LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE:
PASSADO, PRESENTE E FUTURO

AVALIAÇÕES DE PARTICIPANTES

Valdemar W. Setzer
Departamento de Ciência da Computação, IME-USP
Membro da Sociedade Antroposófica no Brasil e da Academia de Ciências do E. São Paulo
www.ime.usp.br/~vwsetzer – esta versão: 17/8/22

Nesta página encontram-se todas transcrições de avaliações de participantes desta palestra, conforme escreveram no One-minute paper: [1] Coisa mais importante aprendida; [2] Maior dúvida que ficou; [3] Comentários. Os originais estão à disposição para exame. Note-se que nem todos os participantes entregam/preenchem as avaliações. Ver resumo, artigo, apresentação, vídeo da palestra de 14/11/14). Avaliações apenas a partir da palestra de 22/4/20.

4. 9/8/22, palestra remota em 9/8/22 no Ramo Rudolf Steiner da Sociedade Antroposófica no Brasil. Graus de satisfação (1 – muito insatisfeito a 5 – muito satisfeito) com a palestra 71.4% de 5, 28,6% de 4. ; aprendeu coisas novas 100% de Sim.

  1. [1] Sobre a fraternidade, o quanto ainda nos falta. [2] Não tive duvidas, gostaria de ouvir mais sobre o assunto. [3] (Vazio). RESP.: Dê uma olhada na apresentação completa em ppt. Fique de olho em minhas palestras:
    www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/pals-cursos.html
    Quem sabe algum dia vou repetir esta, mas completa, podendo falar muito mais. Fique também de olho na palestra sobre organização social antroposófica (trimembração social), pois lá eu também trato da liberdade, igualdade e fraternidade, sob outro aspecto.
  2. [1] Me tocou bastante o exemplo sobre como abordar a espiritualidade para o público geral, a trimembração da liberdade, igualdade e fraternidade e como esses princípios podem relacionarem-se entre si, um potencializando o outro e o calor produzido e envolvido quando os colocamos em prática. [2] O aspecto do conceito de justiça (social) envolvida nesta trimembração. [3] Momentos como este, onde assistimos uma palestra tão rica de conhecimentos, seguida de reflexões livres e interação entre os membros do Ramo, são um verdadeiro alimento para nossas almas. Parabéns Professor. Excelente aula e produção de conhecimento. RESP.: A injustiça social é devida a dois fatores principais, em minha opinião: (1) Egoísmo; (2) A falta de fraternidade daí resultante. Acho que nunca chegaremos a desenvolver a fraternidade consciente enquanto formos egoístas.
  3. [1] Que a Fraternidade, da tríade (Igualdade, Liberdade e Fraternidade), é a mais difícil de ser conseguida, pois deve ser conquistada pela humanidade. Além disso, que o desenvolvimento das três nos tornará mais humanos. [2] Não é bem uma dúvida, mas eu nunca havia pensado que "o materialista" não cabe pensar na verdadeira liberdade, pois não existe a liberdade interior. [3] Gostei muito da palestra. Já havia lido o livro sobre a Trimembração do sr. Lanz e há um tempo. Agora preciso digerir, pensar a respeito do que ouvi. Fazer a minha parte. RESP.: Sim. Ocorre-me neste momento (inspirado pela sua resposta, obrigado!) que é necessário haver um equilíbrio entre liberdade, igualdade e fraternidade. Por exemplo, a igualdade restrita em tudo acaba com a liberdade. A liberdade irrestrita acaba com a igualdade e a fraternidade. A fraternidade deve fazer com que nossas ações sejam motivadas pela necessidade das outras pessoas, de modo que restringe nossa liberdade. E assim por diante. Um dos problemas do materialista coerente (ainda bem que pouquíssimos o são!) é que ele tem que negar o livre-arbítrio, pois da matéria não pode advir liberdade: ela tem que seguir inexoravelmente as "leis" e condições da natureza – estou escrevendo um artigo com a minha teoria de como algo não físico pode interferir na matéria física sem violar as "leis" e condições da natureza material). Fique de olho em meu site pois vou colocá-lo lá quando estiver pronto. Um outro problema do materialista é que a Física não sabe o que é a matéria. Esta seria formada por partículas atômicas, mas é impossível conhecer essas partículas, pois qualquer observação altera seu estado natural.
    Quanto ao livro do Dr. Lanz Nem capitalismo nem socialismo, ele trata de como a sociedade deveria ser organizada em membros, e cada um deveria ter um dos princípios da tríade. Minha palestra não tratou de organização social, mas de atitudes das pessoas. Eu dou uma palestra sobre essa organização social trimembrada, mas com outro enfoque em relação ao livro. Ainda vou escrever uma artigo a respeito...
  4. [1] Observar como os princípios de liberdade e igualdade se mostravam presentes desde muito tempo atrás. [2] Tenho dúvidas se o princípio da fraternidade deveria ser regrado por leis. Acho que isso limita o livre arbítrio. [3] No meu ponto de vista penso que o princípio da fraternidade é uma meta da humanidade para o desenvolvimento espiritual, e que deve ser buscado e alcançado de forma livre e plena nesse estágio futuro da nossa evolução terrestre, quando todos possam entender que somos únicos, mas irmanados no Cristo. RESP.: Eu não disse que a fraternidade devia ser regulamentada por leis. O que eu disse é que não há leis impondo a fraternidade, como é o caso da liberdade e da igualdade. Essas duas motivaram leis regulamentando-as pois se tornaram um senso comum. A fraternidade universal ainda não se tornou um senso comum, as pessoas não sentem que ela é justa, como é o caso das outras duas. Qualquer lei restringe a liberdade. Mas uma lei pode ser seguida em liberdade, se se reconhece a sua validade do ponto de vista humano, e não se a segue por medo, costume, vergonha etc.
  5. [1] Que o desenvolvimento da prática da fraternidade ainda está em processo. A liberdade e igualdade já estão estabelecidas. [2] Tenho que pensar em muitos aspectos da tese colocada. [3] (Vazio). RESP.: Sim, a liberdade e a igualdade já se tornaram senso comum, e a fraternidade ainda não. Mas, como eu disse, acho que ela só se tornará senso comum quando for exercida por um esforço próprio consciente.
  6. [1] A liberdade é possível para os seres humanos, nao para os animais. [2] (Vazio). [3] Os conhecimentos que a Antroposofia nos proporciona sao inestimáveis. E temos a ajuda da Dra. Sonia e do Sr. Valdemar.
  7. [1] processo historico. [2] como continua a fraternidade universal. [3] gostei muito da forma clara como foram colocados os conceitos. RESP.: Como eu disse na palestra, acho que a fraternidade universal não nos será dada como graça, como ocorreu com a liberdade e a igualdade. Teremos que desenvolvê-la por esforço próprio, contrabalançando o egoísmo sempre crescente. No entanto, a educação escolar pode ajudar, por exemplo substituindo-se a competição pela cooperação. e fazendo os jovens terem contato com o sofrimento humano. Em termos de autoeducação, uma compreensão da natureza suprassensível do ser humano é essencial nesse processo, para que o exercício da fraternidade seja baseado em conhecimento não somente em sentimentos (que não são universais).

3. 8/4/22, palestra remota nos Seminários de Estudos em Epistemologia e Didática (SEED)/Seminários de Ensino de Matemática (SEMA) da Faculdade de Educação da USP (FEUSP). Info: prof. Nilson J. Machado njtudojuntomachad arrob usp pt br e Marisa Ortegoza da Cunha marisa pt ortegoza no gmail pt com. Graus de satisfação (1 – muito insatisfeito a 5 – muito satisfeito): com a palestra 100% de 5; aprendeu coisas novas 100% de Sim.

  1. [1] Subjetivação da Ciência que a Ciência não aceita. [2] Sobre o Livre arbítrio, as diferenças entre materialista e espiritualista. RESP.: O fato de a ciência não aceitar experiências subjetivas individuais (algumas podem ser consideraras objetivas no sentido de todas as pessoas aceitarem) torna-a não humana, pois as vivências subjetivas são parte essencial da vida. Quanto ao livre arbítrio, caracterizei-o como a capacidade de decidir algo em total consciência e liberdade exterior, sem necessidades ou sentimentos interiores. A decisão deve ser tomada no pensar consciente. Caracterizei materialismo como a cosmovisão que admite (idealmente, por hipótese de trabalho, e não crença) que só há matéria e energia físicas no universo e no ser humano. Caracterizei espiritualismo como a cosmovisão que admite (idealmente, por hipótese de trabalho, e não por crença), a existência de processos, seres e membros não físicos na constituição de plantas, animais e seres humanos. Minha concepção é monista-dualista: existem matéria e energia físicas, e existem "substâncias" e processos que não são físicos, e eles interagem entre si. Veja, além da apresentação da palestra, meus artigos "Por que sou espiritualista" e "Ciência, religião e espiritualidade".
  2. [1] A conexão entre os ideias morais e simetria natural é maravilhosa. Como docente de CHSA do Ensino Básico certamente essa metáfora enriquecerá as trocas de aprendizagem com meus alunos. [2] A assimetria cultural não é uma forma de permitir a manutenção da própria ordem natural? Tal como a prof Nadia levantou não é necessário a diferença para a sobrevivência? Entendi, mais na conversa final, que a busca pela fraternidade não é homogeneização, mas a busca pela simetria não seria uma forma de diminuir a riqueza das singularidades? [3] Mas tão rico professor Valdemar! Que privilegio ouvir e ouvir tudo isso! Obrigada! RESP.: Usei simetrias nos seres vivos para dizer que duvidava que elas pudessem ser explicadas fisicamente, eram para mim uma evidência de que há algo que não é físico atuando nos seres vivos. Há cristais simétricos, mas isso é a expressão de forças moleculares. As células vivas são muito imprecisas para que alguma força dentro delas ou na sua vizinhança preserve o grau de simetria que se encontra em muitos seres vivos. Mas no caso da Costela de Adão (monstrera deliciosa), não se tratou de simetria, e sim de preservação, durante o crescimento, da curva característica, assimétrica, formada pelas pontas dos recortes da folha. Por outro lado, a moral não pode vir da matéria, pois esta não tem valores, simplesmente existe. O que será CSHA, ciências sociais, humanas e artes? Em relação aos seus alunos, como eu falei na palestra sobre organização social, tente encará-los como seres com necessidades culturais, e tente organizar suas aulas para satisfazê-las; assim você estará exercitando a fraternidade. Quando eu falei de simetrias nos seres vivos, foi simplesmente para mostrar uma evidência de algo que não é físico, que eu chamei de modelo (da natureza de nosso pensamento, por isso reconhecemos as formas com ele), atuava no crescimento e regeneração dos tecidos vivos. A simetria ocorre nas formas; como você disse, é fruto de uma "ordem natural" (que para mim não é física); acho que não tem a ver com sobrevivência. Pense um pouco: será possível que as incríveis formas e cores do pavão macho foram necessárias para sua sobrevivência? Se foram, poderiam ser muito, mas muito mais simples, certamente não era necessário chegar a uma tal riqueza. Curiosamente, ele apresenta formas que achamos esteticamente maravilhosas. Não há uma busca natural pela fraternidade, eu acho que ela deve ser exercida por um esforço individual. Só se as atitudes fraternas forem impostas elas poderiam ter algo a ver com homogeneização. Novamente, eu falei da simetria das formas. Não acho que se deveria prestar atenção a singularidades nas plantas e animais. Ela é importante nos seres humanos, pois cada indivíduo tem uma essência de mesma natureza mas diferente das essências de outras pessoas. Foi o que eu chamei de "identidade própria". Vou eliminar o "Eu Superior" pois estou achando que traz confusão.

2. 19/2/21, palestra remota pela plataforma Google Meet, com streaming pelo Youtube, para advogados, magistrados, servidores e desembargadores, no evento "Ciranda da Prosa - Mundividência e audiência: o resgate da solidariedade e da fraternidade em nosso cotidiano", organizado pela Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da Décima Quarta Região, Roraima. Info: Fernanda Antunes Marques Junqueira fernandapontojunqueira att trt14 ponto jus dot br. Graus de satisfação (1 – muito insatisfeito a 5 – muito satisfeito, 25 avaliações): com a palestra 7,4% de 11,8% de 4, 81,5% de 5; com a transmissão remota: 7,4% de 1, 11,1% de 4 e 81,5% de 5. Sobre as duas avalições de nível 1, ver as avaliações Nos. 11 e 24.

  1. [1] Maior sutileza na abordagem do cotidiano. [2] Tudo muito profundo. A necessidade que fica é de aprofundamento, mas sem dúvidas. [3] Excelente. RESP.: Para aprofundamento, veja o artigo e outros em meu site.
  2. [1] Necessidade de realizar um exercício de empatia nas audiências telepresenciais. RESP.: Parece que essa avaliação refere-se à palestra anterior, da Profa. Liana Cirne Lins.
  3. [3] Boa.
  4. [1] Esclarecimento sobre o livre arbítrio. [2] Sobre a diferença do materialismo e o espiritualismo. RESP.: Veja o artigo e outros em meu site, especialmente o "Ciência, religião e espiritualidade".
  5. [1] Uma nova visão sobre liberdade e fraternidade. [2] Não há dúvida específica, mas sim agora uma necessidade minha pessoal de reflexões mais profundas para absorver o conteúdo de forma produtiva. [3] Excelente.
  6. [1] Melhor percepção do livre arbítrio. [2] Como compatibilizar nossas vontades com as influências do mundo externo que a todo momento tentam tolher nosso livre arbítrio. [3] Excelente palestra, muitos conhecimentos adquiridos, agradeço imensamente pelo compartilhamento de ideias. RESP.: Sim, o mundo externo está cada vez mais impondo nossas atitudes. É preciso agir com mais consciência, não se deixando levar pela propaganda e pelos costumes. Reservar momentos para recolhimento, sem influências externas; exercícios de concentração mental ajudam a fortalecer a 'egoidade'.
  7. [1] Aprendi que a fraternidade é fundamental em nossas vidas! [2] Sem dúvidas, palestrantes fantásticos! excelentes! EJUD de parabéns! [3] A transmissão foi excelente, todos de parabéns! RESP.: Sim, só somos verdadeiramente humanos quando praticamos a fraternidade por meio do amor altruísta.
  8. [1] Consciência e amor altruísta X individualismo/egoísmo, autodeterminação e concentração. [2] O poder de intervir espiritualmente, atingir positivamente a todos. [3] Estou simplesmente agradecida pela partilha despretensiosa de todos os conteúdos abordados. Brilhante aula. RESP.: Cuidado para não interferir na liberdade dos outros.
  9. [1] A vivência do ser humano e sua interação social. O Estado do grande condutor como em "1984", e nossa real possibilidade de mudança. [2] Até onde podemos chegar? [3] Esteve muito boa a transmissão. O palestrante foi muito bem escolhido. RESP.: A mudança principal é de mentalidade, e deve começar com cada um/a. Devemos ter confiança de podermos mudar algo; podemos começar conosco mesmos, com a família e colegas de profissão.
  10. [1] O respeito ao livre arbítrio e a responsabilidade que devemos ter com o mundo em que vivemos para atingir um MUNDO BEM MELHOR parabéns ao palestrando!! FANTÁSTICO!!! [2] Nenhuma, foi muito esclarecedor. [3] Muito boa. RESP.: Sim, precisamos melhorar o mundo, e devemos ter confiança que conseguiremos melhorá-lo, nem que seja um pouquinho.
  11. [1] Igualdade precisamos sempre pensar no outro. [2] Esclarecedora. [3] Excelente. RESP.: Curiosamente, essa pessoa escolheu os níveis 1 para muito insatisfeito com a palestra e com a transmissão.
  12. [1] A lição que destaco é a relevância da fraternidade como norte atual para a humanidade e a necessidade de esforço de todos, em ações individuais e coletivas, em ajudar o outro, exercitando o amor altruísta. [2] Como viver em um mundo cada vez mais competitivo? Como lidar com essa competição nas relações sociais e no trabalho? RESP.: Sim, o mundo está cada vez mais egoísta e portanto mais competitivo. Acho que a única solução é educar as crianças e jovens para a cooperação, e não para a competição. A sociedade vai ensiná-los automaticamente a competir quando necessário. Isso aconteceu com meus filhos quando tiveram que prestar o vestibular e profissionalmente. Uma coisa que se poderia fazer é instituir estágios para os alunos do ensino médio, em instituições em que os residentes sofrem, como em hospitais, em creches para crianças carentes etc. Só se desenvolve a compaixão em contato com o sofrimento.
  13. [1] Não sei se sou capaz de apontar algo mais importante. O discurso cheio de raciocínios excelentes. A questão da rotulação e discriminação. Como é a influência só externo em nossa vida. A evolução histórica. Fique bastante encantada, [2] Na verdade, não são dúvidas. Mas, reflexões internas sobre os comportamentos que tenho como juíza e ser humano. [3] Eu sempre admirei a integração na forma de diálogo das fontes. O direito é essencial, mas parar para pensar no macro e nas relações com outras áreas é algo que me encanta. Quanto a transmissão, fiquei mais satisfeitas que os atrasos e problemas foram menores e logo resolvidos. RESP.: Lembre-se do que falei sobre ética (que caracterizo como comunitária, corporativa), e moral (que seria individual, baseada na consciência de cada um). Como juíza, parece-me que em cada caso você poderia pensar se aplica a ética da profissão ou colocaria a sua moral acima da ética. E como precisamos de atos morais neste país!
  14. [1] A palestra em um todo foi muito em explicada, onde foi de grande aprendizado. [2] Não há dúvidas. [3] Foi excelente a transmissão.
  15. [1] O mais importante é o respeito ao próximo. [2] Nenhuma. Foi bastante esclarecedor. [3] Boa. Sem problemas de transmissão. RESP.: Eu diria que para podermos realmente respeitar os seres humanos, devemos compreender o que eles são, para que o respeito não seja um costume social ou um dever.
  16. [1] Não estamos precisando de mais escolas ou de mais outros setores tecnológicos, mas sim, mais humanos. [2] Não teve. [3] Palestras e transmissão muito boas.
  17. [Somente avaliação quantitativa.]
  18. [1] Que preciso resgatar ainda mais o meu espírito solidário e fraterno. [2] Não dúvidas mas sim reflexões! [3] Ótimo. RESP.: Eu não diria "resgatar", pois não nascemos com isso - veja como as crianças podem ser cruéis umas com as outras. Eu diria que é preciso desenvolver, conscientemente.
  19. [1] O despertar do necessário resgate da humanidade em nosso cotidiano. [2] Todos os movimentos/ações voluntários e involuntários não são gerados pelo cérebro? [3] Excelente palestra. Aguçou reflexões, muitas. a transmissão estava muito boa. RESP.: Na minha concepção, não são gerados pelo cérebro. A sede da vontade e de todos os fenômenos mentais não estão nele. Se ele gerasse, por exemplo, nossos movimentos seriam aleatórios.
  20. [1] Devemos ser solidários com o próximo, sermos mais altruísta e menos egoísta. [2] Por incrível que pareça, a palestra pra mim foi muita esclarecedora, não lembro no momento de ter ficado alguma dúvida. [3] Transmissão límpida e audível, em nenhum momento deu qualquer interferência incômoda.
  21. [1] Maneiras para incrementar a fraternidade. [2] Sobre a mistura, por vezes, das competências humana e Divina. Será que às vezes não misturamos (ou invertemos) as competências, numa era onde o humanismo sobrepós o espiritual? [3] A transmissão esteve Boa. Áudio e imagem. RESP.: A divindade teve que se retirar, pois senão não adquiriríamos a liberdade. E o ser humano ainda não aprendeu, em geral, a dirigir seus passos socialmente, a usar a liberdade de uma maneira socialmente positiva.
  22. [3] Boa.
  23. [1] Necessidade de humanização e espiritualidade. [2] Nenhuma. [3] Bom nível e simplicidade. Boa transmissão.
  24. [1] Embora os conceitos não sejam novos, me surpreendeu a abordagem da evolução dos conceitos ao longo do tempo e, em especial, que estamos vivendo a era do desenvolvimento das habilidades ligadas à solidariedade, afinal, o que faz faltar na mesa de um o que abunda na do outro não é outra coisa senão o egoísmo. [2] Não diria dúvida, propriamente, porque o tema comportaria um tempo muito maior de exposição. Restou a sensação de "quero mais". [3] A transmissão remota viabilizou o encontro que, em outras condições, poderia não ser possível. Nada, a meu ver, substitui a plenitude de um encontro presencial, mas entre não ter a palestra e tê-la de forma remota, melhor assim. RESP.: Curiosamente, essa pessoa escolheu os níveis 1 para muito insatisfeito com a palestra e com a transmissão.
  25. [1] O lado não físico dos seres vivos. [2] O lado não físico dos seres vivos. [3] Tudo okay. RESP.: Tente reconhecer em você mesmo que deve ter algo que não é físico atuando em si. Comece pela vivência da liberdade no pensamento. Escolher o próximo pensamento e concentrar-se nele por alguns instantes.
  26. [1] O quanto temos que evoluir. [2] O que é melhor, capitalismo, socialismo ou nenhum deles? [3] Assuntos bem presentes no cotidiano. RESP.: Cuidado, a evolução real do ser humano é a evolução moral! Eu tenho uma palestra só sobre organização social (esperando convites...). O capitalismo tem um efeito intrínseco muito grave: é baseado no egoísmo, desde Adam Smith (em A riqueza das nações). O egoísmo sempre leva a desastres sociais, como se vê no capitalismo, que não resolveu os graves problemas até mesmo de substistência, de 1 bilhão de pessoas (leia A terra não é plana, de Jamil Chade). O socialismo partiu de ideais sociais muito nobres, mas com ideias totalmente erradas, como a de resolver tudo economicamente, a luta de classes é que move a sociedade, a estatização dos meios de produção (aqui se vê um dos resultados da estatização: corrupção) etc. O pior foi a sua implementação como comunismo, que matou mais de 100 milhões de pessoas (não entendo como uma pessoa não tem vergonha de se chamar de comunista -- e temos até um partido com esse nome!). O correto seria uma terceria via, intermediária, com o que há de bom nos outros dois, e outras coisas diferentes dos dois. Leia de R. Lanz Nem capitalismo, nem socialismo. São Paulo: Antroposófica, 1995.

1. 22/4/20, palestra remota pela plataforma Zoom, organizada pelo Fórum Diálogos sobre Educação da Escola Waldorf Acalanto, Holambra, SP; info: Fidelis Neto fidelis underl neto arro hotmaildotcom. As avaliações, feitas on-line pelo google forms, envolvem comentários sobre a palestra ter sido em videoconferência. Graus de satisfação (1 – muito insatisfeito a 4 – muito satisfeito): com a palestra 8,3% de 3 e 91,7% de 4; com a transmissão remota: 41,7% de 3 e 58,3% de 4.

  1. [1] A visão de presente, passado e futuro. [2] Sem dúvidas, foi muito claro. [3] Muito boa, mas nada substitui pessoalmente.
