador "roubar" o emprego delas tamb�m ??


Feedback: Computador X Humanos

Re: Question: Novos empregos (Rafael Valvassoura)
Keywords: Lazer? Profiss�es, Criatividade.
Date: Tue, 06 Apr 1999 00:34:11 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

N�o concordo inteiramente que um computador n�o possa exercer as atividades citadas (compor, pintar...) Teoricamente ele pode fazer tudo o que nosso c�rebro nos permite fazer, pois n�o passamos de um computador paralelo extraordinariamente complicado. A quest�o � que para um computador compor uma m�sica t�o eficientemente como n�s ele precisaria de uma mem�ria gigantesca e provavelmente s� conseguiria termin�-la em alguns milhares ou talvez milh�es de anos. O problema todo � que tais m�quinas s�o determin�sticas, e precisam de um processamento enorme para pelo menos simular os processos que ocorrem ao acaso e paralelamente no nosso cortex cerebral.

Mas que dizer de computadores que n�o sejam determin�sticos? Por exemplo, uma n-�sima gera��o dos computadores qu�nticos, j� em projeto. Tais m�quinas n�o poderiam simular nossos processos mentais muito mais eficientemente que as atuais?

Fala-se tamb�m de computadores biol�gicos, mas estes provavelmente ainda devem demorar muito para surgir. Mas o que significa muito tempo hoje em dia, na velocidade em que tudo avan�a?

S� estou sugerindo que n�s tamb�m n�o passamos de m�quinas complicad�ssimas, e talvez em alguma �poca futura seja dif�cil distinguir computadores de seres humanos. Muita gente pode achar isto terr�vel, mas s� � terr�vel do ponto de vista atual. Se por acaso isto ocorrer algum dia, provavelmente ser� encarado de forma muito natural...


Disagree: Discordando tamb�m

Re: Question: Novos empregos (Rafael Valvassoura)
Keywords: Lazer? Profiss�es, Criatividade.
Date: Fri, 23 Apr 1999 19:23:07 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

   Escrevo esta mensagem para fazer coro ao David Machado.

   Nosso colaborador Rafael Valvassoura argumenta que as m�quinas n�o podem substituir o homem em v�rias tarefas que exigem uma "alma humana", tais como criar can��es e poemas.

   Esse argumento � pol�mico. Como c�tico, devo lembrar que n�o h� nenhuma prova cient�fica de que exista uma alma humana e que, se a alma humana existe, ela seja exclusividade dos homens.

   Infelizmente, n�o temos, ainda, como responder satisfatoriamente a pergunta: Os computadores podem pensar, criar e ter emo��es? As respostas s�o muitas, quase sempre apaixonadas, mas se examinarmos qualquer resposta negativa � pergunta acima, veremos que os argumentos, quaisquer que sejam, s�o argumentos de autoridade (em geral, religiosa), que n�o sobrevivem ao rigor cient�fico.

   A verdade � que n�o sabemos se os computadores podem ou n�o ter sentimentos, ter id�ias. Se levarmos em conta os computadores atuais, a resposta � �bvia. Entretanto, a tentativa de se tentar criar um computador com essas caracter�sticas � v�lida simplesmente pelo desafio e pela curiosidade. Essa busca pode nunca chegar a uma conclus�o definitiva, mas seus frutos podem ser interessantes, gerando mais aperfei�oamentos t�cnicos.

   Isso me faz lembrar de uma reportagem sobre o computador Deep Blue em uma partida contra o campe�o mundial de xadrez Kasparov:
-------------------------------------------------------------
"
         Kasparov v� "m�o de Deus" em Deep Blue
                                07/mai/97 - 21h25

    S�o Paulo - F�sica e mentalmente extenuado, o campe�o mundial de xadrez Garry Kasparov precisar� fazer um esfor�o sobre-humano neste final de semana, se quiser derrotar o supercomputador IBM Deep Blue, nos dois jogos decisivos da revanche, que acontecem neste s�bado e domingo.
    O torneio est� empatado, ap�s quatro jogos, exatamente como no match disputado ano passado, e que terminou com a vit�ria de Kasparov. No entanto, desta vez o computador parece estar levando vantagem, devido tanto � exaustiva dura��o dos jogos quanto � atitude, entre passiva e defensiva, que o campe�o parece ter adotado.
    "Acho que ele est� mais preocupado com o advers�rio que com o pr�prio jogo e, por isso, n�o est� sendo capaz de mostrar tudo que sabe", comenta a campe� mundial feminina, Susan Polgar. A situa��o para Kasparov se agravou ap�s a derrota sofrida no �ltimo domingo, quando o campe�o desistiu do jogo numa posi��o que, provou-se depois, poderia ser convertida num empate. De forma similar, Kasparov aceitou o empate na partida da �ltima quarta-feira, depois de parecer estar ganhando. "Meu humor n�o era dos melhores antes do jogo, e por raz�es �bvias", disse o campe�o ap�s o empate. � poss�vel que o cansa�o e a condi��o psicol�gica desfavor�vel tenham lhe custado a vit�ria, dizem especialistas.
    Em pronunciamento feito ap�s a partida de ter�a-feira - que resultou no primeiro empate da s�rie - Kasparov disse que Deep Blue demonstrou estranhos "sinais de intelig�ncia" na segunda partida, disputada domingo e que representou, at� o momento, a �nica vit�ria do computador. "Lembrei-me do gol de m�o que Maradona fez na Copa de 86. Maradona disse que foi com a m�o de Deus. Bem, Deep Blue jogou como um Deus. Fez movimentos impens�veis para um computador".
    A equipe da IBM se defende das insinua��es do campe�o dizendo que "Kasparov est� mal por causa da derrota de domingo. N�o podemos explicar porque Deep Blue jogou t�o bem", disse Murray Campbell. O "match" pode ser acompanhado, via Internet, no site da IBM...

Carlos Orsi Martinho
Copyright � 1997 Ag�ncia Estado."
   http://www.agestado.com.br/mvirtual/arquivo/orsi/kasp0705.htm
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   Independentemente de qualquer conclus�o que pudermos tirar sobre essa reportagem, devemos parar para pensar. Talvez seja poss�vel dar uma "alma" para uma m�quina. Afinal, de certa forma, os humanos s�o como m�quinas, mas com um n�vel de complexidade monstruoso. O Deep Blue possui apenas alguns milh�es de transistores em seus chips, enquanto o c�rebro de um humano m�dio possui algumas dezenas de bilh�es de neur�nios e alguns trilh�es de conex�es sin�pticas. Ser� que existiria algum limite na escala de unidades de processamento, a partir do qual um sistema auto-organizante e auto-regulado poderia ser vi�vel como o c�rebro humano? Ser� que a partir de um certo n�mero de transistores seria poss�vel a um computador adquirir algum n�vel de consci�ncia? Ter�amos ent�o, um sistema complexo adaptativo em forma n�o org�nica? A essas quest�es n�o temos uma resposta definitiva e permanente e apenas o tempo poderia responder.

    De qualquer forma, vamos supor que seja poss�vel a um computador ter uma consci�ncia e criatividade, mesmo que ele n�o tenha emo��es. Se isso for poss�vel, a pergunta que devemos nos fazer �: DEVEMOS CRI�-LOS? Vejamos. Se criarmos um rob� ou computador consciente, n�o poder�amos mais desmont�-lo quando quis�ssemos. Parece-me que n�o temos autoridade de destruir um ser consciente, sendo ele org�nico ou n�o. Imagine um rob� industrial que tenha consci�ncia de si mesmo. Quando ele ficar obsoleto, n�o poder�amos mand�-lo para a fundi��o para reciclagem.

   No caso de rob�s sem sentimentos, destrui-los n�o � t�o problem�tico. E se fizermos rob�s com sentimentos? Seria pior ainda, poucos homens poderiam assitir, impass�veis, um rob� suplicando, implorando, para n�o ser derretido. E se fizermos rob�s human�ides, que possam mostrar express�es faciais de alegria, dor, medo e terror; que possam produzir l�grimas?

   E se esse rob� f�r, externamente, igual a um humano em todos os aspectos? Poder�amos passar a vida toda convivendo com pessoas que s�o, na realidade, rob�s. Ficaremos amigos de alguns deles, apegados e, talvez, apaixonados por alguns.
 
   Se um dia criarmos rob�s como esses que descrevi, n�o poderemos utiliz�-los como escravos de nossa vontade, sabendo que eles tem aspira��es e paix�es, nossa compaix�o, �tica e moral n�o poderiam suportar isso.

   Assim voltamos � pergunta: DEVEMOS CRI�-LOS? Se quisermos companheiros n�o humanos, a resposta � sim, n�o ou talvez. Se quisermos escravos, a resposta � n�o, vamos mant�-los idiotas. Se quisermos manter nosso empregos, a resposta pode ser um sonoro N�O!


Aqui vai minha opini�o pessoal:
   Como sonhador, que sou, gostaria de ter esses rob�s por perto, sem dispensar a companhia humana. O universo � t�o grande e nossa ra�a humana parece t�o solit�ria para explor�-lo sem ter parceiros nessa viagem. Se n�o existirem outras ra�as inteligentes no universo (espero que haja), uma ra�a inteligente, mesmo que artificial seria muito bem-vinda.

   Lembro-me de um conto que fala de uma sociedade ut�pica do futuro, sem guerras, conflitos e totalmente harmoniosa. Entretanto, essa sociedade � constitu�da apenas por rob�s, n�o h� mais humanos vivendo na Terra. Nessa hist�ria, os homens se destruiram em uma gigantesca guerra. Tudo o que restou foram alguns rob�s inteligentes com sentimentos. Em homenagem e mem�ria aos seus antigos criadores, os rob�s resolveram continuar a obra dos homens, seus mestres h� muito tempo perdidos, tentando criar uma sociedade perfeita e levando seus indiv�duos para explorar outros mundos.

   Creio que essa minha vis�o �, em grande parte, influenciada pelos contos de rob�s do Sr. Asimov. Talvez seja irracional e emotivo o meu desejo de ver esses rob�s, mas vou dar-me a esse luxo. :-)
    
        Aos colegas, at� mais!
              Edward



Agree: Alma Humana

Re: Question: Novos empregos (Rafael Valvassoura)
Keywords: Lazer? Profiss�es, Criatividade. robos, asimov,
Date: Fri, 23 Apr 1999 23:58:00 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Para come�ar, eu diria que aquilo que chamamos de "alma humama" n�o passa de uma consequ�ncia da enorme capacidade de computa��o de nossos c�rebros. No dia em que um rob� possu�sse tanta capacidade de computa��o quanto n�s, ele acreditaria piamente que tamb�m possue uma "alma rob�tica".

Acredito que o que Kasparov sentiu a respeito do Deep Blue foi um pequeno vislumbre desta "alma rob�tica". Entre as modifica��es feitas no Deep Blue desde a partida anterior, uma delas fazia com que o programa "raciocinasse" de uma forma menos determin�stica. Por exemplo, a m�quina n�o supunha mais que o seu oponente humano faria a melhor jogada poss�vel.Uma pequena modifica��o como essa j� deve fazer uma diferen�a bastante sens�vel! Bom, pelo menos Kasparov parece ter sentido isto, apesar de sua insinua��o (infundada) de que houve fraude no jogo... Ao que parece, a m�quina conseguiu atingir o n�vel de consci�ncia de um pequeno inseto, e isto j� bastou para nos assustar muito!

Tenho certeza que uma m�quina pode ter sentimentos. Uma prova cient�fica � a observa��o de que n�s temos sentimento, portanto se uma m�quina com alto grau de computa��o for capaz de nos "emular", ela tamb�m ter� sentimentos. Deduzo isto por um simples racioc�nio matem�tico... :-D

Li um conto muito interessante do Asimov (infelizmente n�o me lembro de qual livro, s� lembro que era uma colet�nea de contos) em que, num futuro distante (bom, o termo distante pode ser questionado) rob�s e humanos tinham exatamente os mesmos direitos civis na sociedade. Um fen�meno muito curioso em tal sociedade era que os humanos estavam procurando cada vez mais se "robotizarem", enquanto os rob�s tentavam a todo custo se "humanizarem". Por exemplo, os humanos queriam trocar seus esqueletos por equivalentes met�licos, trocar seu cora��o-pulm�o por m�quinas automatizadas... Ao mesmo tempo, os rob�s tentavam implantar mecanismos de circula��o sangu�nea em seus corpos, faziam opera��es para recobrir sua estrutura met�lica com um material sint�tico parecido com a pele, etc... O narrador prev� ao fim do conto uma sociedade na qual n�o seria mais poss�vel se distinguir rob�s de humanos. N�o seria mais poss�vel saber se um determinado indiv�duo � um rob� que tentou se tornar humano ou se � um humano que passou por uma "robotiza��o". Um detalhe: o narrador era um rob�-cirurgi�o pronto para fazer uma opera��o de troca de cora��o-pulm�o num ser-humano por um equivalente mec�nico...

Existe uma outra forma de enxergar esta f�bula a respeito dos rob�s, que � a constata��o de que n�s mesmos estamos lentamente nos tornando tais aut�matos na sociedade atual. Mas esta discuss�o acredito ser mais adequada no tema "1984" do que no tema "Novos Empregos".

Quanto � destrui��o de rob�s com sentimentos... bom, acredito que n�o seria necess�rio destru�-los. Tais m�quinas nunca se tornariam obsoletas, pois possuiriam capacidade de adapta��o a circunst�ncias novas. Elas sempre poderiam se adaptar a atividades diferentes. O problema � se elas gostariam de se adaptar a otras atividades, pois se elas tiverem sentimento provavelmente elas tamb�m ter�o vontade pr�pria. Uma solu��o seria sempre se manter algum controle neste desenvolvimento dos rob�s (as tr�s leis da rob�tica?).

Vou um pouco mais longe, e afirmo que tais "rob�s inteligentes" poderiam at� ser muito mais felizes que n�s humanos. Isto porque tais m�quinas teriam certeza absoluta de que seus criadores existem, enquanto n�s discutimos sobre isto durante s�culos sem chegarmos a nenhuma conclus�o definitiva. Fazemos at� guerras absurdas para defendermos tais id�ias! Quando um rob� tivesse algum problema muito s�rio, sempre haveria um humano capaz de compreender todo o seu mecanismo e desta forma consert�-lo.

Em resumo, n�o vejo nada de errado em desenvolvermos m�quinas com capacidade de pensamento. Quem garante que isto n�o seja parte de nossa pr�pria evolu��o como esp�cie? Quem sabe algum dia venha a se esgotar nossa capacidade de evoluir biologicamente, e necessitemos de recursos artificiais para que este ciclo prossiga. S�o possibilidades a serem pensadas.S� n�o consigo entender como muita gente imagina coisas deste tipo como pesadelos, enquanto para mim parece um futuro maravilhoso. Infelizmente lamento que tudo isto esteja distante demais no tempo para que eu possa ver acontecendo...


Question: 1984

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Wed, 24 Mar 1999 03:13:54 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Mais algu�m estaria interessado em fazer o trabalho baseado no tema do livro "1984" de George Orwell? Procurei dar uma olhada num resumo da hist�ria e me pareceu bastante interessante, ainda mais pela natureza sombria das previs�es! Bom, para nossa sorte parece que pelo menos na data da previs�o ele errou :-D (ser�?)


Idea: ... sobre 1984

Re: Question: 1984 (David Machado)
Keywords: Big Brother, 1984, Pentium III, Microsoft.
Date: Wed, 31 Mar 1999 23:16:59 GMT
From: Rafael Valvassoura <rafael@linux.ime.usp.br>

 Davi, apesar de eu n�o ter lido o livro (ainda) j� li v�rias refer�ncias � ele, o suficiente para conhecer uma parte da hist�ria.

 Acho que seria interessante abordar o assunto "Big Brother", pois de uns tempos para c� fiquei sabendo (atrav�s da internet e de revistas) sobre fatos preocupantes.
 O primeiro deles foi o an�ncio do n�mero de s�rie que viria embutido junto do chip Pentium III, da Intel. Sempre que voc� se conectar � Internet esse n�mero ser� enviado para alertar sua presen�a � todos os interessados (seria como se todas as grandes empresas tivessem o seu n�mero de ICQ, e ouvissem um "toc toc toc" avisando que voc� chegou).
 Em seguida documentos do Word e do Excel que s�o gravados com v�rias informa��es sobre o dono do produto, e enviados para a Microsoft - sem o consentimento de seus donos, claro.
 E por fim uma pesquisa que saiu na revista Veja, da semana passada (dos dias 21 � 27 de mar�o) dizendo que pelo menos 92% dos sites norte-americanos obtem informa��es de seus visitantes, seja atrav�s de formul�rios ou de cookies.

 Pode ser que voc�s conhe�am mais ind�cios de um suposto nascimento do Big Brother, por isso quem souber de algum fato que eu n�o citei acima e que esteja dentro do contexto, por favor adicione-o � essa lista.

 Realmente, George Orwell parece ter errado a data. Mas qual foi essa margem de erro... 20 anos, talvez.

PS: Numa declara��o que deixou os internautas muito felizes e contentes, um diretor da Intel (cujo nome n�o lembro agora) disse n�o exatamente com essas palavras, mas com essas id�ias:
"- N�s n�o criamos esse n�mero de s�rie para proteger os consumidores durante as compras na internet. Mas sim para NOS proteger dos internautas. Voc�s � quem s�o os inimigos."


None: Risco de sermos vigiados

Re: Idea: ... sobre 1984 (Rafael Valvassoura)
Keywords: Big Brother, 1984, Pentium III, Microsoft.
Date: Tue, 06 Apr 1999 01:25:03 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Para iniciar, achei muito interessante saber que o diretor da Intel nos considera inimigos. Isto mostra a for�a que temos: � tanta for�a que uma empresa gigantesca como a Intel j� est� precisando criar algo para se defender de n�s!

Quanto a sermos controlados 24horas, acredito que isto s� pode realmente ocorrer com nosso consentimento. Pelo menos atualmente, saber que tal computador est� conectado � rede ainda n�o � saber que tal indiv�duo est� conectado. Em teoria, qualquer um poderia estar usando determinado computador. Isto j� entra numa discuss�o que comecei a tratar antes, que � a importancia de que a nossa identidade real seja completamente desvinculada da nossa identidade na rede.

O grande problema � a rede se tornar 100% fundamental para a vida de todas as pessoas. Neste caso, poder vigiar sua identidade "virtual", digamos assim, pode ser t�o grave como o tipo de controle que existia no "1984". Ter�amos de controlar qualquer mensagem passada pela rede para n�o sermos pegos pela Pol�cia do Pensamento (Intel? Microsoft?).

Felizmente a computa��o nos fornece uma forma capaz de evitar em parte isto, que � criptografar os dados. Ou seja, podem at� saber que estamos na rede, mas n�o teriam acesso aos dados que estamos trocando com outra pessoa. No caso de um controle das informa��es, criptografar dados n�o poderia ser considerado algo ilegal? Isto acontece na pr�tica: a pouco tempo atr�s era considerado ilegal nos Estados Unidos exportar software de criptografia que suportassem chaves de mais de 128 bits(acho que era este o n�mero...por favor, se algu�m tiver a informa��o exata pe�o que me corrijam) Por que esta limita��o? Evidente: os supercomputadores militares podiam quebrar mensagens com chaves menores que essa, por isto exportar software que gerassem c�digos "inquebr�veis" (de chaves maiores) estava proibido. A pergunta � a seguinte: por que eles estariam interessados em quebrar os c�digos? Para mim a resposta � �bvia.


Idea: V�rus da Micr$$$oft

Re: Idea: ... sobre 1984 (Rafael Valvassoura)
Keywords: Big Brother, 1984, Pentium III, Microsoft, Micro$$$oft
Date: Tue, 20 Apr 1999 20:29:58 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Estive pensando melhor sobre o assunto... Esta informa��o transmitida sem o consentimento do usu�rio n�o seria uma esp�cie de V�RUS que a Microsoft embute em seus pr�prios produtos? Com que objetivo?

Afirmo isto levando em conta que a id�ia de v�rus de computador seria um programa capaz de replicar informa��es sem que o seu usu�rio saiba disto. Em particular, replicar informa��o seria replicar o pr�prio c�digo. E quanto a replicar outro tipo de informa��o (por exemplo, uma identifica��o do usu�rio do programa)? Por que isto tamb�m n�o � considerado um v�rus? Porque n�o conv�m que seja considerado desta maneira?


News: Voc�s nem imaginam

Re: Idea: ... sobre 1984 (Rafael Valvassoura)
Keywords: Big Brother, 1984, Pentium III, Microsoft.
Date: Fri, 23 Apr 1999 19:58:37 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

    Caros colegas:

    Pelo que sei, o Big Brother esteve mais perto da realidade do que voc�s podem imaginar. Recentemente, assisti um programa de televis�o, no Discovery Channel que falava sobre a espionagem na Alemanha Oriental. O document�rio � baseado nos relatos dos ex-funcion�rios da Stasi o servi�o de espionagem e informa��o da Alemanha Oriental.

    De acordo com os relatos, cerca de 1/3 dos habitantes de Berlin Oriental eram, de alguma forma, informantes da Stasi. Havia um enorme dep�sito com milh�es de vidros fechados. Dentro de cada vidro havia um pano, creio que era uma flanela. Essas flanelas continham os cheiros de todos os adultos vivos da Alemanha Oriental. Esses cheiros eram obtidos atrav�s de v�rias artimanhas, uma delas consistia em roubar toalhas usadas pelas pessoas e substitui-las por outras toalhas id�nticas. Esse banco de dados de cheiros de pessoas era mantido para facilitar na procura, atrav�s de c�es farejadores, de algum suspeito de estar agindo contra O Sistema.
    Os espi�es da Stasi eram t�o bons que a pr�rpia KGB pedia dicas para a Stasi.
    Em todas as cidades de tamanho razo�vel, as casas dos alem�es que tinham algum cargo p�blico, alguma import�ncia ou lideran�a, eram casas vigiadas. Imaginem que essas casas tinham v�rias paredes duplas. Entre as paredes duplas havia emaranhados de fios, eram os fios de c�meras e microfones espalhados pela casa. Havia microfones instalados nos televisores, rel�gios de parede e lumin�rias de teto. E se voc� acha que a privacidade era respeitada nos banheiros, esque�a! Em geral, se quisermos nos livrar de um documento, basta rasg�-lo em pedacinhos, jog�-los pelo vaso sanit�rio e dar a descarga. Pois bem, voc�s certamente devem ter banheiros azulejados ou j� devem ter visto um. Entre um azulejo e outro � colocada uma massa de rejunte para vedar a parede. Ocasionalmente, existe uma ou outra falha nesse rejunte; em geral, um pequeno buraquinho de uns dois mil�metros. Era por esses buraquinhos que microc�meras, com lentes objetivas, filmavam tudo o que acontecia no banheiro. Se fosse percebido, pelos vigias que monitoravam o banheiro, que algu�m estava tentando se livrar de algum documento pela descarga do vaso sanit�rio, uma v�lvula que ligava o esgoto da casa ao esgoto da rua era fechada automaticamente. Durante a noite, os peda�os do papel seriam recolhidos e remontados para verifica��o de seu conte�do.

   Bem, com o fim da Alemanha Oriental isso tudo acabou.

   Ser�?

   Da pr�xima vez que forem ao banheiro, seria bom dar uma olhada naquele buraquinho entre os azulejos.

    Boa sorte!


Warning: Pode-se espionar sem usar a rede

Re: Idea: ... sobre 1984 (Rafael Valvassoura)
Keywords: Big Brother, 1984, Pentium III, Microsoft.
Date: Fri, 23 Apr 1999 20:52:43 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

    Ol�, pessoal.

    Ainda falando sobre o problema do Big Brother, gostaria de acrescentar que voc�s podem at� pensar em criptografar dados pela rede, mas o que muitos podem n�o entender � que quando algu�m quer espionar para valer, n�o h� como impedi-lo.

   Lembram-se da Stasi, a ag�ncia de espionagem alem� oriental, eles podiam ouvir uma coversa sua mesmo sem o uso de microfones no recinto onde voc� porventura pudesse se encontrar. Se voc� estivesse no 5o. andar de um pr�dio, conversando, bastaria, ao espi�o, ir ao por�o do pr�dio onde se localiza o aquecedor central, colocar um sensor de vibra��es na tubula��o de aquecimento, e captar as fraqu�ssimas vibra��es vindas dos encanamentos. Quando voc� fala, o ar sofre vibra��es que se propagam pelo ambiente, pelo ch�o, pelo sistema de aquecimento. Com o amplificador adequado pode-se recuperar sua conversa a partir dos encanamentos.

    Muitos ainda n�o sabem, mas qualquer monitor de computador produz emiss�es eletromagn�ticas que passam pela tela. Essas emiss�es podem ser captadas a uma certa dist�ncia, cerca de 50 metros, e o que aparece na sua tela pode ser recuperado. Isso significa que enquanto voc� est� lendo um texto na tela do seu computador, algu�m com o equipamento adequado pode, sem estar olhando diretamente para sua tela, saber o que voc� est� vendo.

    E mesmo que voc� coloque uma blindagem contra radia��es em torno de seu quarto, quem garante que n�o existe um componente em seu computador que, enquanto voc� sai para tomar um caf�, faz com que v�rios dos seus arquivos sejam descarregados na rede? Sei que isso � o c�mulo da paran�ia, mas essa � uma hip�tese que ouvi de algu�m para explicar porque os programas da Microsoft s�o t�o grandes, quando poderiam ser mais enxutos e eficientes. De acordo com esse argumento, o c�digo dos programas Microsoft estaria cheio de lixo, mas no meio desse lixo haveria algumas rotinas espi�s. Devo dizer que acho isso uma possibilidade muito remota, mas tem gente que leva isso a s�rio. Espero que estejam erradas.
 
     At� mais!


Idea: Espionagem

Re: Warning: Pode-se espionar sem usar a rede (Edward Iamamoto)
Keywords: Big Brother, 1984, Pentium III, Microsoft, Huxley, Admir�vel Mundo Novo, Brave New World
Date: Sat, 24 Apr 1999 00:51:45 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Acredito que possa existir espionagem a este n�vel. Mas � algo muito complexo, para mim parece que s� compensaria utilizar algo deste tipo caso se soubesse quem valeria a pena espionar. Uma espionagem t�o elaborada assim n�o poderia (ainda) ser aplicada a todas as pessoas...

Mas eu tenho outra vis�o sobre o que (infelizmente) pode acontecer no futuro. Para mim, n�o seria necess�rio tal esquema de espionagem e repress�o no futuro, pois n�o existiriam mais indiv�duos "revoltosos". Os indiv�duos estariam de tal forma automatizados que a id�ia de que algu�m pudesse se revoltar contra a sociedade seria rid�cula. No Retorno Ao Admir�vel Mundo Novo, Aldous Huxley prev� que a sociedade tende a se tornar muito mais parecida com a descrita no Admir�vel Mundo Novo do que com a sociedade paran�ica do 1984. Para quem n�o conhece a hist�ria, eu elaborei um resumo (n�o esperem muita coisa dele) em:

http://www.linux.ime.usp.br/~davi/Orwell_1984/RDI_SOC.html

A sociedade descrita � t�o condicionada aos padr�es impostos que n�o precisa se revoltar. Os indiv�duos s�o condicionados por v�rios m�todos a seguirem as regras, entre os quais est�o a hipnopedia(ensino dirante o sono) e a enxurrada de mensagens subliminais recebidas durante o dia (hehe, nem um pouco parecido com o que existe hoje, ainda bem... :-D ). Para conter a j� remota possibilidade de revolta dos indiv�duos, o Estado distribu�a dose regulares de uma droga denominada Soma, capaz de satisfazer esta revolta e mant�-los sob controle. Bom, eu diria que atualmente este Soma s� mudou de nome...

Mas eu n�o sou t�o pessimista assim a ponto de achar que a situa��o j� seja irrevers�vel. Ao contr�rio, acredito que seja o momento exato para decidirmos se aceitamos isto de uma vez ou n�o. Realmente parece dificil que algu�m em s� consci�ncia queira se revoltar contra todas as mordomias que adquiriu durante a vida. Por�m, se fosse poss�vel avaliar pelo menos uma parte das consequ�ncias disso acredito que elas n�o pensariam duas vezes antes de jogar tudo fora.


None: Cuidados a serem tomados

Re: Question: 1984 (David Machado)
Date: Mon, 05 Apr 1999 15:25:17 GMT
From: Daniel Muller <muller@ime.usp.br>

1984 � um dos classicos de nosso tempo. O romance de George Orwell, pseudonimo do jornalista ingles Eric Arthur Blair, foi escrito em uma epoca bastante distinta da que vivemos, e com um proposito as vezes esquecido, o de retratar uma sociedade em que o socialismo stalinista triunfasse sobre o poderio capitalista.
Gracas a qualidade que justamente faz dele um classico, o livro ultrapassou tais limites, o que nao se aplica a outros livros do escritor, como Animal Farm e Hommage to Catalunia, atrelados em demasia a realidade europeia.
Tais qualidades citadas tornam quaisquer tentativas de adaptacao ou transferencia de contexto bastante delicadas. De antemao saberemos que havera um empobrecimento do texto original. Podemos fazer relacoes, em verdades sempre o podemos, mas que nao sejam levianas, mas sim que possam enriquecer assuntos sobre o livro, mas nao o proprio, atente-se bem.
So conselhos, bem o sei, mas por estar ciente que qualquer resumo e uma ofensa ao autor da obra, contenho-me em salientar tais fatos, esperando contribuir desta forma para a concretizacao do projeto. Boa Sorte!


