A Entrega da Vida: Uma Jihad Perpétua

A. Pereira do Lago

21 de outubro de 2010

Ao final, há um diretório dos arquivos referentes a este diretório Web. Entre eles, um folheto de duas páginas com a Oração de Entrega da Vida, aqui descrita, e também conhecida em muitos contextos como Oração de Oferecimento de Vida. Este Diretório trata da Entrega da própria Vida, trata de uma Jihad Perpétua, uma jihad definitiva. Antes porém fazemos uma pequena introdução expondo nossas motivações e as urgências que percebemos a respeito.
JPIIAgca.jpg
Encontro entre João Paulo II e Ali Agca.
Visita ao cárcere e perdão público ao
autor do atentado de 13 de maio de 1981.

A palavra Jihad é muito cara à cultura muçulmana e também muito incompreendida no Ocidente. Parte da incompreensão se deve a seu uso pelo grupo palestino Jihad Islâmica e suas ações extremas como parte de uma verdadeira guerra santa contra Israel que muitos grupos palestinos desencadeiam desde que, por fruto do Movimento Sionista, o Estado de Israel foi criado em 1948. Esta incompreensão não reduziu diante das vítimas inocentes do ataque às torres gêmeas realizado no 11/09/2001. Certo dia, uma amiga muçulmana, J., me ensinou a real semântica religiosa da palavra Jihad. Traçando um paralelo com a cultura cristã, a experiência que coincide com a de uma autêntica Jihad é a da Entrega Cristã da própria Vida, como pode ser por exemplo vista na oração de Súplica pela Igreja, pelo Papa e oferta como vítima feita por Santa Catarina de Sena. Também no Antigo e Eterno Testamento selado com o povo eleito esta entrega da própria Vida é descrita no exemplo de Daniel, ou também do velho Eleazar, doutor da Lei, que prefere a morte a fingir trair a Lei, durante a revolta dos Macabeus.

Esta página se põe a descrever uma oração de Entrega da Vida que uma vez feita introduz na vida desta pessoa consequências perpétuas desta sua Entrega a Deus. E o Deus de Abraão não deseja nem permite sacrifícios de vidas inocentes como a de Isaac, como também aqueles que vivem autenticamente o Alcorão ou o Talmude, textos sagrados das religiões muçulmanas e judaicas, não permitem, como veremos. Em homenagem a esta amiga muçulmana, e a todo o o Islã, que tanto venera e respeita Maria, através da qual o Deus único e verdadeiro deu à Igreja e ao mundo esta oração de Entrega de Vida, esta página é descrita através de uma comparação com uma Jihad perpétua. Esta amiga é uma libanesa que, como tantos compatriotas seus, quando criança sonhou com a mulher mais venerada no mundo muçulmano: a sempre bem-aventurada e sempre Virgem Maria. Ela, a Mãe de Jesus, também apareceu a três crianças em 13/05/1917, conforme testemunho dos três pastorinhos de Fátima. Fátima era também o nome da filha predileta de Mohamed, o profeta Maomé. E 13/05/1981 foi a data em que o muçulmano Ali Agca quase deu fim ao desejo de quem lhe pagou para por fim à vida de João Paulo II, o papa citado nas mensagens de Fátima, conforme as mensagens da revelação privada dada a Pe. Gobbi a 13/05/1991. João Paulo II perdoou Ali Agca (vide a figura 1), mas nem todos o perdoaram. Ainda. Será perdoado um dia. De Deus obteve a graça de que será perdoado no dia do Juízo Final. Neste dia, aqueles que não tiverem pecado, serão livres para tacar quantas pedras desejarem... Os que não têm pecados não tacam pedras!
Contudo alguns fazem parte de círculos de ódio onde uns mutuamente desejam tacar pedras nos outros. Jihadistas como João Paulo II, têm o poder que quebrar círculos de ódio infernais como aquele a que Ali Agca poderia estar submetido, têm também o poder de colocar sobre seus protegidos um escudo intransponível contra novos círculos odiáveis. Tais jihadistas têm o poder de quebrar quaisquer círculos de ódio, até mesmo os círculos odiáveis de ódio aparentemente perpétuo que hoje observamos em torno do território onde se encontra hoje a mesquita de Al Aqsa, o domo da Rocha, na esplanada das mesquitas em Jerusalém oriental. Ali, naquele monte santo, se encontrou no passado o Templo de Salomão, onde se encontrava o Templo do Deus de Abraão, e que foi destruído pelos romanos em 68 D.C.
A Entrega da própria Vida a Deus, ato de confiança como o fez Abraão, muitas vezes também chamada de sacrifício, oferta, oferecimento ou consagração, como a experiência da consagração virginal de tantos irmãos, desde os primeiros cristãos e as primeiras e inúmeras cristãs mártires, como uma santa como Filomena.
Fethullah_Gulen_06.jpg
Encontro entre João Paulo II e Fethullah Gulen em 1998.

Mesmo que muitos grupos entendam uma Jihad Islâmica, uma Jihad a favor do Islã, como sendo uma guerra santa, uma guerra justa, grandes líderes do mundo islâmico como Fethullah Gulen vêem defendendo há muitos anos publicamente que

um terrorista não pode ser muçulmano e um muçulmano não pode ser terrorista.
Ademais, defende justamente o diálogo entre as diversas culturas e as diversas religiões como sendo a condição necessária para se alcançar a Paz. (Na figura abaixo vemos foto de Fethullah Gulen em encontro com João Paulo II.)