  2. [1] A evolução dos conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade através do tempo. E também a abordagem e diferenciação entre o pensamento materialista e espiritualista. [2] Nenhuma. As dúvidas foram solucionadas no chat. [3] A palestra foi maravilhosa. A transmissão estava ótima e a mediação do Fidelis facilitou muita a objetividade e clareza da palestra.
  3. [1] Que a fraternidade é um desenvolvimento futuro para a humanidade ... precisamos aprimorar a liberdade e a fraternidade para desenvolvermos a fraternidade. [2] Não fiquei com dúvidas ... adorei a condução e a clareza. [3] Foi ótimo... sugiro usar a ferramenta Raise Hand (nos participantes) para organizar as perguntas. Dessa forma, em ordem de pedido e todos poderão fazê-la pelo microfone. RESP.: Sim, para que o sentimento de fraternidade torne-se tão profundo quanto se tornaram os de liberdade e igualdade, teremos que nos desenvolver muito. Se bem que liberdade, igualdade e fraternidade não são simples sentimentos são disposições anímicas muito complexas. Elas podem ser atitudes, ações, pensamentos, sensações, sentimentos, anseios, ideais etc.
  4. [2] Será que as pessoas não sairão deste isolamento social e overdose de tecnologias/redes sociais prestando mais atenção no que é essencial? RESP.: Temo que o comodismo vai voltar a fazer as pessoas retornarem ao que eram. Mas quem sabe muitas pessoas terão aprendido que estamos num mundo universal e é preciso pensar nos outros e prestar mais atenção a si próprio, isto é, agir com mais consciência.
  5. [1] Que para desenvolver a fraternidade tem que suplantar o materialismo. [2] Como superar o materialismo? [3] Penso que foi muito boa. RESP.: Como eu mostrei, o materialismo leva necessariamente ao egoísmo. Para superar o materialismo, a educação escolar em geral deveria mudar totalmente, pois atualmente ela praticamente impõe uma visão materialista do mundo. As religiões deveriam mudar, pois pessoas que querem compreender e não ter crenças cegas e dogmas, em geral não conseguem se identificar com as religiões e caem no materialismo. Além disso, é necessário mostrar que se pode ser espiritualista sem abdicar do intelecto e sem cair em crendices.
  6. [1] Os casamentos dos contos de fadas é o casamento do Eu com a Alma. [2] Uma particula atômica, não pode ser livre. É fala dos materialistas, certo? [3] Estou muito agradecida a quarentena, pois tenho tido muitas informações preciosas, de pessoas especiais, sem sair de casa. RESP.: Tenho a impressão de que nos contos de fada em que há um casamento de um príncipe com uma princesa, ele representa do Eu superior e ela representa a alma. Alguns materialistas, que tentem justificar sua concepção de que o ser humano não tem livre arbítrio, usam o argumento que ilustrei, de que uma partícula atômica não pode ser livre, portanto um átomo composto de partículas atômicas não pode ser livre, portanto uma molécula composta de átomos não pode ser livre, e assim por diante até o ser humano. Do ponto de vista espiritualista, atingindo uma certa complexidade material, algo transcendente à matéria física pode atuar sobre ela, por exemplo, como mostrei, no crescimento e regeneração dos tecidos.
  7. [1] Que a humanidade precisa desenvolver a fraternidade através das relações sociais. [2] Será que a humanidade está seguindo o caminho inverso, buscando as relações virtuais. Seria um caminho sem volta? [3] Perfeita. Melhor que isso só ao vivo. Oportunidades! RESP.: Sim, quando há um claro caminho de desenvolvimento da humanidade, as forças adversas introduzem algo que força ou seduz o ser humano a trilhar o caminho contrário. Por exemplo, o ser humano deve ser cada vez mais consciente. Pois a TV induz normalmente um estado de sonolência, semi-hipnótico, que justamente vai contra o desenvolvimento da consciência. Fora produzir isolamento social etc.
  8. [1] Que a fraternidade ainda precisa ser desenvolvida por nós como única solução para a nossa sobrevivência. [2] Nenhuma, o professor Valdemar foi muito claro e didático. [3] Tema e explicação excelentes. A apresentação remota é uma ferramenta nova para todos nós, que requer prática até que nos acostumemos . Gostaria de sugerir que o professor fizesse mais palestras pois o conhecimento dele é muito importante para todos nós. Deixo aqui expressa minha gratidão. RESP.: De fato, como estamos destruindo a natureza e a humanidade, algo tem que mudar. O exercício da fraternidade universal seria uma mudança, mas a mais básica de todas seria suplantar o materialismo e com isso sublimar o egoísmo. Quanto a palestras, é só convidar e organizar! Veja as que tenho dado ultimamente em
    https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/pals-cursos.html
  9. [1] Sobre o valor de educar para a fraternidade! [2] Sobre a trimembração social, mas, creio que o tema é uma outra palestra. [3] Palestra rica em detalhes, me fez questionar formas de agir e pensar sobre a tríade, Liberdade, Igualdade e Fraternidade e, principalmente, pensar sobre educação e comunicação nos tempos atuais. A tecnologia está a nosso favor, porém cabe a cada um o limite em usá-la. RESP.: Não enfoquei o tema sob o aspecto da trimembração social, mas tem tudo a ver! A base da trimembração é o fato de que cada ser humano é um ser com necessidades e habilidades, e que se relaciona com outros seres humanos para ter parte de suas necessidades satisfeitas e poder exercer suas habilidades. As necessidades devem ser satisfeitas em um espírito de fraternidade, as habilidades devem ser exercidas em liberdade, e os relacionamentos devem seguir um espírito de igualdade. Eu tenho uma palestra só sobre isso.
  10. [1] Fraternidade é um desafio enorme para nós e temos que conquistar com grandes esforços. [2] Como atuar com as famílias das escolas para promover esses três pilares sociais. [3] Ótima, assunto que rende muita reflexão. RESP.: Sim, em minha concepção a fraternidade não será desenvolvida naturalmente, como o foram a liberdade e a igualdade. Em primeiro lugar, conscientizar as famílias de que devem educar os filhos tendo essa tríade em mente. Dar liberdade adequada a cada idade, tratar a criança como um ser em desenvolvimento, com a igualdade onde ela cabe (por exemplo, respeitar a criança como ela deve respeitar os pais), incentivar o exercício da solidariedade. Em segundo, organizar eventos ou atividades onde a tríade pode ser exercitada.
  11. [1] Sobre a fraternidade ser um impulso do futuro que necessita de consciência e ação no presente. Cooperação e solidariedade. Contrário da competição que é antissocial. [2] Sobre o modelo "da matéria" estar fora do físico/da célula (está no corpo etérico). A dúvida é sobre a genética, o dna não ser um "molde". [3] Foi tudo bem! RESP.: Eu devia ter sido mais específico: toda competição tem aspectos de ser antissocial (quem ganha fica feliz às custas de quem perde que fica pelo menos frustrada/o). Mas as competições também têm aspectos sociais, principalmente se são feitas em um ambiente de cordialidade. Em minha opinião, esses aspectos positivos podem ser exercitados nos esportes, eliminando-se a competição, por exemplo, não contando pontos em jogos de bola, não havendo um vencedor etc. É o modelo que, em minha concepção, está fora do corpo vivo material, agindo sobre ele. O DNA é uma base física, mas só com ele não acontece nada. É preciso haver um ambiente na célula que permita que o modelo interaja com o DNA.
  12. [1] Desafio para hoje e futuro a pratica da fraternidade. [2] Como lidar com a capacidade competitiva das crianças e adolescentes sem eliminá-la mas também sem impulsioná-la? [3] Perde em qualidade mas facilita o acesso e contato com pessoas e concepções. RESP.: Em jogos competitivos com a criança, por exemplo de tabuleiro, deixar a criança ganhar a maior parte das vezes. Talvez ela perder de vez em quando seja instrutivo. Mas a intenção do jogo não deveria ser ganhar, e sim jogar, interagir e aprender.