News: 1984

Re: : Cuidados a serem tomados (Daniel Muller)
Date: Tue, 06 Apr 1999 00:58:26 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Que Orweel descrevia um sistema parecido com o estalinismo fica evidente na hist�ria. A pr�pria descri��o que ele faz do Grande Irm�o lembra Stalin discaradamente :-D

Vejo o livro de George Orweel (sinceramente o pseudonimo fica muito melhor! :-) ) como um alerta. Quando escreveu o livro, provavelmente ele temia que o estalinismo se tornasse uma tend�ncia mundial, ainda mais depois da derrota alem� em 43, que pelo menos para os russos foi uma propaganda positiva do sistema de governo de Stalin.

Quanto tentamos fazer extrapola��es realmente somos sempre tentados a achar que as tend�ncias atuais v�o se manter, e extrapolamos segundo esta suposi��o. Mas uma caracter�stica v�lida da obra, que eu acho que se aplica muito hoje em dia, � o controle de informa��es existente na obra. Neste sentido, corremos sim o risco de seguir o caminho que Orwell prop�s. Ou talvez corr�amos antes da difus�o da Interner. � um dos aspectos que eu gostaria de tratar: com o acesso livre e abrangente �s informa��es que existe hoje, o risco que eu mencionei foi completamente dissipado? Ou o risco � maior ainda?

Logicamente n�o � poss�vel trazer todos os aspectos da obra para a realidade atual. Mas talvez parte desses aspectos seja poss�vel trazer. Por exemplo, pode ser que a forma de coer��o atual n�o seja fisicamente violenta como no livro. Talvez seja algo bem mais sutil, parecida com a que � tratada no "Admir�vel Mundo Novo" de Huxley...

Outro aspecto: controle e adultera��o de informa��es. Algu�m ainda tem d�vidas de que algumas das informa��es que recebemos s�o manipuladas? Resta-nos saber quantas dessas informa��es s�o verdadeiras e o quantas n�o s�o...


Idea: Discordando

Re: : Cuidados a serem tomados (Daniel Muller)
Date: Tue, 20 Apr 1999 20:38:16 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

N�o concordo que o "1984" seja a obra principal de Orwell... Para mim a "Revolu��o dos Bichos" � uma outra obra de tanta import�ncia quanto a primeira. Em todas as obras de George Orwell, o tema principal � a repulsa pela domina��o de um grupo sobre outro grupo, repulsa que sem d�vida ele adquiriu por ter participado da guerra.


Disagree: 1984 vs Animal Farm

Re: Idea: Discordando (David Machado)
Date: Sun, 25 Apr 1999 03:52:52 GMT
From: Daniel M�ller <muller@ime.usp.br>

O mero ato de cogitar uma compara��o de obras liter�rias j� em si extremamente perigoso, mas j� que a quest�o foi posta, vamos adiante.
Temo que discorde veementemente da afirma��o de igualdade de valor liter�rio entre as duas obras acima citadas, mais explicitamente "1984" e "Animal Farm".
A primeira, que ainda sustento ser a obra m�xima do escritor, � uma vis�o pessimista do futuro (alguns dir�o realista) onde um poder onisciente vigiar� a tudo e a todos. Dentro deste contexto, conceitos fantasticos surgem, como a habilidade de acreditar piamente em duas coisas distintas, e mesmo d�spares, ao mesmo tempo. A altera��o da hist�ria e os homens for�ados a viver com estas contradi��es em seu dia a dia. A diminui��o do n�mero de voc�bulos, buscando assim uma impossibilita��o de revolta pela mera inexist�ncia da palavra 'revolta'. Um caso de amor que nasce neste caos, que ao mesmo tempo parece ter sido planejado no cerne de sua burocracia fant�stica, onde o topo nunca � atingido. � uma vis�o fant�stica de um futuro sem individualidade, que permite v�rias interpreta��es, uma das quais estamos tentando estabelecer neste local, creio eu.
A segunda, temo dizer, � uma mera alegoria. Enquanto que Orwell rompeu os limites do que ele achava ser o futuro do stalinismo (ou estalinismo, se prefere) em "1984", criando a tal sociedade citada, "Animal Farm" n�o passa de uma caricaturiza��o da revolu��o sovi�tica (a menos do final, � sempre bom ressaltar). Basta-nos transpor para o mundo animal, adotando a escolha de Orwell aos pares correspondentes (Napoleon - Stalin, Snowball - Trotski, etc) e extrairmos da hist�ria os acontecimentos - com uma vers�o ocidental - e temos o livro, ou algo extremamente semelhante. Neste ponto � que o livro peca, e por isto � muito dif�cil desvi�-lo do contexto.
Espero que este pequeno ensaio possa ter servido para elucidar quest�es, ou melhor ainda, instig�-las. E para quem ainda n�o leu, por favor n�o deixe de lado "Animal Farm" so pelas afirmacoes acima.


None: 1984

Re: Question: 1984 (David Machado)
Date: Sun, 25 Apr 1999 19:58:25 GMT
From: Rafael Valvassoura <rafael@linux.ime.usp.br>

Eu gostaria de fazer o trabalho sobre o tema 1984, que ali�s parece ter despertado muito interesse.


Feedback: O "1984" j� est� acontecendo...

Re: : 1984 (Rafael Valvassoura)
Keywords: Projeto Te�rico, Big Brother, Internet, 1984
Date: Mon, 26 Apr 1999 18:23:41 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Oi

Acredito que este interesse todo pelo 1984 seja porque algumas pessoas est�o percebendo que o livro descreve quase que fielmente o que est� acontecendo hoje. L�gico que sem os espi�es, sem as torturas... mas a base do sistema descrito � quase a mesma. Por exemplo, algu�m ainda duvida que o controle de informa��es exista? Ou que as pessoas achem natural adotar simultaneamente duas maneiras de pensar opostas?

Algumas pessoas ainda levantaram a hip�tese de que as informa��es transmitidas pela rede podem vir a serem controladas por alguma esp�cie de "ser onisciente", � semelhan�a do Big Brother...

Existe outra obra muito interessante do Aldous Huxley que v� o futuro de uma forma diferente, mas nem por isto menos pessimista: o "Admir�vel Mundo Novo (Brave New World)"

Eu estou disposto a fazer um trabalho te�rico sobre este tema. Parece que um grupo j� se manifestou para discut�-lo tamb�m, mas acho que seria uma boa id�ia apresentar interpreta��es diferentes do tema.

Tenho uma vers�o preliminar em que elaborei um pequeno resumo da obra, pois achei que n�o faria sentido discut�-la sem apresentar um resumo dela. Est� no endere�o abaixo, mas de forma alguma � definitiva (cont�m v�rias lacunas e alguns enganos meus quanto �s �pocas hist�ricas, que precisariam ser corrigidos... Por exemplo, de forma alguma o estalinismo estava come�ando quando o 1984 foi publicado!! Estava ganhando mais for�a, isto sim. E os piores detalhes come�avam a ser conhecidos na Europa).

http://www.linux.ime.usp.br/~davi/Orwell_1984/RDI_SOC.html

   David


Sad: Oi! Tem algu�m vivo ainda??

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Mon, 19 Apr 1999 23:11:42 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Estou achando este forum de discuss�o meio parado ultimamente... � algum problema com a Panda, ou realmente ningu�m mais est� mandando mensagens???


None: Mensagens?

Re: Sad: Oi! Tem algu�m vivo ainda?? (David Machado)
Date: Tue, 20 Apr 1999 20:46:38 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

   Gostaria de me desculpar por n�o ter mais enviado mensagens, caro colega. Entretanto, � preciso entender que estive um pouco ocupado com o projeto de compilador :-(, mas voltarei a mandar mensagens dentro de 24 horas.

    At� mais!


None: Mesagem 10: Discuss�o sobre o tema do "1984"

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Tue, 20 Apr 1999 20:01:41 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Oi!

Repetindo: algu�m estaria interessado em desenvolver comigo um Projeto Te�rico sobre a obra "1984" de George Orwell ?

Achei o tema bastante interessante, principalmente a respeito do Controle de Informa��es presente no livro e aparentemente presente no mundo atual...

Tenho uma vers�o preliminar da vers�o preliminar da vers�o preliminar :-D em:

http://www.linux.ime.usp.br/~davi/

Por enquanto nesta vers�o tenho apenas um breve resumo das obras a serem analisadas, pois achei que n�o faria sentido discutir uma obra sem apresentar antes um resumo de seu conte�do. As duas outras obras que achei interessante discutir em paralelo � "1984" s�o: "Admir�vel Mundo Novo" de Aldous Huxley e "Os Despossu�dos" de Ursula K. Le Guin, que mostram vis�es diferentes das poss�veis mudan�as sociais que poderiam ocorrer ap�s uma Revolu��o da Informa��o.

Logicamente estou aberto a discutir a inclus�o destas outras duas obras, pois sei que as pessoas que gostariam de discutir o "1984" possivelmente podem n�o ter lido as duas obras citadas... Mas ainda que estas obras fossem incluidas, o enfoque principal seria sobre o "1984", sendo que as demais serviriam apenas como uma vers�o alternativa das poss�veis mudan�as.

Encontrei um LINK interessante a respeito do "1984", que pode ser acessado em:

http://home.sprintmail.com/~astronomer/documents/darkm.htm

N�o se esque�am de testar se voc�s t�m dupli-pensamento! :-)

Bom, por enquanto o que eu posso fazer � esperar por respostas... At� mais!


None: O Fim dos Empregos

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Tue, 20 Apr 1999 20:41:58 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

    O seguinte grupo, composto pelos seguintes integrantes:
         Edward Mitsuo Iwanaga Iamamoto
         Rog�rio Noboru Endo
         Shigueo Isotani

   prop�e-se a fazer um trabalho sobre o tema:
             O Fim dos Empregos

   Nossa proposta � apresentar e discutir sobre as id�ias e argumentos que Jeremy Rifkin em seu livro intitulado O Fim dos Empregos. Neste livro, o autor argumenta que somente os manipuladores da informa��o e os criadores desta ter�o um emprego no futuro. Numa sociedade assim a maioria esmagadora da popula��o n�o teria como trabalhar e nem precisaria faz�-lo. Maiores detalhes sobre o tema poder�o ser obtidos em nossa vers�o preliminar do texto ainda em manufatura


None: Tema para o Projeto Teorico

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Sat, 24 Apr 1999 20:14:41 GMT
From: Sergio <sergiof@linux.ime.usp.br>

Eu, Sergio Vaz Fernandes e Rodrigo Antonio Quintano Neira faremos o Projeto Teorico em parceria.

Nosso tema sera o livo 1984 do George Orwell.

Valeu.


News: Projeto Te�rico - 1984 - Vers�o preliminar

Re: : Tema para o Projeto Teorico (Sergio)
Keywords: George Orwell 1984
Date: Fri, 28 May 1999 14:37:08 GMT
From: Rodrigo Antonio Quintano Neira <penguin@wac.com.br>


    Releitura do livro "1984"

1984 foi escrito por George Orwell em 1949. O autor tentou, com este livro, transmitir-nos sua vis�o triste e pessimista de como seria a vida em 1984.

O seguinte resumo do livro tem como prop�sito facilitar discuss�es por parte daqueles que n�o leram o livro.
______________________________________

    1984

Em 1984, o planeta dividia-se em tr�s grandes pot�ncias: Oceania, Eur�sia e Lest�cia. O Imp�rio Brit�nico fora absorvido pelos Estados Unidos, formando assim a Oceania - Am�ricas, Austr�lia e Inglaterra. A R�ssia absorvera o restante da Europa, dando origem � Eur�sia. Isso tudo teria acontecido em meados do s�culo XX; ningu�m sabia ao certo quando, ou pelo menos fingia n�o saber. A Lest�sia, formada pela China, os pa�ses ao sul da China, o Jap�o, uma por��o da Mandch�ria, Mong�lia e Tibet, s� surgiria como unidade distinta ap�s outra d�cada de lutas confusas. As fronteiras entre os tr�s superestados eram arbitr�rias em alguns pontos, e em outros flutuvam de acordo com a fortuna de guerra, mas, de modo geral, obedeciam linhas geogr�ficas.

A est�ria deu-se na Oceania, a qual era plenamente controlada pelo Grande Irm�o.

Quem era o Grande Irm�o? Ningu�m jamais o viu, n�o se sabia ao certo como e quando realmente surgiu. N�o representava uma pessoa e sim um poder, ou melhor, o Partido, um conjunto extremamente poderoso que comandava o povo. Era uma esp�cie de governo totalit�rio que comandava tudo, desde as rela��es internacionais (geralmente guerras) at� o que cada indiv�duo falava enquanto dormia. Essa nomea��o de Grande Irm�o possui pelo menos um significado bastante interessante: o irm�o � aquele em quem podemos confiar, aquele que nos protege e nos salva de qualquer mal ou dificuldade; mais que um amigo, � um companheiro di�rio que sempre tem bons conselhos e que sabe exatamente o que � melhor para n�s, que nos guia e orienta quando temos d�vidas e que nos reprime quando cometemos falhas. O Partido dividia-se em duas partes, o Partido Interno e o Partido Externo, sendo os membros do primeiro os mais poderosos.

As tr�s superpot�ncias estavam constantemente em guerra, a qual j� durava 25 anos. Era uma luta de objetivos limitados entre combatentes incapazes de destru�rem um ao outro. Na verdade, o objetivo n�o mais era a efetiva destrui��o do oponente: a guerra era uma forma de manipular ainda mais a sociedade. N�o estavam em jogo bens materiais ou qualquer diverg�ncia ideol�gica. Mas tudo que houvera na guerra do come�o do s�culo tamb�m existia nessa: estupros, pilhagens, matan�a de crian�as, escraviza��o, repres�lias contra prisioneiros, etc. A guerra n�o gerava muitas v�timas porque apenas uma pequena parte da popula��o, principalmente peritos de alta especializa��o, estiva de fato envolvida. Al�m disso, as regi�es mais atingidas limitavam-se �s fronteiras; as regi�es centrais n�o sofriam perdas significativas.

A guerra desempenhava um papel muito importante na ordem geral. Ela era mantida constante para absorver o excesso de produtos industrializados possibilitado pela tecnologia das m�quinas. Suponha que tudo o que fosse produzido pudesse ser distribu�do entre o povo: isso com certeza aumentaria o poder dele e, conseq�entemente, diminuiria o poder do Grande Irm�o, ou de quem quer que estivesse por tr�s dele. O povo com poder poderia destruir o ser supremo que comandava tudo; poderia rebelar-se e alterar a ordem imposta e vigente h� muitos anos; poderia conscientizar-se de que n�o precisava de um Irm�o para reger a vida de seus cidad�os e que esses poderiam viver e pensar da forma como quisessem. A guerra era apenas um artif�cio de manobra, uma das milhares de maneiras de controlar e instaurar um medo constante entre todos. Nem ao menos havia a certeza de que a guerra realmente existia, talvez as dezenas ou centenas de bombas-foguetes que ca�am todo dia sobre a popula��o n�o tivessem sido lan�adas pelo suposto inimigo, e sim pelo pr�prio governo. Era uma forma de aumentar a confian�a no poder m�ximo, de se fazer mostrar e de criar uma credibilidade s�lida de que tudo no fim daria certo, de que o Grande Irm�o com certeza venceria o inimigo, de que a guerra acabaria. Mas ela nunca acabava.

    Winston

George Orwell utilizou-se da narrativa e da cria��o de um personagem central, Winston Smith, para relatar sua vis�o. Winston era um ser solit�rio, que morava em um pr�dio habitado por pessoas semelhantes a ele. Assim como os demais, tinha uma rotina aniquiladora, do tipo que envelhece o homem o dobro do que seria natural, levava uma vida extremamente vazia que consistia apenas em dormir e trabalhar. Pertencia ao Partido Externo. Mas Winston, como n�o poderia deixar de ser, era diferente da maioria da popula��o. Ele n�o estava, ou melhor, n�o era feliz. Nem ao menos lembrava-se de um dia ter sido. Tinha problemas psicol�gicos, expostos v�rias vezes pelo autor, decorrentes de vagas lembran�as de sua m�e e sua irm�zinha mortas (ou desaparecidas) h� muitos anos. Freq�entemente lembrava-se de quando era crian�a e das "maldades" que tinha praticado contra aquela que o protegia. Era casado com uma mulher que odiava e que h� muito tempo n�o via.

Winston vivia enclausurado em suas conjecturas. N�o podia divid�-las com ningu�m. Conseguiu criar coragem para come�ar a escrever um di�rio, onde registraria seus pensamentos, seus sentimentos e com quem estaria acompanhado em sua luta para preservar sua consci�ncia s�. Escrever o di�rio era uma infra��o grav�ssima na sociedade; Winston o fazia sempre �s escondidas, quando estava sozinho em um canto privilegiado de seu apartamento.

Acompanhando seus tormentos e seu cotidiano vamos conhecendo a sociedade controlada por um poder �nico e constru�da a partir de medo, imposi��o e domina��o. Torcemos pelo sucesso de Winston. Todos queremos v�-lo rebelando-se contra o Grande Irm�o. O autor quer de alguma forma acabar com ele e convida-nos a fazer o mesmo.

    O Grande Irm�o zela por ti

Espalhados pelas ruas de Londres, cidade onde morava Winston, cartazes de todos os tamanhos com o rosto do Grande Irm�o repetiam incansavelmente "O Grande Irm�o zela por ti".

Em quase todas as casas e estabelecimentos da cidade havia uma teletela, aparelho eletr�nico embutido nas paredes que impreterivelmente ficava ligado o tempo todo. A teletela transmitia ininterruptamente informa��es sobre o Governo, economia, guerra etc. Servia tamb�m como r�dio, tocando freq�entemente m�sicas criadas e autorizadas pelo Estado. Tais m�sicas, bem como novelas, livros, etc, eram escritas automaticamente por aparelhos do governo; eram m�sicas de cunho pol�tico que tinham como objetivo engrandecer o Grande Irm�o. A teletela tamb�m servia para monitorar o que cada um estava fazendo, lendo, ou olhando - poderia at� verificar a express�o no rosto de cada cidad�o. Tudo era potencialmente monitorado 24 horas por dia, at� mesmo na hora de dormir ou de ir ao banheiro. O monitoramento cabia � Pol�cia do Pensamento. Eram pessoas que tinham como fun��o verificar o comportamento das pessoas, e que tamb�m usavam helic�pteros para patrulhar a cidade, eventualmente espiando pelas janelas dos edif�cios.

Qualquer atitude proibida ou suspeita - uma "crimid�ia" - era logo percebida. Os infratores mais cedo ou mais tarde eram pegos pela Pol�cia do Pensamento, sempre � noite, e desapareciam do mapa, sem deixar nenhum vest�gio. Para todos os efeitos, nunca existiram.

Os cidad�os que n�o pertenciam ao Partido (Interno ou Externo) - os proles - habitavam os bairros mais pobres. N�o eram considerados como seres humanos e raramente misturavam-se com membros do Partido. Permitia-se que levassem uma vida mais liberal, com policiamento menos intensivo.

O Estado era t�o rigoroso que promovia enforcamentos de prisioneiros de guerra em pra�a p�blica e o mais impressionante era que o povo adorava, as crian�as especialmente. Era um grande espet�culo popular que ocorria uma vez por m�s.

As crian�as eram treinadas desde pequenas a adorar e seguir o Grande Irm�o. Algumas delas chegavam ao ponto de entregar os pr�prios pais, sem qualquer tipo de remorso, caso esses tivessem tido alguma atitude contra o Partido - palavras desfavor�veis ao Partido pronunciadas durante o sono bastavam. Quem melhor que as crian�as para ajudar o Estado?

Todas as fun��es do governo eram divididas entre os quatro seguintes Minist�rios:
Minist�rio da Verdade: cuidava das not�cias, divers�es, instru��o e belas-artes;
Minist�rio da Paz: tratava dos assuntos relacionados � guerra;
Minist�rio do Amor: mantinha a lei e a ordem;
Minist�rio da Fartura: cuidava da economia.

Cada um dos Minist�rios tinha como sede um edif�cio enorme, em forma de pir�mide e de apar�ncia assombrosa. Dentro de cada um havia milhares de aposentos sobre o n�vel do solo, com as respectivas ramifica��es no subsolo, todos organizados em v�rias alas e departamentos.

Winston trabalhava no Minist�rio da Verdade, mais especificamente no Departamento de Registro. Conhecia somente seu departamento, e n�o sabia ao certo onde se localizam os outros. Seu trabalho consistia em apagar registros do passado - outra artimanha do Partido.

O Partido deveria sempre estar certo aos olhos da popula��o. Se ele tivesse pronunciado em dada edi��o do jornal da semana anterior que viria um grande per�odo de seca, e essa previs�o n�o se concretizasse, algo deveria ser feito para n�o denegrir sua imagem. A solu��o era alterar tal edi��o do jornal, ou seja, mudar a previs�o, dizendo que n�o haveria per�odo de seca. A edi��o era reimpressa e redistribu�da, substituindo a original. Esse processo seria feito tantas vezes quantas fossem necess�rias. O mesmo procedimento era aplicado a todo tipo de registro impresso.

Algu�m se preocupava com isso? Ningu�m. O poder do Grande Irm�o era t�o grande, que o passado era alterado e ningu�m se importava. Ningu�m se lembrava do que realmente havia acontecido. As pessoas eram condicionadas a alterar o passado e a conscientemente esquecer que qualquer altera��o foi feita. Esse comportamento tornava-se comum e autom�tico - fazia parte do "duplipensar". Como resultado, nunca havia nenhum registro de que o Partido pudesse ter se enganado uma vez sequer. Um exemplo bastante discutido no livro � o aliado de guerra da Oceania. Por anos o aliado havia sido a Lest�sia. Ambos estavam em guerra contra a Eur�sia. De repente, o governo decide mudar de inimigo. Apagava ent�o todos registros do passado que dissessem que o aliado era a Lest�sia e muda para Eur�sia. O inimigo sempre fora a Lest�cia.

O trabalho de Winston no Departamento de Registro consistia, ent�o, em alterar registros do passado. Alterava tudo aquilo que lhe fosse ordenado, eventualmente usando sua criatividade para substituir hist�rias, sem criar novas contradi��es. Desempenhava muito bem seu papel no Minist�rio: sabia utilizar corretamente a Novil�ngua e conseguia alterar com bastante maestria as mat�rias antigas. Utilizava uma m�quina chamada falaescreve, uma esp�cie de m�quina de escrever acionada pela voz. Todos os documentos processados por Winston eram colocados em um grande tubo que supostamente ia at� o subterr�neo do edif�cio, onde um grande caldeir�o os destruiria.

Uma �nica vez em sua vida teve Winston em suas m�os uma prova concreta de uma das falcatruas do Partido. Onze anos atr�s, o Estado havia matado tr�s homens por terem cometido um crime em determinados dia e lugar. Certo dia, Winston reconheceu, dentre o material que manipulava em seu trabalho, uma foto dos tr�s que havia sido tirada no mesmo instante em que teria ocorrido tal crime. Concluiu ent�o que eles eram inocentes. Infelizmente, Winston foi obrigado a jogar a foto em dire��o ao caldeir�o, perdendo assim aquilo que poderia ser uma grande prova contra o governo. Mas de que lhe serviria a foto? Para quem a mostraria? N�o importava mais, a foto j� n�o mais existia. Restava somente a lembran�a, uma das poucas, talvez a �nica, de que o governo havia errado uma vez.

Outra t�cnica do Partido para evitar futuros comportamentos indesej�veis por parte da popula��o era a crescente substitui��o do ingl�s pela Novil�ngua. Essa nova l�ngua, imaginada pelo autor, vinha sendo constantemente aperfei�oada; viria a ser extremamente enxuta, com um vocabul�rio muito restrito. Revis�o ap�s revis�o, mais e mais palavras eram descartadas dos dicion�rios. Sin�nimos seriam in�teis, assim como os ant�nimos, pois cada palavra j� continha em si o contr�rio. Que serventia teria a palavra 'mau', se 'imbom' era at� mais clara? Por que preservar palavras como 'excelente' ou 'expl�ndido' se dispunham de gradativos 'plusbom' e 'dupliplusbom'? O objetivo da Novil�ngua era eliminar da mente das pessoas os conceitos (como o de liberdade) que n�o interessavam ao Partido, estreitando a gama de pensamento.

Todos os dias os in�meros trabalhadores dos Minist�rios interrompiam seus afazeres em hor�rio determinado para participar dos Dois Minutos de �dio. Reuniam-se todos no sal�o da grande teletela, na qual eram exibidos filmes de Emmanuel Goldstein, o Inimigo do Povo. Goldstein era o renegado e traidor que fora no passado figura eminente no Partido, contra o qual conspirava. Condenado � morte, fugiu, e seu paradeiro era ent�o desconhecido. Durante os Dois Minutos de �dio todos os presentes davam vaz�o a f�rias incontrol�veis, em gritos e gestos hist�ricos. O evento terminava com a apari��o da imagem do Grande Irm�o e dos lemas do Partidos que baniam Goldstein.

Entretanto, por mais que as id�ias de Goldstein, o traidor original, fossem esmagadas e ridicularizadas de todas as maneiras poss�veis e ele, odiado por todos, sua influ�ncia parecia nunca ter fim. Corriam sempre boatos sobre a exist�ncia de um movimento secreto a que ele teria dado in�cio, a Fraternidade, cujo objetivo era derrubar o Grande Irm�o. Era imposs�vel estimar quantas pessoas fariam parte dela, caso existisse.

    J�lia

Conhecer J�lia mudou a vida de Winston. Eventualmente via-a no Minist�rio da Verdade onde ela trabalhava, por�m no Departamento de Fic��o, e odiava-a por ser atraente e ter na cintura uma faixa com emblema da Liga Juvenil Anti-Sexo. Um encontro acidental com ela na rua, durante umas de suas caminhadas pelos bairros da prole, deu-lhe a certeza de que ela era da Pol�cia do Pensamento. Entretanto, em um dado dia, J�lia fingiu ter ca�do no corredor do Minist�rio para poder entregar-lhe um papel, sem que a teletela percebesse. Nesse papel, J�lia dizia que o amava. Winston ficou confuso e extasiado. Ser� que era verdade? N�o seria uma mentira para poder prend�-lo?

Foi com muito sacrif�cio que Winston conseguiu marcar um encontro com J�lia em local seguro, sem que ningu�m e nenhuma teletela pudesse flagr�-los - somente o fato de ele conversar com uma estranha que trabalhava em outro departamento j� seria inadmiss�vel. Encontraram-se em um bosque afastado da cidade. A partir daquele dia surgiu entre eles um amor forte e intenso - mas proibido, e que jamais poderia ser revelado.

J�lia tamb�m era contra o Grande Irm�o. Entretanto, n�o tinha interesse em derrub�-lo: queria apenas engan�-lo tantas vezes quantas pudesse e aproveitar enquanto estivesse viva. Tinha muito sucesso nesse sentido, pois era astuta e, externamente, impecavelmente ortodoxa.

O amor e confian�a entre os dois aumentavam com o decorrer dos dias. Passaram a encontrar-se com arriscada freq��ncia em um quarto alugado que ficava em cima do antiqu�rio onde, tempos atr�s, Winston comprara o caderno que lhe servia de di�rio (como o antiqu�rio ficava em um bairro da prole, n�o havia teletela no dormit�rio). Quando juntos no esconderijo, desfrutavam de uma simples, por�m preciosa, vida a dois. Ela sempre levava caf� e guloseimas que n�o fossem da marca Vit�ria, a oficial do partido, obtidos no mercado negro. Prometeram-se mutuamente que nunca trairiam o amor que sentiam um pelo outro, perante o Partido.

Winston tinha uma certa afinidade com aquele quarto. Gostava muito de conversar com o dono do antiqu�rio. Conversavam sobre o passado e coisas do passado. Winston tentava sempre buscar informa��es a respeito do tempo anterior � Grande Revolu��o e ao surgimento do Grande Irm�o. Ningu�m sabia de nada ao certo. O passado havia sido eliminado da mem�ria das pessoas. Mesmos os mais velhos, tinham pensamento confusos e espalhados. Winston, contudo, estava em uma busca constante. E foi justamente essa busca que acabou com sua vida, foi uma dessas aventuras que o matou por dentro, que fez com que ele perdesse aquilo que de mais valioso possu�a: a consci�ncia.