A Busca de Israel Pela Paz também é evidente e uma necessidade a ser professada por qualquer judeu que reconheça no comitê judaico americano ou no próprio governo de Israel o seu porta-voz. Na primeira página desta publicação pode-se já encontrar o quanto esta busca é justificada em seus textos mais sagrados. Nas palavras do talmude por exemplo, o quinto mandamento ganha as seguintes palavras:

Quem destrói uma vida, é como se tivesse destruído o mundo inteiro, e quem preservar a vida, é como se tivesse preservado o mundo inteiro.
Não menos importante no mundo judaico é a colaboração da fundação Pave the Way Foundation, que busca colaborar no diálogo inter-religioso de forma a retirar os obstáculos não teológicos a este diálogo. Além de diversos encontros de Gary Krupp, seu presidente, com as mais importantes personalidades religiosas, tem também feito descobertas significativas em documentos a respeito da participação do papa Pio XII na proteção a milhares de judeus durante a perseguição nazista, como é relatado em entrevista de 8 de janeiro de 2010. Também tem dado apoio à publicação de infindáveis documentos vaticanos relativos ao período. Estas descobertas nos documentos vaticanos somam-se aos relatos do historiador judeu Pinchas Lapide (em seu livro publicado em 1967 quando era cônsul de Israel em Milão) e do rabino David G. Dalin (em 2005) que relatam como Pio XII foi responsável pelo resgate de centenas de milhares de judeus na segunda guerra.
Fethullah Gulen também afirma que indivíduo ou grupo qualquer, religioso ou não, NÃO tem a autoridade para declarar uma guerra. Quem tem o poder e a autoridade para decidir por uma guerra são os governos civis. A religião clama pela Paz. Ainda que as própria religiões considerem circunstâncias em que é justa a guerra, defendem sempre que ao máximo sejam evitadas. O próprio catecismo católico promulgado por João Paulo II descreve estas condições. A decisão final cabe ao governante, ao seu discernimento, à sua prudência.
Quem pode dar aos governantes a Prudência e a Sabedoria necessárias? Deus! Deus existe e ouve a oração dos fiéis. Ouve toda oração de qualquer fiel, de qualquer religião! Ouve mesmo a oração de um fiel e sincero ateu! Deus conhece o coração humano e seu desejo. O simples desejo ardente e sincero de um ateu pela Verdade, pelo Amor, pela Liberdade, pela Justiça, pela Paz enfim, vale muito mais que a oração de tantos fiéis hipócritas que defendem a paz em público, mas patrocinam e se armam para a guerra em privado. A lei de ouro, a lei Divina, comum a todas as religiões, a lei natural de não fazer aos outros o mal que não desejamos a nós mesmos e de procurar fazer aos outros, com respeito às diferenças que sempre existem, o bem que desejamos que sejam feitos a nós, é a guia mestra. Sem esta lei de ouro, não há lei, não há amor ao próximo. Sem o amor ao próximo, que se vê, o amor a Deus, se existe, não interessa. Até porque muito poucos afirmam ver e falar com Deus. Qualquer ideologia a respeito de Deus que não respeite esta lei universal a qualquer religião, é uma ideologia que um Deus falso, um Deus que não existe, um Deus que não é o Deus verdadeiro. Serão justificados então os ateus! Serão justificados se em sua busca sincera pela Verdade não encontraram um fiel autêntico e submisso a Deus a ponto de com humildade, sem vanglória, testemunhar o amor de Deus a cada um, testemunhar mais que com palavras, com a própria vida, com a própria experiência. Falar é fácil...
Sem uma oração autêntica, não hipócrita, sem a Entrega a Deus da própria vida aceitando os dons e as circunstâncias, sofridas ou não, que a própria vida nos oferece, Deus se cala. Com o silêncio de Deus, cessa a luz necessária para iluminar as autoridades. Contudo, as luzes dos lobbys vendedores de Armas que frequentemente patrocinam as campanhas eleitorais não param de ofuscar estas mesmas autoridades. Não é à toa que frequentemente vemos uma guerra total entre países, como aquela que vimos noticiada por Veja a 2 de janeiro de 2009 com a manchete: Guerra total em Gaza. Sem a oração e sem a entrega a Deus, veremos também que a Guerra civil vai se aprofundar no Brasil.
Muito poucos afirmam falar com Deus, como fizeram Abraão e Moisés, humildemente, eu afirmo. Afirmo, ainda que eu saiba que Deus não faz distinção de ninguém, ainda que eu saiba não ser maior que ninguém, face aos dons mesmos a mim dados. Tudo o que possuo, é pela pura Graça de Deus. E o que a Graça de Deus me dá me basta, mesmo que queira não me dar a Graça de vê-lo como eu desejaria. O desejo mais ardente que tenho no momento é de vê-lo presente como desejo na própria Eucaristia. Sei que prestarei contas do que fiz com o que recebi. Espero porém na Misericórdia.
***
Os arquivos seguintes comunicam tesouros, tesouros preciosos que descrevem como obtive e como qualquer coração sincero na busca da Verdade de Deus pode obter de Deus a Misericórdia para si e para uma multidão, bem como as Graças que possam faltar a si e a tantos outros.
Os arquivos presentes neste diretório são: