PYTHON – FOLHA DE CONSULTA

Valdemar W. Setzer
www.ime.usp.br/~vwsetzer (na seção Recursos Educacionais)
Versão 17.2– 11/7/24

ÍNDICE

  1. Observações
  2. Tipos, constantes, variáveis e matrizes
  3. Operadores
  4. Operadores lógicos (booleanos)
  5. Funções nativas
  6. Algumas funções e constantes matemáticas
  7. Outras funções
  8. Precedência (ordem de execução)
  9. Declaração e uso de uma função
  10. Notação lambda
  11. Identificadores globais e locais
  12. Classes
  13. Comandos compostos
  14. Palavas reservadas
  15. Referências
    15.1 Tutoriais
    15.2 Outras referências
  16. Instalação do Python e uso do interpretador IDLE e seu editor
  17. Curso
  18. Textos, ambientes de programação, documentação e fóruns de programação
  19. Agradecimentos

1. OBSERVAÇÕES

  1. Atenção: a grande parte das células das tabelas abaixo contém uma única linha; se houver muitas células com mais do que uma linha, aumente o tamanho da janela do navegador ou diminua o tamanho das letras (em geral, no PC com Ctrl –; para aumentar de volta, Ctrl +).
  2. Todos os operadores, funções e comandos dos exemplos foram testados com o interpretador IDLE ("Integrated Development and Learning Environment") do Python 3.6.1, a menos de alguns itens onde foi usado o Jupyter do Azure (ver o item Ambientes). Testes com outras versões são anotadas com a versão, p. ex. {3.7.2}
  3. Ver página com informações sobre o IDLE.
  4. Em todas as tabelas abaixo, supõe-se a execução prévia dos comandos de atribuição A=1; B=2; C=3; D=1.2; E=2.3; F=3.4; G='abc'; H='def'
  5. Nas expressões usando operadores e funções, espaços em branco são ignorados. Assim, pode-se escreve A = 1; X= 2+   B; etc. Símbolos de operadores, nomes de funções, de variáveis e de comandos não podem conter espaços em branco. Assim, A b e + = não são considerados como a variável Ab e o operador +=, e sim como A e b, e + e = separadoss (resultam em erros de sintaxe).
  6. Comentários: # define o resto da linha como comentário (isto é, ignorado pelo interpretador); """" ... """" define tudo entre os """" como comentário, inclusive várias linhas de código.
  7. Nos exemplos, as palavras reservadas são grafadas em negrito.
  8. Nos exemplos, após um comando para o IDLE em uma só linha, deve-se executá-lo digitando um Enter; o eventual resultado aparece neste texto depois de "→", p.ex. A+B → 3 (após dar-se o comando >>>A+B e Enter, aparece 3 na próxima linha). Atenção: ao usar copiar/colar podem ser coladas várias linhas, mas todas devem formar apenas um único comando, por exemplo um if ou while com várias linhas. No entanto, podem-se dar 2 ou mais comandos em uma só linha, separados por ";": X=1; Y=2; X,Y → (1,2)
  9. Algumas funções exigem a adição de um módulo especial ao programa, o que é feito com o comando import. Para detalhes sobre ele, ver https://docs.python.org/3/library/importlib.html
  10. Atenção: os exemplos desta página podem ser copiados e colados no Editor do IDLE (V. item 16 abaixo) e executados, cuidando-se para eliminar os →.
  11. Ver uma página com exemplos de programas completos testados no ambiente Azure da Microsoft. Ver também um site com muitos exemplos; os códigos estão nas abas "Test Suite".
  12. Comentários, sugestões e críticas são muito bem vindos!!!
  13. A seção 12 contém agradecimentos com o código dos colaboradores entre chaves {...}.

2. TIPOS, CONSTANTES, VARIÁVEIS E MATRIZES

2.1 Tipos de variáveis

A linguagem Python é fracamente tipada, isto é, uma variável x fica com o tipo do valor que ela recebe. Assim, se for executada a atribuição x = 1, x fica com o tipo inteiro; se depois é executado x = 1.5 daí para diante x fica com o tipo float, até mudar de tipo.

2.2 Tipos numéricos

Inteiro (int): precisão ilimitada. Ex.: 1234567890123456789012345
Constantes. Binária. Ex.: 0b101 ou 0B101(valor decimal 5); octal: 0o127 ou 0O127 (87); hexadecimal: 0xA5B ou oXA5B (2651). Constantes hexadecimais são comumente usada para represenar números binários em uma notação mais fácil de ser lida.
Ponto flutuante (float): usualmente implementado usando o tipo double da linguagem C. Ex: .12345678901234567890 → 0.12345678901234568 (note-se o arredondamento).
Complexo: contem uma parte real, e uma imaginária indicada por um j. Exs.: constante (1+2j) ou (1+2J); variável (A+D*1j)
Para converter um tipo para inteiro usar as funções int(), para ponto flutuante float(), para complexo complex(). Essas funções devem ser usadas especialmente na entrada de dados, input() – que dá sempre um tipo str de cadeia de caracteres.
O módulo NumPy (ver as referências), que deve ser instalado, permite o uso de uma grande variedade de tipos numéricos. Para definir uma variável tipo ponto flutuante de 32 bits, basta dar, p. ex.
x = numpy.float32(1.0)

2.3 Tipo cadeia de caracteres (string)

Exemplo: 'tuv5xyz: ' → 'tuv5xyz: '; "tuv5xyz: " → 'tuv5xyz: '; 'tuv5x"yz: ' → 'tuv5x"yz: '; Se é executado o comando Cad='Esta é uma cadeia' então Cad → 'Esta é uma cadeia'
Cadeia vazia: '' (dois apóstrofes) → '' ou "" "" → ''. Atenção: " " → ' ' (um espaço em branco)
Indexação: o 1º índice indica o elemento inicial, começando em 0; o 2º o final, começando em 1: CAD[0] → 'E'; Cad[5:10] → 'é uma]; Cad[10:] → 'é uma cadeia'
Concatenação de cadeias: 'tuv5xyz: ' + Cad → 'tuv5xyz: Esta é uma cadeia'; 2*Cad → 'Esta é uma cadeiaEsta é uma cadeia'.

