M. A. Weiss
Na ilha de Jadhar todos viviam sua vida imutável em seus costumes há tantas gerações que não havia conta de um habitante que soubesse outro modo de vida: os barcos flexíveis de bambu levavam os homens ao mar e traziam prosperidade a Ilha através da pesca.
Cada pescador, assim que chegasse seu tempo de deixar a casa parterna para ter sua esposa e filhos, fazia uma nova casa com finos pedaços de bambu. Assim, por toda Ilha, as casas eram construidas de modo a serem leves, como o movimento do homems, do mar e dos ventos.
Isso foi dessa forma até que um vento incessante e forte dominou a Ilha. Os três irmãos, Luk, Vik e Gab, filhos de Alek estavam prestes a deixar sua casa paterna, conforme seus velhos costumes, mas o vento os impedia de fazer sua casa ou mesmo sair para a pesca.
Vik, irado, bateu, chingou, lutou, gritou contra o vento forte pedindo para ele ir embora. Dizem os ilheus que até hoje ele luta, faminto e só contra o vento que não para, não ouve e não aceita seu desafio de luta.
Luk, pacientemente, sentou se na beira da praia, esperando o vento passar, já que nada havia por fazer. Luk ainda espera, espera e tem paciêcia de esperar mais o tempo que for preciso esperar.
Gab, o filho do meio de Alek fez um labirinto de bambus, fechando o vento, cercando sua casa. Bambus finos e baixos marcavam o inicio do labirinto. Assim que o vento é aparado pela pequena barreira, uma nova fila de bambus, mais alta surge até que, no meio desse labirinto está feita uma casa que obedece os costumes do povo.
Gab, feita sua casa, tratou de fazer um barco forte e pesado. Seu barco feito para resistir as fortes ondas que surgiram na ilha foi ao mar e, novamente, trouxe abundância ao povo de Jadhar.
A casa de Gab tornou-se uma velha casa do povo de Jadhar, povo que vivia ua vida imutável em seus costumes há tantas gerações que não havia conta de um habitante que soubesse outro modo de vida.
FIM