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Re: [ABE-L]: RegulamentaÃÃo da profissÃo de pesquisador gera polÃmica na CCJ



Prezada Doris

JÃ vi em pesquisa eleitoral para a eleiÃÃo de 2012, grÃfico tipo pizza
de 150%. Como eles conseguem? NÃo sei...

SaudaÃÃes,

                  Paulo Tadeu Oliveira

Citando Doris Fontes <dsfontes@gmail.com>:

O CONRE-3 tambÃm tem se manifestado *contra* a aprovaÃÃo deste projeto de
lei e, se alguÃm estiver interessado em ler o Ãltimo ofÃcio que enviamos ao
senador Armando Monteiro (com cÃpia para Aloysio Nunes, Josà Pimentel e
Walter Pinheiro), vide anexo.

Nossa linha de argumento à simples: embora o lobby das empresas de pesquisa
de mercado diga que, se aprovada, essa lei trarà *MAIS qualidade
cientÃfica*aos serviÃos oferecidos, isso nÃo passa de balela jà que a
lei exige, tÃo
somente, um curso bÃsico de estatÃstica durante qualquer graduaÃÃo (talvez
4 ou 6 crÃditos no mÃximo?) para que, legalmente, o profissional sinta-se
capacitado a fazer, por exemplo, *amostragem*. AliÃs, diga-se, muitos
sociÃlogos (ou outros nÃo-estatÃsticos) reivindicam o direito de
assinar *pesquisas
eleitorais* e eu acredito que esse movimento prÃ-PLC-138/2010 tenha se
intensificado apÃs o TSE passar a exigir a presenÃa de um estatÃstico nesse
tipo de serviÃo.
Convenhamos, todos nÃs sabemos que ninguÃm (pode haver exceÃÃes, claro, mas
nÃo à a regra) das ciÃncias humanas sai com conhecimento suficiente de
estatÃstica para ser o responsÃvel tÃcnico estatÃstico de uma pesquisa de
mercado. Se mesmo para um bacharel em estatÃstica nÃo à fÃcil. por que
seria para qualquer psicÃlogo ou sociÃlogo? (a menos que queiram fazer
apenas tabelas de percentuais --- mas, mesmo assim, eu mesma jà peguei
muitas tabelas para corrigir de empresas picaretas de pesquisa de mercado:
muitos erros bobos do tipo grÃfico de pizza cujas fatias somam 120%).

A grande queixa dos pesquisadores de mercado Ã, de fato, a *PRECARIEDADE
TRABALHISTA* do mercado deles. Muitos colaboradores sÃo contratados, ano
apÃs ano, como *freela*, sem nenhum vÃnculo empregatÃcio e nenhum direito
trabalhista. Mas nÃo à essa lei que vai mudar esse cenÃrio. O MinistÃrio do
Trabalho deveria atuar mais firmemente para coibir esse tipo de situaÃÃo
precÃria nas empresas de pesquisa de mercado (entrevistadores,
"criticadores", codificadores, digitadores, Ãs vezes atà analistas freelas).

Se da forma como està as pesquisas de mercado do Brasil nÃo avanÃam muito
em qualidade, imagine com essa lei chancelando uma qualificaÃÃo superficial
em estatÃstica como suficiente?

AbraÃos,
Doris




Em 10 de fevereiro de 2014 09:23, Luiz Sergio Vaz <luizvaz@sarah.br>escreveu:




http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/02/05/regulamentacao-da-profissao-de-pesquisador-gera-polemica-na-ccj



05/02/2014 - 11h35 ComissÃes - ConstituiÃÃo e JustiÃa - Atualizado em
05/02/2014 - 11h33
RegulamentaÃÃo da profissÃo de pesquisador gera polÃmica na CCJ

*Da RedaÃÃo*

A regulamentaÃÃo das profissÃes de pesquisador e de tÃcnico de
pesquisa demercado,
opiniÃo e mÃdia gerou polÃmica na reuniÃo da ComissÃo de ConstituiÃÃo,
JustiÃa e Cidadania (CCJ) nesta quarta-feira (5). Pedido de vista do
senador Armando Monteiro (PTB-PE) adiou a votaÃÃo da proposta, que
terà decisÃo
terminativa na ComissÃo de Assuntos Sociais (CAS).

A iniciativa de regulamentar essas atividades à prevista em projeto
delei da CÃmara (PLC
138/2010<http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=97512>)
que recebeu relatÃrio favorÃvel do senador ClÃsio Andrade (PMDB-MG). Ele
recomendou a aprovaÃÃo da proposta, mesmo com a manifestaÃÃo contrÃria do
Conselho Federal de EstatÃstica.

Os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Josà Pimentel (PT-CE) argumentaram
que o projeto estabelece uma reserva de mercado. Para Aloysio, a eventual
regulamentaÃÃo nÃo aprimora o processo de elaboraÃÃo de pesquisas
demercado ou
de opiniÃo. Como exemplo, ele observou que um mÃdico, um engenheiro ou um
advogado podem realizar com eficiÃncia pesquisas sobre suas Ãreas.

Pimentel observou que um dos requisitos para o reconhecimento
deprofissÃes à a exigÃncia
de conhecimentos tÃcnicos e teÃricos essenciais ao desempenho do ofÃcio e
à minimizaÃÃo dos riscos para a sociedade.

Para atuaÃÃo como pesquisador de mercado, opiniÃo e mÃdia, o PLC 138/2010
estabelece como exigÃncia a conclusÃo de curso de graduaÃÃo ou
depÃs-graduaÃÃo com conteÃdo curricular incluindo mÃtodos e tÃcnicas
de pesquisa cientÃfica e estatÃstica aplicada à pesquisa, bem como
teorias sociais e psicolÃgicas.

Quanto ao tÃcnico de pesquisa de mercado, opiniÃo e mÃdia, a proposta
exige a conclusÃo de curso de nÃvel mÃdio, reconhecido pelo MinistÃrio da
EducaÃÃo, com conteÃdo curricular envolvendo mÃtodos e tÃcnicas
depesquisa, ou a conclusÃo
de curso de nÃvel mÃdio e de treinamento especÃfico proporcionado por
instituto ou ÃrgÃo de pesquisa.

Os profissionais que estiverem exercendo essas atividades por mais
dedois anos - quando a lei comeÃar a valer - po
derÃo continuar em atuaÃÃo na Ãrea mesmo que nÃo preencham os requisitos
de formaÃÃo estabelecidos no PLC 138/2012.

AgÃncia Senado

(ReproduÃÃo autorizada mediante citaÃÃo da AgÃncia Senado)