2.4 Tipo n-pla ordenada (tuple)

Exemplo: Tup = (A, 5, 3.14, 'bla'); Tup → (1, 5, 3.14, 'bla'). (Para o valor de A ver o item 3 das observações.)
n-upla vazia: ()
Indexação: Tup[0] → 1; Tup[1:3] → (5, 3.14); Tup[2:] → ((3.14, 'bla'); 2*Tup → (1, 5, 3.14, 'bla', 1, 5, 3.14, 'bla').
É inválido atribuir um valor a um elemento de uma tupla: Tup[1] = 10

2.5 Tipo lista (list)

Exemplo: L = [A, 5, 1.2, 'bla']
Lista vazia: []
Indexação: L[2] → 1.2; L[1:4] → [5, 1.2, 'bla']. Note-se que os índices dos elementos vão de 0 a, digamos, n. L[i:j] indica os elementos começando no elemento de índice i e terminando no de índice j–1. L[5] → dá um erro pois não há elemento de índice 5. L[4] = 9 → dá o mesmo erro. Para adicionar mais um elemento (sempre no fim da lista): L = L + [9]; L → [1, 5, 1.2, 'bla', 9]; L = L + [] não altera L.
Atribuição a um elemento: é válido fazer L[3]=10; L → [1, 5, 1.2, 10].
Eliminação de um elemento da lista: usa-se o comando del. Ex. del L[2]; L → [1, 5, 10];

2.6 Tipo dicionário (dictionary)

Exemplo: Dic = {5:10, 3:'bla', 'ble':'A', 'A':'8'}; Dic →{5: 10, 3: 'bla', 'ble': 'A', 'A': 8}
Indexação: Dic[5] → 10; Dic[3] → 'bla'; Dic['ble'] → 1; Dic[3] → 'bla'; DIC['A'] → '8'
Note-se que cada elemento de um dicionário é da forma x:y, onde x é o índice e y é o valor associado a esse índice. Índices ou valores que são alfabéticos devem estar entre apóstrofes ou aspas.
Obtenção de todos os índices (keys): Dic.keys() → dict_keys([1, 'ble', 3, 5])
Obtenção de todos os valores: Dic.values() → dict_values([8, 1, 'bla', 10])
dict_keys e dict_values não podem ser indexadas. Para se trabalhar com todos os índices ou os valores, pode-se transformá-los em listas e depois trabalhar com elas {MDG}:
  L = [x for x in Dic.keys()]; L → [5, 3, 'ble', 1]
  L = [x for x in Dic.values()]; L → [10, 'bla', 1, 8]

2.7 Tipo conjunto (set)

Exemplo: S = {1, 'dois', 3, 'quatro'}; S → {3, 1, 'dois', 'quatro'} (Conjuntos não são ordenados e não podem ser indexados.)
Conjunto vazio: {}
Usos. Número de elementos (cardinalidade): len(S) → 4. Pertinência: 'dois' in S → True. União: S | {5} → {1, 3, 'dois', 5, 'quatro'} (S não mudou!). Interseção: S & {1, 'dois'} → {1, 'dois'}. Complementação: S – {1, 'dois'} → {3, 'quatro'}. Testa superconjunto próprio: S > {1, 'quatro'} → True. Superconjunto: >=. Subconjunto próprio: <. Subconjunto: <=. União exclusiva (elimina os elementos comuns): S ^ {'dois', 5} → {1, 3, 5, 'quatro'}
Há dois tipos de conjuntos: set, em que seus elementos podem ser mudados, e frozen
set que não pode ser mudado. A construção de um set é automática. Ex.: x = frozenset(({1, 2}); x.pop() → erro. Conjuntos internos de conjuntos têm que ser do tipo frozenset.

2.8 Tipo lista de intervalo de inteiros (range)

Padrão: range(m, n, k), com n e k opcionais ou só k opcional, gerando os inteiros de uma lista r tal que r[i] = m + k*i, onde i >= 0 e i < abs(n)
Exemplos: list(range(5)) → [0, 1, 2, 3, 4]; list(range(1, 5)) → [1, 2, 3, 4]; list(range(0, 8, 2)) → [0, 2, 4, 6]; list(range(-1, -10, -2)) → [-1, -3, -5, -7, -9]
Uso em comandos for: ver o comando no item 11 abaixo e no 2.5 acima.

2.9. Vetores e matrizes (arrays)

Ao contrário de quase todas as outras linguagens de programação, Python não tem o tipo array, pois os valores de variáveis podem ocupar tamanhos diversos. Para representar matrizes, usam-se listas, já que as mesmas podem ser indexadas como se fossem matrizes. Em outras linguagens, a declaração de um array produz a inicialização de seus valores, isto é, a declaração do array faz com que todos seus elementos passem a existir. Mas o mesmo não ocorre com as listas de Python; assim, é preciso adicinonar cada elemento novo, pela ordem.
Exemplos
1. Para definir um vetor de 5 elementos, inicializando com valores 0 (poderia ser outro qualquer, como I ou uma expressão): V=[0 for I in range(4)]; V → [0, 0, 0, 0]; note-se que V[4] não existe e não pode receber algum valor, como V[4]=0 ou V[4]=[0]. Para defini-lo: V=V+[0]. Para varrer todo um vetor de tamanho variável, use len(V) → 4
2. Para definir uma matriz bidimensional, constrói-se uma lista de listas: M=[[1, 2], [3, 4]]; M → [[1, 2], [3, 4]]; M[1][1] → 4; M[0][1] → 2; M[1][0] → 3. Inicialização, com vários valores, de uma matriz com 3 linhas e 4 colunas:
M = [[I+J+1 for I in range(2)] for J in range(3)]; M → [[1, 2], [2, 3], [3, 4]]; M[2][1] → 4
Para dimensões maiores, basta estender as receitas.

3. Para varrer todos elementos e exibir os seus valores:
M=[[1, 2], [3, 4]]
for I in M:
   for E in I:
      print (E) →
1
2
3
4

5. Para obter linhas:
for I in M:
   I →
[1, 2]
[3, 4]

6. Para obter colunas:
J=0
J =[I[J] for I in [M]
J →
[1, 3]

4. Para gerar uma matriz com valores crescentes:
M=[]
for I in range(2):
   M[I]=M[I]+[-1]
M →
[-1, -1]

J=1
for I in range(2):
   M[I]=[J,J+1]
   J=J+2
M →
[[1, 2], [3, 4]]

{PC} Chamou a atenção para a inicialização do J

7. Para aplicar uma função, p.ex. sqrt a todos os elementos de M:
[[math.sqrt(x) for x in I] for I in M] →
[[1.0, 1.4142135623730951], [1.7320508075688772, 2.0]]

8. Módulo para uso de matrizes
O módulo NumPy permite o uso de vetores e matrizes como se fosse nas linguagens tradicionais. Supondo que ele está instalado, para ativá-lo e dar-lhe o nome interno de np dá-se import NumPy as np. Ver as referências para detalhes como usá-lo.

3. OPERADORES

Op

Significado e tipos dos operandos

Exemplos

+

Operador binário (com dois argumentos): soma de int, float, ou complex; concatenação de cadeias de caracteres (strings), de listas e de n-plas

A+B → 3, D+E → 3.5; A+D → 2.2; (A+D*1j)+(E+C*1j) → (3.3+4.2j);
G+H → 'abcdef'; (123, 'xyz') + ('L', '3.14') → (123, 'xyz', 'L', 3.14)
[1, 2] + [3] → [1, 2, 3]

+
Operador unário (com um argumento): sem efeito +A → 1

Operador binário de subtração de int, float ou complex; complementação de conjuntos

C–B → 1; F–D → 2.2; F–A → 2.4

Operador unário de troca de sinal –A → –1

*

Multiplicação int, float ou complex

B*C → 6; D*E → 2.76; B*D → 2.4; (A+D*1j)+(E+C*1j) → (3.3+4.2j)

/

Divisão int, float, resulta float ou complex

C/B → 1.5; F/E → 1.4782608695652175; C/D → 2.5;
(A+D*1j)/(E+C*1j) → (0.41287613715885235-0.016794961511546552j)

