TOLERÂNCIA, CONVIVÊNCIA E CONFLITOS RELIGIOSOS

Uma palestra de Valdemar W. Setzer
www.ime.usp.br/~vwsetzer – esta versão: 29/10/23
Ver apresentação da palestra em ppt e artigo

AVALIAÇÕES DE PARTICIPANTES

Nesta página encontram-se, em ordem cronológica reversa, todas avaliações de participantes desta palestra, conforme preencheram o formulário on-line, respondendo: [1] Grau de satisfação com a palestra (1 - muito insatisfeita/o; 5 - muito satisfeita/o) [2] Coisa mais importante aprendida; [3] Maiores dúvidas que ficaram; [4] Comentários. Foi usado cópia/cola. Observações e respostas a algumas dúvidas estão indicadas com RESP.; infelizmente tiveram que ser breves.

1. 20/10/23 palestra remota nos Seminários de Estudos em Epistemologia e Didática (SEED)/Seminários de Ensino de Matemática (SEMA) da Faculdade de Educação da USP (FEUSP).

  1. (Única recebida dentre os 16 participantes, que pena!) [1] 100%. [2] Visão de Steiner sobre a paz e a tolerância. [3] A exposição foi muito clara. Não houve dúvida. [4] Li que na população em geral, 16% são pessoas ateias, mas entre professores universitários esse número sobre para 73%. Isso vem de confusão sobre o trato com a ciência. A discussão sobre espiritualismo é muito necessária. [5] Aprendeu coisas novas relevantes. RESP.: Rudolf Steiner, em minha opinião, foi o maior pacifísta que já houve, e recomendou enfaticamente a tolerância. Ele afirmou em uma palestra que não haveria conflitos religiosos se cada religião compreendesse as outras. Tenha coragem e leia um pouco do Steiner. Recomendo começar com o livro Noções básicas de antroposofia e meu texto introdutório. Não acho que o termo "ateu" seja adequado, pois se refere a "pessoa que não acredita em Deus ou deuses". Só que essa pessoa não consegue descrever, explicar no que não acredita; compare com ela dizendo "acredito que vai chover amanhã", frase totalmente compreensível. Acho que uma denominação melhor para "ateu" é "materialista", a pessoa que admite (idealmente, por hipótese de trabalho) que no universo e nos seres vivos só há matéria e processos físicos, isto é, em particular, não admite a existência de seres puramente espirituais, como seriam Deus ou os deuses. Fiquei surpreso de que só 73% dos professores universitários são materialistas, eu achava que são muito mais, devido à sua educação escolar e universitária que induz, praticamente força o materialismo, e sua atividade intelectual, usando o pensamento abstrato que, no fundo, é morto. Compare com a vida dos sentimentos, que são subjetivos e individuais, portanto ignorados pela ciência (a menos de suas reações físicas neuronais, que não são os sentimentos). A ciência é materialista, só trata de coisas físicas. Isso é lamentável, pois a vida é muito mais do que os processos físicos que ela engendra. Em particular, em minha hipótese baseada em envidências muito fortes, as sensações (por exemplo, o gosto de um caqui que se está comendo), os sentimentos (se o gosto é agradável ou não, gostar ou não dele), os pensamentos, a vontade, a memória, a consciência (presente nos animais) e a autoconsciência (só nos seres humanos), o sono, o sonho e a morte não são processos com origem física. Jamais serão compreendidos pela ciência materialista. É preciso outro tipo de pensamento para se compreendê-los; experimente estudar Steiner e sua antroposofia (note o porto de partida: o ser humano; acho que ele foi o maior humanista que já houve) e verá.