Viva Barsa Planeta

Publicação da Barsa Planeta Internacional
Set/out 2008, Ano 5, No. 25, pp. 8-9

Entrevista com Valdemar W. Setzer

(Texto revisto e ampliado por V.W.Setzer em 6/10/08)

Autor de 12 livros no Brasil e no exterior, sendo os últimos Banco de Dados: aprenda o que são, melhore seu conhecimento, construa os seus, em parceria com Flávio Soares Corrêa da Silva, pela Editora Edgard Blücher, e Meios Eletrônicos e Educação: uma visão alternativa, Editora Escrituras, e de outros 10 títulos, inclusive na Alemanha, na Inglaterra e na Finlândia, o Professor Titular do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de São Paulo (USP), Valdemar W. Setzer, é contra o acesso de crianças e adolescentes de até 17 anos aos meios eletrônicos tais como TV, videogames e computador/Internet.

Setzer nasceu em 1940 na cidade de São Paulo. Fala vários idiomas e toca flauta transversal. É aposentado, casado, pai de quatro filhos e avô de 6 netos. O estudioso tem inúmeros artigos publicados sobre o assunto, que podem ser lidos em seu site www.ime.usp.br/~vwsetzer. Segundo ele, os meios eletrônicos são prejudiciais não só por tomarem tempo das crianças e adolescentes, mas por forçarem tipos de raciocínios, autocontrole e discernimento, para os quais crianças e jovens, de acordo com suas idéias, não estariam preparados.

As idéias que Setzer defende são que a criança e o adolescente têm de ter garantido o direito ao pensamento flexível característico da idade, e que tal flexibilidade impulsiona a criatividade que, por sua vez, impacta em todas as áreas da vida. Neste sentido, as telas de computadores, videogames e TV, por fornecerem imagens prontas são, segundo ele, extremamente prejudiciais. "Por isso, quanto maior o acesso a estes meios, menor o rendimento escolar, como já foi provado por pesquisas estatísticas", afirma o professor.

Mencionando a conhecida Pedagogia Waldorf - método holístico que considera aspectos físicos, anímicos e espirituais do aluno, desenvolvida por Rudolf Steiner em 1919 em Stuttgart (Alemanha), com escolas espalhadas pelo mundo, inclusive muitas no Brasil, Setzer defende a visita a bibliotecas, vivências em família, brincadeiras e leitura de livros apropriados, além de atividades artísticas, como antídotos que, para ele, podem neutralizar os efeitos nocivos dos meios eletrônicos e da informação fragmentada, às quais estão submetidas nossas crianças e adolescentes

 

1. Em recente entrevista, o senhor defendeu que a utilização do computador - como ferramenta para crianças e jovens com menos de 16 anos - é extremamente nociva à aprendizagem. Por favor, explique melhor.

Pesquisas e levantamentos recentes têm demonstrado que minhas conclusões sobre o efeito maléfico dos computadores sobre crianças e adolescentes estavam corretas. Estes estudos revelam que quanto mais uma criança ou adolescente utilizam o computador e a Internet, pior o seu rendimento acadêmico (ver meu artigo "Considerações sobre o projeto 'Um laptop por criança'", em meu site).

A justificativa mais comum para o problema de os computadores prejudicarem a escolaridade está relacionada ao tempo que crianças e adolescentes gastam usando o computador e a Internet, o que, sem dúvida, prejudica as atividades escolares. Porém, preocupa-me muito mais a influência que o computador exerce do ponto-de-vista psicológico e psíquico.

O computador força um tipo de pensamento que é tecnicamente caracterizado como matemático, lógico-simbólico, algorítmico. Esse é um pensamento estritamente formal que, em minha opinião, não é adequado antes da puberdade. O pensamento das crianças e adolescentes é muito flexível, não é rigoroso, e nem deveria ser. Ele está muito ligado, de um lado à fantasia, de outro à realidade. Só que a realidade não é sujeita a uma expressão matemática, formal. É preciso ter uma grande capacidade de abstração, já desenvolvida, para que este tipo de pensamento não prejudique o desenvolvimento sadio e lento da capacidade de pensar.

A influência sobre o pensamento é uma das principais causas, em minha opinião, do prejuízo na escolaridade dos alunos. Mas há muitos outros fatores que me levam à conclusão de que o computador e a Internet são altamente prejudiciais às crianças e adolescentes. Por exemplo: eles não contêm nenhum contexto em relação à maturidade e à cultura da criança e do adolescente; no entanto, toda a educação é altamente contextual. Um professor dá uma aula baseado nas aulas anteriores que ele deu para aquela classe. Um pai, quando escolhe um livro infantil, em uma livraria, deveria, idealmente, verificar se o livro e as ilustrações são adequadas para seu filho (a propósito, como está difícil achar para meus netinhos livros infantis com lindas e artísticas ilustrações, e que não contenham figuras caricatas ou monstruosas).

2. Como os pais destas crianças e jovens podem orientar seus filhos a não ficarem "presos" à Internet na hora das pesquisas escolares? Qual é o papel do professor e da escola neste sentido?

Não acredito em benefícios essencias para crianças e adolescentes em pesquisar na Internet. O mais fácil é não deixar usar. Basta não dar a senha do computador para os filhos e orientá-los a estudarem por livros. Eu sou totalmente radical contra o uso da televisão, videogames e computador/Internet por crianças e adolescentes. Porém, admito o uso de TV com DVD para ilustrar brevemente certos tópicos em classe, a partir da 7ª série; depois de alguns poucos minutos, deve-se parar o DVD, e discutir o que foi visto, rever o trecho, e aí seguir adiante, repetindo esse esquema. Se algum pai erroneamente achar que a Internet é essencial ou mesmo útil na educação de seus filhos, deve permanentemente ficar ao lado deles enquanto as usam.

A Internet apresenta um espaço libertário, isto é, a criança e o adolescente fazem dela o que querem. No entanto, a educação deveria ser basicamente orientada, e é isso que os jovens inconscientemente esperam. Por outro lado, a Internet é perigosíssima para crianças e adolescentes, pois ele são muito ingênuos, acabam muitas vezes revelando para desconhecidos detalhes de si próprios ou da família, e mesmo marcando encontro com eles, e fazem acesso a sites impróprios para a sua idade. Não estou aqui me referindo exclusivamente a sites de conteúdo pornográfico. Por exemplo, uma criança pode ter acesso a um artigo de divulgação científica sobre o aquecimento global e ficar muito assustada (isso já ocorreu; no caso, a criança não conseguia mais dormir tranqüila). Resumindo: a Internet exige um enorme discernimento e também autocontrole para que o seu uso seja adequado, coisa que crianças e adolescentes não possuem e, se possuírem, já perderam indevidamente boa parte de sua infantilidade e juventude. Existem sistemas de software para a filtragem e o monitoramento do acesso a sites indesejáveis. Os primeiros impedem o acesso por endereços e por conteúdo (neste último caso, obviamente com algumas falhas); os segundos gravam no computador local todos os endereços dos acessos, bem como todas mensagens instantâneas trocadas (chats), imagens que foram vistas, etc., permitindo aos pais verificarem tudo o que os filhos fizeram com a Internet. Mas, pessoalmente, considero o monitoramento péssimo, pois cria um ambiente de desconfiança. Para mais detalhes, ver meu artigo "Como proteger seus filhos da Internet".

3. Em seu livro Meios Eletrônicos e Educação - Uma visão Alternativa o senhor fala que o videogame dá uma falsa sensação de ação, a TV oferece uma irreal ilusão de sentimento e o computador, por sua vez, produz um pensamento lógico, afastado da realidade. Qual o impacto destes três meios na formação das crianças e dos jovens?