    O'Brien

Durante uma sess�o dos Dois minutos de �dio, no tempo em que ainda odiava J�lia, Winston reparou em um homem que estava pr�ximo a ele. Tratava-se de O'Brien, sujeito de apar�ncia grotesca, por�m de modos civilizados e ar de intelectual. Sem querer, trocaram olhares por segundos e Winston fez v�rias divaga��es sobre o ocorrido. Imaginou que O'brien o compreendesse, que seria igual a ele, algu�m que tinha os mesmos pensamentos. Em outra ocasi�o havia sonhado que O'Brien lhe dizia "Tornaremos a nos encontrar onde n�o h� treva". De algum modo, tinha certeza de que poderia confiar nele.

Certo dia, O'Brien dirigiu-se a Winston e, no final da breve conversa, ofereceu-lhe uma edi��o recente do dicion�rio de Novil�ngua para que ele pudesse p�r-se a par das �ltimas novidades. Winston n�o p�de deixar de acreditar que na verdade O'Brien era de fato da Fraternidade e que aquilo era apenas um pretexto para poderem encontrar-se sem levantar suspeitas. No devido tempo, Winston foi at� a casa de O'Brien, acompanhado de J�lia, e finalmente filiou-se � Fraternidade (havia uma teletela no recinto; por�m, como membro do Partido Interno, O'Brien tinha o privil�gio de poder deslig�-la por pequenos per�odos). Winston recebeu um livro - o livro de Goldstein - que relatava tudo sobre o Grande Irm�o. Chegou a ler grande parte dele no esconderijo.

O livro n�o trazia muita coisa al�m do que Winston j� sabia e j� havia pensado, mas exp�s tudo de uma forma mais l�gica e organizada. A sociedade sempre estivera dividida em tr�s classes: a Alta, a M�dia e a Baixa. A Alta era a detentora do poder; a M�dia esfor�ava-se constantemente para tomar o lugar da Alta; a Baixa vivia oprimida na mis�ria e dificilmente tinha sequer consci�ncia de estar sendo oprimida. Por vezes a classe M�dia derrubava a Alta, e essas trocavam de lugar. O processo teria se repetido at� o momento em que uma nova classe Alta (Partido Interno) teria enxergado o meio de permanecer como tal para toda a eternidade. Nesse momento nascia o Grande Irm�o. A guerra e o fanatismo pela mesma, a Pol�cia do Pensamento, a Novil�ng�a, a constante destrui��o do passado, o desconforto e o medo impediam a classe M�dia (Partido Externo) de se tornar consciente e inteligente. Quanto � classe Baixa (proles), essa nunca teria, como nunca teve, qualquer condi��o de representar uma amea�a. Winston finalmente teve certeza de n�o ser louco.

No mesmo dia em que Winston leu parte do livro, ele e J�lia foram surpreendidos no esconderijo. O velho que cuidava do antiqu�rio era um Policial do Pensamento e uma teletela escondida monitorara-os todo o tempo. O'brien era um farsante.

    Guerra � Paz; Liberdade � Escravid�o; Ignor�ncia � For�a

Winston foi levado para o Minist�rio do Amor, onde encontrou muitas pessoas iguais a ele. Perdeu totalmente a no��o de espa�o e tempo. N�o sabia h� quanto tempo estava trancafiado, n�o sabia se estava 30 andares abaixo ou acima do solo, n�o sabia o que ia lhe acontecer.

Nas m�os de O'Brien, sofreu todas as torturas poss�veis e inimagin�veis. Conheceu a pr�pria dor e a dor de seu semelhante. Sofria torturas f�sicas e psicol�gicas para confessar tudo. Tentava a todo custo n�o entregar sua amada, J�lia, e manter sua dignidade e honra. Quando O'Brien lhe mostrava quatro dedos, Winston via apenas quatro dedos; mas o Partido queria que ele visse cinco. Lutava contra tudo e todos. Lutava at� mesmo contra si pr�prio. O Partido queria a todo custo convert�-lo, mas Winston resistia. O Autor e os leitores torciam por ele. Grit�vamos em seu ouvido que ali havia apenas quatro dedos, e n�o cinco. Quer�amos que ele lutasse at� a morte contra a repress�o.

Mas n�o deu certo. O Partido era muito esperto e poderoso. Winston, assim como todos os que eram levados para o Minist�rio do Amor, confessou tudo, at� o que n�o fizera, e aprendeu a ver os cinco dedos. Tudo que lhe havia sobrado era o amor por J�lia e o �dio pelo Grande Irm�o.

O Partido sabia dos temores de cada um. Sabia quais eram os monstros que afligiam as pessoas durante seus pesadelos. At� parecia saber o que se passava na cabe�a da cada um. A tortura na sala 101 expunha a pessoa �quilo que ela mais temia - ratos, no caso de Winston. Ele teve o rosto preso a uma gaiola e seria desfigurado pelos ratos famintos que havia dentro dela. Quando a �ltima separa��o entre ele e os ratos estava para ser removida, Winston desabou: desejou e implorou que pusessem J�lia em seu lugar. Havia tra�do seu amor; nunca mais a amaria do mesmo modo.

Winston foi solto. Deram-lhe um trabalho in�til e sobrevida garantida. Voltou a reencontrar J�lia, mas parecia n�o mais fazer diferen�a. Tamb�m ela tra�ra seu amor. Estavam mortos por dentro. Winston aceitou as regras de seu Irm�o, passou a aceitar os lemas do Partido: Guerra � Paz; Liberdade � Escravid�o; Ignor�ncia � For�a. Lemas que resumem tudo aquilo que o livro diz, que mostram a verdadeira for�a do Poder.

Winston amava o Grande Irm�o.
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    Sobre o Autor

Eric Arthur Blar, dito George Orwell, romancista ingl�s, nasceu em 25 de junho de 1903 em Mitihari, Bengala, e morreu em Londres em 21 de janeiro de 1950. Ex-aluno de Eton, serviu por seis anos na Birm�nia e, voltando � Europa, viveu na mis�ria, experi�ncia essa que descreveu em um de seus melhores livros, "Down and out in Paris and London" (1933: "Aniquilado em Paris e Londres"). Em 1936, alistou-se como volunt�rio da rep�blica na Guerra Civil Espanhola. Embora tivesse aliado-se � esquerda, criticou asperamente os m�todos comunistas em "Homage de Catalonia" (1938: "Homenagem � Catalunha"). Afastou-se da pol�tica partid�ria, deixando prevalecer sua natureza essencialmente inconformista. Foi um dos primeiros a denunciar o stalinismo no romance aleg�rico "Animal Farm" (1945: "A Revolu��o dos Bixos"). "Nineteen eighty-four" (1949: "Mil novecentos e oitenta e quatro") � uma alucinate s�tira ao totalitarismo. Seus melhores ensaios est�o contidos nos volumes "The road to Wigan Pier" (1937: "A Estrada para Wigan Pier") e "Inside the whale" (1940: "Dentro da baleia").
Orwell foi um escritor eminentemente pol�tico preocupado com as injusti�as sociais de sua �poca e autor de muitas obras importantes. Foi tamb�m ensaista fino e mordaz: "Critical essays" (1946: "Ensaios cr�ticos").


More: Primeiras Discuss�es sobre o livro 1984

Re: News: Projeto Te�rico - 1984 - Vers�o preliminar (Rodrigo Antonio Quintano Neira)
Keywords: George Orwell 1984
Date: Fri, 28 May 1999 14:48:50 GMT
From: Rodrigo Antonio Quintano Neira <penguin@wac.com.br>


    Primeiras Discuss�es sobre o livro 1984

O ano de 1984 passou de modo muito diferente ao vislumbrado e descrito por George Orwell; seu livro 1984 ficou sendo apenas um bom livro de fic��o. Ao imaginar com tanto pessimismo como seria a sociedade desse ano, ele certamente estava extrapolando de maneira exagerada o estalinismo que se iniciava na R�ssia, tomando como base os resultados desastrosos do nazismo de Hitler que chegava ao fim.

Talvez Orwell tenha cometido um �nico erro, supor que a tend�ncia de governos totalit�rios permaneceria firme por todo esse tempo, tornando-se predominante. No que diz respeito � tecnologia que viabilizaria o controle minucioso do Partido sobre a popula��o (teletelas e microfones aos milhares, essencialmente), suas previs�es foram bem razo�veis. Ele apresentou uma alternativa de futuro v�lida para a �poca: em nome de Hitler, nazistas queimavam livros e cometiam atrocidades em campos de concentra��o - faltava apenas maior abrang�ncia de seu poder, empecilho que a tecnologia poderia superar.

Quando se tenta fazer alguma previs�o do futuro desse tipo, uma das poucas sa�das � considerar as diversas dire��es poss�veis de serem seguidas e optar pela que parecer mais prov�vel. Previs�es a longo prazo fatalmente fracassam porque ao longo do tempo o leque de possibilidades de dire��o muda drasticamente.

Por outro lado, Orwell n�o podia estar mais certo quando supunha que o Estado, para ser todo poderoso como em seu livro, precisava ter meios sofisticados de difundir a informa��o que lhe era conveniente, bem como captar e filtrar de maneira eficiente as informa��es sobre os indiv�duos. Hoje em dia, informa��o � poder. Ter informa��o confi�vel antes dos demais significa dinheiro. Boatos t�m o poder debilitar todo um pa�s � beira da crise. Impedir o acesso � informa��o condena qualquer organismo � estagna��o.

Nesse sentido, o livro serve como valioso lembrete. De que maneira e em que escala somos dependentes de informa��o e dos principais meios pelos quais ela se propaga? Temos consci�ncia de como eles est�o sendo usados?

Em nossa sociedade, o indiv�duo est� sujeito a s�rias invas�es de privacidade. O maior perigo em potencial decorre da cultura atual, que nos incentiva a sermos cada vez pass�veis de sermos localizados, de estarmos cada vez mais dispon�veis para outrem e por isso mesmo mais vulner�veis. Vejamos alguns exemplos de tecnologias de comunica��o que ocupam grande espa�o em nossa sociedade:

Telefone - as liga��es podem ser grampeadas.
Telefone celular - seus usu�rios sujeitam-se e acostumam-se a interrup��es a qualquer momento e em qualquer lugar.
Pager - as mensagens enviadas passam abertamente pelas m�os de desconhecidos.
Internet - aqui as possibilidades de intrus�o atingem n�veis extremos. Todo tipo de transmiss�o (e-mail, transfer�ncia de arquivos, transa��es banc�rias, etc.) pode ser interceptado, analisado e corrompido. Programas como ICQ notificam sua entrada na rede a outros usu�rios que t�m permiss�o para serem notificados; no m�nimo, o servidor do ICQ passa a ter conhecimento de sua freq��ncia de uso da rede e de sua lista de contatos. Usu�rios mais liberais de WebCams permitem que sua intimidade domiciliar esteja dispon�vel para quem quiser ver.

Quanto mais sofisticada a tecnologia de comunica��o, mais estat�sticas e informa��es podem ser obtidas de seus usu�rios e mais dif�cil torna-se detectar e eliminar intrus�es. A sociedade precisa sempre ter consci�ncia do quanto se exp�e e reagir caso perceba que o governo ou organiza��es de quaisquer tipo est�o se intrometendo al�m da conta na privacidade individual.


News: Projeto Te�rico - 1984 - Vers�o Final

Re: : Tema para o Projeto Teorico (Sergio)
Keywords: 1984 George Orwell Vers�o Final
Date: Tue, 29 Jun 1999 02:21:09 GMT
From: Rodrigo Antonio Quintano Neira <penguin@wac.com.br>

A vers�o final de nosso Projeto Te�rico encontra-se dispon�vel em
formato HTML no seguinte endere�o:

http://www.linux.ime.usp.br/~sergiof

Rodrigo Antonio Quintano Neira e S�rgio Vaz Fernandes


None: Calend�rio de MAC 333

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Sun, 25 Apr 1999 19:44:26 GMT
From: Rafael Valvassoura <rafael@linux.ime.usp.br>

Apesar de ter faltado nas duas �ltimas aulas, eu fiquei sabendo que o professor marcou a(s) data(s) da(s) prova(s).
Algu�m poderia publicar as datas na discuss�o ou envi�-las para mim atrav�s do e-mail rafael@linux.ime.usp.br??
Obrigado


Feedback: Datas de prova

Re: : Calend�rio de MAC 333 (Rafael Valvassoura)
Keywords: Datas de prova
Date: Mon, 26 Apr 1999 02:35:19 GMT
From: Elis�ngela Peres <eperes@keyword.com.br>

Ol�!

Teremos duas provas:
P1: 30/04 (mat�ria at� 16/04)
P2: 01/06 (mat�ria do in�cio at� 28/05)

D� uma olhada nas notas de aula, na p�gina do professor. L� est�o indicadas tamb�m as datas para o projeto.

At� mais,

Elis�ngela


Sad: Arquivvos MIDI proibidos e EMAIL monitorado

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: MIDI, EMAIL monitorado, FBI, direitos autorais,
Date: Mon, 26 Apr 1999 20:28:18 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Esta not�cia eu fiquei sabendo agora! Est�o tentando controlar a difus�o de arquivos no formato MIDI. Problemas a respeito de direitos autorais... Encontrei uma explica��o razo�vel do que est� acontecendo aqui:

http://shouthouse.com/midi_conspiracy.cfm

Acredito que seja desnecess�rio explicar isto aqui, mais por via das d�vidas eu explico: gerar arquivo MIDI a partir de uma m�sica n�o � pirataria! Um arquivo MIDI � similar a uma "partitura" da m�sica, e o fato de lembrar muito ou pouco a m�sica original s� depende da capacidade do m�sico que o elaborou. Pelo que eu saiba, ainda n�o existe uma forma eficiente de se obter uma m�sica de um CD, por exemplo, e tentar gerar automaticamente um MIDI da m�sica... Elas s�o geradas "de ouvido", e um MIDI de boa qualidade geralmente requer algumas horas de trabalho (ou DIAS!) para ser desenvolvido.

Bom, considerando a tend�ncia em que estas coisas est�o acontecendo, daqui a pouco tempo v�o tentar proibir arquivos de partituras de m�sica ou tablaturas de guitarra, pois tais arquivos claramente "violam" direitos autorais...

Uma outra acusa��o grave � quanto a um poss�vel monitoramento de EMAIL's pelo FBI, para tentar localizar as pessoas que estejam distribuindo arquivos neste formato. Muitos sites que distribu�am MIDIS j� est�o sendo fechados.

Bom, direitos autorais sobre software e sobre grava��es digitais de m�sicas at� d� para engolir... Mas direitos autorais sobre partituras de m�sicas? (pois um arquivo MIDI nada mais � que isto!) At� onde isto pode chegar?

Aproveitando o embalo, esta semana ainda eu coloco uns arquivos MIDI's que eu considero de qualidade muito boa na minha p�gina. Aproveitem, pois eu terei de delet�-los quando o FBI descobrir ( hehehehe! :-D )


Warning: Quanto custa um MIDI File?

Re: Sad: Arquivvos MIDI proibidos e EMAIL monitorado (David Machado)
Keywords: MIDI, EMAIL monitorado, FBI, direitos autorais,
Date: Mon, 26 Apr 1999 21:01:42 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

H�, h�, h�, h�!

Estive dando uma olhada nos pre�os dos arquivos MIDI da TRYCHO. Olhem s� que piada! Ser� que eles querem falir?

"Mix and Match" Single Songs (Do not include collections)
Please select your intended pricing:

$8.95 Each, or ....
5 Songs for $21.95
10 Songs for 34.95
15 Songs for $44.95
20 Songs for $49.95
25 Songs for $59.95
30 Songs for $79.95
50 Songs for $99.95
100 Songs for $189.95
200 Songs for $369.95

Fa�amos as contas... Um CD tem em m�dia umas 15 m�sicas, e custam por volta de $30... Ou seja, cada m�sica custa uns 2 d�lares. Eles vendem um MIDI por 9 d�lares, mas se voc� quiser pode comprar 200 por cerca de 1,8 d�lares cada um... Parece piada, mas n�o �!

Bom, s� espero que eles n�o queiram me cobrar direitos autorais por fazer um COPY-PASTE de um trecho da p�gina deles... :-D


Agree: Mais um exemplo da mentalidade que deve ser mudada...

Re: Sad: Arquivvos MIDI proibidos e EMAIL monitorado (David Machado)
Keywords: MIDI, EMAIL monitorado, FBI, direitos autorais,
Date: Thu, 13 May 1999 13:27:11 GMT
From: Rafael Valvassoura <rafael@linux.ime.usp.br>

Tenham piedade...

Proibindo a troca de arquivos MIDI � realmente algo absurdo! O termo tempestade em copo d'�gua � pouco para isso. Todos sabemos que algu�m com um teclado/sintetizador e um bom ouvido musical pode reproduzir qualquer m�sica. Ainda mais com o aux�lio da partitura da m�sica, que n�o � coisa dif�cil de se encontrar por a� (at� resolverem proibir isso tamb�m!!)

Daqui a pouco v�o proibir o uso de fitas K7...


Note: Tema do projeto teorico

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: tema projeto teorico
Date: Tue, 27 Apr 1999 15:15:10 GMT
From: Henrique e Gustavo <ceriba>

O Grupo composto por:
	Henrique P. F. Ceribelli
	Gustavo Tadao Okida

decidir fazer o trabalho sobre o seguinte tema:
	'The Eletronic Market Place Metaphor: Selling Goods and Services on the I-Way" que corresponde a parte 3 do livro Internet Dreams que esta no XEROX.


News: Mercado eletronico e Hierarquia eletronica

Re: Note: Tema do projeto teorico (Henrique e Gustavo)
Keywords: tema projeto teorico
Date: Sun, 23 May 1999 19:55:38 GMT
From: Henrique P. F. Ceribelli <ceriba>
Body-URL: http://www.ime.usp.br/~ceriba/emeh.html

Electronic Markets and Electronic Hierarchies

Mercado eletr�nico e Hierarquia eletr�nica

 

Atualmente, a Internet esta emergindo como um amplo mercado eletr�nico. Mais e mais servi�os on-line s�o conectados a ele, e v�rios m�todos novos de conduzir transa��es financeiras est�o se tornando on-line.

A id�ia de mercado eletr�nico esta transformando os neg�cios internamente e externamente. Desde 1980, ele tem contribu�do para a tend�ncia rumo ao downsizing e descentraliza��o. V�rios observadores das industrias tem predito que o futuro da corpora��o ser� a corpora��o virtual. Numa r�pida mudan�a e aumento da economia global, entidades inflex�veis e fixas est�o sendo substitu�das por grupos din�micos no qual os times de neg�cios reagem a oportunidades de neg�cio, se unindo para conduzir projetos espec�ficos.

Por que isto est� ocorrendo? Como Malone, Yates, e Benjamin v�em isto, a substitui��o das hierarquias pelas for�as do mercado para coordenar a atividade econ�mica n�o � acidental. Isto � dirigido pelo efeito da tecnologia - o aumento da flexibilidade e a redu��o dos custos tornaram-se poss�veis atrav�s da tecnologia de informa��o.

Estrutura anal�tica

Defini��o de Mercados e Hierarquias

A economia tem dois mecanismos b�sicos para coordenar o fluxo de materiais e servi�os atrav�s dos est�gios adjacentes na cadeia de valor adicionado: mercados e hierarquias.

Mercados s�o organiza��es por cujo interm�dio os compradores, atrav�s da demanda, e os vendedores atrav�s da oferta, se mant�m em estreito contato. Os mercados est�o sujeitos a numerosas for�as que os alteram. Portanto, o mercado coordena esse fluxo atrav�s das for�as da oferta e da demanda e atrav�s de transa��es externas entre diferentes indiv�duos e firmas. As for�as do mercado determinam o design, o pre�o, a quantidade, e entregam a lista dos objetivos de um dado produto que vai servir como entrada em outro processo: o produtor do bem ou servi�o compara todas as poss�veis fontes e faz a escolha baseado na melhor combina��o desses atributos.

Hierarquias, de outro lado, coordena o fluxo de materiais atrav�s dos est�gios adjacentes controlando-o e direcionando-o � um n�vel maior na hierarquia gerencial. S�o as decis�es gerenciais, n�o as for�as de mercado, que determinam o design, o pre�o (se relevante), quantidade, entregam listas onde os produtos de um est�gio na cadeia de valor adicionado � procurado pelo pr�ximo est�gio. Assim, os produtores n�o escolhem o fornecedor de um grupo potencial de fornecedores; eles simplesmente trabalham com um �nico pr�-determinado.

 

Fatores que favorecem Mercados ou Hierarquias

A tabela abaixo mostra os custos relativos para mercados e hierarquias.

Tipo de organiza��o Custos de produ��o* Custos de Coordena��o**
Mercados Baixo Alto
Hierarquia Alto Baixo

* incluem o f�sico ou qualquer ou processo prim�rio necess�rios para criar e distribuir os produtos ou servi�os produzidos.
** incluem os custos de transa��o de todo o processo de informa��o necess�rio para coordenar o trabalho das pessoas e das m�quinas que realizam o processo prim�rio.

No mercado, o produtor pode comparar diferentes possibilidades de fornecedores e escolher aquele que o fornece a melhor combina��o de diferentes caracter�sticas como design e pre�o, minimizando assim o custo de produ��o de seu produto.

Entretanto, os custos de coordena��o do mercado associados com essa vasta possibilidade de escolha tornam-se relativamente altos, porque o produtor deve coletar e analisar informa��es de uma grande variedade de poss�veis fornecedores.

Algumas hierarquias, de outro lado, restringem a escolha de procura de fornecedores para um �nico pr�-determinado. Assim, os custos de produ��o em geral s�o mais altos do que no mercado. Por�m, na organiza��o hier�rquica, h� a redu��o dos custos de coordena��o atrav�s da elimina��o da necessidade do produtor de coletar e analisar informa��es de uma grande variedade de poss�veis fornecedores.

Uma vez que a ess�ncia da coordena��o envolve comunica��o e processo de informa��o, o uso da tecnologia de informa��o d� a impress�o de estar reduzindo esses custos.

Dois outros fatores, mais espec�ficos, que podem ser mudados pela tecnologia de informa��o s�o tamb�m importantes na determina��o de qual estrutura de coordena��o � desej�vel: bem espec�fico e complexidade da descri��o do produto. Itens que s�o ambos altamente espec�ficos e altamente complexos na sua descri��o s�o mais prov�veis de serem obtidos atrav�s de uma rela��o hier�rquica, enquanto itens que n�o s�o muito espec�ficos e tem uma descri��o simples s�o mais freq�entemente obtidos atrav�s de uma rela��o de mercado.

 

Mudan�as contempor�neas na estrutura de mercado

Emerg�ncia das interconex�es eletr�nicas

Novas tecnologias de informa��o tem reduzido substancialmente tanto o tempo quanto o custo da comunica��o.

A tecnologia de informa��o pode:

  • Permitir um n�mero maior de informa��es a ser comunicada num mesmo espa�o de tempo
  • Reduzir os custos dessa comunica��o drasticamente.

Esses efeitos podem beneficiar tanto o Mercado quanto a Hierarquia.

Al�m disso, a coordena��o eletr�nica pode ser usar para obter vantagens sobre dois outros efeitos: corretagem eletr�nica e integra��o eletr�nica.

O efeito da corretagem eletr�nica simplesmente significa que mercados eletr�nicos, que conectam eletronicamente os produtores e os fornecedores atrav�s de um banco de dados central, podem desempenhar a fun��o de um corretor (contata v�rios fornecedores e produtores potenciais e, filtrando as possibilidades, ajuda a unir uma parte com a outra).

Esse efeito pode:

  • Aumentar o n�mero de alternativas que podem ser consideradas;
  • Aumentar a qualidade das alternativas eventualmente selecionadas;
  • Reduzir o custo total do processo de sele��o do produto.

O efeito da integra��o eletr�nica ocorre quando a tecnologia da informa��o n�o � usada apenas para acelerar a comunica��o, mas para mudar e levar a uma uni�o mais firme dos processos que criam e usam a informa��o. Pelo fato dos dados serem inseridos apenas uma vez, esse efeito reduz o tempo e evita os erros. Benef�cios muito mais importantes s�o poss�veis em situa��es especificas, como a tecnologia CAD/CAM, que, por exemplo, permite que tanto o engenheiro de design quanto o de produ��o acessem e manipulem seus respectivos dados para testar novos designs e criar um produto mais satisfat�rio para ambos os lados. Como um outro exemplo, existem sistemas que ligam os invent�rio dos processos ger�ncias dos fornecedores e dos compradores. Desse modo, o fornecedor pode vender seus produtos para ser usado no processo gerencial do comprador, em tempo real, possibilitando este eliminar os custo da manuten��o do invent�rio, reduzindo assim o custo total do invent�rio para as companhias conectadas. Os benef�cios do efeito da integra��o eletr�nica s�o normalmente capturados mais facilmente em hierarquias eletr�nicas, mas tamb�m, se manifestam algumas vezes em mercados eletr�nicos.

 

Transi��o de Hierarquias para Mercado

O autor desse livro ("Internet Dreams") faz a seguinte predi��o: O efeito global dessa tecnologia servir� para aumentar a propor��o da atividade econ�mica coordenada pelos Mercados.

Existem dois argumentos gerais favor�veis a essa transi��o:

O primeiro � a hip�tese de um enorme uso da tecnologia de informa��o aparenta diminuir o custo unit�rio da coordena��o (processamento de informa��o envolvidas em tarefas como sele��o de fornecedores, etc.), pois isto envolve comunica��o e processamento de informa��o.

O segundo argumento � baseado na tabela descrita anteriormente. A principal desvantagem do mercado � o custo da condu��o das transa��es do mesmo, que s�o geralmente mais altos do que nas hierarquias. Uma redu��o global dos custos unit�rios da coordena��o reduziria a import�ncia da dimens�o dos custos de coordena��o (onde o mercado � fraco) e assim levar o mercado a se tornar mais desej�vel em algumas situa��es onde as hierarquias foram anteriormente favorecidas.

 

Mudan�as em fatores favorecendo mercados eletr�nicos versus hierarquias eletr�nicas

Banco de dados e comunica��o eletr�nica via banda larga podem lidar e transferir descri��es de produtos complexas e multidimensionais muito mais facilmente que os tradicionais modos de comunica��o. Al�m disso, algumas descri��es de produtos anteriormente classificadas como altamente complexas (como reservas de passagens a�reas), podem agora ser consideradas menos complexas no que diz respeito � capacidade da tecnologia em comunicar e manipul�-los.

 

Conclus�es do autor e implica��es estrat�gicas

Uma leitura causal de revistas/jornais de neg�cios confirma que a comunica��o eletr�nica dentro e entre as organiza��es esta se tornando muito importante. Foi mostrado como o aumento do uso de interconex�es eletr�nicas podem ser vistas como resultado da tr�s efeitos: a comunica��o eletr�nica, a corretagem eletr�nica e a integra��o eletr�nica.

Talvez o mais importante fato que foi discutido � que, reduzindo os custos de coordena��o, a tecnologia da informa��o vai conduzir para uma mudan�a global rumo a um uso proporcionalmente maior do Mercado do que da Hierarquia para coordenar as atividades econ�micas.

Essas an�lises tem diversas implica��es para as estrat�gias das corpora��es:

  1. Todos os que participam do mercado deveriam considerar as vantagens em potencial provida pelo mercado eletr�nico em seu com�rcio.
  2. Todas as firmas que participam do mercado deveriam considerar se a grande quantidade de atividades que s�o feitas internamente atualmente poderiam ser realizadas com um menor custo e mais flexivelmente por fornecedores de fora no qual a sele��o e o trabalho poderia ser coordenados por sistemas baseados em computadores.
  3. Grupos de sistemas de informa��o da maioria das firmas deveriam come�ar a planejar o infra-estrutura da rede necess�ria para suportar as interconex�es internas e externas aqui descritas.
  4. Desenvolvedores avan�ados deveriam come�ar a pensar em com desenvolver aux�lios inteligentes, para ajudar os compradores a selecionar produtos de um grande n�mero de op��es, e que prov�em informa��es detalhadas aos fornecedores sobre as prefer�ncias do cliente.

Se a predi��o do autor estiver correta, n�s n�o podemos esperar que o mundo eletronicamente interconectado do futuro ser� apenas uma vers�o mais r�pida e eficiente do mundo atual. Em vez disso, n�s devemos esperar mudan�as fundamentais em como as firmas e o mercado organizam o fluxo de servi�os em nossa economia.

 

O Com�rcio Eletr�nico

O mercado eletr�nico precisa de mecanismos que facilitem o com�rcio. Malone, Yates e Benjamin dividem o com�rcio eletr�nico em tr�s faixas que precisam de diferentes mecanismos.

A faixa superior inclui transa��es comerciais muito complexas que precisam de servi�os espec�ficos e contratos feitos sob encomenda. Podemos citar como exemplos, aquisi��o de empresas e constru��o do design de um musical da Broadway. Essas transa��es s�o dif�ceis de serem representadas em um cat�logo e em modelos de encomenda padr�es. Como voc� pode esperar, essa faixa de com�rcio tem resistido � automa��o em mercados eletr�nicos.