//

Divisão de int, resulta int, ou de float por int ou float só parte inteira

C//B → 1; F//D → 2.0; F//B → 1.0;

%

Resto int da divisão de ints, parte inteira se divisão de floats

C%B → 1; F//D → 2.0; F//B → 1.0

**

Potenciação de int, float ou complex

B**C → 8; B**D → 2.2973967099940698; D**B → 1.44; D**E → 1.5209567545525315; (1+1j)**2 → 2j; 27**(1/3) → 3 (raiz cúbica)

==

Testa igualdade de int, float complex ou string, resulta True (verdadeiro) ou False (ver tabela de operadores lógicos); com vários == em um só comando dá True somente se cada um dos pares consecutivos for igual

B==A*2 → True; A==B → False; A==D → False; A==int(D) → True; (A+B*1j)==(1+2j) → True; G=='abc’ → True; G==H → False; 1==1==1 → True; 1==1==2 → False;

!=

Diferente, idem

A!=B → True; A!=D → True; A!=int(D) → False; (1+2j)!=(2+2j) → True;
G!=H → True; 1!=2!=3 → True; 1!=1!= 2 → False;

Maior do que, idem sem complex; testa superconjunto próprio

B>A → True; A>B → False; D>A → True; E>D → True; H>G → True; 3>2>1 → True; 3>2>3 → False;

Menor do que, idem; subconjunto próprio

A<B → True; B<A → False; etc.

>=

Maior ou igual, idem; superconjunto

B>=A → True; B>=D → True; H>=G True; etc.

<=

Menor ou igual, idem; subconjunto

B<=A → False; etc.

&
"e" bit a bit de valores binários, resultado decimal no IDLE; intersecção de conjuntos 0b0101 & 0b0001 → 1; bin(0b1100 & 0b1010) → '0b1010' (na exibição corta os 0s à esquerda)
|
"ou inclusivo" bit a bit, resultado decimal no IDLE; união de conjuntos bin(0b1100 | 0b1010) → '0b1110'
^
"ou exclusivo" bit a bit. resultado decimal no IDLE; união exclusiva de conjuntos bin(0b0110 ^ 0b1010) → '0b1100'
>>
deslocamento bit a bit para a direita inserindo 0s à esquerda (equivale a divisão por pow(2,n) J = 10; bin(J) → '0b1010'; bin(J>>1) → '0b101' (zeros à esquerda não são exibidos)
<<
deslocamento bit a bit para a esquerda inserindo 0s à direita (equivale a divisão por pow(2,n) J = 10; bin(J) → '0b1010'; bin(J<<2) → '0b101000'
is
Teste de identidade de objetos  
not is Teste de não identidade de objetos  

=

Atribuição simples ou múltipla, lado direito int, float, complex ou string; ambos os lados podem ser uma n-pla sem "(" e ")"

A=1; A → 1; A=D; A → 1.2 (A mudou de int para float);
J=(A+D*1j); J → (1+1.2j); J, I, K = 10, 20, B*30; I → 20; J, K → (10, 60)
Troca de valores de variáveis: X, Y= 3, 4; X, Y= Y, X; X, Y → (4, 3)

+=

x += y equivale a x = x + y

J=1; J=+2; J → 3; J=(1+2j); J+=(2+3j); J → (3+5j)

–=

x -= y equivale a x = x – y, inclusive de conjuntos

J=3; J–=2; J → 1

*=

x *= y equivale a x = x * y

J=2; J*=3; J → 6

/=

x /= y equivale a x = x /y

J=6; J/=3; J → 2.0

//=
x // y equivale a x = x // y J=15; J//=4; J → 3; J=15.5; J//=3.7; J → 4.0

%=

x %= y equivale a x = x%y

J=6; J%=4; J → 2.0; J=6; J%=2; J → 0

**=
x **= y equivale a x = x**y J=2; J**=3; J→ 8 (Não disponível na versão 2 do Python)
>>=
x >>= y equivale a x = x>>y J=0b1010; J>>=2; bin(J) → '0b10' (zeros à esquerda não são exibidos)
<<=
x <<= y equivale a x = x<<y J=0b1010; J<<=2; bin(J) → '0b101000'
&=
x &= y equivale a x = x&y, inclusive de conjuntos J=0b1100; K=0b1010; J&=K; bin(J) → '0b1000'
^=
x ^= y equivale a x = x^y, inclusive de conjuntos J=0b1100; K=0b0110; J^=K; bin(J) → '0b1010'
|=
x |= y equivale a x = x|y, inclusive de conjuntos J=0b1100; K=0b1010; J|=K; bin(J) → '0b1110'
if

Expressão condicional:
x = Valor-se-True if Expressão-Lógica else Valor-se-False

J = 1 if 4>3 else 2 → 1
J = 5 * (1 if B<A else 3*A); → 15

4. OPERADORES LÓGICOS (BOOLEANOS)

Op

Significado

Exemplos

  No que segue, supõe-se a execução prévia de L1T = True; L2T = True; L1F = False; L2F = False
True Constante indicando "verdadeiro" Atenção: true não é aceito, dá erro de variável não definida
False Constante indicando "falso" Idem para false; são considerados como False: None, 0, 0.0, 0j, ' ', (), [], {}; outros valores como True
not Negação: muda True para False e vice-versa not L1T → False; not L1F → True
x or y "ou" inclusivo; dá falso somente se x e y forem falsos L1T or L2T → True; L1T or L1F → True; L1F or L1T → True; L1F or L2F → False
x and y "e"; dá verdadeiro somente se x e y forem verdadeiros L1T and L2T → True; L1T and L1F → False; L1F and L1T → False; L1F and L2F → False
x in y se x está na string, n-pla, lista ou conjunto y dá True, senão False 'a' in 'false' → True; 5 in (2, 5, 3) → True; 3 in [2, 5, 3] → True; 4 in [2, 5, 3] → False
x not in y Contrário de in  

5. FUNÇÕES NATIVAS (tabela a ser complementada com mais significados e exemplos; fonte)

Função

Significado

Exemplos

abs()

Valor absoluto; módulo no caso de complexo

abs(-1) → 1; abs (2) → 2; abs((1+2j)) → 2.23606797749979

x.add(y) Insere o elemento y no conjunto x x = {1, 2, 'três'}; x.add('quatro'); x → {1, 2, 'quatro', 'três'}

all()

 

 

any()

 

 

basestring()

 

 

bin()

Converte um int em binário

bin(B) → '0b10'; bin(20) → '0b10100'

x.bit_length() Comprimento de bits significativos do binário x 0b101010.bit_length() → 6; 0b001010.bit_length() → 4

bool()

Retorna True se o argumento é verdadeiro, False se não há argumento ou ele é falso

bool(B>A) → True; bool(C>D) → False; bool() → False

bytearray()

 

 

callable()

 

 

chr()

Caractere correspondente ao código ASCII do argumento (entre 0 e 255)

chr(97) → 'a'; chr(150) → '\x96' (converteu para hexadecimal, pois não achou o caractere)

classmethod()

 

 

clear(x) Remove todos os elementos do conjunto x x = {1, 2, 'três'}; x.clear(); x → set() ''''indica conjunto vazio''''; x |= {9}; x → {9}

cmp(x,y)