Uma conseqüência garantida do uso desse três meios por crianças e adolescentes é o prejuízo para a imaginação, a fantasia e a criatividade. Isso se deve ao fato de qualquer tela apresentar uma imagem pronta - excluindo os textos exibidos pelo computador - e, nesse caso, não há nada mais a imaginar. A avalanche de imagens faz com que a criança e o adolescente percam, pelo menos, parte de sua capacidade de criar imagens interiores e seja obrigada a desligar o pensamento consciente, que é sempre lento. Sem imaginar algo não há o desenvolvimento da criatividade. Esse prejuízo para a criatividade e o abafamento do pensamento consciente refletem-se em todas as áreas da vida, daí um possível prejuízo para a escolaridade.

O conhecido neurólogo Manfred Spitzer, diretor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de Ulm, na Alemanha, notou em seu livro Vorsicht, Bildschirm! (Cuidado, Tela!), que os prejuízos à saúde causados pelo uso de aparelhos com tela são aumento de peso, problemas coronarianos, déficit de atenção e concentração e muitos outros (ver referências no item 4 de um artigo meu criticando uma matéira de capa da revista Veja).

Observe-se uma criança sentada, digitando e olhando para a tela do computador. Essa é uma atitude normal para uma criança, ou ela deveria estar pulando, correndo, lendo ou vendo figuras em livros adequados ou brincando com brinquedos rústicos como as bonecas de pano ou blocos de madeira que incentivam a imaginação?

Uma outra conseqüência que considero trágica é que todos esses aparelhos aceleram o desenvolvimento emocional e/ou intelectual da criança e do adolescente. No entanto, em educação e desenvolvimento, não se deveriam queimar etapas, pois isso sempre provoca algum desequilíbrio psicológico ou psíquico, muitas vezes com conseqüências nefastas para a saúde.

4. Porém, nossas crianças e jovens, principalmente dos grandes centros urbanos, ficam trancados em casa sob a influência destes meios porque os pais sentem-se mais seguros com os filhos em seus lares. Qual a sugestão prática que o senhor daria para estes pais?

Este é um grande problema social. A sociedade criou este problema e deveria resolvê-lo, fornecendo os meios para que as crianças fiquem resguardadas em creches ou até fornecendo serviços de babá para várias famílias em conjunto, quando ambos os pais trabalham fora. É interessante notar o quanto nosso país despreza o seu futuro, pois não se preocupa com as crianças. Em muitos países europeus, existem vários tipos de trabalhos em tempo parcial, de modo que cada pai pode trabalhar, digamos, 20 horas por semana e ficar o resto do tempo cuidando das crianças. Aqui isso não existe. Nós simplesmente ainda não reconhecemos que a melhor educação e o melhor desenvolvimento harmônico até os 4 anos de idade dá-se no lar.

Diante desse quadro, as crianças, evidentemente, acabam ficando lamentavelmente à mercê dos meios eletrônicos. É bem conhecida a expressão "babá eletrônica" em relação ao fascínio que o meio exerce sobre os pequenos, e o fato de que durante o seu uso eles ficam estáticos, fisicamente calmos (o que produz hiperatividade logo depois de desligá-los). Entretanto, penso que se colocamos filhos no mundo temos que ter responsabilidade de educá-los adequadamente e não deixá-los para serem distraídos por aparelhos que os prejudicam.

Hoje em dia os pais têm que fazer muitos mais esforços do que antigamente para substituir os meios eletrônicos por atividades de qualidade, mas considero que, se os equipamentos estiverem disponíveis no lar, a luta estará perdida.

5. Na sua opinião, como se dá o processo de aprendizagem com qualidade?

O primeiro ponto é respeitar a idade, o ambiente e a cultura da criança e do adolescente. Existe um desenvolvimento geral (coordenação motora, habilidades físicas, autocontrole, emoções e intelecto) que deve acompanhar as idades. Precisamos reconhecer que, dependendo da idade, o tipo de ensino tem que ser diferente. Por exemplo,é um absurdo ensinar-se a ler e escrever antes dos seis anos e meio ou sete anos, pois força-se uma capacidade de abstração indevida nas crianças com menos idade (ver meu artigo a respeito). Isso, em parte, é devido ao fato de que as letras hoje em dia são símbolos totalmente abstratos, e sua combinação para formar os fonemas e palavras exige um alto grau de abstração.

A partir dos sete anos até a puberdade, a ênfase do ensino deveria ser no incentivo aos sentimentos e não na capacidade intelectual abstrata. Esta última tem seu lugar a partir do ensino médio. Isso significa que todo o ensino fundamental deveria ser baseado na arte, não só em atividades artísticas de todo o gênero, mas também ensinando artisticamente qualquer matéria. A geometria, por exemplo, com desenhos coloridos, é uma ótima ferramenta. O resultado excepcional de um tal ensino pode ser visto na Pedagogia Waldorf. Aliás, seria bom relembrar que ninguém menos do que Villa Lobos, nosso maior compositor, instituiu, nos 1os. a 4os. anos do antigo Ginásio o ensino obrigatório de Canto Orfeônico que, infelizmente, nossa bendita Revolução de 1964 eliminou. Era um reconhecimento da importância das artes e, em particular, da música (já reconhecida na antiga Grécia, parte do Quadrivium, na formação geral do indivíduo). Eu tive minha iniciação musical nessa matéria; incentivado por ela, e já conhecendo a base de teoria musical, tornei-me músico e concertista. Espero que o presidente sancione a lei que reinstitui o ensino de música nas escolas.

Ao contrárioo, um dos efeitos perniciosos dos meios eletrônicos é a acelaração do desenvolvimento intelectual e emocional, de maneira extremamente unilateral e prejudicial.

6. O que enriquece mais a vida do estudante: a sala de aula, a leitura de livros, uma boa base familiar, constantes visitas a museus e bibliotecas ou o conjunto destes fatores?

O conjunto desses fatores. É importante salientar que as crianças devem poder relacionar-se com o que está sendo ensinado e com o tipo de atividade proposta. Gostaria ainda de acrescentar a participação em bons espetáculos, por exemplo de música erudita. As crianças adoram ver um concerto de uma orquestra; deveria haver mais concertos especiais para a juventude, com obras de grandes compositores, como por exemplo Pedro e o Lobo, de Pracófiev (na pronúncia moscovita), o Guia do Jovem para a Orquestra, de Britten, Il Maestro de Capella, de Cimarosa, etc.

7. Qual o desafio das escolas e professores, no sentido de atender o aluno que é bombardeado por todo tipo de informação fragmentada no mundo globalizado?

É necessário esclarecer os pais de que devem proteger seus filhos, evitando o acesso aos meios eletrônicos. Porém, como em nossa sociedade isso é meio utópico, um dos desafios de pais e educadores é contrabalançar esses efeitos prejudiciais, onde crianças e adolescentes são bombardeados por todo e qualquer tipo de conteúdo, muitas vezes brutal, e em geral inadequado à maturidade da criança ou do adolescente.

Para isso, há dois antídotos essenciais: atividades artísticas e atividades sociais. No segundo caso é fundamental introduzir jogos cooperativos e eliminar os jogos competitivos. Qualquer competição é por natureza anti-social, pois quem ganha fica feliz às custas da frustração de quem perde. Isso vale inclusive para as "torcidas", como é o caso dos lamentáveis campeonatos de futebol. Elas deviam, mais propriamente, serem chamadas de "distorcidas"...

Um argumento padrão de quem incentiva a competição é que a vida adulta é competitiva, porém garanto que qualquer jovem que aprendeu a cooperar socialmente, na hora que for necessário aprenderá, sozinho, a competir. Não é porque a vida social adulta apresenta certas características, muitas delas indesejáveis, que elas devem ser ensinadas às crianças. Por exemplo, a menos de casos patológicos, nenhum pai dá bebidas alcoólicas para seus filhos. Enfatizo: em educação há hora certa para cada coisa.

8. Qual foi a importância da biblioteca na sua formação?

Meus pais sempre me compraram muitos livros e tinham uma vasta biblioteca; por exemplo, meus pais recebiam mensalmente os excelentes romances do Clube do Livro. Considero a leitura absolutamente essencial e o amor pelos livros deveria começar na mais tenra idade; eu e minha esposa mostrávamos para nossos filhos, desde pequenos, livros infantis com lindas ilustrações artísticas, contando o que cada figura continha, e o fazemos com nossos netos.

