| TOLERÂNCIA, CONVIVÊNCIA E CONFLITOS RELIGIOSOS 
        AVALIAÇÕES DE PARTICIPANTES  Nesta página encontram-se, em ordem cronológica reversa, 
        todas avaliações de participantes desta palestra, conforme 
        preencheram o formulário on-line, respondendo: [1] 
        Grau de satisfação com a palestra (1 - muito insatisfeita/o; 
        5 - muito satisfeita/o) [2] Coisa mais importante aprendida; [3] 
        Maiores dúvidas que ficaram; [4] Comentários. Foi 
        usado cópia/cola. Observações e respostas a algumas 
        dúvidas estão indicadas com RESP.; infelizmente tiveram 
        que ser breves.  1. 20/10/23 palestra remota nos Seminários de Estudos em Epistemologia 
        e Didática (SEED)/Seminários de Ensino de Matemática 
        (SEMA) da Faculdade de Educação da USP (FEUSP). 
        (Única recebida dentre os 16 participantes, que pena!) [1] 
          100%. [2] Visão de Steiner sobre a paz e a tolerância. 
          [3] A exposição foi muito clara. Não houve 
          dúvida. [4] Li que na população em geral, 
          16% são pessoas ateias, mas entre professores universitários 
          esse número sobre para 73%. Isso vem de confusão sobre 
          o trato com a ciência. A discussão sobre espiritualismo 
          é muito necessária. [5] Aprendeu coisas novas relevantes. 
          RESP.: Rudolf Steiner, em minha opinião, foi o maior pacifísta 
          que já houve, e recomendou enfaticamente a tolerância. 
          Ele afirmou em uma palestra que não haveria conflitos religiosos 
          se cada religião compreendesse as outras. Tenha coragem e leia 
          um pouco do Steiner. Recomendo começar com o livro Noções 
          básicas de antroposofia e meu texto 
          introdutório. Não acho que o termo "ateu" 
          seja adequado, pois se refere a "pessoa que não acredita 
          em Deus ou deuses". Só que essa pessoa não consegue 
          descrever, explicar no que não acredita; compare com ela dizendo 
          "acredito que vai chover amanhã", frase totalmente 
          compreensível. Acho que uma denominação melhor 
          para "ateu" é "materialista", a pessoa que 
          admite (idealmente, por hipótese de trabalho) que no universo 
          e nos seres vivos só há matéria e processos físicos, 
          isto é, em particular, não admite a existência de 
          seres puramente espirituais, como seriam Deus ou os deuses. Fiquei surpreso 
          de que só 73% dos professores universitários são 
          materialistas, eu achava que são muito mais, devido à 
          sua educação escolar e universitária que induz, 
          praticamente força o materialismo, e sua atividade intelectual, 
          usando o pensamento abstrato que, no fundo, é morto. Compare 
          com a vida dos sentimentos, que são subjetivos e individuais, 
          portanto ignorados pela ciência (a menos de suas reações 
          físicas neuronais, que não são os sentimentos). 
          A ciência é materialista, só trata de coisas físicas. 
          Isso é lamentável, pois a vida é muito mais do 
          que os processos físicos que ela engendra. Em particular, em 
          minha hipótese baseada em envidências muito fortes, as 
          sensações (por exemplo, o gosto de um caqui que se está 
          comendo), os sentimentos (se o gosto é agradável ou não, 
          gostar ou não dele), os pensamentos, a vontade, a memória, 
          a consciência (presente nos animais) e a autoconsciência 
          (só nos seres humanos), o sono, o sonho e a morte não 
          são processos com origem física. Jamais serão compreendidos 
          pela ciência materialista. É preciso outro tipo de pensamento 
          para se compreendê-los; experimente estudar Steiner e sua antroposofia 
          (note o porto de partida: o ser humano; acho que ele foi o maior humanista 
          que já houve) e verá. |