Dá um int negativo se x<y, 0 se x==y, positivo se x>y

Não disponível no IDLE 3.6.1

compile()

 

 

complex(re,im)

Converte em complexo com parte real re e imag. im

complex(1) → (1+0j); complex(2.5) → (2.5+0j)

x.conjugate() Dá o conjugado do complexo x x = (1+2j); x.conjugate() → (1-2j)

delattr()

 

 

dict()

 

 

dir()

No IDLE lista o nome de todas as variáveis da sessão

 

x.discard(y) Remove o elemento y do conjunto x, se y está em x x = {1, 2, 'três'}; x.discard('três'); x → {1, 2}

divmod(x,y)

Dá a dupla ordenada (x // y, x % y)

divmod (C,B) → (1,1), divmod (C,D) → (2.0, 0.6000000000000001)

enumerate()

 

 

eval()

 

 

execfile()

 

 

file()

 

 

filter(f, L)

Aplica a função f a cada elemento da lista L, e resulta nos elementos de L para os quais f for True

Ver exemplo no item "notação lambda"

float()

Converte para float

float(B) → 2.0;

float.as_integer_ratio() Dá um par de inteiros cuja razão é o argumento float.as_integer_ratio(1.5) → (3,2)
float.is_integer() Dá True se o argumento for inteiro, False em caso contrário float.is_integer(1.5) → False; float.is_integer(3.0) → True

format()

 

 

frozenset()

Constroi um conjunto que não pode ser mudado

x = frozenset({1, 2}); x → {1, 2}; x.pop() dá erro

getattr()

 

 

globals()

 

 

hasattr()

 

 

hash()

 

 

help()

No modo interativo (IDLE), dá a documentação do argumento

help(int)

hex()

Converte um int para um hexadecimal

hex (8) → '0x8'; hex (50) → '0x32'; hex(C) → '0x3'

id()

 

 

input("mensagem")

Espera o usuário dar uma entrada como se fosse uma string, seguida de Enter. Dá o valor da entrada de um dado em forma de string; pode exibir a mensagem ao ser executado,

dia=input('Entre com o valor do dia:'); → "Entre com o valor do dia:" 20 Enter dia → '20' (como string); para calcular é preciso converter, p.ex. diaint=int(input('Entre...')) ou diaint=int(dia); diaint → 20

int()

Converte para int

int(D) → 1; int('123') → 123

x.isdisjoint(y) True se o conjunto x é disjunto do conjunto y, False em caso contrário {1, 2, 'três'}.isdisjoint({4, 'cinco'}) → True
{1, 2, 'três'}.isdisjoint({2, 'cinco'}) → False

isinstance()

 

 

issubclass()

 

 

iter()

 

 

s.join(x) Método da classe string. Concatena as partes da lista, tupla ou conjunto x, separando-as com a string s. SeparaComVirgulas = ','.join(['a', 'b', 'c']); SeparaComVírgulas → 'a,b,c'

len(x)

Dá o número de elementos de uma string, lista, n-pla ou conjunto (neste caso, a cardinalidade)

len(G) → 3; len((1,2,3,4)) → 4; len((A,B,G)) → 3; len([1,B,5,7]) → 4
len({1, 2, 'três'}) → 3

list()

Converte os elementos de uma string ou n-pla em lista; sem argumento dá a lista vazia

list(G) → ['a', 'b', 'c']; list((1, 2, 3)) → [1, 2, 3]

locals()

 

 

long()

 

Não disponível no 3.61.1

lower() Converte as letras uma string para minúsculas 'BLA3#'.lower() → 'bla3#'; nome = input('Digite seu nome:').lower(); print(nome)
s.lstrip('c') Método da classe string. Elimina todos os caracteres c do começo da string s, ignorando brancos até c; se c é omitido, elimina os brancos no começo de s s='x y z'; s.lstrip('x') → s=('   x y z   )'; s.lstrip('x') → ' y z'; s.lstrip() → 'x y z';
s=('   x y z   '); s.lstrip() → 'x y z   '; s.lstrip(' x,') → 'y z   '; s.lstrip('x y') → 'z   '

map(f,L)

Aplica a função f a cada elemento de uma lista L

list (map (abs, [2,-3,4,-5])) → [2, 3, 4, 5]

max()

Dá o maior dos elementos do argumento

max (1,2,3) → 3; max (['a', 'b', 'c']) → 'c'; max ('a', 'b', 'c') → 'c';
max (G) → 'c'

memoryview()

 

 

min()

Como max, para o menor

 

next()

 

 

object()

 

 

oct()

Converte para octal

oct(15) → '0o17'

open()

 

 

ord()

Contrário de chr

ord ('a') → 97

x.pop() Dá e remove um elemento arbitrário do conjunto x x = {1, 2, 'três'}; x.pop(); x → 1; x → {2, 'três'}

pow(x.y)

Equivalente a x**y

pow(2,3) → 8; pow(4,0.5) → 2.0; pow (4,-2) → 0.625

print()

Saída de dados

print(A,D) → 1 1.2; print ('A =',A) → A = 1; print ('A*3 =',A*3,'\nD =',D) →
A*3 = 3
D = 1.2

property()

 

 

random

Uma classe. Exige importar o módulo random. Algumas funções dessa classe:
1. random.randint(a,b) retorna inteiro pseudo-aleatório entre a e b inclusive.
2. random.random() dá o próximo aleatório em ponto flutuante entre 0.0 e 1.0
3. random.uniform(a, b) idem entre a e b inclusive
4. random.choice(x) dá aleatoriamente um elemento da lista x não vazia
5. random.shuffle(x) ordena a lista x aleatoriamente

Os resultados obtidos com o IDLE podem ser outros, dependendo da "semente":
1. import random; random.randint(10, 100) → 12; random.randint(10, 100) → 67
2. random.random() → 0.05462293624556047; random.random() → 0.36903357168070205
3. random.uniform(2,5) → 3.983840861586745
4. random.choice([1,2,3,4,5])) → 3; random.choice([1,2,3,4,5])) → 4
5. x=[1,2,3,4]; random.shuffle(x); x → [3, 1, 4, 2]; random.shuffle(x); x → [4, 1, 2, 3]

range()

Cria virtualmente uma lista virtual

range(C): equivale a [0, 1, 2]; range(1, 5) a [1, 2, 3, 4, 5];
range(0, 10, 3) a [0, 3, 6, 9]; range(0, -4, -1) a [0, -1, -2, -3]

raw_input()

 

 

reduce()

 

 

reload()

 

 

repr()

 

 

reversed()

 

 

s.rstrip(c) Idem a lstrip, elimina a string c à direita da string s  

round(x,n)

x arredondado na n-ésima casa decimal; sem n arredonda para o inteiro

round(3.5566,3) → 3.557; round(4.5555,3) → 4.555;
round(3.5555) → 4; round(3.4555) → 3

set()

Constroi um conjunto que pode ser mudado

x = {1, 2, 'três'}; x → {1, 2, 'três'}; x.pop() → {1}

setattr()

 

 

slice()

 