Hoje, criamos a geração denominada "Ctrl C, Ctrl V" ou a geração "copia e cola", em que fazer um trabalho resume-se a não buscar informações em livros, o que exige sua leitura, mas pegar qualquer conteúdo na Internet e copiar, independente de ter sido lido e compreendido.

9. Durante sua infância e adolescência, o senhor tinha o hábito da leitura? Lembra-se de algum livro em especial?

Sim. Na infância fiquei fascinado pelos livros de Monteiro Lobato. Lembro-me de telefonar para meu avô, que tinha uma loja no centro da cidade, para trazer-me cada exemplar da coleção do "Sítio do Pica-Pau Amarelo". Hoje em dia considero Monteiro Lobato muito intelectual para crianças. Na adolescência, adorava ler romances. Lembro-me bem de um fato curioso que deve ter acontecido quando eu estava no 1º ou 2º ano do antigo Ginásio, hoje 5ª ou 6ª séries (ou 6ª e 7ª na nova seriação absurda de 9 anos para o ensino fundamental - para que começar a escolarização um ano antes?), que freqüentei no Fernão Dias Pais, um colégio estadual no bairro de Pinheiros, São Paulo. Eu costumava levar livros para a escola, para ler no ônibus ou mesmo, às escondidas, durante as aulas. Pois um colega, muito amigo meu, que se tornou um grande intelectual de fama internacional, acusou-me durante uma aula para o saudoso e fantástico professor de português José Nelo Lorenzon, dizendo: "Professor, o Valdemar está lendo um romance feminino!" Fiquei vermelho de vergonha; pois não é que ele levou uma tremenda carraspana do Prof. Nelo, dizendo que era isso que todos deveriam fazer!

Na adolescência, gostava dos livros de Julio Verne, de Edgard R. Burroughs sobre o Tarzan, adorava ler Charles Dickens, como David Copperfield. Aos 13 anos ganhei uma coleção de livros de Dastaiévski, que muito me impressionaram.

10. Atualmente, que tipos de livros gosta de ler nas horas vagas?

Gosto de ler tudo: romances, biografia, filosofia e literatura científica, o que faço em várias línguas. Estou continuamente aprendendo, sozinho, línguas estrangeiras. Leio jornal todos os dias. Jamais saio de casa sem um livro para ler, seja numa fila de banco, ao esperar alguém, como até no carro se há engarrafamento...

11. Qual foi a primeira vez que o senhor teve contato com uma enciclopédia Barsa?

Na verdade, comprei minha primeira enciclopédia Britannica logo depois de formado, para aprimorar meus conhecimentos e ter referência para meus artigos e livros não-técnicos. Mas, quando era jovem, usava uma antiga enciclopédia que meu pai tinha, a "Encyclopecia e Diccionario Internacional". Aproveitei também bastante o "Tesouro da Juventude".

12. Como o senhor vê a importância da Barsa para os estudantes brasileiros?

Muito importante. É fundamental que os jovens aprendam a procurar referências para as coisas que gostariam de saber, e para enriquecer seus trabalhos escolares. Além disso, tenho certeza de que a leitura é fundamental para a formação de crianças e adolescentes. É preciso reconhecer que a leitura, qualquer leitura de textos decentes (o que, obviamente, não engloba as histórias em quadrinhos, essas caricaturas do mundo, às vezes adquadas para adultos, como as charges políticas, mas totalmente inadequadas para crianças e adolescentes) aprimora a capacidade de pensar, que é o que a humanidade mais desenvolveu em sua história. Por exemplo, ao se ler um romance, é absolutamente necessário imaginar os personagens, o ambiente, a trama, etc., e exerceitar uma concentração mental, que contrabalança a fragmentação mental a que estamos sujeitos continuamente. Já os aparelhos que têm tela, por exibirem imagens, impedem a criação de imagens interiores, e portanto prejudicam a capacidade de pensar, com reflexos em toda a vida, especialmente na escolaridade.

 

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