A maior parte das transa��es ocorrem na faixa intermedi�ria. Isto inclui muitos tipos de neg�cios e os emergentes on-line shoppings centers. Essa faixa � onde as pessoas esperam que a Internet brilhe.

A faixa inferior envolve transa��es muito simples que tem valores t�o pequenos que n�o � economicamente vi�vel armazen�-las e fatur�-las com os sistemas de faturamento tradicionais. Trabalhos digitais poderiam produzir muitas transa��es nessa faixa. Imagine pagar, por exemplo, um centavo para incluir uma fotografia digital em um relat�rio escolar. Se um n�mero suficiente de pessoas tirar proveito disso, o mercado total pode ser muito grande.

Mudan�as nas comunica��es digitais em todos esses n�veis est� possibilitando que o com�rcio eletr�nico se expanda. Em uma escala muito ampla, a sociedade esta tentando imaginar como fazer neg�cio e quais os novos modelos e valores que v�o definir o mercado eletr�nico.

A Revista Fortune desse mes de maio de1999 existem v�rios artigos sobre o Com�rcio Eletr�nico. Existe um artigo de Eryn Brown sobre "9 maneira de se vencer na Internet" e um artigo de Eric Nee, "Some Companies Still Don't Get It".

 

Os consumidores (de produtos da faixa intermedi�ria)

Segundo Robs Miguel Winge, diretor da DVD World ( http://www.dvdworld.com.br ) "As pessoas que usam a Internet querem coisas simples e de acesso r�pido e f�cil".

A Jupiter Communications realizou um estudo dos consumidores, descobrindo que, para eles (os consumidores), as vantagens mais importantes das compras pela Internet s�o a oportunidade, f�cil entrega, seguran�a, boa informa��o, facilidade para encomendar e para (eventualmente) cancelar o pedido. A maior preocupa��o � com a seguran�a (89%). "Pre�o baixo" foi indicado por 55% dos entrevistados.

Outro relat�rio interessante prediz que, como o n�mero de europeus com acesso � Internet crescer� de 9.9 milh�es em 1997 para 44.9 milh�es em 2004, o com�rcio de produtos para consumidores dominar� o com�rcio entre empresas, que representa hoje cerca de 92% do com�rcio eletr�nico na Europa. No Brasil o n�mero atual de usu�rios da Internet � de cerca de 2 milh�es de pessoas e est� crescendo � raz�o de 20% ao ano.

Essas informa��es n�o mostram apenas o poder, mas tamb�m o r�pido crescimento da Internet e do com�rcio eletr�nico.

 

P�ginas Amarelas no Brasil

Existe um site de p�ginas amarelas na Internet com 90.000 registros, em http://www.guiaspaginasamarelas.com.br, onde temos:

BUSCA: As palavras chave da busca s�o os t�tulos dos servi�os/produtos oferecidos, como por exemplo, Inform�tica - Artigo e Suprimentos, e n�o pelo produto que o cliente deseja consultar, como por exemplo teclado de computador.

RESPOSTA: Como resposta da busca feita, o cliente recebe informa��es, como endere�o e telefone, das lojas que oferecem os servi�os/produtos e n�o informa��es dos produtos ou pre�os, promo��es, etc.

Portanto, esse site � apenas um digitaliza��o das p�ginas amarelas da lista telef�nica, e n�o usufrui de diversas vantagens que a Internet oferece, como descrito no item Comprando por P�ginas Amarelas.

Um outro site que oferece o mesmo tipo de servi�o � http://www.uol.com.br/mercadoeletronico

Entretanto, existe um site que chega mais perto do tipo de p�ginas amarelas descrito por Mark Stefik:

O site http://miner.uol.com.br faz busca de livros, CDs, hardware/software. Al�m disso, faz busca de pessoas, jogos, textos, documenta��o sobre Java, artigos m�dicos, not�cias, free/share softwares, em bases jur�dicas e informa��es sobre o que as pessoas est�o buscando hoje em dia.

As buscas comerciais (livros, CDs, computador) s�o feitas pelo produto (por exemplo: Teclado de Computador) e obtem-se como resposta os pre�os nas lojas cadastradas no site.

Portanto, esse site j� fornece o pre�o do produto, facilitando a compra pelo menor pre�o. Entretanto, existe apenas um pequeno n�mero de lojas cadastradas e n�o se obtem informa��es sobre os produtos.

 

Bibliografia

  • Item "Excerpt from Eletronic Markets and Eletronic Hierarchies" da parte 3 do Livro Internet Dreams de Mark Stefik.
  • Revista Internet Business de mar�o de 1999 ( http://ibusiness.com.br )
  • Revista da ESPM, volume 6 - Edi��o n�mero 2 - Mar�o/Abril 1999
  • Buscas na Internet em geral.

Feito por Henrique Pedreira de Freitas Ceribelli

 


Idea: Consideracoes Gerais

Re: News: Mercado eletronico e Hierarquia eletronica (Henrique P. F. Ceribelli)
Keywords: tema projeto teorico
Date: Mon, 14 Jun 1999 12:29:36 GMT
From: Julio C�sar Silva de Queiroz <jqueiroz@linux.ime.usp.br>

No inicio do texto e' dito que o processo de escolha de produtos(design, preco, etc) e' feito pela hierarquia independente da forca exercida pelos consumidores. Discordo disso, em todo processo comercial o objetivo basico e' alcancar as necessidades dos consumidores, portanto com certeza as pressoes de mercado devem ser levadas em consideracao pelos camadas gerenciais de uma empresa comercial.

Outro ponto importante e' o raciocinio feito para se chegar a conclusao que a tecnologia de informacao auxilia na flexibilidade e facilidade do processo de escolha gerencial. Domenico de Masi vislumbra sua "Sociedade do Lazer" baseado no fato de que no futuro(que alias esta bem proximo) do a atividade de producao estara automatizada(segundo ele em menos de vinte anos isso sera feito por apenas 2% da populacao economicamente ativa). Vislumbrando esse futuro ja hoje, o discurso Neo-Liberal que varre o Mundo inteiro hoje diz que as pessoas tem que especializar a sua mao de obra para garentirem seus empregos no futuro. Se apenas 2% da populacao fara parte do processo produtivo, e segundo esse texto agora temos a espectativa de que essa automatizacao comece a dominar ate as atividades gerenciais, onde e com o que iremos trabalhar? Acho que ou o discurso do prof. de Masi vai comecar a ser aceito pela sociedade ou teremos um colapso social tremendo.

E completando, temos a discusao a respeito das camadas comerciais onde e' dito que a camada superior resistira' ao comercio eletronico e no nivel intermediario e onde havera o dominio dessa atividade comercial. Para a camada inferior eu acho que o paradigma que ira dominar e justamente o explicado nos trabalhos de Lietaer( http://www.linux.ime.usp.br/~jqueiroz/dinheiro.html) onde ele diz que o sistema financeiro sera baseado em moedas locais e trocas de servicos.


None: hierarquia independente das forcas de mercado

Re: Idea: Consideracoes Gerais (Julio C�sar Silva de Queiroz)
Keywords: tema projeto teorico
Date: Mon, 28 Jun 1999 12:35:15 GMT
From: Henrique Pedreira de Freitas Ceribelli <ceriba@ime.usp.br>

O senhor disse que discorda do seguinte fato: "...processo de escolha de produtos(design, preco, etc) e' feito pela hierarquia independente da forca exercida pelos consumidores.". Entretanto, o fato que voce discordou e' a definicao de Hierarquia, e nao uma opiniao, e existem varias empresas que trabalham nesse sistema. Entretanto, a visao que voce argumentou, "em todo processo comercial o objetivo basico e' alcancar as necessidades dos consumidores, portanto com certeza as pressoes de mercado devem ser levadas em consideracao pelos camadas gerenciais de uma empresa comercial", e' a visao das empresas atuais, o que reforca os argumentos que levam a transicao das Hierarquias para Mercado.

Obrigado pela citacao do seu trabalho teorico (Dinheiro eletronico) pois nossos trabalhos estao interelacionados.


None: hierarquia independente das forcas de mercado

Re: Idea: Consideracoes Gerais (Julio C�sar Silva de Queiroz)
Keywords: tema projeto teorico
Date: Mon, 28 Jun 1999 12:48:21 GMT
From: Henrique P. F. Ceribelli <ceriba@ime.usp.br>

O senhor disse que discorda do seguinte fato: "...processo de escolha de produtos(design, preco, etc) e' feito pela hierarquia independente da forca exercida pelos consumidores.". Entretanto, o fato que voce discordou e' a definicao de Hierarquia, e nao uma opiniao, e existem varias empresas que trabalham nesse sistema. Entretanto, a visao que voce argumentou, "em todo processo comercial o objetivo basico e' alcancar as necessidades dos consumidores, portanto com certeza as pressoes de mercado devem ser levadas em consideracao pelos camadas gerenciais de uma empresa comercial", e' a visao das empresas atuais, o que reforca os argumentos que levam a transicao das Hierarquias para Mercado.

Obrigado pela citacao do seu trabalho teorico (Dinheiro eletronico) pois nossos trabalhos estao interelacionados.


None: Conceitos de com�rcio eletr�nico

Re: Note: Tema do projeto teorico (Henrique e Gustavo)
Keywords: tema projeto teorico
Date: Mon, 24 May 1999 02:38:25 GMT
From: Gustavo Tadao Okida <gtadao@uol.com.br>

Part 3
The Eletronic Marketplace Metaphor :
Selling Goods and Services on I Way
 
 
Os neg�cios movem o mundo, o valor do neg�cio n�o est� necessariamente no valor absoluto da entidade negociada, mas como ela � negociada. Todos j� ouviram o jarg�o "Homem de a��o" e o prov�rbio "a��o fala mais alto que palavras". No mundo f�sico a��o sustenta a vida.
Qualquer cultura possui um estilo pr�prio de sobreviv�ncia, adaptado de outras ou originais, e toda cultura tem hist�rias que ensinam como faz�-lo. Estas hist�rias mudam com o tempo, junto com a necessidade e estilo de vida. Os ensinamentos que s�o passados gera��o a gera��o e s�o intimamente ligados ao tipo de vida que cada sociedade tem de acordo com o tempo. Por exemplo, houve �poca em que os ensinamentos de ca�a eram super valorizados, depois a agricultura, a guerra, mostrando diferentes culturas em diferentes est�gios. Na era digital, os valores est�o mudando novamente e para entender tais mudan�as vamos analisar as mudan�as com a ajuda da arqueologia e mitologia.
 
Myths and Archetypes for Awakening the Trader
 
A cultura de ca�a e coleta de alimentos � a forma original de sobreviv�ncia da sociedade humana, como os animais irracionais. Esta cultura � chamada de cultura n�made ou simplesmente cultura de ca�a. Esta cultura � dominante na era Paleoz�ica e podemos ainda observar alguns tra�os desta cultura em algumas sociedades contempor�neas. Um caso muito estudado � a Mesopot�mia "um peda�o de terra entre rios". Mesopot�mia � um nome grego para esta triangular entre os rios Tigres e Eufrades e que se estende desde Bagda at� as montanhas da Arm�nia.
A cultura n�made esteve dominantemente presente em torno de 8000 ac , quando a revolu��o da agricultura trouxe a domestica��o de plantas e animais como principal mudan�a nos paradigmas sociais. Trouxe tamb�m uma grande mudan�a nas regras sociais entre homens e mulheres.
Na cultura n�made, a base das hist�rias sobre a��o s�o : o religioso ( aquela pessoa que possu�a poderes de magia ), o ca�ador e o negociador. Evid�ncias v�em dos registro arqueol�gicos e observa��es de sociedades atuais como os abor�gines Australianos. O homem era o ca�ador, as mulheres geralmente eram as colhedoras de frutas, ra�zes e vegetais. Ambos trabalhavam juntos para a sobreviv�ncia.
A ca�a era uma atividade incerta e perigosa e por isto eles recorriam a uma prepara��o espiritual ( o religioso ). Os religiosos aben�oavam os ca�adores com rituais de pintura e dan�as para envocar os esp�ritos guardi�es. Quando houve a mudan�a de cultura, os ca�adores tiveram seu prest�gio diminu�do e substitu�do por outros tipos.
A descoberta da agricultura trouxe uma revolu��o cultural. A atividade de ca�a tornou-se menos importante que a domestica��o dos animais outrora ca�ados. A agricultura trouxe valores diferentes. Para os ca�adores, as crian�as atrapalhavam a ca�ada, j� para os agricultores, elas significam mais m�o de obra. Muitas culturas tornaram-se matriarcais quando tiveram sua revolu��o agr�cola.
Em torno de 4000 ac , a cultura patriarcal na Mesopot�mia veio substituir a cultura matriarcal. H� documentados que relatam o enriquecimento dos fazendeiros e a migra��o de pessoas da montanha para as plan�cies. Em torno de 6000 ac, algumas sociedades tiveram dificuldades de sobreviv�ncia devido as condi��es clim�ticas e houve uma corrida para a procura de terras mais f�rteis, criando situa��es de confronto. Houve confronto violento, inclusive registros arqueol�gicos mostra as primeiras imagens destas viol�ncias no per�odo Paleoz�ico. Os negociadores tornaram-se figura importante para a sobreviv�ncia da sociedade. Meninos eram ensinados a ignorar a dor e o medo e instru�dos a ignorar os negociadores.
Com a guerra e o ac�mulo da popula��o, foram criadas sociedades maiores e mais organizadas. Na Mesopot�mia conceitos como pol�tica, centro de negocia��es e governo se estabeleceram. Cresceram as pr�ticas de negocia��o de objetos. Em torno de 3100 ac formaram-se as primeiras cidades ( como conhecemos hoje ) e perto de 2000 ac a civiliza��o da Mesopot�mia instituiu o sistema de irriga��o e controle de solo.
O processo de transi��o da sociedade de ca�a-agr�cola para uma sociedade como a Mesopotamia pode ser observada em muitos outros exemplos pelo resto do mundo. Houve a mudan�a da imagem do ca�ador-coletador para o her�i-guerreiro.
 
From Tricksters to Heroes : The Evolution of Myths and Archetypes
Allan Chine, em seu livro "Beyond the Hero", mostrou como o tipo ca�ador-guerreiro da era Paleoz�ica mudou para o tipo religioso da sociedade agr�cola que foi substitu�do pelo tipo her�i-geurreiro da sociedade patriarcal.
O papel do negociador est� presente na mitologia de v�rias culturas , como por exemplo : Herme da Gr�cia, Legba da �frica e o Coiote da Am�rica do Norte. Sua imagem est� ligada ao tipo ca�ador, curandeiro e m�dico. Muitas imagens da era paleoz�ica nos trazem a figura de um ser meio humano, meio animal. Este � o tipo s�mbolo da sociedade Paleoz�ica, eles usavam a magia para envocar os esp�ritos dos animais para ajudar nas ca�as.
Apesar da mudan�a de paradigmas, este tipo n�o desapareceu, como podemos ver na mitologia grega.
A cultura patriarcal trocou o tipo ca�ador-cultivador pelo tipo her�i-guerriro e surgiu a id�ia de rei. Joseph Campbell�s discute em seu livro "The hero with a thousand Faces", algumas mudan�as e conflitos gerados com esta nova cultura como a mudan�a no relacionamento entre pais e filhos. Em muitos mitos os mais novos substituem os mais velhos pacificamente ou de atrav�s de luta, mas de um jeito ou de outro existe a id�ia do her�i que ser� o vencedor. Esta sociedade patriarcal est� muito relacionada com a organiza��o militar e em alguns casos, os patriarcas se tornam tiranos.
 
Geting things Done in the eletronic Marketplace
 
Qual o perfil da sociedade no mercado eletr�nico ? A hierarquia da grande organiza��o comercial se assemelha a organiza��o patriarcal. Mas as pequenas organiza��es trabalham no sistema de coopera��o e se assemelha ao tipo negociador.
No segundo artigo desta se��o, Malone argumenta que a comunica��o eletr�nica est� mudando os custos dos neg�cios e est� favorecendo a organiza��o de mercado e a crise da organiza��o hier�rquica. Podemos esperar mudan�as nos conceitos de valoriza��o, o tipo geurreiro n�o mais ser� valorizado e ser� dado uma �nfase na imagem do homem negociador, na comunica��o e coordena��o.
Devido ao fato do com�rcio eletr�nico ser novo, muitas coisas que est�o sendo feitas s�o apenas experimenta��es. Na rede original ( ARPANET ) o com�rcio era desistimulado.
Em 1990 a id�ia do com�rcio come�ou a ser aceita. O uso do dinheiro digital e cart�o de cr�dito come�ou a ser recomendado. A quest�o � : n�o importa como o dinheiro vai ser gasto na rede, nas qual o tipo de aproxima��o deve se fazer para tornar mais rent�vel esta com�rcio?
The Deep Structure of the eletronic Marketplace Metaphor
 
O mercado eletr�nico tem a vantagem de come�ar com toda a experi�ncia do j� maduro com�rcio convencional. Nas cidades tradicionais, os produtores trazem seus bens a um lugar de com�rcio onde s�o negociados. Muitos mercados s�o orientados a agricultura e coisas produzidas localmente. O benef�cio econ�mico est� na id�ia de que diferentes pessoas que produzem diferentes coisas podem intercambiar produtos. Quando existe a especializa��o, produtos se tornam mais baratos.
Outra met�fora � o dinheiro. No in�cio havia a economia natural, depois surgiu a id�ia do cr�dito ( in�cio do dinheiro ). Com o aumento da complexidade da estrutura do com�rcio, os valores passaram a ter uma maior flexibilidade, surgiu o mercado financeiro.
Uma an�lise do com�rcio eletr�nico deve ser criterioza pois n�o podemos ver com os mesmos olhos do com�rcio convencional.
As diferen�as come�am no conceito do lugar de negocia��o. Na com�rcio tradicional, o lugar � f�sico, h� os gastos de transporte e locomo��o dos compradores a este lugar, j� com�rcio eletr�nico o lugar de negocia��o � virtual, quase n�o existe custo para ir a este lugar virtual, muito mais pessoas s�o atra�da por esta facilidade.
O dinheiro no com�rcio eletr�nico vem de forma diferente do conhecido dineiro vivo, cheque ou cart�o de cr�dito. Novas alternativas ser�o criadas para prover seguran�a e privacidade.
O custo da manofatura o do transporte � outro fator decisivo. Um exemplo � a venda de livros. No com�rcio tradicional, h� custo para a manofatura da primeira edi��o e um custo para as c�pias, existe tamb�m custos para transporte ( �tomos ). J� com com�rcio eletr�nico, O custo das c�pias e transporte s�o quase nulos, j� que s�o bit�s.
 
 
Challenging Assumptions about Marketplace
 
Como o conceito de biblioteca digital e o correio eletr�nico, o com�rcio eletr�nico poder� causar resultados insatisfat�rios se ignorarmos as diferen�as entre o com�rcio convencional e o eletr�nico. As mesmas tecnologias e tend�ncias hist�ricas que s�o muito importantes para o National Information Infrastructure ( NII ) est�o mudando parte de nossas vidas ao mesmo tempo. N�s n�o podemos montar a estrutura do com�rcio digital apenas digitalizando o com�rcio convencional.
As diferen�as come�am em conceitos como lugar de negocia��o. � evidente que no com�rcio eletr�nico o custo para locomo��o � quase nulo. No com�rcio eletr�nico, n�s somos passivos, o neg�cio vem at� nos.
O tempo e escala de regi�o s�o diferentes. No com�rcio tradicional, os comerciantes se re�nem num lugar e os compradores v�o at� l�. Por isso � dif�cil ampliar a �rea de atua��o. J� no com�rcio eletr�nico a barreira do tempo e da dist�ncia s�o quebrados, o controle poder ser feito por computadores, n�o por pessoas ( diminui custos ). Isto significa que o novo tipo de com�rcio poder� ser muito mais abrangente e aberto 24h.
O dinheiro na rede ser� diferente dos conecido meios atuais ( dinheiro vivo, cart�o de cr�dito, cheques ). As pessoas estar�o sempre em busca de um tipo que de privacidade e seguran�a.
Os custos de distribui��o e produ��o ser�o muito menores que os atuais, dando a possibilidade do pre�o final cair abruptamente.
 
Creating the eletronic Marketplace
 
Vamos considerar tr�s aspectos para a cria��o do com�rcio eletr�nico :
&#61623; Pre�o de divulga��o
&#61623; Qualidade
&#61623; Experi�ncia de comercializa��o
Estes aspectos s�o interessantes pois ser�o as formas de compara��o entre o com�rcio atual e o eletr�nico.
Na forma atual de divulga��o, os custos variam muito, dependem de quem vai fazer, como e em que escala. Uma pessoa pode cobrar muito devido a sua efic�cia, outras podem fazer pre�os melhores se a quantidade for grande. Na rede este custo cai a zero, pois transmitir BITS tem custo muito menor que a divulga��o de �tomos.
No mundo f�sico a guerra para montar um nome s�lido, uma marca aceita como padr�o de qualidade � mutio grande. Um bom nome � sin�nimo de bons servi�os. Mas e no com�rcio eletr�nico? A marca estar� associada ao tipo e quantidade de informa��o.
Algumas possibilidades de tipo de venda :
Compra por p�ginas amarelas :
Uma pessoa vai a um classificado e procura diversos fornecedores do produto que quer adquirir, ele faz a pesquisa de mercado e optar po um deles. A desvantagem � que esta lista deve ser muito grande para oferecer o maior n�mero de op��es poss�veis.
Compra por cat�logo :
Um distribuidor fornece um cat�logo completo de produtos e o usu�rio escolhe. Este tipo de com�rcio exige um nome forte por parte do distribuidor, sua marca deve ser conhecida e solicitada. A vantagem � que o usu�rio conhece a qualidade da marca , o usu�rio est� apenas interessado no produto e n�o no pre�o.
Compra por ag�ncias
Existem ag�ncias especializadas em busca de produtos, um usu�rio especifica o produto e a ag�ncia busca por op�!oes de pre�o e variedades.
Compra em Shopping virtuais
V�rios distribuidores e fabricantes est�o juntos oferecendo os produtos. Cada um faz sua oferta, � a guerra dos pre�os.
Atualmente as vendas por meio eletr�nico est�o engatinhando, existem exper�ncias j� em andamento no com�rcio de livros e m�sica. Algumas ag�ncias est�o come�ando a aparecer.
 
Conclus�es
O com�rcio eletr�nico vai trazer a sociedade muitos benef�cios como comodidade e diversifica��o. � um tipo de com�rcio que n�o ir� substituir o com�rcio atual. Para sua pr�pria sobreviv�ncia, este tipo de com�rcio ter� que criar paradigmas pr�prios, ter� que ter conceitos pr�prios. Conceitos como marketing, produ��o e distribui��o ter�o que ser discutidos.
N�o ser�o todas as empresas que poder�o ter no com�rcio eletr�nico algo rent�vel, h� a necessidade de definir qual segmento de mercado ter� vantagem neste novo tipo de com�rcio. Fazendo uma compara��o, ser� como o r�dio, televis�o e cinema, todos sobrevivem e tem seus espectadores diferenciados, cada um no seu segmento.
A atua��o no com�rcio eletr�nico tem que ser definida, temos que buscar a vantagem da comunica��o, divulga��o e diversifica��o para trazer benef�cios rent�veis.
 
P�ginas para serem analizadas :
www.fortune.com
www.cio.com
www.informationweek.com
 


News: Projeto final: Comercio eletronico

Re: Note: Tema do projeto teorico (Henrique e Gustavo)
Keywords: projeto teorico final comercio eletronico
Date: Mon, 28 Jun 1999 12:17:54 GMT
From: Henrique P. F. Ceribelli e Gustavo O. Tadao <ceriba@ime.usp.br>
Body-URL: http://www.ime.usp.br/~ceriba/indice.html

Com�rcio: Passado, Presente e Futuro

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Com�rcio: Passado, Presente e Futuro
Uma an�lise da met�fora do com�rcio eletr�nico

por Gustavo Tadao Okida e Henrique Pedreira de Freitas Ceribelli

Data: 25/06/1999


Atualmente, a Internet esta emergindo como um amplo mercado eletr�nico. Mais e mais servi�os on-line s�o conectados a ela, e v�rios m�todos novos de conduzir transa��es financeiras est�o se tornando on-line.


Foi feito uma interpreta��o das id�ias de Mark Stefik em seu livro Internet Dreams (dois primeiros textos da parte 3 -  The Eletronic Marketplace Metaphor:  Selling Goods and Services on I-Way).
Em seguida, foi feito uma an�lise do com�rcio eletr�nico atual e suas tend�ncias, onde foi feita uma breve discuss�o sobre o perfil dos e-consumidores e foi analisado alguns exemplo de com�rcio eletr�nico no Brasil. Depois, comentou-se sobre 7 mentiras a respeito do com�rcio eletr�nico e foi dado 5 dicas sobre como fazer compras seguras na Internet. Al�m disso, analisou-se as vantagens e desvantagens do sistema de reposi��o autom�tica de estoque utilizada no P�o de A��car, e comentou-se sobre marketing na Internet. Por �ltimo, fizemos uma conclus�o final e citamos outros links interessantes e a bibliografia.

Texto1: Eletronic Commerce on the Internet

Texto2: Mercado Eletr�nico e Hierarquia Eletr�nica

An�lise do com�rcio eletr�nico atual e suas tend�ncias

Perfil dos consumidores (de produtos da faixa intermedi�ria)

Com�rcio Eletr�nico no Brasil

Conclus�o do Com�rcio Eletr�nico no Brasil

Mentiras sobre e-commerce

Compras seguras

Estudo de caso : P�o de A��car - WEB EDI e a reposi��o autom�tica de estoque

Philip Kotler – Marketing para o S�culo XXI

Conclus�o final

Bibliografia


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Question: Untitled

Re: News: Projeto final: Comercio eletronico (Henrique P. F. Ceribelli e Gustavo O. Tadao)
Keywords: projeto teorico final comercio eletronico
Date: Thu, 16 Dec 1999 19:52:07 GMT
From: <gabrielabadi@bol.com.br>

I would like to obtain information about e-commerce. Where can I find it? Does anyone know where in the Internet I can find some info? Thanks!


None: Projeto teorico: lock-in

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Tue, 27 Apr 1999 17:24:42 GMT
From: Francisco JOse da Silva e Silva <fssilva@ime.usp.br>

Francisco Silva e Clenio Batista se prontificam a desenvolver o trabalho teorico tendo como tema Lock-in.


More: Vers�o inicial

Re: : Projeto teorico: lock-in (Francisco JOse da Silva e Silva)
Date: Mon, 24 May 1999 20:19:15 GMT
From: Francisco JOse da Silva e Silva <fssilva@ime.usp.br>

A vers�o incial do trabalho cujo tema � lock-in pode ser encontrada no endere�o abaixo:

http://www.ime.usp.br/~fssilva/lockin.html


More: Open Source: Uma saida para o lock-in

Re: More: Vers�o inicial (Francisco JOse da Silva e Silva)
Keywords: open source solucao lock-in
Date: Mon, 28 Jun 1999 12:43:50 GMT
From: Henrique P. F. Ceribelli <unknown>

Como argumentado na sala, o Open Source e' uma saida para o lock-in, ja que qualquer mudanca que seja feita no programa, o seu codigo tera que obrigatoriamente estar aberto, tornando impossivel deste se tornar proprietario. Portanto, o usuario nunca estara em lock-in. Isso e' mais um ponto positivo do Linux, pois ele podera nos "salvar" de um possivel lock-in com a Microsoft.


More: Versao final

Re: : Projeto teorico: lock-in (Francisco JOse da Silva e Silva)
Date: Sun, 18 Jul 1999 20:35:23 GMT
From: Francisco JOse da Silva e Silva <fssilva@ime.usp.br>

Na URL abaixo pode ser encontrada a versao final do trabalho sobre lock-in. Aproveitamos para agradecer a todas as sugestoes e contribuicoes. Esperamos que o trabalho tenha atingido seus objetivos e que tenha contribuido para a disciplina.

Francisco e Clenio

http://www.ime.usp.br/~fssilva/lockin-final.html


None: A guerra digital

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Tue, 27 Apr 1999 21:25:11 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

    Ol�, pessoal!

    Assisti alguns programas que deixaram-me um pouco preocupado. O tema desses programas enfocava o poder que a rede mundial est� colocando nas m�os das pessoas, mais especificamente o poder de destruir nossa civiliza��o.

    Uma das quest�es levantadas coloca em d�vida se os governos de qualquer na��o, mais especificamente os EUA, poderiam impedir que uma cat�strofe de �mbito nacional ou mundial venha a ocorrer com o colapso de todos os sistemas de informa��o do mundo.

    Originalmente, a rede foi criada com o intuito de evitar que o governo dos EUA ficasse isolado de suas linha de comando no caso de um ataque nuclear. Entretanto, hoje, essa mesma rede, mais ampla, tem o potencial de acabar com o governo que a criou.