 

s.split(sep) Método da classe string. Gera uma lista com os elementos da string s separados pela string sep; se sep for omitido, usa branco como separador s='a,b,3'; s.split(') → ['a', 'b', '3']; s='x y z'; s.split() → ['x', 'y', 'z']

sorted()

Ordena uma lista

sorted ([1,4,2]) → [1, 2, 4]; sorted([B,A]) → [1,2]

staticmethod()

 

 

str()

Converte int ou float para string

str(C) → '3'; str(D) → '1.2'

c.strip(s) Método da classe string. Dá a string s sem a string c no começo e no fim. Sem o c, considera brancos. Ver também lstrip e rstrip s = '   x y z   '; s.strip() → 'x y z'; s = 'xyxyzzzxyxyxy'; s.strip('xy') → 'zzz'

sum()

Soma os elementos de uma lista, n-pla ou conjunto

sum([A,B,C, 4, D]) → 11.2; sum((1,2,3)) → 6; sum ({1, 2, 3}) → 6

super()

 

 

time.sleep(n) Interrompe a execução de um programa por n segundos. Exige a carga do móduo time:
import
time
 

tuple()

Dá uma lista ordenada

tuple('abc') → ('a', 'b', 'c'); tuple([1, 2, 3]) → (1, 2, 3)

type()

Se o argumento for uma variável, dá seu tipo; se for um objeto, o tipo do mesmo

type (A) → <class 'int'>; type (D) → <class 'float'>; type (G) → <class 'str'>

upper() Converte as letras de uma string para maiúsculas 'bla3#'.upper() → 'BLA3#'

unichr()

 

 

unicode()

 

 

vars()

 

 

xrange()

 

 

zip()

 

 

__import__()

Importação de módulos. É o mesmo que o comando import.

Ver https://docs.python.org/3/library/importlib.html

6. ALGUMAS FUNÇÕES E CONSTANTES MATEMÁTICAS

Para usar essas funções, é necessário executar no IDEL ou inserir em um programa o comando import math, que ativa o módulo (module) math, e preceder cada função de math., p.ex. math.sqrt(4), math.e etc; os resultados são sempre do tipo float, a menos de observação em contrário. Para cálculos com números complexos, dar import cmath .

Função

Significado

Exemplos

atan(x) Arcotangente, resultado em radianos math.atan(2) → 1.1071487177940904;
ceil(x) O menor inteiro >= x math.ceil(4.7) → 5
cos(x) Cosseno, x em radianos

math.cos(math.pi/2) → 6.123233995736766e-17 (devia ser zero; não é devido à aproximação); math.cos(math.pi) → -1.0

degrees(x) Converte x em graus para radianos math.degrees(math.pi) → 180.0
e A constante e math.e → 2.718281828459045
exp(x) e**x math.exp(1) → 2.718281828459045; math.exp(2) → 7.38905609893065
factorial(x) Fatorial de x de tipo int, resultado int math.factorial(5) → 120
floor(x) Maior int <= x math.floor(4.7) → 4
fsum Somatória Como a sum() da tabela Funçoes Nativas, mas arredondando
inf A constante infinito (maior número em float representável) math.inf → inf
log(x, base) Logaritmo de x na base (opcional); sem base dá o log na base e math.log(10) → 2.302585092994046; math.log(100,10) → 2.0
log10() Logaritmo na base 10 math.log10(100) → 2.0; em geral mais precisa que math.log(x,10)
log2() Logaritmo na base 2 math.log2(8) → 3.0
modf(x) Dá a parte decimal e a inteira de x math.modf(1.25) → (0.25, 1.0)
pi O número pi math.pi → 3.141592653589793 (ver exs. em sen, cos, tan)
radians(x) Converte x em radianos para graus math.radians(180) → 3.141592653589793
sin(x) Seno, x em radianos math.sin(math.pi/2) → 1.0; math.sin(math.pi) → 1.2246467991473532e-16 (devia ser zero; não é devido à aproximação)
sqrt() Raiz quadrada math.sqrt(4) → 2.0; math.sqrt(5.6) → 2.3664319132398464
tan(x) Tangente, x em radianos

math.tan(math.pi) → 1.2246467991473532e-16 (devia ser zero);
math.tan(math.pi/2) → 1.633123935319537e+16 (representação do infinito)

trunc(x) Parte inteira de x math.trunc(3.5) → 3

7. OUTRAS FUNÇÕES

Função

Significado

Exemplos

append() Concatena uma lista a outra L=[]; L → []; L.append('a'); L → ['a']; L.append('bc'); L → ['a', 'bc']
exit() Encerra a execução de um programa Necessita o módulo sys, incorporado com import sys; uso da função: sys.exit()
(Sugestão dada por Thiago Salgado scrimforever arroba_at gmail ponto com)

8. PRECEDÊNCIA (ORDEM DE EXECUÇÃO) (fonte)

Ordem

Operador/função

Exemplos

1
( ... )  
2
função() abs(-5)+2 → 7
3
+ e - unários -5-2 → -7; -(5-2) → -3
4
*, /, % e //  
5
+ e - binários (soma e subtração)  
6
& ("e" bit a bit)  
7
| e ^  
8
<=, <, >, >=  
9
=, %=, /=, //= e –=  
10
+=, *= e **=  
11
in, not in  
12
not, or, and  

9. DECLARAÇÃO E USO DE UMA FUNÇÃO

Sintaxe

Exemplos no IDLE

# Declaração (atenção para o alinhamento vertical)
def nome-da-função (parâmetro-1, ..., parâmetro-m):
    
 comando-1
     ...
     comando-n
próximo-comando

# Uso da função
nome-da-função (argumento-1, ..., argumento-m)

No IDLE, é necessário dar uma linha em branco para encerrar a declaração de uma função (sobreo IDLE, ver o item 16 abaixo).

>>> def soma(a,b): # declaração
        return a+b
>>> soma(1,2) → # ativação
3
>>> soma (A*3,D) →
4.2

Na sequência de um programa, a declaração de uma função deve sempre vir antes de sua ativação.

10. NOTAÇÃO LAMBDA

Essa notação permite que se declare uma função sem dar-lhe um nome, colocando-a em qualquer lugar em que uma função possa ser chamada.

Sintaxe

Exemplos no IDLE

lambda lista-de-argumentos: função desses argumentos

>>> y = lambda x: x**2
>>> y(8)→
64

>>> min = lambda x,y: x if x < y else y
>>> min (3,2) →
2

>>> itens = [1, 2, 3, 4, 5];
>>> list(map(lambda x: x**2, items)) →
[1, 4, 9, 16, 25]

>>> lista_de_nos = range(-5, 10)
>>> list(filter(lambda x: x < 0, number_list)) →
[-5, -4, -3, -2, -1]

 

11. IDENTIFICADORES GLOBAIS E LOCAIS

Um identificador declarado dentro de uma função é somente local a ela (válido dentro dela); declarado fora dela, em um escopo (isto é, espaço de validade) englobando diretamente a função ele é global, pode ser usado tanto fora como dentro dela. O uso de um identificador local evita muitos erros, pois só a função onde ele está declarado pode modificar seu valor; esse identificador fica "encapsulado" na função. Nesse sentido, o correto é passar valores para a função e obtê-los dela por meio de parâmetros na sua declaração (argumentos na sua ativação).

