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Re: tecnologia x sua utilização



Na verdade, já confiamos muito em máquinas, até em questões que envolvem casos fatais: um monitor cardíaco, por exemplo: quando aquela coisa dá o sinal sonoro constante, os médicos correm para tentar salvar o paciente. É claro que a condição do paciente, na maioria das vezes, denuncia que ele está sofrendo um ataque, ou coisa parecida. E quem estiver na companhia dele no momento percebe isso claramente. Mas num caso em que não haja alguém por perto, ou à noite, quando a máquina "apita" os médicos saem em carreira pra sala. Sinal que o aviso sonoro da tal máquina é altamente confiável.
Quando vemos bebês naquelas câmaras, onde se os põem quando nascem prematuros ou muito enfermiços, é uma visão chocante; no entanto, sabe o médico que apenas ali se poderá garantir ao tal bebê alguma sobrevida.
Casos mais cotidianos também se mostram inquietantes quando até mesmo ligeiramente questionados. Por exemplo, ainda que haja escadas em shopping centers, metrô, etc, ninguém hesita em usar o elevador. No entanto, imagine-se pendurado por um cabo, dentro de uma caixa de metal, junto com, às vezes, 10, 12 pessoas, a uma altura de digamos 15 andares. Que tal? :-) Nem nos ocorre perguntar se o elevador vai ou nào falhar - claro que esta é uma máquina que já foi testada e retestada, é um aparelho mais do que bem sucedido. Mas tudo que sabemos dele é que até a última vez que o utilizamos nada tinha acontecido; nada se pode garantir  que na próxima vez ele vá funcionar como em todas as anteriores.
No caso de polígrafos, por ser algo que lida com essas variações de temperatura, freqüência cardíaca, alterações de voz, etc., pode ser que os resultados tenham que ser baseados em inúmeras variáveis, o que torna mais difícil dar um resultado final confiável. Mas creio que é só questão de uso: se o uso de polígrafos - e softwares como o utilizado em Maluf - se tornar prática corrente em processos judiciários, os resultados passarão a ser tomados como peças de processos. Isso pode ser vantajoso, como vimos no artigo, para até evitar os estrelismos dos parlamentares em suas inúteis CPI's. E se tal aparelho passar a ser mais utilizado, maiores serào as pesquisas em torno dele, para que seus resultados possam ser cada vez mais precisos. Uma tecnologia só evolui se serve a algum propósito prática - afinal ninguém pensa em desenvolver um aparelho para a qual não há qualquer procura. Veja-se os videos em formato Betamax: se não há uso para aquele dispositivo - seja pelo motivo que for: no caso do Betamax, caiu em desuso pq o formato VHS foi eleito como mais conveniente - ele não será desenvolvido, pq não interessa a ninguém.
 
E, cá entre nós, se o tal dispositivo conseguiu detectar mentiras na fala do Maluf, o aparelho está mais que testado: essa é a prova de fogo pra qualquer detector de mentiras ;-)
 
[ ]'s
 
Vinicius


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