    Um teste feito pelo pent�gono, para verificar a efici�ncia e seguran�a de seus sistemas de informa��o, colocou uma parte experimental de sua rede militar em contato com a Internet, e em menos de um dia seu sistema foi atacado 44 mil vezes. O �ndice de sucesso dos invasores foi de 65%!!! Sabemos que a for�a do ex�rcito convencional dos EUA � baseada em, muito treinamento, sua alta tecnologia e no alto grau de coordena��o das suas for�as. Essa coordena��o s� pode ser obtida atrav�s dos meios de comunica��o amplamente difundidos em todas as suas unidades. Sendo assim, � de vital import�ncia que o sistema de comunica��o computadorizado das for�as armadas americanas seja invulner�vel a invas�es. Afinal, para um ex�rcito, � mais perigoso ter seu sistema de comunica��o invadido do que o mesmo destru�do. Se algu�m consegue invadir o sistema de comunica��o do alto comando, pode-se fazer com que os generais tomem decis�es erradas, mandar tropas se deslocarem para armadilhas, fazer tropas aliadas atacarem-se umas �s outras.

    Hoje em dia, quase todos, sen�o todos, os sistemas que controlam as empresas, os mercados financeiros, os aeroportos, o metr�, as usinas geradoras e distribuidoras de energia s�o dependentes de programas de computadores e n�o poderiam funcionar de outro jeito. Isso, entretanto cria uma vulnerabilidade, para uma sociedade, sem paralelo em qualquer �poca da Hist�ria. Um dos ambientes para os quais o Pent�gono est� tentando proteger os EUA � um ataque eletr�nico em massa aos seus sistemas. A simula��o come�ava com v�rias composi��es de metr� colidindo e descarrilhando ao mesmo tempo em todas as grandes cidades do pa�s. O sistema de transmiss�o de TV do pa�s passando informa��es sobre um golpe na Ar�bia Saudita, que se une com o Ir� para dominar o mercado de petr�leo. Ao mesmo tempo, no Kwait, todos os telefones e meios de transmiss�o ficam mudos. V�rios aeroportos perdem o controle de suas torres e os avi�es come�am a colidir e cair em v�rios pa�ses e nos EUA. As contas banc�rias em in�meros bancos s�o zeradas e seus registros de transa��es s�o apagados. O sistema de energia dos EUA � desligado. Os pontos da Internet que ainda conseguem funcionar, apesar da falta de energia, n�o conseguem transmitir quase nada pois a rede foi inundada com uma massa monstruosa de dados. V�rias pessoas ligadas aos v�rios departamentos do governo, dos sistemas militares e dos meios de comunica��o, transporte e energia, participaram dessa simula��o. Os resultados n�o foram nem um pouco animadores. Simplesmente n�o foi poss�vel controlar a desordem e o caos que se instauraram nesse ambiente; n�o era poss�vel saber de onde estavam vindo os ataques, n�o se podia confiar nas poucas informa��es desencontradas que chegavam, n�o se sabia quem era o inimigo.
  Essa simula��o deixou, para desespero de seus participantes, bem claro que o sistema de informa��es dos EUA � muito vulner�vel. Um simulado presidente dos EUA, ficou completamente confuso e sem saber o que fazer; e ficou irritad�ssimo quando perguntou aos seus acessores o que fazer e recebeu um balbuciante "N�o sabemos". Imagine o perigo que representa um presidente dos EUA irritado, confuso e com poder nuclear. Depois da simula��o, o presidente dos EUA, o verdadeiro, criou uma comiss�o para investigar todos os sistemas chave dos EUA, procurar as falhas e sugerir medidas de seguran�a mais eficazes; a corrida come�ou, estamos atrasados e h� muito o que percorrer.

    Para quem acha que isso � um problema apenas para os EUA, � melhor pensar bem, pois qualquer desequilibrado com muita paci�ncia e intelig�ncia tem, com a rede, poder para infligir danos a qualquer pa�s que der na sua telha.

   Se algu�m acha que isso improv�vel, basta lembrar que dez estados dos EUA ficaram no escuro por um dia devido a um erro do sistema de controle das usinas de energia. Esse erro permitiu que um antigo funcion�rio da empresa de energia pudesse se vingar por ter recebido uma aposentadoria, no seu ponto de vista, injusta.

  Antigamente, uma pessoa desequilibrada, irada, ou vingativa, poderia causar apenas poucos danos, no m�ximo matar umas poucas pessoas. Hoje, um man�aco, ou um terrorista poderia com poucos recursos, matar alguns milhares, quem sabe bilh�es, e, de brinde, destruir nossas institui��es, nossos pa�ses e nossa civiliza��o.

  Gostaria de ser convencido, por algu�m, de que esses temores s�o infundados.

        Boa sorte.


Idea: Terrorismo pela rede?

Re: : A guerra digital (Edward Iamamoto)
Date: Wed, 28 Apr 1999 19:21:46 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Tamb�m tenho o mesmo tipo de preocupa��o: hoje em dia � poss�vel se fazer muitos estragos sentado na frente de um micro, desque se se conhe�a os meios adequados para isso.

Por�m n�o vejo como isto possa acabar com a civiliza��o. Talvez a confus�o seja achar que a �nica forma poss�vel de civiliza��o � a que existe atualmente. N�o vejo desta forma: existem v�rias maneiras diferentes de se organizar socialmente. A atual n�o � a �nica, e provavelmente nem � a melhor das formas poss�veis. O que ocorre � que � muito interessante fazer as pessoas pensarem que a forma atual � a �nica, pois � isto que a sustenta.

Este � o ponto em que eu queria chegar: n�o acredito que a internet possa destruir a civiliza��o. O que ela pode fazer � destruir a forma como que ela est� organizada hoje. E isto eu vejo muito mais com otimismo que com pessimismo. Mas para muita gente acabar com a forma atual de organiza��o realmente seria acabar com a civiliza��o... Bom, n�o se pode exigir que as pessoas enxerguem o mundo de forma mais aberta.

O fato � que esta maneira de se organizar j� est� mudando a muito tempo. Com ou sem internet isto ocorreria, mas logicamente a rede permitiu acelerar muito este processo. As informa��es se espalham mais r�pido, as pessoas come�am a ter acesso a vis�es diferentes a respeito de organiza��o social, tomam consci�ncia que aquela em que vive n�o � a �nica e que al�m disso ela apresenta in�meras falhas que dificilmente seriam percebidas sem a rede.

Parece que a id�ia de se criar algo novo usando o m�todo do bazar n�o se aplica apenas � cria��o de software. O m�todo aparentemente funciona muito bem quando � usado para remodelar a organiza��o social. Isto � o motivo de in�meros conflitos existente atualmente a respeito da validade ou n�o de leis j� estabelecidas pelas v�rias na��es: muita gente j� est� prevendo uma mudan�a muito profunda, mas insiste em tentar manter um tipo de ordem que j� se sabe que n�o funciona a muito tempo!

Pois �, espero que isto possa ter animado um pouco. N�o acredito que a civiliza��o possa acabar por causa da rede. O que est� acontecendo � uma gigantesca experi�ncia do tipo bazar para se tentar modificar a organiza��o pol�tico-econ�mica do mundo. Se me for permitido, eu chutaria que neste novo sistema a id�ia de na��o nem faria mais sentido. Acho que Einteins j� previu uma organiza��o deste tipo, uma esp�cie de governo planet�rio...


Sad: Perigo nuclear

Re: : A guerra digital (Edward Iamamoto)
Date: Mon, 03 May 1999 14:52:00 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

    Continuando preocupado, ainda estou convencido de que nossa civiliza��o esteja amea�ada por um desastre nuclear causado por terroristas e hackers. Veja a not�cia do Estado de S�o Paulo de hoje:

-------------------------------------------------------------
Segunda-feira,
 3 de maio de 1999

 R�ssia tamb�m invadiu computadores dos EUA

      WASHINGTON - Al�m da China, a R�ssia e a �ndia tamb�m invadiram a rede de inform�tica dos laborat�rios nucleares dos EUA, informou ontem The New York Times, com base num relat�rio do servi�o secreto entregue ao Pent�gono. J� em novembro o documento apontava a China como "amea�a n�mero 1" e denunciava mais de 300 casos de infiltra��o externa, mas s� em mar�o os investigadores vasculharam o computador do principal suspeito de espionar para Pequim, Wen Ho Lee. A R�ssia interceptou comunica��es dos laborat�rios de Los Alamos com instala��es nucleares usadas para fins militares. A �ndia recebeu 38 fax em 1995 e 1996 de um espi�o no laborat�rio de Oak Ridge. (The New York Times)

------------------------------------------------------------
    Veja como � freq�ente o n�mero de invas�es da rede de inform�tica dos laborat�rios nucleares dos EUA. Suponha que v�rios pa�ses resolvam desenvolver suas pr�prias armas nucleares, pa�ses com governos inst�veis. Para esses pa�ses, pode ser muito f�cil criar uma bomba nuclear se eles conseguirem roubar dados da rede dos laborat�rios nucleares. Agora, imagime que esses pa�ses tenham seus m�sseis nucleares. N�o seria muito dif�cil para uma pessoa mentalmente desequilibrada, mas fortemente motivada, entrar nos sistemas de lan�amento desses pa�ses e iniciar uma guerra nuclear. Os sistemas de lan�amento dos EUA s�o bem dif�ceis de invadir, mas um sistema de lan�amento de um pa�s como o Ir�, L�bia ou Cor�ia do Norte seria muito mais f�cil de invadir.
    N�o creio que pa�ses como Ir�, L�bia ou Cor�ia do Norte acabem realmente usando seus arsenais, mas um fan�tico com conhecimentos de inform�tica poderia invadir seus sistemas, mais vulner�veis. Aqui, apenas uma pessoa poderia acabar com a civiliza��o; e devemos concordar que, apesar desse tipo de louco ser pouco freq�ente, h� muitos deles espalhados pelo planeta.
    E n�o seria necess�rio usar todo o armamento nuclear para acabar com nossa civiliza��o. Uma simula��o feita em computadores calculou que seriam necess�rias apenas 200 bombas de 1 megaton, detonadas nos locais certos, para produzir um inverno nuclear com dura��o de pelo menos dois anos. Em dois anos, todo o suprimento de comida do planeta ter� se esgotado e seria o fim da civiliza��o. Calcula-se que morreriam menos de 800 milh�es de pessoas nas explos�es das bombas, mas morreriam de fome, cerca de 5 bilh�es de humanos, o que � quase toda a popula��o do planeta. Lembre-se, bastam apenas 200 bombas de 1 megaton e existem cerca de 60 mil dessas bombas espalhadas pelo mundo.

     Pderemos criar sistemas � prova de loucos? Algu�m se candidata a criar esse sistema?


Sad: Sistemas a prova de loucos...

Re: Sad: Perigo nuclear (Edward Iamamoto)
Keywords: glacia��o, computadores, pol�tica, fim da civiliza��o, inverno nuclear
Date: Mon, 03 May 1999 17:33:10 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Analizando melhor a quest�o, tamb�m comecei a me preocupar um pouco... Acho que apenas algumas dezenas de megatons disparadas nas calotas polares j� poderiam fazer um estrago consider�vel no planeta!!

Me parece que a �nica forma de se criar um sistema verdadeiramente a prova de loucos seria retirar completamente as decis�es importantes das m�os humanas, deixando que computadores muito potentes as tomassem sozinhos... Isso incluiria retirar tais computadores da rede utilizada pelos humanos! Infelizmente pode n�o dar tempo de tais m�quinas serem desenvolvidas :-( Talvez fosse interessante tentar seguram por mais algumas dezenas de anos a situa��o atual at� que seja vi�vel criar uma m�quina com tal capacidade, e colocar todas as decis�es importantes nas m�os delas.

Isto lembra um conto bastante interessante do Asimov, em que a m�quina sutilmente toma todas as decis�es pol�ticas do mundo. Neste conto, cada na��o possu�a um computador central para "auxiliar" o governante na tomada de decis�es. Por�m a m�quina era t�o complexa que podia enganar tal governante de forma que as decis�es calculadas fossem efetivamente tomadas:

   se o governante parecesse confiar na m�quina, e seguir � risca suas decis�es, as sugest�es pol�ticas calculadas eram divulgadas �s claras para o governante;

   por�m, se o governante sistematicamente tomasse deciss�es contr�rias �s decis�es da m�quina, esta passava a utilizar uma esp�cie de psicologia reversa: apresentava sugest�es contr�rias �quelas calculadas, esperando que o governante a desrespeitasse e, efetivamente, tomasse a decis�o calculada...

Os computadores centrais de cada na��o tamb�m se comunicavam entre si. Ao perceberem, pelo perfil psicol�gico dos respectivos governantes, que eles estavam na imin�ncia de se declararem guerra ao se encontrarem, as m�quinas centrais tratavam de mant�-los separados at� que conseguissem elaborar algum programa capaz de resolver o atual impasse.

Concordo que tal vis�o parece extremamente ut�pica, mas seria a ideal. Bom, mas como foi colocada a quest�o do fim da civiliza��o, quem garante que j� n�o estamos na �poca daquele "retorno � pr�-hist�ria" que aparentemente j� aconteceu antes? A prop�sito, acho que j� estamos na �poca de uma nova glacia��o (se n�o me engano o per�odo de precess�o do planeta � de uns 15 mil anos...). J� imaginou um inverno nuclear para piorar ainda mais as coisas? Nem gosto de pensar muito nesta possibilidade...


Note: Projeto teorico

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Fri, 30 Apr 1999 14:31:22 GMT
From: Jefferson Kato <JeffersonKato>

  Decidimos fazer o trabalho em cima da parte I do livro "Internet Dreams", capitulos:
  "The Digital Library Metaphor: The I-Way as Publishing and Community Memory"
  "As We May Think"
  "Libraries of the Future"
  "The Digital Library Project"
  Grupo:
  Debora dos Santos Botta
  Elisangela Afonso Peres
  Jefferson Satoshi Kato


None: Projeto Te�rico - Fase Preliminar

Re: Note: Projeto teorico (Jefferson Kato)
Date: Fri, 21 May 1999 22:36:32 GMT
From: Jefferson Kato <jskato@linux.ime.usp.br>

O Projeto pode ser encontrado no site:
http://www.linux.ime.usp.br/~jskato/mac333/preliminar_1.html


Idea: Consideracoes

Re: : Projeto Te�rico - Fase Preliminar (Jefferson Kato)
Date: Mon, 14 Jun 1999 12:53:57 GMT
From: Julio C�sar Silva de Queiroz <jqueiroz@linux.ime.usp.br>

No texto e' dito que em bibliotecas digitais sao eliminados os papeis do editor de do bibliotecario e que isso leva a uma nao clasificacao do grau de qualidade que as informaoes que sao "editadas" tem.

Sera que o filtro desses dois profissionais garantem essa qualidade? Quanta coisa ruim que existe hoje publicada da maneira tradicional e quantas coisas boas nao conseguem ser editadas simplesmente pelo aspecto preconceituoso e as vezes politico do trabalho dos editores.

Sinceramente nao acredito que o editor seja uma figura que garanta a qualidade das coisas publicadas da forma como elas sao hoje e portanto nao vejo a falta que essa figura possa fazer num processo de digitalizacao das bibliotecas.

Quanto a nao existencia do bibliotecario, sera que nao seria possivel a existencia de um profissional desse trabalhando para um site que aventure a tornar-se uma biblioteca digital. Ele poderia talvez catalogar as informacoes de uma forma melhor e mais mnemonica do que os atuais ROBOS de busca na Internet o fazem hoje. Porem ainda nao iriam garantir a qualidade de tudo aquilo que estivesse catalogado.

E se de um lado a qrande quantidade de informacao que pode ser gerada de forma digital dificulta as vezes dificulta a localizacao das mesmas, temos que estatisticamente da quantidade conseguimos tirar a qualidade. Com certeza no meio do "caos" de informacao da rede nos temos coisas otimas que estao la e que possivelmente jamais seria publicado da maneira tradicional.


News: Projeto Te�rico Final

Re: Note: Projeto teorico (Jefferson Kato)
Keywords: Projeto Te�rico, Bibliotecas Digitais
Date: Thu, 01 Jul 1999 12:45:29 GMT
From: Elis�ngela Peres <eperes@keyword.com.br>

O projeto te�rico final pode ser encontrado em:

http://www.linux.ime.usp.br/~jskato/final/final.html


Note: Elei��es eletr�nicas

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Mon, 03 May 1999 15:34:37 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

     Uma das quest�es da primeira prova que fizemos continha um texto relacionando a pol�tica com a Internet. Para aqueles que n�o fizeram a prova as linha gerais do texto diziam o seguinte:
   Um pol�tico americano ir� realizar sua campanha pol�tica pela Internet, acreditando poder atrair mais colaboradores, mais fundos para a campanha e, � claro, mais votos... Al�m de aumentar a participa��o da popula��o no processo eleitoral americano, j� que, nos EUA, o voto n�o � obrigat�rio.

   Para alguns, isso pode parecer algo tolo. Acreditar que mais americanos v�o votar apenas pelo fato das campanhas explorarem a Internet! "Bobagens", diriam outros. Pode ser; mas, no m�s passado, o parlamento alem�o liberou uma verba inicial de $30 milh�es para pesquisar a viabilidade de se realizar elei��es com vota��o pela Internet.

   Isso poderia diminuir as fraudes eleitorais? Poderia aument�-las? Como funcionaria um sistema assim?

   Alguns dizem que isso poderia aumentar a participa��o da popula��o na pol�tica de uma na��o, n�o apenas em elei��es, mas nas tomadas de decis�es pol�ticas.

   Mesmo eu, como c�tico, estou impressionado com algumas exeri�ncias que t�m sido feitas em pequenas cidades americanas para tornar a Internet o principal meio de integra��o da comunidade. Quase todas as casas dessas cidades t�m um computador ligado � Internet. No conforto de sua casa, o cidad�o pode ver o site da prefeitura, do legistativo municipal e da pol�cia local. Pode-se obter mapas da cidade, endere�os dos estabelecimentos comerciais, saber como o or�amento da cidade est� sendo gasto. Pode-se: avisar � prefeitura sobre uma l�mpada queimada nos postes de ilumina��o p�blica; sugerir projetos municipais; avisar sobre crian�as perdidas; assistir �s sess�es do conselho da cidade, dar sua opini�o sobre projetos de lei e sobre gastos no or�amento da cidade. Todos os moradores podem discutir, debater, sugerir, anunciar pela rede e, dessa forma, quando chegam a um consenso sobre algum projeto, toda a comunidade se engaja na realiza��o do mesmo. Al�m disso, a prefeitura promove v�rios eventos organizados pelos moradores, eventos como concursos, festas de arrecada��o de fundos, exposi��es, pe�as teatrais, etc. Tudo isso dinamiza a vida pol�tica da comunidade, tornando-a mais unida e igualit�ria, gra�as � Internet.

   � claro que isso est� sendo feito em comunidades com menos de 20 mil habitantes e talvez n�o funcione em metr�poles; mas � um experimento v�lido.

   Quem sabe, poderemos viver para ver isso em pr�tica.


Idea: Candidatos virtuais

Re: Note: Elei��es eletr�nicas (Edward Iamamoto)
Keywords: govelno mundial, candidato virtual, Estado distribu�do, Internet
Date: Mon, 03 May 1999 17:55:53 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

N�o vejo com bons olhos esta id�ia de campanha pol�tica pela Internet... Me parece muito f�cil pela rede se criar um candidato que n�o existe. N�o agora, l�gico, mas a longo prazo. Quem governaria o pa�s caso fosse eleito um candidato virtual, um nome inventado para concorrer nas elei��es e com toda a sua hist�ria pol�tica e personalidade inventadas na propaganda eleitoral pela rede? Acredito que algo parecido j� aconte�a mesmo sem a Internet, mas isto j� � outra discuss�o...

Por�m, a id�ia de um governo pela Internet j� me agrada! Acredito que um governo deste tipo, se difundido, tornaria completamente obsoleta a exist�ncia de governantes para representar a popula��o. N�o seria necess�rio existir um Estado centralizado para governar uma na��o, pois o "Estado" estaria distribu�do por toda a rede. Os pr�prios cidad�os poderiam fazer parte das vota��es de um "senado virtual", sem que fosse necess�rio eleger senadores e deputados para que eles fosse representado. Melhor que isto, n�o precissar�amos pagar ningu�m para elaborar e votar nossas leis! :-D Sem representantes, n�o precisariam haver elei��es. E a id�ia de campanha eleitoral pela Internet perderia o sentido (ainda bem!)

Sendo a Internet fundamentalmente sem nacionalidade, a longo prazo o pr�prio conceito de na��o perderia o significado. Seria poss�vel que emergisse uma democracia planet�ria, onde as leis da nova Rep�blica Federativa da Terra fossem elaboradas e votadas pelos pr�prios cidad�os? A id�ia parece fant�stica, mas talvez eu esteja delirando demais. Deve existir muita gente querendo barrar tal evolu��o :-(


Ok: Mais uma vitoria do Bazar sobre a Catedral

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: Cathedral, Bazaar, egcs, gcc, Richard Stallman
Date: Mon, 03 May 1999 19:49:09 GMT
From: Wagner Dias <dias@ansp.br>

O lwn.net (http://lwn.net) nesta semana anuncia mais uma vitoria do Bazar sobre a Catedral.

O time do egcs, um compilador experimental com varios frontends (C, C++, Fortran...) e backends (Linux, Unix, windows...), que mantem um bazar altamente movimentado, se tornou o novo mantenedor do GCC, com a confirmacao oficial de Richard Stallman.

A noticia cita o artigo de Eric Raymond, "The Cathedral and the Bazaar", e diz que este artigo essencialmente prediz esse tipo de resultado.

Isso e' mais um sinal (alem do Linux, fetchmail e outros projetos desenvolvidos atraves de bazar que deram certo) de que o Bazar pode vir a ser um metodo de desenvolvimento amplamente difundido e bem-sucedido.


Ok: Computadores de 500 d�lares!

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Tue, 04 May 1999 00:08:21 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Achei interessant�ssima a not�cia de m�quinas de 500 d�lares saindo com o LINUX pr�-instalado!! S�o m�quinas boas, e acredito que se a tend�ncia for continuar baixando os pre�os uma parcela muito maior da sociedade poder� ter acesso � nova tecnologia, e assim a participa��o (e import�ncia da rede) s� tende a aumentar!

Um link para esta informa��o nova:

http://www.thelinuxstore.com/

S� lamento n�o ter esperado mais um pouco antes de comprar meu micro, teria economizado bastante! :-D


Note: Tema do projeto te�rico

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Tue, 04 May 1999 21:52:20 GMT
From: Clayton Selani <unknown>

Nosso grupo, composto por

- Adriana Reigadas - Clayton Selani - Denis Tse - Eduardo Henrique Curioni

vai fazer o trabalho te�rico sobre a Parte 4, cap�tulos 1 (The Digital Worlds Metaphor: The I-Way As a Gateway to Experience), 2 (Mudding: Social Phenomena in Text Based Virtual Realities) e 3 (A Rape in Cyberspace...) do livro Internet Dreams, que est� no XEROX.


News: O papel do chat na Internet

Re: Note: Tema do projeto te�rico (Clayton Selani)
Date: Mon, 24 May 1999 01:11:21 GMT
From: Clayton Selani <selani@amcham.com.br>

MITOS E ARQU�TIPOS DO DESPERTAR DO AVENTUREIRO

Em termos de arqu�tipos, a necessidade por renovar � refletida no arqu�tipo do aventureiro, que pode ter v�rias formas.

Aventura pode ser uma atividade solit�ria, mas � com frequ�ncia praticada em grupo.

Quando pessoas se aventuram juntas, elas compartilham n�o apenas os riscos e incertezas que elas devem negociar mas tamb�m o crescimento e v�nculos que aumentam quando encontram desafios.

Algumas aventuras ou perip�cias s�o mais fortes que outras; uma aventura que consiste de assistir um filme ou ler um livro � comulmente menos recompensadora do que aquelas que requerem participa��o, risco e compartilha��o.

Na cultura ocidental, o nome mais conhecido � Odysseus, tamb�m conhecido por seu nome latino, Ulisses. Segundo a cr�nica de Homero, Il�ada, Odysseus era o rei de Ithaca que liderou os gregos na Guerra de Tr�ia. Foi ele que arquitetou o estratagema do Cavalo de Tr�ia para conquistar Tr�ia. Segundo a lenda, a Deusa Athena ficou zangada com os gregos pelo mau tratamento que eles deramna derrota da princesa Cassandra, e ela pregou que eles teriam problemas ao retornarem aos seus lares na Gr�cia.

Ningu�m dos gregos enfrentou maiores obst�culos do que Odysseus. Nas cr�nicas, Homero narra os desafios encontrados por Odysseus em dez anos de jornada.

Odysseus mostrou de guerreiro e malandragem para se livrar dos v�rios obst�culos, como os dois ciclopes.

Logo, vemos que em qualquer mito as caracter�sticas podem ser uma mistura de arqu�tipos. Nosso presente interesse no arqu�tipo aventureiro leva mais �s caracter�sticas de Odysseus como um her�i do que como um xam�-ca�ador-malandro.

Na mitologia, a mais dific�l jornada que um her�is pode se submeter � aquela que o leva ao reino da morte. Uma jornada dentro dessa terra simboliza morte, e uma jornada de volta simboliza renascimento. Esse ciclo de morte e renascimento � o ciclo da renova��o e transforma��o em que o her�i encontra integra��o e sabedoria para levar de volta � comunidade. Essa forma de mito aventureiro aparece em culturas em todo o mundo.

Para muitos, a conex�o entre aventura e renova��o com computadores parece estranha. O que editores de texto e planilhas t�m a haver com novas e renovadas experi�ncias?

Mundos Digitais s�o computadores-incrementados ou computadores-criados para experi�ncias. Os v�rios tipos de mundos digitais diferem principalmete de como a experi�ncia � produzida e o que significa. Exemplos de mundos digitais: realidade virtual, realidade incrementada, telepresen�a e computa��o onipresente ou virtualidade encorporada.

Mundos Digitais t�m uma profunda conex�o simb�lica com a mitologia. Em muitas hist�rias de maiga, sabendo e dizendo as palavras certas como um feiti�aria � tudo que � preciso para liberar poderosas for�as.

Essa cone�o entre cria��o e palavras � particularmente apta para os mundos digitais. Mundos Digitais s�o criados por pessoas que escrevem programas de computador. Nesse sentido, a cria��o de realidades virtuais como mundos digitais t�m muito em comum com a cria��o mitol�gica dos mundos que n�s vivemos, exceto que as palavras s�o ditas - ou escritas - por pessoas e n�o por Deuses.

A PROFUNDA ESTRUTURA DA MET�FORA DOS MUNDOS DIGITAIS

Por estarmos familiarizados com mundos no sentido usual, a met�fora ddos mundos digitais � investida com muito prior de significado.

Come�aremos com a id�ia de lugar. Diz o ditado: "Quanto mais longe algo est�, mas tempo levar� para chegar l�." Coisas, inclusive n�s, s� podem estar em um lugar no mesmo tempo.

DESAFIANDO SUPOSI��ES SOBRE MUNDOS DIGITAIS

Como todos as outras met�foras, as met�foras dos mundos digitais nos enganar�o se n�s dermos uma olhada em o que � diferente entre o reino digital e como � mudado. No mundo real, diferentes objetos est�o em diferentes lugares e podem somente estar em um lugar por vez. Nos mundos digitais, esse senso de lugar � mais amb�guo.

Em mundos reais, n�s temos que viajar para chegar aos lugares, e quanto maior a dist�ncia mais tempo levar�. Em mundos digitais tudo viaja a velocidades eletr�nicas. N�s podemos ir de um lugar a outro atrav�s de um salto eletr�nico. Se soubermos o endere�o para onde ir, n�s "teleportamos" para aquele lugar instantaneamente, sem passar por pontos intermedi�rios. Embora ainda possa levar tempo para chegar a algum lugar, e'o tempo de aprender e descobrir onde n�s queremos ir. O tempo de transporte � geralmente negligenciado.

Em um mundo real, n�s temos corpos cujas apar�ncias e capacidades podem ser mudadas, mas somente de formas limitadas.

No mundo real e'incoveniente quando n�s acidentalmente esquecemos coisas importantes como chaves ou uma carteira. Numa realidade digital, nossas coisas podem viajar conosco automaticamente, ou n�s podemos mandar um agente para busc�-las por n�s.

AL�M DA MET�FORA DOS MUNDOS DIGITAIS

 A met�fora dos mundos digitais � a quarta das met�foras que n�s consideramos como guia para n�s compreendermos o tipo de infraestrutura de informa��o que n�s podemos inventar. N�s percebemos que h� muito espa�o para sobrepor e para usar m�ltiplas met�foras. Por exemplo, embora a met�fora da biblioteca digital enfatize procura de informa��o, n�s poder�amos esperar visitar n�o apenas um vasto lugar de livros e outras m�dias mas tamb�m encontrar bibliotec�rios que nos ajudem. Criar um senso de lugar e de comunidade numa biblioteca digital � mais �til do que simplesmente criar um banco de dados online. Na met�fora do e-mail, n�s queremos mandar uma mensagem a algu�m. Mas se n�s encurtarmos o tempo entre mandar e receber mensagens, n�s podemos nos aproximar de uma conversa��o em tempo real. A met�fora dos mundos digitais podem adicionar um senso de presen�a para cada participante e um senso de localiza��o em que se tem a conversa��o: encontre-me na cachoeria ou no caf�. A met�fora do mercado eletr�nico, que enfatiza com�rcio, j� cont�m um termo, lugar, que se refere � met�fora dos mundos digitais. N�s vamos ao mercado n�o apenas para comprar e comercializar mas tamb�m para olhar pessoas; o que significa uma troca intelectual e social assim como compras e vendas.

A met�fora dos mundos digitais � tamb�m open-ended. N�s podemos ir ao mundo digital para encontrar coisas e interagir com outros. Nossas experi�ncias em mundos digitais podem ser as mais poderosas experi�ncias que n�s podemos conseguir de uma rede de computadores. Elas tamb�m apresentam oportunidades e desafios para renovar-nos e trazer-nos o que h� de melhor em n�s humanos.

MUD - Fen�meno social - baseado na realidade virtual

Introdu��o

MUD � uma rede virtual cuja interface � totalmente baseada em textos. � popularmente chamado de bate-papo ou chat. O processo consiste no seguinte: os participantes entram no chat atrav�s de seus computadores, que est�o ligados na internet.

� interessante observar que as intera��es entre os participantes �, praticamente, em tempo real, limitada somente pela "velocidade" de digita��o do usu�rio.

MUD

Por�m o chat n�o � realidade virtual convencional. Como foi dito acima, o "mud" n�o � a realidade virtual contendo recursos especiais de hardware e recursos gr�ficos, muito menos senso de orienta��o, 3D, etc. Mas sim, � baseado somente na interface texto (interface essa com o banco de dados do servidor de chat), de modo que todas as comunica��es s�o feitas por escrito, assim como as respectivas respostas.

Abaixo segue um t�pico trecho de uma sala de chat: >Nikita fala com vampiro: "Em que cidade vc mora?"

>Sheila entra na sala
>mp4 sorri para morena
"Vamos sair hoje?" >vampiro responde para Nikita: "Estou morando, atualmente, em Uberl�ndia. Mas sou de Fortaleza. Adoro l�. E vc, de onde est� falando?"

Muitos fazem uma compara��o entre o "mud" e o game "Aventure and Zork", devido �s in�meras semelhan�as� Por�m, h� tr�s grandes fatores que distinguem o "mud" do game: - o chat n�o tem um objetivo. N�o tem in�cio e fim. N�o tem placar e n�o apresenta no��o de vit�ria ou sucesso. Seus participantes n�o jogam entre si, n�o se combatem e muito menos se rivalizam (ou pelo menos n�o deveriam). - O chat � extens�vel por si mesmo. Permite ao usu�rio adicionar novos "objetos" ao banco de dados, tais como salas, notas, etc. - O chat, na grande maioria das vezes, possui mais de um usu�rio conectado concomitantemente. E todos os usu�rios conectados acessam o mesmo banco de dados e os mesmos objetos, ainda que criados por outros usu�rios. E os usu�rios podem se comunicar uns com os outros em tempo real.

Gra�as a essa �ltima vantagem, o chat transforma o meio em que est� de solit�rio para social.

O chat � composto de diversas salas. Cada sala corresponde a um assunto. De modo que o participante escolhe o assunto preferido (dentre os mais diversos existentes).

O chat funciona da seguinte forma: o participante escolhe a pessoa com quem quer interagir e digita o conte�do da informa��o, que chega ao destino. H� tamb�m a op��o para falar com todas as pessoas da sala.

Para identificar a pessoa com quem o participante quer falar, ele busca atrav�s de apelidos. No chat, ao contr�rio da realidade, as pessoas s�o muito conhecidas por seus "nicks". Pode haver tamb�m uma curiosidade maior a respeito de determinado usu�rio do "mud". Suas caracter�sticas ficam vis�veis a todos os outros participantes. Basta um comando "look - nick da pessoa" para verificar os dados.

Fen�menos sociais observados no MUD

Descreveremos a seguir, fatos observados num "mud" denominado LambdaMOO. Essa sala era restrita. Bastou ser anunciada publicamente, para mais de doze pa�ses, para atingir cerca de setecentos e cinquenta usu�rios novos.

O administrador do chat fez algumas observa��es a respeito do comportamento e sentimentos dos usu�rios, baseado em conversas com os pr�prios. E agrupou suas observa��es em 3 categorias, que seguem: - fen�menos observados e motivados por participantes; - fen�menos observados por intera��es entre pequenos grupos e - fen�menos observados no comportamento da comunidade como um todo.

Observa��es motivadas por participantes

As pessoas que t�m a oportunidade de se conectar no chat LambdaMOO n�o s�o parcela representativa da popula��o mundial. O perfil tra�ado � o seguinte: todos l�em e escrevem em ingl�s e, obviamente, t�m acesso de alguma forma � internet.

Mais de 90% deles t�m alguma liga��o com col�gios e universidades. Muitos deles s�o estudantes universit�rios.

Outra observa��o interessante � que mais de 70% dos participantes s�o do sexo masculino, entretanto, � muito dif�cil a explica��o para esse fato.

Apresenta��o no chat

Como foi dito, h� v�rias formas de um participante se apresentar no "mud". Ele pode se apresentar utilizando o pr�prio nome ou mesmo algum apelido sugestivo e chamativo.

As escolhas dos nomes s�o muito curiosas: alguns nomes prov�m da literatura, da mitologia, etc. Outros est�o no diminutivo. Trata-se, simplesmente, de uma quest�o de estilo.

Os participantes, em vista disso, s�o muito possessivos no que diz respeito a seus nicks, inclusive, alertando e repreendendo outros usu�rios desavisados que tenham nicks iguais ou mesmo parecidos com os seus. � como se eles fossem propriet�rios do nick j� registrado.

Um fato muito curioso �, o grande n�mero de indiv�duos do sexo masculino no chat. Ou, pelo menos, pessoas que dizem ser do sexo masculino. Alguns homens aproveitam dessa desvantagem num�rica feminina, para se identificarem como sendo do sexo feminino, para ganhar uma aten��o maior. Alguns usam esse artif�cio para enganar os participantes, outros tamb�m tentam seduzir os mesmos. De fato, esse � um fen�meno amplamente noticiado, de modo que o usu�rio deve ter muita prud�ncia ao flertar com participantes que dizem ser do outro sexo.

Alguns usu�rios alertaram o administrador a respeito da presen�a de travestis agindo no chat. Essas pessoas liberam seus desejos e fantasias sexuais nesse ambiente, dado a seguran�a que apresenta, com o intuito de uma aproxima��o maior com os homens.

Os homens que se apresentam como mulheres no chat, muitas vezes n�o t�m a inten��o de causar decep��o nos outros participantes. Mas sim, t�m a inten��o de saber "como o outro sexo se comporta".

Enquanto isso, as pessoas do sexo feminino t�m feito alguns coment�rios: ou s�o incomodadas ou recebem um tratamento muito especial. Para se ter uma id�ia, um usu�rio masculino que entra ao mesmo tempo que um do outro sexo, � completamente ignorado, nessa situa��o. A aten��o � voltada, principalmente, para o participante do sexo feminino. O usu�rio masculino acaba deixando a sala, uma vez que n�o recebe aten��o.

Em vista desses problemas, muitas mulheres t�m sido questionadas e impelidas a provar, realmente, seu sexo. As pessoas que n�o divulgam o sexo, s�o intimadas a revelar o segredo.

Uma parte importante no chat � a auto-apresenta��o. Esta � a parte onde os usu�rios ditam o papel que ter�o ao entrar na sala.

Alguns usu�rios utilizam descri��es completamente curtas, enquanto outros utilizam uma descri��o muito alongada, com o intuito de ficarem mais em evid�ncia. Outro artif�cio utilizado para isso � o fato de que uma grande parte dos usu�rios faz descri��es totalmente mentirosas, "imitando" atrativos f�sicos de personagens famosos.

Anonimato

Um fator muito significante no chat � o anonimato existente. N�o h� meios de se descobrir a real identidade de cada usu�rio. A privacidade deve ser garantida, de modo a preservar cada participante do "mud".

Isso contribui para o fato de muitas pessoas n�o terem a vontade de encontrar pessoalmente as pessoas com quem conversam no "mud". A conversa "por de tr�s do computador" apresenta menor risco social.

Outra vantagem do anonimato � o fato de os participantes se sentirem totalmente livres para o fato de entrar e sair da sala a qualquer momento. Isso faz com que o "risco" social diminua. Por exemplo: numa situa��o em que a conversa n�o deu certo, o usu�rio pode, simplesmente sair da sala, e entrar com outro nick, sem medo e sem vergonha de a outra pessoa reconhec�-lo novamente, uma vez que o nick � diferente.

Muitos usu�rios s�o, de certa forma, incentivados a utilizar de irresponsabilidade e viol�ncia no "mud", devido ao sigilo garantido pelo anonimato. Em geral, essas pessoas aparecem devido a uma causa principais: n�o t�m personalidade para assumirem suas a��es no mundo real.

Wizards

Nos chats, h� uma classe especial de usu�rios: s�o os wizards. S�o os "seguran�as" da sala. S�o eles quem estabelecem as permiss�es sobre os direitos de cada usu�rio dentro do chat. Fazendo uma compara��o, s�o como os administradores de redes. Participantes somente podem ser inseridos nessa classe especial por outros "wizards".

Quando ocorre algum problema de "agress�o virtual", os seguran�as primeiramente fazem uma "aproxima��o" educada, alertando o usu�rio rebelde. Quando isso n�o adianta, h� puni��es para tanto: - s�rias restri��es aos usu�rios rebeles; - mudan�a do nome e da descri��o fornecida pelo usu�rio rebelde, ridicularizando-o ou - mudando a sala de tal usu�rio para um lugar p�blico.

Essas puni��es s�o suficientes para inibir esse tipo de comportamento.

Os wizards, em geral, t�m uma experi�ncia diferente dos outros usu�rios: haja vista que eles t�m poderes sobre os outros, muitas vezes s�o tratados de um modo diferente, perante os usu�rios normais. Tamb�m h� uma significativa minoria que provocam os seguran�as, por causa de seu poder.

UM ESTUPRO NO CIBERESPA�O

Como um palha�o demon�aco, um esp�rito zombador haitiano haitiano, dois bruxos e um elenco de dezenas transformaram uma base de dados em uma sociedade

A vis�o de Pavel Curtis do fen�meno chat � necessariamente moldada por seu papel como designer de LambdaMoo. Ele consegue separar a vida real e o chat. O artigo de Dibbell proporciona uma vis�o imersa do evento. A linguagem passa de criador para observador. � o relato de uma terra estrangeira, muitos eventos acontecem. Isso o deixa confuso...

Esta mudan�a na linguagem nos d� a sensa��o de estarmos l� e desse modo entender mais intimamente como regras sociais surgem em uma realidade digital. Um chat � um meio ambiente no qual o que parece ser uma pessoa corporificada � mudado. Para aqueles que entram em um chat a sociedade muda tamb�m.

� a hist�ria de um homem chamado Mr. Bungle, da viol�ncia sexual que ele cometeu nas estradas de LambdaMoo , e mais importante, dos modos que sua viol�ncia e suas v�timas mudaram os mais de 1milh�o de residentes da mans�o cheia de m�gica para tornar-se a comunidade que muitos deles j� acreditavam que eram. A hora era Segunda � noite em mar�o, e o lugar era a sala de estar. Ele, Mr.Bungle, come�ou usando sua boneca de vodu para for�ar um de seus ocupantes da sala � servi-lo sexualmente numa sociedade de modos mais ou menos convencionais. Sua v�tima era Legba, o esp�rito haitiano. Logo Legba foi ejetado da sala. Bungle voltou sua aten��o para Starsinger, for�ando-a para n�o desejadas liga��es com outros indiv�duos presentes na sala, entre eles Legba Bakunim e Juniper. Suas a��es foram ficando violentas. Fez Legba comer seu proprios pelos p�bicos. Fez Starsinger violar a si pr�prio com um peda�o de talher de cozinha. Suas risadas ecoaram demonicamente com sucessivas afrontas. At� que Zippy, uma s�bia e confi�vel velha que trouxe com ela uma arma que envolvia seus alvos em uma jaula imperme�vel mesmo para os poderes da boneca de vodu. Zippy atirou sua arma no Mr. Bungle, frustando a boneca... Nenhum palha�o hediondo ou esp�ritos zombadores aparecem na vers�o de vida real do incidente. Nenhuma boneca de vodu ou armas m�gicas, nenhum estupro ou qualquer tribunal de justi�a j� o definiu. Os atores do drama eram a maioria estudantes universit�rios, e eles sentavam na frente da tela de um computador todo o tempo, suas �nicas a��es eram finos esvoa�ar de dedos sobre os teclados tipo QWERTY. Qualquer itera��o f�sica consistia de uma mistura de sinais eletr�nicos enviados de sites espalhados entre Nova York e Sydney.

Tudo isto significa que LambdaMoo era uma subesp�cie de chat orientado a objetos. Um tipo de base de dados especialmente designado para dar aos usu�rios a v�vida impress�o de movimentos atrav�s de um espa�o f�sico que na realidade existe somente como informa��o descritiva em um arquivo em um disco r�gido. Quando usu�rios acessam LambdaMoo, o programa imediatamente os presenteia com uma breve descri��o textual de um dos quartos da mans�o ficcional. Ao que diz respeito ao programa, todas estas entidades s�o sub-programas diferentes que o programa permite interagir de acordo com as regras, imitando as leis do mundo f�sico.

As marionetes e o cen�rio s�o c�digos digitais e peda�os de escrita criativos. Mr. Bungle era um jovem homem da Universidade de NY. Mas, poderia ter sido Al Gore... N�o h� falta de misticismo e mitologia na hist�ria de Dibbell. Ele tem dotado o lugar com realidade, ele pensa nisso e fala sobre isso como um local. E para ele, o local tem magia. Mitos surgem em LambdaMoo e a realidade-irrealidade do lugar parece um convite para pesquisar a magia da compreens�o.

LambdaMoo � talvez um dos mais famosos chats, mas os fenomenos sociais variados observados l� ocorrem em outros chats e em outros tipos de comunica��o eletr�nica. Alguns chats publicam roteiros aconselhando novos membros sobre o comportamento esperado. N�s podemos pensar que a anonimato abre a porta para o comportamento irrespons�vel, mas para a maioria das pessoas isso n�o tem valor real.

Um cartoon publicado no New Yorker mostrava um cachorro sentado na frente de um computador com a legenda : " Na Internet ningu�m sabe que voc� � um cachorro." Esse � o ponto : o anonimato traz consigo a liberdade de ser o que voc� pode ser, ou tentar sobre novas regras ou comportamentos sem se preocupar sobre a possibilidade de fracasso ou embara�o...

Nem todos os chats s�o an�nimos. Em certas comunidades, especialmente aquelas cujos participantes t�m um cont�nuo relacionamento profissional ou compromissos para atividades al�m da rede, o anonimato � descaracterizado. H� situa��es nas quais as realidades digitais aumentam atividades e realidades f�sicas. Nestes casos, participantes freq�entemente conhecem os nomes reais de cada um. Eles trabalham e encontram-se no espa�o digital simplesmente porque � mais convincente.

Alguns links interessantes para diversos chats:

http://chat1.zaz.com.br/chat/
http://www.uol.com.br

Esse texto tb pode ser visto em http://www.linux.ime.usp.br/~selani


Note: Projeto te�rico: Mud e chat na Internet - �ltima vers�o

Re: Note: Tema do projeto te�rico (Clayton Selani)
Keywords: Projeto te�rico - �ltima vers�o
Date: Thu, 24 Jun 1999 21:30:37 GMT
From: Clayton Selani <unknown>

Ol� pessoal,

esta � a �ltima vers�o do nosso trabalho, cujo t�tulo � "O papel do chat na Internet". Nele, h� alguns links interessantes para MUD's (o que � um MUD?) e tamb�m para alguns chats mais famosos.

O trabalho encontra-se em http://www.linux.ime.usp.br/~selani

At� mais.


News: Tema p/ Projeto Te�rico: "Admir�vel Mundo Novo"

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: Projeto Te�rico, Admir�vel Mundo Novo, Aldous Huxley
Date: Wed, 05 May 1999 16:07:19 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Venho anunciar que escolhi a obra "Admir�vel Mundo Novo" como tema para o projeto te�rico, com o apoio de uma segunda obra do mesmo autor: "Regresso ao Admir�vel Mundo Novo (Aldous Huxley)". No momento estou desenvolvendo o tema individualmente, mas acredito que seria muito mais produtivo se houvessem mais pessoas no grupo para discut�-lo.

Anteriormente a proposta era fazer um paralelo entre as obras "1984", "Admir�vel Mundo Novo" e "Os Despossu�dos", com enfoque na primeira. Mas desenvolvendo o tema, achei maior facilidade em discutir a segunda obra. O desenvolvimento do texto final pode ser acompanhado no endere�o abaixo:

http://www.linux.ime.usp.br/~davi/Orwell_1984/RDI_SOC.html

A lista de t�picos a serem discutidos (sujeito ainda a muitas altera��es, sobretudo pela mudan�a da obra enfocada) est� no endere�o seguinte:

http://www.linux.ime.usp.br/~davi/Orwell_1984/topicos.html

Agradeceria muito se recebesse sugest�es quanto ao conte�do do texto:

davi@linux.ime.usp.br

David


News: Vers�o quase final do trabalho te�rico

Re: News: Tema p/ Projeto Te�rico: "Admir�vel Mundo Novo" (David Machado)
Keywords: Projeto Te�rico, Admir�vel Mundo Novo, Aldous Huxley
Date: Mon, 31 May 1999 17:27:24 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

O trabalho escrito pode ser encontrado no seguinte endere�o:

http://www.linux.ime.usp.br/~davi/Orwell_1984/RDI_SOC_2.html

Ainda falta eu acrescentar os links, que logicamente eu n�o sabia de cabe�a. Isto eu termino ainda hoje...

A apresenta��o deste trabalho ficou para o dia 18 de junho.

David


None: LINKS prontos

Re: News: Tema p/ Projeto Te�rico: "Admir�vel Mundo Novo" (David Machado)
Keywords: Projeto Te�rico, Admir�vel Mundo Novo, Aldous Huxley
Date: Mon, 31 May 1999 22:04:15 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Bom, acho que o t�tulo j� explica tudo... Acabei de inserir os links que estavam faltando no trabalho. Ele j� pode ser encontrado no mesmo endere�o de antes...


None: Vers�o final do trabalho

Re: News: Tema p/ Projeto Te�rico: "Admir�vel Mundo Novo" (David Machado)
Keywords: Projeto Te�rico, Admir�vel Mundo Novo, Aldous Huxley
Date: Wed, 07 Jul 1999 17:14:12 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

J� est� dispon�vel na rede a vers�o final do trabalho sobre o "Admir�vel Mundo Novo", "1984" e "Os Despossu�dos". N�o fiz grandes modifica��es, apenas corrigi alguns erros de ortografia e acrescentei a conclus�o final, bem como outros links relativos aos temas tratados. Est� dispon�vel no seguinte endere�o:

http://www.linux.ime.usp.br/~davi/

Qualquer sugest�o, podem me comunicar:

davi@linux.ime.usp.br

Tamb�m estou tentando elaborar ainda esta semana uma c�pia das transpar�ncias apresentadas, que resumem bem os assuntos comentados no "Retorno ao Admir�vel Mundo Novo"

David


None: Tema para o projeto te�rico

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: terceiro setor
Date: Thu, 06 May 1999 00:08:30 GMT
From: Enrico Shiohara <eshiohara@communiplex.com>

O grupo composto pelos alunos Enrico Shiohara e Marcello Porto escolheu o tema "O Terceiro Setor" para o projeto teorico de MAC333.

Um breve resumo sobre o assunto:

Por muitos anos, a sociedade aceitou a existencia de apenas dois grupos de trabalho: o trabalho ligado ao setor produtivo rural/industrial, e o setor ligado a prestacao de servicos.

Nos ultimos anos, aqui no Brasil, palavras como "empresa socialmente responsavel", "trabalho voluntario", "educacao nao formal", "ONG's" e tantas outras passaram a fazer parte do nosso vocabulario diario (apesar da grande maioria nao saber o que tudo isso significa). E um novo grupo, que nao pode ser caracterizado como parte de nenhum dos dois outros grupos, comecou a tomar "forma". A esse novo grupo, deu-se o nome de "Terceiro Setor".

A ideia do trabalho seria tentar definir o que e' o "Terceiro Setor", como ele esta mudando as relacoes de trabalho, as regras que o rege, as estatisticas, a situacao atual, possivelmente a apresentacao de alguns casos, e as perspectivas para o futuro.

Uma bibliografia basica e':

Centro de Estudos do Terceiro Setor - FGVSP http://www.fgvsp.br/programas/cets/

Revista IntegrAcao - FGVSP http://integracao.fgvsp.br/

International Society for Third Sector Research (ISTSR) http://www.jhu.edu/~istr/

Programa Volunt�rios http://www.uol.com.br/voluntarios/

Campanha Seja um Voluntario http://www.voluntarios.com.br/

"Terceiro Setor: Reflex�es sobre o Marco Legal", de Luiz Carlos Merege(coord) e Maria Nazar� Lins Barbosa(org.)

"Filantropia Estrat�gica ou Doa��es ao Acaso" http://www.filantropia.com.br/paodeacucar.htm

"Capitalismo Beneficente" http://www.kanitz.com.br/veja/kanitz_veja2.htm

Doutores da Alegria http://www.doutoresdaalegria.org.br/

Revista Exame - Instituto C&A

 


None: Terceiro Setor - Vers�o Preliminar

Re: : Tema para o projeto te�rico (Enrico Shiohara)
Keywords: terceiro setor
Date: Sun, 23 May 1999 22:19:31 GMT
From: Enrico Shiohara <eshiohara@communiplex.com>
Body-URL: http://www.linux.ime.usp.br/~enrico/terceiro_setor.html

404 Not Found

Not Found

The requested URL /~enrico/terceiro_setor.html was not found on this server.


None: Apresenta��o - Texto

Re: : Tema para o projeto te�rico (Enrico Shiohara)
Keywords: terceiro setor
Date: Mon, 07 Jun 1999 03:28:45 GMT
From: Enrico Shiohara <eshio@ruralsp.com.br>
Body-URL: http://www.linux.ime.usp.br/~enrico/terceiro_setor2.html

404 Not Found

Not Found

The requested URL /~enrico/terceiro_setor2.html was not found on this server.


None: Apresenta��o - Transpar�ncia

Re: : Tema para o projeto te�rico (Enrico Shiohara)
Keywords: terceiro setor
Date: Mon, 07 Jun 1999 03:33:26 GMT
From: Enrico Shiohara <eshio@ruralsp.com.br>

C�pia do arquivo PPoint com a apresenta��o do trabalho sobre o "Terceiro Setor" encontra-se em http://www.linux.ime.usp.br/~enrico/terceiro_setor.zip


None: Terceiro Setor - Vers�o Final

Re: : Tema para o projeto te�rico (Enrico Shiohara)
Keywords: terceiro setor
Date: Wed, 30 Jun 1999 04:16:51 GMT
From: Enrico Shiohara <eshio@ruralsp.com.br>
Body-URL: http://www.linux.ime.usp.br/~enrico/terceiro_setor3.html

404 Not Found

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The requested URL /~enrico/terceiro_setor3.html was not found on this server.


None: A rede sob a perspectiva do seculo XIX

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: telegrafo, comunicacao, telefone, Web, Internet, Tom Standage
Date: Tue, 11 May 1999 16:58:41 GMT
From: Wagner Dias <dias@ansp.br>

Um livro do jornalista ingles Tom Standage argumenta que as mudancas trazidas pelo telegrafo ha cem anos atras foram mais profundas do que as mudancas que estamos sofrendo hoje.

Identificando varios paralelos entre os acontecimentos de hoje e os do final do seculo passado, o autor nao ve todas as mudancas de hoje como uma revolucao em potencial, mas apenas como um estagio de desenvolvimento da comunicacao.

Hoje no NYTimes.

http://www.nytimes.com/library/tech/99/05/cyber/eurobytes/11euro.html


None: Fim do S�culo

Re: : A rede sob a perspectiva do seculo XIX (Wagner Dias)
Keywords: telegrafo, comunicacao, telefone, Web, Internet, Tom Standage
Date: Mon, 17 May 1999 02:24:25 GMT
From: Daniel M�ller <muller@ime.usp.br>

Extremamente interessante o artigo do Times, creio que serve para demonstrar como temos uma fraca mem�ria hist�rica, entre outras coisas. O paralelo, ao que pude perceber, � muito bem definido e consistente, mas o artigo foi apenas uma exposi��o de fatos, deixando aos leitores o prazer da formula��o de teorias que os justifiquem, uma das quais segue abaixo.

O que faria a Revolu��o do Tel�grafo mais impactante do que a Revolu��o da Internet? O artigo deixa bastante claras as profundas mudan�as sociais e econ�micas derivadas destas t�o chamadas revolu��es, mas nao atenta para a sociedade em que cada uma delas se desenvolveu, t�o d�spares quanto poss�vel.

Existe um ramo da hist�ria chamado de hist�ria das mentalidades (defendida especialmente por Georges Duby), que sugere a substitui��o da an�lise Marxista da hist�ria (fundamentada nos aspectos econ�micos da sociedade - a que todos aprendemos nas escolas) pela tentativa de compreens�o da mentalidade das pessoas durante a �poca estudada.

Aplicando tal pensamento no problema, percebemos que o fim do s�culo XIX foi notadamente marcado pela venera��o da ci�ncia. � �poca acreditava-se que o homem estaria perto de descobrir todos os mist�rios do universo, que atrav�s do conhecimento e do m�todo cient�fico n�o existiam barreiras intranspon�veis.

J� o pensamento do final do s�culo XX tem um relacionamento muito diferente com a ci�ncia. A desilus�o (provocada entre outras coisas pela bomba at�mica) e mesmo a incorpora��o da ci�ncia no dia a dia, especialmente na era de ouro, alterou a perspectiva em que mudan�a n�o � mais vista como exce��o e sim regra.

Da� talvez a diferen�a do impacto, mesmo com t�o vasto n�mero de similaridades apresentada. N�o o agente transformador, mas sim o receptor est� alterado.


None: Tema para o projeto

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: Ad�lia, Bruno e Jo�o
Date: Wed, 12 May 1999 19:58:32 GMT
From: <bfdegani@linux.ime.usp.br>

Nosso grupo � composto por:
	Ad�lia Lundberg;
	Bruno Degani;
	Jo�o Silvestre.

O tema escolhido foi:
	Part2: The Eletronic Mail Metaphor: The I-Way As a Communications Medium.

Apesar do atraso ;-))


News: Um Livro que Resume tudo

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Thu, 20 May 1999 22:26:53 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

    Ol� pessoal!

    Acabo de ler um livro que ajuda a entender, de forma bem estruturada, muito do que foi discutido na sala de aula; inclusive alguns t�picos abordados em nossa lista de discuss�o.
  
    O t�tulo do livro �:
-----------------------------------------------------------
    A Sociedade em Rede
      A Era da Informa��o: Economia, Sociedade e Cultura
      Volume I

    Autor: Manuel Castells

    Editora Paz e Terra

    617 p�ginas - R$ 45,00
---------------------------------------------------------
Das pr�prias palavras do autor:

   "O primeiro volume trata da l�gica da Rede, enquanto do segundo volume trata e analisa a forma��o do Ser e a intera��o do Ser e a Rede na crise de duas institui��es centrais da sociedade: a fam�lia patriarcal e o Estado Nacional. O terceiro volume (O fim do Mil�nio) tenta interpretar as transforma��es hist�ricas atuais resultantes das din�micas dos processos estudados nos dois primeiros volumes."

   Por enquanto, apenas foi publicado, no Brasil, o primeiro volume; os outros dois volumes ser�o publicados no pr�ximo ano ou no final deste. Se voc�s tiverem a sorte de ler este livro, ver�o que as nossas aulas encaixam-se em muitos dos trechos do livro. E o livro n�o est� t�o caro (acho) para um livro deste peso (tanto de conte�do como de massa).

    Eu j� estou esperando pelos pr�ximos volumes.

    At� mais!


News: Manuel Castells no Roda Viva

Re: News: Um Livro que Resume tudo (Edward Iamamoto)
Date: Fri, 02 Jul 1999 15:41:26 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

     Na Segunda-feira do dia 05 de Julho, a Rede Cultura apresentar�, no programa Roda Viva, uma entrevista com o soci�logo Manuel Castells. Castells � talvez o maior estudioso do fen�meno da Revolu��o Digital. Creio que vale a pena assistir o programa.