>>> def F():
        Loc = 1 # local a F
        print (Loc, Glob)
>>> Glob = 2 # global a F
>>> F() →
1 2
>>> Loc →
Loc
NameError: name 'Loc' is not defined

Para converter um identificador local em global:

>>> def F():
           global Glob
           print (Glob)
>>> Glob=1
>>> F() →
1

Uma função F2 pode ser declarada dentro de uma outra função F1. Nesse caso, F2 torna-se local a F1 e não pode ser ativada fora de F1:

>>> def F1():
        def F2(): # local a F1!
            LocF2 = 1
            print (LocF2)
>>> F2() →
F2()
NameError: name 'F2' is not defined

>>> def F1():
        def F2():
            LocF2 = 1
            print (LocF2)
        F2() → # ativada dentro de F1
>>> F1()
1

Se a função F2 estiver declarada dentro de F1, a declaração nonlocal faz com que uma variável V declarada em F2 passe a ter o escopo de F1, mas não é válida fora de F1. V tem que ter um valor atribuído a ela em F1 antes da declaração nonlocal:

>>> def F1():
       LocF2 = 1 # necessário!
       def F2():
          nonlocal LocF2
          LocF2 = "LocF2"
       print ("Na F1:", LocF2)
       F2()
       print ("Passou pela F2:", LocF2)
>>> F1() →
Na F1: 1
Passou pela F2: LocF2
>>> LocF2 = 1
>>> def F1():
       def F2():
       nonlocal LocF2
       LocF2 = "LocF2"
    print ("Na F1:", LocF2)
    F2()
    print ("Passou pela F2:", LocF2) →
SyntaxError: no binding for nonlocal 'LocF2' found

12. CLASSES

(Em construção.)

Classes podem ser conceitualmente encaradas como uma extensão das funções, e são usadas para se obter mais encapsulamento. Ao contrário das funções, as classes não contêm parâmetros; as classes podem conter declarações de variáveis, que se tornam locais a elas. Cada elemento declarado em uma classe é denominado "atributo" da classe, e é referenciado pelo nome da classe, um ponto e o nome do atributo. Como as funções, as classes devem ser definidas antes de serem usadas. As funções declaradas dentro de uma classe são denominadas métodos. Podem-se atribuir valores aos elementos de uma classe fora dela. Um classe pode ser atribuída a uma variável V; nesse caso V recebe uma instância da classe, um objeto com todas as propriedades da classe.

>>> class C:
       """ Esta é uma clsse """ # Atributo implícito __doc__
       X = 1
       def FdeC (Y):
          return Y + 1

>>> C.X →
1
>>> C.FdeC(2) →
3
>>> C.X = 5
>>> C.X →
5
>>> C.__doc__ →
' Esta é uma classe '
>>> ObjC = C # Instanciação: criação de um objeto
>>> ObjC.X →
5

13. COMANDOS COMPOSTOS E SIMPLES

Sintaxe

Exemplos (testados no Azure, V. Ambientes abaixo)

Bloco (de comandos):

Comando; Comando; ... ; Comando #todos na mesma linha

ou todos alinhados verticalmente à esquerda, ou em alguma coluna, se o bloco estiver imerso em algum comando

  Comando
  Comando
  ...
  Comando



J = 2; K = 3; M = 4; J,K,M → (2,3,4)

J=2
K=3
M=4
J,K,M → (2,3,4)

Comando if de escolha lógica

# atenção para o alinhamento vertical
if Expressão Lógica:
 Bloco #qualquer coluna a partir da 2a.  # em relação ao if
elif Expressão Lógica: #opcional,
 # alinhado na mesma coluna que o if
 Bloco #a partir de qualquer coluna
elif Expressão Lógica: #opcional,
 # alinhado na mesma coluna que o if
 Bloco #a partir de qualquer coluna
   ...
elif Expressão Lógica: #opcional, 
 # alinhado na mesma coluna que o if
 Bloco #a partir de qualquer coluna
else: """Opcional. No IDLE, o else deve começar na 1a. coluna; segue um só Comando ou (exclusivo) um Bloco com várias linhas começando na próxima a partir da 2a coluna em relação ao else"""
Próximo-Comando #alinhado na coluna do if

J = 2; K = 3; L= 4 # válido para todos os exemplos seguintes

if J < K: print(J); print(K)→
2
3

if K>J : """ O ":" pode estar em
   qualquer coluna desta linha """
   N = J+3
P = K+4
N, P → (5,7)

{PC} corrigiu o (5, 7)

if K < J: N=5
else: N=6
P=7
N, P → (6,7)

 

if K < J:  N=5
elif L>K: N=6; P=9
N, P → (6,9)


if K<J: N=5
elif L<K: N=6; N
elif J>K:
   N=7
   N
else:  N=8
N → 8 

Comando while de repetição da execução (malha de execução, loop) de um bloco de comandos

while Expressão Lógica: Comando; """opcional:
      um só comando! Ou (exclusivo!)"""
    Bloco """comandos alinhados verticalmente à
    direita do w"""
else: Bloco #numa só linha ou
  Bloco
próximo comando

O comando else é executado quando a Expressão Lógica der valor False
O comando break interrompe a execução da malha de repetição e desvia para o próximo comando após o while com seu bloco. É conveniente usá-lo quando ocorre uma situação de exceção durante a execução da malha.

Atenção: ao usar o comando while no IDLE, ele é executado até o fim (até Epressão Lógica ficar com valor False) antes de se poder dar o próximo comando.
L = 4

M = 1
while M<L: M += 1;
   print(M) →
4

M = 1
while M<4:
  print(M)
  M += 1 →
1
2
3
print(10) →
10

M = 1
while M < 4:
    print(M)
    M += 2
else: print(7);print(8) →
1
3
7
8
print(10) →

10

# Exemplo de malha de
# execução infinita e
# break

I = 1
L = []
while True:
    I = I + 1
    L.append(I)
    if I > 4:
       break
       print(I) →
2
3
4
print(L) →
[2, 3, 4, 5, 6]

Comando for de repetição

for Lista de Variáveis in Lista de Expressões:
   Bloco
    else: #Opcional
         Bloco

Os valores da Lista de Expressões são atribuídos às variáveis; para cada atribuição o Bloco do for é executado uma vez.

Quando a lista é esgotada, é executado o bloco do else, se este existir.

O comando break interrompe a execução da malha de repetição e vai para o próximo comando depois do for.

for I in range(3): #começa em 0!
  print(I) →
0
1
2

for I in range(2,4): # começa em 2
   I # e termina em 3 (4-1)! →
2
3

Frutas = ['caju','caqui','manga']
for fruta in Frutas:
   print ('Fruta da vez:', fruta) →
Fruta da vez: caju
Fruta da vez: caqui
Fruta da vez: manga

for I in range(3):
   
if I==2: break
    print(I) →
0
1

for letra in 'xyz':
   print ('Letra da vez:', letter) →
Letra da vez: x
Letra da vez: y
Letra da vez: z

for I in range(3): """"2 fors encaixados""""
   for J in [2,'xy']: # e uso do else
      print ('I =", I, 'J =", J]
      else: print ('Passou por aqui!')
I = 0 J = 2
I = 0 J = xy
Passou por aqui! →
I = 1 J = 2
I = 1 J = xy
Passou por aqui!
I = 2 J = 2
I = 2 J = xy

Uso do for em Varredura de estruturas

for i in [1, 2, 3]: print (i) →
1
2
3

 

for car in "123": print (car) →
1
2
3

for indice in {'um':1, 'dois':2}: print (indice) →
dois
um

Comando match...case de escolha múltipla

match Expressão:
   case Expressão1: código1 a executar se
      Expressão tem mesmo valor que a Expressão1
   case Expressão2: código2 a executar se
      Expressão tem mesmo valor que a Expressão2
   ...
   case ExpressãoN: códigoN a executar se
      Expressão tem mesmo valor que a ExpressãoN
    case _: código a executar se
      Expressão1 ... ExpressãoN têm todas valores       diferentes de Expressão; esse úlltimo case é       opcional

 

Suponhamos que a variável Cor tenha um valor 'azul', ou verde', ou 'roxo', ou nenhum desses, e que se queira exibir o falor :

match Cor:
   case 'azul'  : Print ('A cor é azul')
   case 'verde': Print ('A cor é verde')
   case 'roxo'  : Print ('A cor é roxa')
   case _        : Print (A cor não é nem azul, nem verde, nem roxo')

O comando match substitui com muitas vantagens um encadeamento de if's quando se testa somente o valor de certa expressão:

if <Expressão> = ... :
elif <Expressão> = ... :
elif <Expressão> = ... :
...
elif <Expressão> = ... :
else ...

Comando try de detecção de exceção (erro)

try:
  comando1
except:
  comando2
else:
  comando3
finally:
  comando4

Esse comando verifica se algo em comando1 é indefinido, de modo que comando1 não pode ser executado. Se assim for, o comando2 é executado, senão o comando try ... except é pulado. O comando else: é ocpional; o comando3 é executado se não houve algum erro no comando1. O comando finally: é opcional; o comando4 é executado independentemente de ter havido um erro no comando1. Como o nome diz, ele serve também para se testar se haverá um erro em comando1, antes que o erro ocorra e a execução pare.

Pode-se encaixar um try: dentro de outro try:

Veja muitos exemplos do try.

try:
    print (i)
except:
    print ("Ocorreu um erro, provavelmente i não é definido")

Nesse caso, a variável i não deve ter sido definida.

Suponha a existência de uma lista de nome L. Esse comando pode ser usado para verificar se o elemento L[j] não está na lista L , caso em que o valor de j for maior do que o índice do último elemento de L, ou negativo, cf. o item 2.5 acima:

try:
   A == L[j]
except:
    print (Erro: "L[", j, "] não está na lista"j)

pass

Esse comando, que não é composto, inserido dentro de um outro, faz com que o sistema ignore esse outro. Ele é muito prático durante a elaboração de um programa. Ver o exemplo.

Veja muitos exemplos do pass.

def UmaFuncao(x):
   pass

O corpo de Uma Funcao ainda não foi programado, mas já se sabe que ele deverá sê-lo e a função ficará nesse trecho do programa. Com isso garante-se que o programa todo será executado; sem o pass ele não o seria, haveria um erro de sintaxe.

No 2º exemplo do try acima, se não é para ser feito nada se o L[j] não estiver na lista, pode-se usar

try:
   L[j]
except:
    pass

raise classe de uma exceção

Esse comando, que não é composto, força a ocorrência de um erro, e encerra a execução

Veja descrição e exemplos do raise. Os exemplos à direita foram copiados dessa página.

raise SystemExit("Mensagem")
produz o término da execução do programa, exibindo a Mensagem)

a = 5
if a % 2 != 0:
   raise Exception("O número não pode ser um inteiro ímpar")

Traceback (most recent call last):
   File caminho do programa, line 4, in módulo
      raise Exception("O número não pode ser um inteiro ímpar")
Exception: O número não pode ser um inteiro ímpar

No exemplo abaixo, testa-se se uma conversão de tipo é válida; ValueError é uma classe que produz a impressão de seu nome e do argumento:

s = 'jabuticaba''
try:
   num = int(s)
except ValueError:
    raise ValueError("Cadeia", s, "não pode ser convertida para inteiro")

No resultado, além das linhas do exemplo acima, aparece:

raise ValueError("Cadeia não pode ser convertida para inteiro")

yield não é propriemente um comando. Deve ser usando dentro de uma função, gerando um resultado para a mesma. Pode ser repetido, gerando então uma lista com vários resultados quando a função é ativada, Ele não interrompe a execução da função, ao contrário de return, que retorna um só valor e encerra a execução da função. O yield pode ser colocado em vários locais dentro de uma função, e gerará o valor da função toda vez que for executado. Já o return também pode ocorrer em vários locais, mas se for executado encerra a execução da função.

O exemplo ao lado foi tirado daqui.

 

def ParOuImpar(x):
   for i in range(x):
      if (i % 2 == 0):
         yield 'par'
      else:
         yield 'impar'
y=ParOuImpar (5)
for j in y: 
   print(j)   →
par
impar
par
impar
par

14. PALAVRAS RESERVADAS

As seguintes palavras não podem ser usadas como nomes de identificadores (variáveis e funções):

assert and as break class continue def del elif else except False finally for from global if import in lambda match None nonlocal not or pass is raise return True try while with yield

15. REFERÊNCIAS

15.1 Tutoriais

15.2 Outras referências

16. INSTALAÇÃO DO PYTHON E USO DO INTERPRETADOR IDLE E SEU EDITOR

  1. Instalação
    Para instalar o Python e usar o seu interpretador IDLE (Integrated Develop and Learning): https://www.python.org/downloads . O IDLE permite digitarem-se programas; cada linha com um comando digitada no IDLE é executada imediatamente ao se encerrá-la com Enter. Experimente, por exemplo, com a sequência A = 5 Enter A Enter. O valor 5 de A será exibido.

  2. Uso do IDLE no Windows

    1.
    Em meu W11, em 8/7/24 o Python 3.10.5 executável foi instalado automaticamente com o Python 3.12.4 no arquivo c:\Windows\py.exe. Para descobrir o caminho desse diretório, acione com o botão direito o ícone do Python se ele estiver na área de trabalho, ou na lista de programas preferidos do menu Iniciar, em seguida Propriedades, aba Atalho; o caminho está no campo Destino e pode ser copiado. No meu caso, para acionar o IDLE basta fazer uma busca do Windows com py., pois o caminho deve ter sido adicionado ao Path do Windows. 2. Acionando o programa Python, aparece uma janela do IDLE, parecida com uma janela de prompt do Windows, aqui chamada "janela de comandos". Depois da carga aparece o prompt do Python, >>> e se podem digitatr comandos da linguagem. Várias janelas de comandos podem ser abertas, ativando-se a Python mais de uma vez como descrito, permitindo copiar e colar de uma para outra. 3. A edição de um comando na janela de comandos do Python segue o padrão do Windows. 5. É necessário digitar uma linha de cada vez, terminada com Enter. Note-se que ao terminar de digitar um comando, dando-se Enter o IDLE executa o comando e abre uma nova linha com >>>. Se for um comando composto ou declaração de função, aparece ... na próxima linha, onde deve ser digitada a continuação. Para encerrar um comando composto ou declaração de função, é necessário dar linhas em branco, o que provoca a execução do comando composto, ou a função fica declarada, podendo ser usada posteriormente, aparecendo o >>> novamente. 6. Para carregar um programa em Python (extensão .py), use File --> Open. 5. Para fechar a janela de comandos, dê quit() ou, no início da próxima linha de comando, Ctrl+D. Estando em uma janela do IDLE, para eliminar todas as variáveis e identificadores criados com a última sessão/programa, e continuar com um novo programa, use no meu principal Shell &raarr; Restart Shell. Aparece uma linha indicando esse Restart. 7. É possível ativar o IDLE diretamente de uma janela normal de prompt do Windows. Para isso, nessa janela desvie (com o comando > cd nome do diretório) para o diretório onde está o executável da Python e dê o comando py. Se o py tiver sido inserido no PATH do Windows no download da Python, basta dar py em qualquer linha de comando numa janela de Prompt. A desvantagem de usar o Prompt do Windows é de se ter apemas as suas possibilidades arrevezadas de edição. Em uma janela do IDLE tem-se mais possibilidades, por exemplo ao digitar um comando if (se o : no fim da condição for esquecido, uma mensagem apontará isso) a próxima linha com then aparecerá já com tabulação. 8. Para uma lista dos nomes das variáveis ativas no IDLE, use dir(). Para eliminar uma variável x (não estará mais disponível), use del (x).

  3. Execução de um programa armazenado

    1. O IDLE tem um Editor que é ativado em uma janela separada. Para ativá-lo, no menu do IDLE acione File &rarr; New File. É aberta uma janela em branco do Editor, onde se pode digitar um programa, tendo-se as facilidades de edição do IDLE e as do Windows. Ao se completar uma linha, o Enter obviamente não produz sua execução, ao contrário do IDLE. 2. Terminado o programa, é necessário armazená-lo usando no menu do editor File &rarr; Save. Aparece o nome do arquivo na primeira linha, entre asteriscos, indicando que ele foi armazenado e o seu caminho. 3. Se um programa está armazenado em um arquivo, no Editor pode-se carregá-lo acionando no seu menu File &rarr; Open (isso pode ser feito também na janela do IDLE, que abre uma do Editor), sendo que o nome do arquivo deve ter a extensão .py . 4. Em seguida, o programa que está no editor pode ser executado, ativando-se no menu do Editor Run &rarr; Run Module. Esse comando limpa tudo o quee stava no no IDLE (variáveis, que deixam de existir, estado do programa anterior etc.), e exibe nele a mensagem === RESTART: caminho do arquivo com o programa que foi executado ===. 5. Atenção: se no programa executado a variável A está com um valor, p.ex. 5, se numa linha do editor colocar-se A, ao executar o programa com Run Module não vai aparecer o valor de A logo na linha seguinte, como ocorreria se o programa estivesse na janela do IDLE. Isso é óbvio, pois inserindo-se um comando em uma linha do IDLE e dando Enter o comando é interpretado e executado. Ao se executar um programa completo da janela do Editor, não há essa interpretação comando a comando, dando seu resultado. Para se exibir o valor de A ao executar um programa que está no Editor é necessário inserir o comando print(A) ou print("A=", A). 6. Para editar um programa fora do IDLE e do Editor, use o Bloco de Notas do Windows (ou copie o programa que foi editado em outro editor, para uma janela do Bloco de Notas). Ao armazenar o texto, para ser carregado no Editor, no campo Tipo escolha Todos os arquivos, em Codificação escolha UTF-8, coloque no nome a extensão .py e salve o programa. Uma outra possibilidade é salvar como .txt e depois mudar a extensão para .py. Para isso, use por exemplo o programa Total Commander, que eu uso em lugar do Windows Explorer, pois é muito mais prático, já que apresenta duas partes em uma janela, podendo-se mover ou copiar de uma parte para a outra, podem-se fazer buscas por nomes de arquivos ou diretórios, mudar extensões dos nomes etc.

  4. Uso do depurador do IDLE (Debugger)

    Para detectar erros em um programa armazenado localmente, pode-se usar o Debugger do IDLE. Ver um excelente tutorial dele em
    www.cs.uky.edu/~keen/help/debug-tutorial/debug.html
    1. Carregue um programa no Editor (ver item 3 acima). 2. Insira breakpoints, pontos de parada, em lugares onde se quer que a execução pare, por exemplo para se verificar o valor de variáveis ou a sequência de execução de comandos. Para isso, no Editor acione o botão direito do mouse na linha onde quer inserir um ponto de parada, e acione Set Breakpoint. Aparece uma tarja amarela na linha. Para se eliminar um ponto de parada, idem Clear Breakpoint. 3. No Editor, acione Window &rarr; Show Line Numbers; aparecem os números das linhas do programa, importante para se acompanhar o Debugger. 4. No IDLE, acione Debug &rarr; Debugger; aparece a mensagem DEBUG ON. Repetindo, desliga-se a execução do Debugger e aparece DEBUG OFF no IDLE. 5. No Editor, acione Run &rarr; Run Module; aparece uma janela Debug Control. Nela, abaixo dos buttons aparece o nome do programa e na área de trabalho uma linha com tarja azul com > e no fim dela o número da linha onde foi inserido o ponto de parada onde a execução parou. 6. Acionando o button Step o programa será executado linha a linha, sendo a atual trajada de cinza, antes de ser executada. Se a linha contiver uma atribuição de um valor a uma variável, depois da execução dessa linha essa variável é exibida na janela do Debugger e o valor que ela recebeu aparece na área Locals, juntamente com identificadores e valores de todas as variáveis que já receberam valor (assim pode-se conferir o que ocorrerá com a condição de comandos como o if e o while). Esse comando Step é talvez o mais util, pois permite se acompanhar toda a execuação. 7. Acionando-se o button Go o programa é executado sem parar até o próximo ponto de parada. Assim, se houver dúvida sobre a execução de um trecho do programa, pode-se delimitá-lo com dois pontos de parada, desviar inicialmente para o primeiro com o Go, e daí em diante usar o Step; ao se atingir o segundo ponto, pode-se dar novamente o Go para ir para o ponto inicial da parada. 8. Se houver a execução de uma função input(), o processo vai parar. É necessário ir à janela do IDLE e dar o valor solicitado e Enter. O valor dado, com a variável que recebeu a entrada, aparecem na seção Locals. 9. Se ocorrer um erro durante a execução do programa, a mensagem aparecerá na janela do Debugger. 10. O button Quit deve encerrar a execução do debugger. 11. Ainda não descobri para que serve o button Out, talvez para desviar para o janela do Editor.

  5. 17. CURSO

18. TEXTOS, AMBIENTES DE PROGRAMAÇÃO, DOCUMENTAÇÃO E FÓRUNS DE PROGRAMAÇÃO

19. AGRADECIMENTOS