None: teste

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Sun, 23 May 1999 14:16:03 GMT
From: ana <unknown>

testando...


News: Ensaio: O Fim Dos Empregos - vers�o 0.1.1

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Sun, 23 May 1999 18:17:42 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

  Apresentamos a vers�o de nosso ensaio. seu conte�do localiza-se em:

   http://www.linux.ime.usp.br/~shigueo/mac333/Crise_do_Emprego.html


Idea: Discussao sobre a apresentacao: Extincao/Criacao de empregos

Re: News: Ensaio: O Fim Dos Empregos - vers�o 0.1.1 (Edward Iamamoto)
Date: Tue, 08 Jun 1999 17:05:05 GMT
From: Henrique P. F. Ceribelli <ceriba@ime.usp.br>

Eu concordo com o fato de que a tecnologia extinguiu varios empregos (como controlador de estoques, remarcador de precos, operadores de maquinas, ...). Entretanto, outros empregos foram criados, como analistas de sistemas, editores eletronicos... Mas, todos ao de convir que foram extinguidos mais empregos do que foram criados, pois um computador pode substituir varios empregados. Eu tambem acredito que sempre vai existir emprego, pois o computador nao tem e nunca vai ter a capacidade de criacao. Com a automatizacao das tarefas, o trabalho do ser humano vai ser baseado na sua criatividade, fazendo com que o tempo livre do ser humano seja muito valorizado, pois nos criamos muito mais e melhor quando estamos relaxando, conversando com os amigos. Para isso, a jornada de trabalho tem que ser reduzida e o homem tem que saber aproveitar o tempo livre. Atualmente, a maioria das pessoas sentem peso na conciencia quando nao estao trabalhando. Se uma pessoa na idade de um trabalhador ativo esta na piscina no meio da tarde no meio da semana, os outros e ele mesmo se acha um vagabundo. Entretanto, se sua mente estiver livre, ele pode estar criando algo novo para fazer no seu emprego...

Portanto, a tecnologia da informacao mudou o tipo do emprego, e agora, a sociedade tem que se adaptar a esse novo paradigma, reduzindo a jornada de trabalho, dedicando-se a leitura de atualizacoes e aproveitando melhor e sem peso na conciencia o seu tempo livre.

O livro do Domenico De Masi, A Emo��o e a Regra (Jos� Olympio Ed) fala sobre isso.


Disagree: M�quinas inteligentes s�o poss�veis?

Re: Idea: Discussao sobre a apresentacao: Extincao/Criacao de empregos (Henrique P. F. Ceribelli)
Date: Wed, 09 Jun 1999 16:11:40 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

  Discordo com a afirma��o de H. Ceribelli quando diz:
 "...pois o computador n�o tem e nunca vai ter a capacidade de cria��o."

  N�o digo que ele esteja errado, pode estar certo como pode estar errado. Concordo quando ele afirma que o computador n�o tem capacidade de cria��o, pois ele est� usando o tempo presente e n�s sabemos que os computadores atuais realmente n�o s�o criativos (a maioria dos humanos n�o o s�o tamb�m). Entretanto, devemos tomar cuidado com a segunda parte da afirma��o que diz que o computador NUNCA vai ter capacidade de cria��o. Essa segunda afirma��o � arriscada sob o ponto de vista cient�fico, pois parece estar fundamentada em poucos fatos cient�ficos, parecendo mais uma opini�o pessoal.

  Antes de dizermos algo sobre ser ou n�o poss�vel a uma m�quina ser criativa e inteligente, devemos entender a intelig�ncia e a criatividade; devemos entender como funciona a intelig�ncia, como funciona a criatividade, quais os mecanismos e fundamentos da intelig�ncia e criatividade. Uma vez entendido o processo da criatividade, podemos dizer se � poss�vel reproduzi-la fora de sistemas org�nicos. A ci�ncia n�o t�m as respostas ainda, pode ser que n�o venha a t�-las t�o cedo, ou at� pode nunca encontrar as respostas. A ci�ncia n�o � favor�vel ou contra o conceito de m�quinas pensantes, a ci�ncia � apenas o meio para descobrir se essas m�quinas s�o poss�veis. Alguns dizem ter certeza absoluta sobre a resposta da quest�o, elas podem estar certas ou n�o, h� 50% de chances de estarem certas, sob o ponto de vista cient�fico. N�o levo em conta opini�es baseadas em fundamentalismos religiosos, pois a religi�o n�o � o foro adequado para an�lise cient�fica. Sendo assim, para a ci�ncia, qualquer resposta sobre esse assunto n�o passa de mera opini�o pessoal ou adivinha��o.

  Tenho minha opini�o pessoal sobre esse assunto de m�quinas inteligentes, mas estou ciente, como cientista, de que, futuramente, poderei vir a descobrir que eu estava errado; o pensamento cient�fico � assim mesmo.

  Estou certo que nosso colega H. Ceribelli entende o que estou querendo dizer; entendo que sua afirma��o � uma opini�o pessoal, mas ele certamente entende que como pessoas de forma��o cient�fica n�o podemos dar vereditos incontest�veis enquanto uma an�lise rigorosa, que n�o deixe d�vidas, n�o for feita.

  Mas e se for poss�vel criar m�quinas inteligentes e criativas? O que poderia mudar na situa��o dos empregos? Talvez nada mude, talvez tudo mude. Se, eu disse SE, a intelig�ncia e a criatividade estiverem ligadas de forma indissoci�vel � autoconsci�ncia e � auto-determina��o, ent�o as m�quinas inteligentes teriam aspira��es e desejos diferentes e poderiam n�o estar dispostas a trabalhar incessantemente para seus donos. At� o conceito de posse de um humano sobre uma m�quina inteligente poderia ser questionado moralmente. As m�quinas poderiam fazer at� greves, quem sabe? Da�, talvez n�o seja interessante, para as empresas, colocar m�quinas inteligentes em suas linhas de produ��o e os empregos criativos para humanos poderiam estar garantidos, talvez. Temos uma situa��o em que as m�quinas pensantes s�o at� poss�veis de serem criadas, mas n�o ser�o utilizadas porque n�o oferecem muitas vantagens competitivas. A �nica situa��o que tornaria vantajoso colocar m�quinas pensantes no lugar de humanos, mesmo com o risco das m�quinas fazerem greves, seria aquela onde as m�quinas pensantes pensam e criam a uma velocidade muitas vezes superior a do homem. Como sempre, muitos dir�o que isso � imposs�vel, e, como sempre, sem ter um bom fundamento cient�fico. � esperar para ver.

        Esperemos.


Idea: Empregos - Nao vai ser facil mudar....

Re: Disagree: M�quinas inteligentes s�o poss�veis? (Edward Iamamoto)
Keywords: emprego
Date: Fri, 11 Jun 1999 00:22:51 GMT
From: Gustavo Tadao <gtadao@uol.com.br>

A mudanca do tipo de emprego � obvia, todos estao vendo. Estamos num tempo onde convivemos com a mudanca mas com medo dela, somos uma geracao que experimentamos muitas mudancas com a popularizacao da internet, a globalizacao, o conflito de culturas mas temos medo de tudo o que estah acontecendo.

Somos muito resistente a qualquer mudanca que possa afetar nosso habitos, por isso o nosso medo de ter que mudar a maneira do nosso trabalho.

A sociedade capitalista eh baseada em consumo e producao, para que a producao possa aumentar, eh preciso que exista demanda para o produto. Se nao existir emprego para todos esta balanca se desiquilibrara e todo o ambiente se tornara instavel.

Acho que a capacidade criativa do homem encontrara uma solucao para toda esta revolucao venha para o bem do ser humano. A socieade do lazer eh um ensaio muito criativo, fundamentado em tendencias atuais ela da uma solucao para a falta de emprego, e mostra como o homem pode pelo menos vislumbrar uma saida quando as coisas apertam.

Particularmente tenho duvidas sobre o aumento de tempo livre, acho que passaremos por uma fase de excesso de trabalho ( acho que quem trabalha sabe do que estou falando) nao sei ate quando, mas acho que o tempo livre sera consumido pela necessidade de atualizacao e estaremos na verdade, dedicando mais do nosso tempo ao trabalho.

Eh apenas uma opiniao, vamos torcer para que todos tenham jogo de cintura para adaptar-se a nova era.

Tadao


Idea: M�quinas inteligentes

Re: Idea: Discussao sobre a apresentacao: Extincao/Criacao de empregos (Henrique P. F. Ceribelli)
Date: Wed, 09 Jun 1999 16:59:04 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Sem d�vida n�o se pode afirmar atualmente se um dispositivo eletr�nico pode ou n�o ser capaz de simular o funcionamento de um dispositivo org�nico, como o nosso sistema nervoso. Mas observa-se um fato muito importante: de acordo com muitos projetos de computadores futuros (sem d�vida uma grande maioria aparentemente fantasiosa no contexto atual), as m�quinas tendem a cada vez se tornarem mais "org�nicas", exatamente para se contornar a limita��o de componentes eletr�nicos em imitar o comportamento de c�lulas nervosas. Sem d�vida um computador eletr�nico precisaria ser muito mais veloz que os atuais para que possam ter algo que chamamos de intelig�ncia (a criatividade estaria intimamente ligada a este fato?). Mas e se os computadores futuros forem completamente diferentes dos atuais? No lugar de chaves l�gicas OR, AND, XOR, etc... ter�amos componentes b�sicos capazes de simular o comportamento de um neur�nio. Provavelmente tais componentes nem mais seriam totalmente eletr�nicos, e teriam o funcionamento baseado em rea��es da qu�mica org�nica. Muito parecido com o que acontece dentro de nossas cabe�as. :-)

Bom, vejamos quais os projetos atuais mais vi�veis para m�quinas assim. A pouco tempo atr�s se explorou muito as redes neurais, que nada mais seriam que uma tentativa de se desenvolver equipamentos eletr�nicos (ou algoritmos) capazes de imitar nossos neur�nios. Mais recentes que isto s�o os projetos de computadores qu�nticos, onde a miniaturiza��o dos componentes atingiriam tal grau que as leis bem conhecidas da microeletr�nica n�o mais valeriam: ter�amos que desenvolver circuitos que levariam em conta o estranho mundo da mec�nica qu�ntica! Talvez um chip qu�ntico, com o n�vel de incerteza associado a seu comportamento, seja o primeiro passo para se criar um componente eletr�nico de certa forma criativo.

Mas acredito que o passo maior, e talvez por isto mesmo num futuro mais remoto, sejam computadores que efetuam seu processamento a partir de um programa armazenado numa cadeia de DNA. Pensemos bem: que diferen�a existiria entre um computador deste tipo e um organismo vivo? Talvez num futuro distante, quando fabricarmos o primeiro computador pseudo-org�nico com componentes b�sicos capazes de imitar nossos neur�nios, acabemos por chegar a conclus�o que n�s mesmos n�o passamos de m�quinas. M�quinas complicad�ssimas sem d�vida, mas nada mais que isto...

David


None: Tecnologia e Emprego

Re: News: Ensaio: O Fim Dos Empregos - vers�o 0.1.1 (Edward Iamamoto)
Date: Thu, 10 Jun 1999 03:18:09 GMT
From: Daniel M�ller <muller@ime.usp.br>

Durante a chamada "Revolu��o Industrial", um grupo de trabalhadores que haviam perdido seus empregos atiraram seus sapatos, chamados "Sabots", contra as m�quinas, as quais responsabilizavam pelas demiss�es. Da� vem o nome "Sabotagem".

Esta hist�ria serve para demonstrar que n�o s� o problema do desemprego n�o est� confinado aos nossos dias como tamb�m a rela��o entre desenvolvimento tecnol�gico e demiss�es est� bem sedimentada nas mentes humanas.

Sob uma perspectiva hist�rica � poss�vel dizer que, apesar de fazer parte da equa��o, o avan�o tecnol�gico n�o � o principal respons�vel pelo desemprego. Convenhamos que se desde os prim�rdios da Revolu��o at� os dias de hoje, com todo o progresso cient�fico atingido, houvesse uma rela��o direta de proporcionalidade entre estes dois fatores acima mencionados, 90% da popula��o estaria desempregada.

O desenvolvimento � um agente, mas apenas de curta dura��o. A sociedade gradativamente se ajusta e eventualmente atinge um equil�brio. As m�quinas que propiciaram a "Revolu��o Industrial", ou melhor, a reorganiza��o do trabalho que possibilitou a entrada das m�quinas, apesar de gerar crises como a mencionada, mudou a face da sociedade at� que na fase �urea brit�nica o desemprego era m�nimo. Uma mudan�a do setor agricultor para o setor industrial.

J� neste s�culo, as mudan�as que geraram a depress�o de 29 acabaram por se resolver na era de ouro do capitalismo, per�odo de maior desenvolvimento tecnol�gico da hist�ria, onde houve uma adapta��o da sociedade, agora do setor industrial para o de servi�os.

Como se v�, o desemprego est� mais intimamente relacionado com as ondas peri�dicas do capitalismo do que com o desenvolvimento tecnol�gico por si s�.

Minhas especula��es para o futuro, que como todas podem ser irreais, s�o que n�o importa o quanto a tecnologia avance, a sociedade se adaptar� a essas mudan�as. E mais suaves ser�o tais transi��es quanto mais competentes forem os governantes.


News: Internet gera empregos nos EUA

Re: News: Ensaio: O Fim Dos Empregos - vers�o 0.1.1 (Edward Iamamoto)
Date: Thu, 10 Jun 1999 20:39:42 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

Esta not�cia foi divulgada pela Ag�ncia Estado -
10 de Junho de 1999


Internet gera US$ 300 bi nos EUA

Washington - Um novo estudo universit�rio sobre o impacto da Internet na economia dos EUA estima que o setor gerou mais de US$ 301 bilh�es em renda, no ano passado, e 1,2 milh�o de empregos. O estudo, cujos resultados foram anunciados hoje, determinou que o com�rcio eletr�nico - a compra, em todas as partes do mundo, de livros e outros bens produzidos nos EUA - gerou mais de US$ 100 bilh�es.

   
     A� est� a chance do Brasil. Que ven�am os melhores!

     


News: Emprego na Inglaterra

Re: News: Ensaio: O Fim Dos Empregos - vers�o 0.1.1 (Edward Iamamoto)
Date: Sun, 13 Jun 1999 20:07:16 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

Not�cia de O Estado de S�o Paulo. --------------------------------------

Domingo,
 13 de junho de 1999 

 Desemprego atinge 33% dos cinq�ent�es ingleses 

Problema tem levado muitos trabalhadores � aposentadoria precoce, o que est� preocupando o governo

     DAVID BRINDL e SUE QUINN 

LONDRES - Quase um ter�o dos homens brit�nicos com mais de 50 anos de idade, mas ainda sem a idade necess�ria para a aposentadoria, n�o possui emprego remunerado e a maioria j� desistiu de procurar.

Um estudo do governo brit�nico mostra que a tend�ncia � aposentadoria precoce no Reino Unido cresce rapidamente e corre o risco de criar um grupo de 2 milh�es de homens entre 50 e 60 e poucos anos que n�o est� fazendo quase nada da vida e cuja inatividade pode p�r em risco sua sa�de.

Essa tend�ncia tamb�m indica que logo existir�o, no m�nimo, tantas mulheres acima de 50 anos trabalhando quanto homens.

Peter Elias, diretor do Instituto para Estudos do Emprego na universidade de Warwick na Inglaterra disse: "� bem prov�vel que dentro de dez anos possamos estar vendo algo bastante pr�ximo da igualdade no �ndice de emprego daqueles acima de 50 anos." O estudo, de acordo com o Escrit�rio do Reino Unido para Estat�sticas Nacionais (ONS), agrupa todas as informa��es relevantes sobre a chamada "3� Idade", faixa na qual s�o considerados todos os que t�m mais de 50 anos. Nos pr�ximos 20 anos, o n�mero de pessoas nesse grupo aumentar� para 25 milh�es, ante os 19 milh�es de hoje.

Entre as mulheres brit�nicas que est�o com seus 50 e poucos anos a propor��o das que possuem um emprego remunerado aumentou gradualmente de 55% em 1986 para 62% no ano passado; no entanto, quase metade delas trabalha apenas meio per�odo.

Entre os homens brit�nicos de 50 a 64 anos, por�m, a propor��o dos que mant�m emprego remunerado caiu de 84% em 1979 para 69% no �ltimo ano. Entre os 31% que n�o trabalham - algo em torno de 1,5 milh�o de homens - menos de 4% est�o registrados como desempregados e 27% s�o considerados denominados "economicamente inativos".

Se essa tend�ncia continuar, em dez anos existir�o 2 milh�es de homens acima de 50 anos, por�m abaixo da idade necess�ria para a aposentadoria, sem uma profiss�o fixa, que provavelmente n�o conseguir�o coisa alguma.

Elias afirmou que a causa principal para a diferen�a nos padr�es de emprego para homens e mulheres seria uma mudan�a estrutural. Enquanto muitos cargos industriais desapareceram, especialmente nas ind�strias pesadas, houve um r�pido crescimento de oportunidades no setor de servi�os.

"Isso continua a ocorrer", afirmou. "Esperamos mais um decl�nio no setor industrial nos pr�ximos dez anos, enquanto as �reas em expans�o, como hot�is, servi�os de buf�, alimenta��o e limpeza, continuam privilegiando as mulheres." O estudo tamb�m indica que os homens que se aposentam precocemente e ficam o dia inteiro em casa correm grande risco de adquirir defici�ncias na sa�de, com �ndices de mortalidade para homens entre 50 e 64 anos, hoje em dia,60% maior do que os das mulheres.

Os homens entre 50 e 64 anos t�m probabilidade duas ou tr�s vezes maior de morrer de ataque card�aco ou derrame cerebral do que as mulheres da mesma idade. Keith Galpin, gerente de Desenvolvimento da Reach, uma institui��o de caridade de Londres que encontra empregos volunt�rios para aqueles com alguma experi�ncia profissional, acredita que os homens que se aposentaram precocemente estariam dispostos a trabalhar como volunt�rios se fossem estimulados.

"No momento atual, temos 2 mil oportunidades nos nossos registros, e cerca de mil pessoas registradas", afirmou. "Existem muitos outros l� fora que se aposentaram precocemente, mas os homens costumam pensar que trabalho volunt�rio � coisa para mulheres."

  Provedoras - 

Em Newcastle, no Tyne, na Regi�o Nordeste da Inglaterra, muitos homens adaptaram-se a uma vida que n�o teve espa�o para o trabalho remunerado, enquanto as mulheres ganham o p�o.

Kevin Flynn, coordenador do Centro Contra o Desemprego em Newcastle, diz que o relat�rio concluiu que um excessivo n�mero de homens da regi�o desistiram de procurar emprego nos �timos dez anos. "Houve um tempo em que todos trabalhavam unidos em um grande local, eram remunerados de forma decente e tinham algum dinheiro para gastar", lembrou. "Atualmente, voc� tem de estar preparado para trabalhar muitas horas, sem seguran�a nenhuma."

Inicialmente, o desemprego causava depress�o e vergonha, mas "a partir do momento que eles deixaram de lado esse machismo de ter de ser hist�rico provedor, alguns acharam a id�ia bastante liberal," disse Sr. Flynn.

Curiosamente, Tim Holt, diretor do Escrit�rio do Reino Unido para Estat�sticas Nacionais (ONS), anunciou na quinta-feira a inten��o de aposentar-se. Ele tem 55 anos.


None: Para franceses, trabalho al�m do hor�rio vai dar cadeia

Re: News: Emprego na Inglaterra (Edward Iamamoto)
Date: Thu, 17 Jun 1999 00:06:17 GMT
From: Enrico Shiohara <eshio@ruralsp.com.br>

Not�cia publicada no "The Wall Street Jornal" de 16 de junho de 1999

PARA FRANCESES, TRABALHO AL�M DO HOR�RIO VAI DAR CADEIA

Por David Woodruff Rep�rter do The Wall Street Journal

COLOMBES, Fran�a - S�o 19h20 neste sub�rbio parisiense, e de repente o sagu�o de um complexo de escrit�rios da Thomson-CSF fica lotado. Como se estivessem em fila, v�rios empregados descem correndo os degraus de uma escada rolante parada, abrem os port�es de seguran�a com seus crach�s e seguem para a porta.

Ufa! Por pouco eles n�o desrespeitam a lei novamente.

Trabalhar at� tarde - uma tradi��o que enche de orgulho os executivos franceses - tornou-se crime. Numa �poca em que trabalhadores do mundo todo est�o pegando no batente cada vez mais pesado, a Fran�a est� indo na dire��o oposta: o pa�s est� reduzindo a jornada semanal de trabalho de 39 para 35 horas, at� mesmo para os que desempenham fun��es administrativas. Ainda que a nova lei s� v� entrar em vig�ncia em janeiro, os inspetores de trabalho, que sempre fizeram vista grossa para os h�bitos dos workaholics, est�o caindo em cima de empresas onde gerentes, engenheiros e administradores trabalham al�m da conta.

Com os altos executivos tendo diante de si a possibilidade de passar at� dois anos na cadeia como pena para algumas viola��es, as empresas francesas est�o tomando medidas dr�sticas para colocar os funcion�rios da porta para fora na hora certa. Na divis�o de comunica��es da Thomson-CSF em Colombes, por exemplo, os seguran�as ligam para infratores reincidentes, para lembr�-los de que est� na hora de ir embora. A Thomson e outras companhias instalaram vers�es eletr�nicas dos velhos rel�gios de ponto, obrigando os empregados a registrar a hora de entrada e sa�da por meio de crach�s equipados com fitas magn�ticas ou chips. Em alguns pr�dios de escrit�rios, uma sirene toca no fim da tarde, indicando que est� na hora de as pessoas arrumarem as coisas e ir para casa. Os pr�dios s�o trancados mais cedo e o acesso aos estacionamentos �s vezes � restrito depois das 19h.

Ao reduzir a jornada semanal para todos os trabalhadores, com exce��o dos executivos s�niores, o governo de coaliz�o de esquerda da Fran�a, que tem o apoio da maioria dos sindicatos, espera reduzir a taxa de desemprego de 11% que o pa�s registra. "Vemos que os administradores franceses trabalham mais e mais", diz Pierre Vial, vice-secret�rio da federa��o de administradores que � parte do sindicato CFDT. "Eles precisam deixar trabalho para os outros."

Claro, alguns trabalhadores concordam que � crime passar tempo demais no servi�o. Mas l�deres empresariais do pa�s dizem que impor hor�rios r�gidos para empregados de n�vel administrativo - que tradicionalmente n�o tinham limite e agora trabalham em m�dia 45 horas por semana - n�o faz sentido e vai ser um obst�culo para a competitividade das empresas francesas, exatamente quando elas lutam para aumentar seu n�vel de efici�ncia para enfrentar a acirrada competi��o global. "Isso ficou absurdo", diz Paul Calandra, diretor de recursos humanos da Thomson-CSF. "O que vir� depois disso? V�o colocar cintos de seguran�a nas cadeiras das salas de recrea��o?"

Na fase de aquecimento para enfrentar uma jornada mais curta, algumas empresas j� negociaram contratos de 35 horas com os sindicatos, aproveitando-se dos incentivos em dinheiro dados pelo governo para aquelas que adotarem as novas regras mais cedo. Muitas tentaram driblar a rigidez das jornadas oferecendo f�rias adicionais. A id�ia � deixar os administradores trabalhar at� tarde, mas dar-lhes um tempo a mais para recarregar as baterias. Sob um pacto que entra em vigor em setembro, na PSA Peugeot Citro�n, por exemplo, os trabalhadores assalariados ganham 11 dias a mais de f�rias, al�m das cinco semanas a que t�m direito por lei. Quatro dias s�o reservados para educa��o relacionada ao trabalho, mas os empregados ainda assim ficam com seis semanas de f�rias. Se essa solu��o encontrada pela montadora vai ser aceita pelo governo ainda n�o est� claro.

J� a Texesis, a divis�o de radares da Thomson, est� sob o fogo cruzado da luta pela redu��o da jornada. A divis�o, cuja sede fica num pr�dio de vidro e a�o no sub�rbio de Elancourt, a oeste de Paris, desde 1996 vem sendo perseguida por ativistas sindicais e inspetores trabalhistas que querem que a empresa siga a lei ao p� da letra. Os representantes do Minist�rio do Trabalho recusam-se a comentar o caso, mas a Texesis e outras subsidi�rias da Thomson j� tiveram contabilizadas mais de 9 mil infra��es, inclusive n�o ter registrado o tempo exato de trabalho dos empregados, n�o ter guardado esses registros por um ano e ter permitido que seus empregados trabalhassem mais de dez horas num dia.

"Temos a impress�o de que o objetivo � fazer de n�s um exemplo", diz Calandra. "Cada um tem direito de ter equ�libro entre a vida profissional e a pessoal. Mas n�o estamos numa col�nia de f�rias nem no Club Mediterran�e."


Agree: Untitled

Re: News: Emprego na Inglaterra (Edward Iamamoto)
Date: Thu, 06 Jan 2000 21:09:35 GMT
From: Am�rico Ferreira de Arag�o J�nior <thatsright@zipmail.com.br>

I am looking for a job !!!!!!!


News: IBM corta 1.100 empregos

Re: News: Ensaio: O Fim Dos Empregos - vers�o 0.1.1 (Edward Iamamoto)
Date: Fri, 25 Jun 1999 19:46:30 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

IBM corta 1.100 empregos

        S�o Paulo - A IBM est� cortando 1.100 empregos em San Jose, cerca de 10% do n�mero de funcion�rios no norte da Calif�rnia, como medida preparat�ria para transferir suas f�bricas de disk drives para fora dos EUA. A empresa informou que vai produzir o produto no M�xico, Hungria e Jap�o. Os cortes ser�o conclu�dos em um ano.O plano de reestrutura��o, comunicado aos funcion�rios h� um m�s, tem como objetivo padronizar o design dos produtos IBM, reduzir custos e o tempo de envio dos produtos ao mercado.

  O neg�cio de disk drives deve movimentar US$ 32,4 bilh�es este ano, estima Jim Porter,fundador da empresa de pesquisas de mercado Disk/Trend. Com uma participa��o de 27% no mercado, a IBM teve vendas de US$ 8,2 bilh�es no segmento em 1998. Os cortes na IBM acompanham os esfor�os de redu��o de custos no setor por causa da constante queda nos pre�os dos computadores.

Ag�ncia Estado - 25 de Junho de 1999.


Question: Arvores de conhecimento

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: �rvores de conhecimento
Date: Sun, 23 May 1999 18:47:11 GMT
From: Tulio <anjo@ufu.br>

Gostaria de obter o soft do Sr Pierry L�vi sobre �rvores de conhecimento. Gostaria de tamb�m conhecer aplica�oes das �rvores de conhecimento e fazer uma entrevista para um semin�rio que estou preparando para a disciplina SI da UFU. Obrigado

T�lio anjo@ufu.br


News: O papel do chat na Internet

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Mon, 24 May 1999 00:36:45 GMT
From: Clayton Selani <selani@amcham.com.br>

Grupo: Adriana Reigadas Clayton Selani Denis Tse Eduardo Henrique Curioni

Vers�o preliminar do nosso trabalho

MITOS E ARQU�TIPOS DO DESPERTAR DO AVENTUREIRO

Em termos de arqu�tipos, a necessidade por renovar � refletida no arqu�tipo do aventureiro, que pode ter v�rias formas.

Aventura pode ser uma atividade solit�ria, mas � com frequ�ncia praticada em grupo.

Quando pessoas se aventuram juntas, elas compartilham n�o apenas os riscos e incertezas que elas devem negociar mas tamb�m o crescimento e v�nculos que aumentam quando encontram desafios.

Algumas aventuras ou perip�cias s�o mais fortes que outras; uma aventura que consiste de assistir um filme ou ler um livro � comulmente menos recompensadora do que aquelas que requerem participa��o, risco e compartilha��o.

Na cultura ocidental, o nome mais conhecido � Odysseus, tamb�m conhecido por seu nome latino, Ulisses. Segundo a cr�nica de Homero, Il�ada, Odysseus era o rei de Ithaca que liderou os gregos na Guerra de Tr�ia. Foi ele que arquitetou o estratagema do Cavalo de Tr�ia para conquistar Tr�ia. Segundo a lenda, a Deusa Athena ficou zangada com os gregos pelo mau tratamento que eles deramna derrota da princesa Cassandra, e ela pregou que eles teriam problemas ao retornarem aos seus lares na Gr�cia.

Ningu�m dos gregos enfrentou maiores obst�culos do que Odysseus. Nas cr�nicas, Homero narra os desafios encontrados por Odysseus em dez anos de jornada.

Odysseus mostrou de guerreiro e malandragem para se livrar dos v�rios obst�culos, como os dois ciclopes.

Logo, vemos que em qualquer mito as caracter�sticas podem ser uma mistura de arqu�tipos. Nosso presente interesse no arqu�tipo aventureiro leva mais �s caracter�sticas de Odysseus como um her�i do que como um xam�-ca�ador-malandro.

Na mitologia, a mais dific�l jornada que um her�is pode se submeter � aquela que o leva ao reino da morte. Uma jornada dentro dessa terra simboliza morte, e uma jornada de volta simboliza renascimento. Esse ciclo de morte e renascimento � o ciclo da renova��o e transforma��o em que o her�i encontra integra��o e sabedoria para levar de volta � comunidade. Essa forma de mito aventureiro aparece em culturas em todo o mundo.

Para muitos, a conex�o entre aventura e renova��o com computadores parece estranha. O que editores de texto e planilhas t�m a haver com novas e renovadas experi�ncias?

Mundos Digitais s�o computadores-incrementados ou computadores-criados para experi�ncias. Os v�rios tipos de mundos digitais diferem principalmete de como a experi�ncia � produzida e o que significa. Exemplos de mundos digitais: realidade virtual, realidade incrementada, telepresen�a e computa��o onipresente ou virtualidade encorporada.

Mundos Digitais t�m uma profunda conex�o simb�lica com a mitologia. Em muitas hist�rias de maiga, sabendo e dizendo as palavras certas como um feiti�aria � tudo que � preciso para liberar poderosas for�as.

Essa cone�o entre cria��o e palavras � particularmente apta para os mundos digitais. Mundos Digitais s�o criados por pessoas que escrevem programas de computador. Nesse sentido, a cria��o de realidades virtuais como mundos digitais t�m muito em comum com a cria��o mitol�gica dos mundos que n�s vivemos, exceto que as palavras s�o ditas - ou escritas - por pessoas e n�o por Deuses.

A PROFUNDA ESTRUTURA DA MET�FORA DOS MUNDOS DIGITAIS

Por estarmos familiarizados com mundos no sentido usual, a met�fora ddos mundos digitais � investida com muito prior de significado.

Come�aremos com a id�ia de lugar. Diz o ditado: "Quanto mais longe algo est�, mas tempo levar� para chegar l�." Coisas, inclusive n�s, s� podem estar em um lugar no mesmo tempo.

DESAFIANDO SUPOSI��ES SOBRE MUNDOS DIGITAIS

Como todos as outras met�foras, as met�foras dos mundos digitais nos enganar�o se n�s dermos uma olhada em o que � diferente entre o reino digital e como � mudado. No mundo real, diferentes objetos est�o em diferentes lugares e podem somente estar em um lugar por vez. Nos mundos digitais, esse senso de lugar � mais amb�guo.

Em mundos reais, n�s temos que viajar para chegar aos lugares, e quanto maior a dist�ncia mais tempo levar�. Em mundos digitais tudo viaja a velocidades eletr�nicas. N�s podemos ir de um lugar a outro atrav�s de um salto eletr�nico. Se soubermos o endere�o para onde ir, n�s "teleportamos" para aquele lugar instantaneamente, sem passar por pontos intermedi�rios. Embora ainda possa levar tempo para chegar a algum lugar, e'o tempo de aprender e descobrir onde n�s queremos ir. O tempo de transporte � geralmente negligenciado.

Em um mundo real, n�s temos corpos cujas apar�ncias e capacidades podem ser mudadas, mas somente de formas limitadas.

No mundo real e'incoveniente quando n�s acidentalmente esquecemos coisas importantes como chaves ou uma carteira. Numa realidade digital, nossas coisas podem viajar conosco automaticamente, ou n�s podemos mandar um agente para busc�-las por n�s.

AL�M DA MET�FORA DOS MUNDOS DIGITAIS

A met�fora dos mundos digitais � a quarta das met�foras que n�s consideramos como guia para n�s compreendermos o tipo de infraestrutura de informa��o que n�s podemos inventar. N�s percebemos que h� muito espa�o para sobrepor e para usar m�ltiplas met�foras. Por exemplo, embora a met�fora da biblioteca digital enfatize procura de informa��o, n�s poder�amos esperar visitar n�o apenas um vasto lugar de livros e outras m�dias mas tamb�m encontrar bibliotec�rios que nos ajudem. Criar um senso de lugar e de comunidade numa biblioteca digital � mais �til do que simplesmente criar um banco de dados online. Na met�fora do e-mail, n�s queremos mandar uma mensagem a algu�m. Mas se n�s encurtarmos o tempo entre mandar e receber mensagens, n�s podemos nos aproximar de uma conversa��o em tempo real. A met�fora dos mundos digitais podem adicionar um senso de presen�a para cada participante e um senso de localiza��o em que se tem a conversa��o: encontre-me na cachoeria ou no caf�. A met�fora do mercado eletr�nico, que enfatiza com�rcio, j� cont�m um termo, lugar, que se refere � met�fora dos mundos digitais. N�s vamos ao mercado n�o apenas para comprar e comercializar mas tamb�m para olhar pessoas; o que significa uma troca intelectual e social assim como compras e vendas.

A met�fora dos mundos digitais � tamb�m open-ended. N�s podemos ir ao mundo digital para encontrar coisas e interagir com outros. Nossas experi�ncias em mundos digitais podem ser as mais poderosas experi�ncias que n�s podemos conseguir de uma rede de computadores. Elas tamb�m apresentam oportunidades e desafios para renovar-nos e trazer-nos o que h� de melhor em n�s humanos.

MUD - Fen�meno social - baseado na realidade virtual

Introdu��o

MUD � uma rede virtual cuja interface � totalmente baseada em textos. � popularmente chamado de bate-papo ou chat. O processo consiste no seguinte: os participantes entram no chat atrav�s de seus computadores, que est�o ligados na internet.

� interessante observar que as intera��es entre os participantes �, praticamente, em tempo real, limitada somente pela "velocidade" de digita��o do usu�rio.

MUD

Por�m o chat n�o � realidade virtual convencional. Como foi dito acima, o "mud" n�o � a realidade virtual contendo recursos especiais de hardware e recursos gr�ficos, muito menos senso de orienta��o, 3D, etc. Mas sim, � baseado somente na interface texto (interface essa com o banco de dados do servidor de chat), de modo que todas as comunica��es s�o feitas por escrito, assim como as respectivas respostas.

Abaixo segue um t�pico trecho de uma sala de chat: >Nikita fala com vampiro: "Em que cidade vc mora?"

>Sheila entra na sala
>mp4 sorri para morena
"Vamos sair hoje?" >vampiro responde para Nikita: "Estou morando, atualmente, em Uberl�ndia. Mas sou de Fortaleza. Adoro l�. E vc, de onde est� falando?"

Muitos fazem uma compara��o entre o "mud" e o game "Aventure and Zork", devido �s in�meras semelhan�as� Por�m, h� tr�s grandes fatores que distinguem o "mud" do game: - o chat n�o tem um objetivo. N�o tem in�cio e fim. N�o tem placar e n�o apresenta no��o de vit�ria ou sucesso. Seus participantes n�o jogam entre si, n�o se combatem e muito menos se rivalizam (ou pelo menos n�o deveriam). - O chat � extens�vel por si mesmo. Permite ao usu�rio adicionar novos "objetos" ao banco de dados, tais como salas, notas, etc. - O chat, na grande maioria das vezes, possui mais de um usu�rio conectado concomitantemente. E todos os usu�rios conectados acessam o mesmo banco de dados e os mesmos objetos, ainda que criados por outros usu�rios. E os usu�rios podem se comunicar uns com os outros em tempo real.

Gra�as a essa �ltima vantagem, o chat transforma o meio em que est� de solit�rio para social.

O chat � composto de diversas salas. Cada sala corresponde a um assunto. De modo que o participante escolhe o assunto preferido (dentre os mais diversos existentes).

O chat funciona da seguinte forma: o participante escolhe a pessoa com quem quer interagir e digita o conte�do da informa��o, que chega ao destino. H� tamb�m a op��o para falar com todas as pessoas da sala.

Para identificar a pessoa com quem o participante quer falar, ele busca atrav�s de apelidos. No chat, ao contr�rio da realidade, as pessoas s�o muito conhecidas por seus "nicks". Pode haver tamb�m uma curiosidade maior a respeito de determinado usu�rio do "mud". Suas caracter�sticas ficam vis�veis a todos os outros participantes. Basta um comando "look - nick da pessoa" para verificar os dados.

Fen�menos sociais observados no MUD

Descreveremos a seguir, fatos observados num "mud" denominado LambdaMOO. Essa sala era restrita. Bastou ser anunciada publicamente, para mais de doze pa�ses, para atingir cerca de setecentos e cinquenta usu�rios novos.

O administrador do chat fez algumas observa��es a respeito do comportamento e sentimentos dos usu�rios, baseado em conversas com os pr�prios. E agrupou suas observa��es em 3 categorias, que seguem: - fen�menos observados e motivados por participantes; - fen�menos observados por intera��es entre pequenos grupos e - fen�menos observados no comportamento da comunidade como um todo.

Observa��es motivadas por participantes

As pessoas que t�m a oportunidade de se conectar no chat LambdaMOO n�o s�o parcela representativa da popula��o mundial. O perfil tra�ado � o seguinte: todos l�em e escrevem em ingl�s e, obviamente, t�m acesso de alguma forma � internet.

Mais de 90% deles t�m alguma liga��o com col�gios e universidades. Muitos deles s�o estudantes universit�rios.

Outra observa��o interessante � que mais de 70% dos participantes s�o do sexo masculino, entretanto, � muito dif�cil a explica��o para esse fato.

Apresenta��o no chat

Como foi dito, h� v�rias formas de um participante se apresentar no "mud". Ele pode se apresentar utilizando o pr�prio nome ou mesmo algum apelido sugestivo e chamativo.

As escolhas dos nomes s�o muito curiosas: alguns nomes prov�m da literatura, da mitologia, etc. Outros est�o no diminutivo. Trata-se, simplesmente, de uma quest�o de estilo.

Os participantes, em vista disso, s�o muito possessivos no que diz respeito a seus nicks, inclusive, alertando e repreendendo outros usu�rios desavisados que tenham nicks iguais ou mesmo parecidos com os seus. � como se eles fossem propriet�rios do nick j� registrado.

Um fato muito curioso �, o grande n�mero de indiv�duos do sexo masculino no chat. Ou, pelo menos, pessoas que dizem ser do sexo masculino. Alguns homens aproveitam dessa desvantagem num�rica feminina, para se identificarem como sendo do sexo feminino, para ganhar uma aten��o maior. Alguns usam esse artif�cio para enganar os participantes, outros tamb�m tentam seduzir os mesmos. De fato, esse � um fen�meno amplamente noticiado, de modo que o usu�rio deve ter muita prud�ncia ao flertar com participantes que dizem ser do outro sexo.

Alguns usu�rios alertaram o administrador a respeito da presen�a de travestis agindo no chat. Essas pessoas liberam seus desejos e fantasias sexuais nesse ambiente, dado a seguran�a que apresenta, com o intuito de uma aproxima��o maior com os homens.

Os homens que se apresentam como mulheres no chat, muitas vezes n�o t�m a inten��o de causar decep��o nos outros participantes. Mas sim, t�m a inten��o de saber "como o outro sexo se comporta".

Enquanto isso, as pessoas do sexo feminino t�m feito alguns coment�rios: ou s�o incomodadas ou recebem um tratamento muito especial. Para se ter uma id�ia, um usu�rio masculino que entra ao mesmo tempo que um do outro sexo, � completamente ignorado, nessa situa��o. A aten��o � voltada, principalmente, para o participante do sexo feminino. O usu�rio masculino acaba deixando a sala, uma vez que n�o recebe aten��o.

Em vista desses problemas, muitas mulheres t�m sido questionadas e impelidas a provar, realmente, seu sexo. As pessoas que n�o divulgam o sexo, s�o intimadas a revelar o segredo.

Uma parte importante no chat � a auto-apresenta��o. Esta � a parte onde os usu�rios ditam o papel que ter�o ao entrar na sala.

Alguns usu�rios utilizam descri��es completamente curtas, enquanto outros utilizam uma descri��o muito alongada, com o intuito de ficarem mais em evid�ncia. Outro artif�cio utilizado para isso � o fato de que uma grande parte dos usu�rios faz descri��es totalmente mentirosas, "imitando" atrativos f�sicos de personagens famosos.

Anonimato

Um fator muito significante no chat � o anonimato existente. N�o h� meios de se descobrir a real identidade de cada usu�rio. A privacidade deve ser garantida, de modo a preservar cada participante do "mud".

Isso contribui para o fato de muitas pessoas n�o terem a vontade de encontrar pessoalmente as pessoas com quem conversam no "mud". A conversa "por de tr�s do computador" apresenta menor risco social.

Outra vantagem do anonimato � o fato de os participantes se sentirem totalmente livres para o fato de entrar e sair da sala a qualquer momento. Isso faz com que o "risco" social diminua. Por exemplo: numa situa��o em que a conversa n�o deu certo, o usu�rio pode, simplesmente sair da sala, e entrar com outro nick, sem medo e sem vergonha de a outra pessoa reconhec�-lo novamente, uma vez que o nick � diferente.

Muitos usu�rios s�o, de certa forma, incentivados a utilizar de irresponsabilidade e viol�ncia no "mud", devido ao sigilo garantido pelo anonimato. Em geral, essas pessoas aparecem devido a uma causa principais: n�o t�m personalidade para assumirem suas a��es no mundo real.

Wizards

Nos chats, h� uma classe especial de usu�rios: s�o os wizards. S�o os "seguran�as" da sala. S�o eles quem estabelecem as permiss�es sobre os direitos de cada usu�rio dentro do chat. Fazendo uma compara��o, s�o como os administradores de redes. Participantes somente podem ser inseridos nessa classe especial por outros "wizards".

Quando ocorre algum problema de "agress�o virtual", os seguran�as primeiramente fazem uma "aproxima��o" educada, alertando o usu�rio rebelde. Quando isso n�o adianta, h� puni��es para tanto: - s�rias restri��es aos usu�rios rebeles; - mudan�a do nome e da descri��o fornecida pelo usu�rio rebelde, ridicularizando-o ou - mudando a sala de tal usu�rio para um lugar p�blico.

Essas puni��es s�o suficientes para inibir esse tipo de comportamento.

Os wizards, em geral, t�m uma experi�ncia diferente dos outros usu�rios: haja vista que eles t�m poderes sobre os outros, muitas vezes s�o tratados de um modo diferente, perante os usu�rios normais. Tamb�m h� uma significativa minoria que provocam os seguran�as, por causa de seu poder.

UM ESTUPRO NO CIBERESPA�O

Como um palha�o demon�aco, um esp�rito zombador haitiano haitiano, dois bruxos e um elenco de dezenas transformaram uma base de dados em uma sociedade

A vis�o de Pavel Curtis do fen�meno chat � necessariamente moldada por seu papel como designer de LambdaMoo. Ele consegue separar a vida real e o chat. O artigo de Dibbell proporciona uma vis�o imersa do evento. A linguagem passa de criador para observador. � o relato de uma terra estrangeira, muitos eventos acontecem. Isso o deixa confuso... Esta mudan�a na linguagem nos d� a sensa��o de estarmos l� e desse modo entender mais intimamente como regras sociais surgem em uma realidade digital. Um chat � um meio ambiente no qual o que parece ser uma pessoa corporificada � mudado. Para aqueles que entram em um chat a sociedade muda tamb�m.

� a hist�ria de um homem chamado Mr. Bungle, da viol�ncia sexual que ele cometeu nas estradas de LambdaMoo , e mais importante, dos modos que sua viol�ncia e suas v�timas mudaram os mais de 1milh�o de residentes da mans�o cheia de m�gica para tornar-se a comunidade que muitos deles j� acreditavam que eram. A hora era Segunda � noite em mar�o, e o lugar era a sala de estar. Ele, Mr.Bungle, come�ou usando sua boneca de vodu para for�ar um de seus ocupantes da sala � servi-lo sexualmente numa sociedade de modos mais ou menos convencionais. Sua v�tima era Legba, o esp�rito haitiano. Logo Legba foi ejetado da sala. Bungle voltou sua aten��o para Starsinger, for�ando-a para n�o desejadas liga��es com outros indiv�duos presentes na sala, entre eles Legba Bakunim e Juniper. Suas a��es foram ficando violentas. Fez Legba comer seu proprios pelos p�bicos. Fez Starsinger violar a si pr�prio com um peda�o de talher de cozinha. Suas risadas ecoaram demonicamente com sucessivas afrontas. At� que Zippy, uma s�bia e confi�vel velha que trouxe com ela uma arma que envolvia seus alvos em uma jaula imperme�vel mesmo para os poderes da boneca de vodu. Zippy atirou sua arma no Mr. Bungle, frustando a boneca... Nenhum palha�o hediondo ou esp�ritos zombadores aparecem na vers�o de vida real do incidente. Nenhuma boneca de vodu ou armas m�gicas, nenhum estupro ou qualquer tribunal de justi�a j� o definiu. Os atores do drama eram a maioria estudantes universit�rios, e eles sentavam na frente da tela de um computador todo o tempo, suas �nicas a��es eram finos esvoa�ar de dedos sobre os teclados tipo QWERTY. Qualquer itera��o f�sica consistia de uma mistura de sinais eletr�nicos enviados de sites espalhados entre Nova York e Sydney.

Tudo isto significa que LambdaMoo era uma subesp�cie de chat orientado a objetos. Um tipo de base de dados especialmente designado para dar aos usu�rios a v�vida impress�o de movimentos atrav�s de um espa�o f�sico que na realidade existe somente como informa��o descritiva em um arquivo em um disco r�gido. Quando usu�rios acessam LambdaMoo, o programa imediatamente os presenteia com uma breve descri��o textual de um dos quartos da mans�o ficcional. Ao que diz respeito ao programa, todas estas entidades s�o sub-programas diferentes que o programa permite interagir de acordo com as regras, imitando as leis do mundo f�sico.

As marionetes e o cen�rio s�o c�digos digitais e peda�os de escrita criativos. Mr. Bungle era um jovem homem da Universidade de NY. Mas, poderia ter sido Al Gore... N�o h� falta de misticismo e mitologia na hist�ria de Dibbell. Ele tem dotado o lugar com realidade, ele pensa nisso e fala sobre isso como um local. E para ele, o local tem magia. Mitos surgem em LambdaMoo e a realidade-irrealidade do lugar parece um convite para pesquisar a magia da compreens�o.

LambdaMoo � talvez um dos mais famosos chats, mas os fenomenos sociais variados observados l� ocorrem em outros chats e em outros tipos de comunica��o eletr�nica. Alguns chats publicam roteiros aconselhando novos membros sobre o comportamento esperado. N�s podemos pensar que a anonimato abre a porta para o comportamento irrespons�vel, mas para a maioria das pessoas isso n�o tem valor real.

Um cartoon publicado no New Yorker mostrava um cachorro sentado na frente de um computador com a legenda : " Na Internet ningu�m sabe que voc� � um cachorro." Esse � o ponto : o anonimato traz consigo a liberdade de ser o que voc� pode ser, ou tentar sobre novas regras ou comportamentos sem se preocupar sobre a possibilidade de fracasso ou embara�o...

Nem todos os chats s�o an�nimos. Em certas comunidades, especialmente aquelas cujos participantes t�m um cont�nuo relacionamento profissional ou compromissos para atividades al�m da rede, o anonimato � descaracterizado. H� situa��es nas quais as realidades digitais aumentam atividades e realidades f�sicas. Nestes casos, participantes freq�entemente conhecem os nomes reais de cada um. Eles trabalham e encontram-se no espa�o digital simplesmente porque � mais convincente.

Alguns links interessantes para diversos chats:

http://chat1.zaz.com.br/chat/
http://www.uol.com.br

Este texto tb pode ser encontrado em www.linux.ime.usp.br/~selani


Feedback: Vers�o quase final do trabalho te�rico

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: trabalho teorico
Date: Mon, 31 May 1999 17:22:50 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

O trabalho escrito pode ser encontrado no seguinte endere�o:

http://www.linux.ime.usp.br/~davi/Orwell_1984/RDI_SOC_2.html

Ainda falta eu acrescentar os links, que logicamente eu n�o sabia de cabe�a. Isto eu termino ainda hoje...

A apresenta��o deste trabalho ficou para o dia 18 de junho.

David


None: Mensagem no lugar errado...

Re: Feedback: Vers�o quase final do trabalho te�rico (David Machado)
Keywords: trabalho teorico
Date: Mon, 31 May 1999 17:25:22 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

OPS! Sem querer eu coloquei a mensagem no lugar errado. :-(

Bom, agora acho que n�o d� para voltar...


None: O surgimento do timeless time

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Fri, 04 Jun 1999 18:43:15 GMT
From: Edward Iamamoto <emii@usp.br>

  Ol�, pessoal!

  Acabei de ver uma not�cia que parece estar de acordo com a id�ia do timeless time.

  A bolsa de valores de N.Y. vai aumentar o tempo em que fica aberta para negocia��es para mais seis horas. Essa medida ser� adotada apenas no pr�ximo ano, a pedido do governo dos EUA, para evitar problemas com o bug do mil�nio (Y2K). Essa medida tem o objetivo de permitir que a bolsa de N.Y. e seus negociadores possam fazer compras e vendas com todo o resto do mundo em v�rios fusos hor�rios. Antes dessa medida era imposs�vel fazer neg�cios de forma adequada com a bolsa de T�quio, j� que esta s� estava aberta quando a bolsa de N.Y. j� estava fechada.

  Mas isso � apenas o come�o, de acordo com os administradores da bolsa de N.Y, o objetivo � ir aumentando o tempo de abertura da bolsa at� chegar ao funcionamento 24 horas. Estima-se que isso deva aumentar o volume de neg�cios em 80%, tornando a economia americana mais din�mica ainda.

  Se isso acontecer, logo todas as bolsas do mundo ir�o adotar esses sistema. E pelo menos, no mundo das finan�as, o tempo n�o far� mais sentido (exceto, talvez, no mercado de futuros).

  


None: Mensagens Subliminais

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Keywords: mensagens, subliminais, microsoft
Date: Tue, 15 Jun 1999 23:41:23 GMT
From: David Machado <davi@linux.ime.usp.br>

Encontrei um site que acusa a Micro$$$oft de inserir mensagens subliminais em seus produtos.

N�o tenho certeza se isto pode ser levado a s�rio ou se � apenas mais uma das in�meras difama��es que tentam levantar contra a pobre Micro$$$oft... :-D

De qualquer forma, se algu�m ficou curioso pode dar uma olhadinha no seguinte site:

http://www.tcp.ca/gsb/PC/Win95-subliminals.html

Como o site me pareceu um pouco demorado para carregar, copiei algumas das imagens com as mensagens destacadas na minha p�gina:

http://www.linux.ime.usp.br/~davi/subliminal/index.html

Bom, que cada um tire suas pr�prias conclus�es... Pessoalmente eu n�o duvido nem um pouco que eles possam estar usando este tipo de t�cnica, embora acredite que seja de uma forma muito mais sutil que esta que est�o tentando mostrar no site.

David


News: Como ganhar dinheiro com software de fonte aberta

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Fri, 25 Jun 1999 17:10:32 GMT
From: Alair Pereira do Lago <alair@ime.usp.br>

Saiu um novo artigo de Eric Raymond, o mesmo autor de "The cathedral and the Bazaar", tratando da economia em torno do fenomeno Open Source.

Um pequeno resumo:

"This paper analyzes the evolving economic substrate of the open-source phenomenon. We first explode some prevalent myths about the funding of program development and the price structure of software. We present a game-theory analysis of the stability of open-source cooperation. We present eight models for sustainable funding of open-source development; two non-profit, six for-profit. We continue to develop a qualitative theory of when it is economically rational to be closed. We then examine some novel additional mechanisms the market is now inventing to fund for-profit open-source development, including the reinvention of the patronage system and task markets. We conclude with some tentative predictions of the future."

A URL completa:
 <http://www.tuxedo.org/~esr/writings/magic-cauldron/magic-cauldron.html>


Question: Como ganhar dinheiro em casa com computador?

Re: News: Como ganhar dinheiro com software de fonte aberta (Alair Pereira do Lago)
Date: Sat, 08 Jan 2000 21:18:18 GMT
From: Elizabeth <elizabethlima@paiol.com.br>

    Eu gostaria de saber como ganhar dinheiro em casa usando meu computador, sem ser com piramides ou algo parecido. Um trabalho honesto.


News: O Fim dos Empregos --- Fase Final

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Wed, 30 Jun 1999 17:58:36 GMT
From: <shigueo@linux.ime.usp.br>

A vers�o final do projeto te�rico est� em:

http://www.linux.ime.usp.br/~shigueo/mac333


More: Atualiza��o

Re: News: O Fim dos Empregos --- Fase Final
Date: Fri, 02 Jul 1999 18:49:07 GMT
From: <shigueo@linux.ime.usp.br>

Foram feitas algumas altera��es para enriquecer o projeto.


News: Versao Fianl do Projeto

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Fri, 02 Jul 1999 15:04:24 GMT
From: Telmo Dias de Souza Carlos <unknown>
Body-URL: http://www.linux.ime.usp.br/~jqueiroz/dinfinal.html

404 Not Found

Not Found

The requested URL /~jqueiroz/dinfinal.html was not found on this server.


None: Novos cargos da tecnologia

Re: : MAC-333 A Revolu��o Digital e a Sociedade do Conhecimento (Imre Simon)
Date: Wed, 07 Jul 1999 16:56:19 GMT
From: Adriana Reigadas <reigadas@linux.ime.usp.br>

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Conhe�a os novos - e mais quentes - cargos da tecnologia


Aten��o para a sigla E-CEO! Significa Chief E-Commerce Officer, um dos cargos mais requisitados hoje nos EUA

Katia Militello

POR KATIA MILITELLO

Voc� j� ouviu falar na sigla E-CEO, de Chief E-Commerce Officer? Pois ent�o preste aten��o a ela! O E-CEO � um dos mais quentes entre os novos cargos que est�o surgindo no mundo da tecnologia. Os recrutadores americanos est�o como loucos atr�s desses profissionais e o motivo � um s�. As empresas descobriram que podem ganhar dinheiro com com�rcio eletr�nico e buscam especialistas para montar e gerenciar suas estruturas de e-commerce. Nos �ltimos dois meses, s� a consultoria Spencer Stuart recebeu trinta pedidos de empresas americanas interessadas em recrutar um czar de com�rcio eletr�nico.

O E-CEO responde diretamente ao presidente da empresa, tem o mesmo status do diretor de inform�tica, mas precisa desenvolver algumas habilidades especiais. Deve dominar a tecnologia de Internet e as ferramentas de e-commerce, mas isso n�o significa que ele vai colocar a m�o na massa, desenhar sites ou se envolver com os n�meros de cart�es de cr�dito dos consumidores. Nada disso. Sua fun��o � mais estrat�gica. Cabe ao E-CEO desenvolver solu��es para transformar a Internet em diferencial competitivo para a empresa, seja por meio da venda direta de produtos ou para interlig�-la a fornecedores e distribuidores de forma mais f�cil e direta. Como voc� j� deve ter percebido, mercado n�o falta para o E-CEO.

 

CRO e CKO. Como?

Al�m do especialista em e-commerce, dois outros cargos com siglas complicadas come�am a aparecer com destaque no organograma das empresas. S�o o CRO, de Chief Resource Officer, e o CKO, de Chief Knowledge Officer.

O CRO � uma esp�cie de diretor de recursos, um cargo que surgiu na estrutura das grandes empresas para gerenciar o processo de terceiriza��o dos sistemas, uma pr�tica cada vez mais comum. Cabe ao CRO desde a escolha do prestador de servi�os at� o gerenciamento das rela��es e riscos que uma parceria desse tipo representa.

Entre as habilidades do CRO est�o experi�ncia para gerenciar neg�cios em diferentes �reas, facilidade para negociar custos e conforto para lidar com mudan�as cont�nuas.

E o CKO? Bem, esse � uma esp�cie de diretor de conhecimento. Grandes empresas e consultorias, como Xerox, GE, Ford e McKinsey, j� t�m em seus quadros profissionais capacitados para administrar o capital intelectual da companhia.

O perfil do CKO � complexo. Em primeiro lugar ele tem que provar a todos na empresa o quanto � importante armazenar bem e usar as informa��es para a tomada de decis�es. Do presidente aos gerentes, todos t�m que aprender a mexer com coisas como Lotus Notes, softwares de data mining e de groupware. E o CKO precisa fazer com que, al�m de aprender, os executivos transformem a informa��o em mais dinheiro para a companhia.

Agora resta saber quanto as empresas est�o dispostas a pagar por esses novos especialistas. Se o mercado americano servir como par�metro estamos bem. Um CKO ganha por ano, nos Estados Unidos, cerca de 98 000 d�lares, ou mais de 8000 d�lares por m�s. Nada mal, n�o �?



Katia Militello � Editora S�nior de INFO EXAME. Esta coluna � atualizada quizenalmente.

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