A força do pensamento atrasa ônibus? |
Há muito tempo atrás recebi um presente do acaso. Era manhã do dia 05
de fevereiro de 1999. Estava, eu, treinando como de costume. Estava, ela,
assistindo como de costume.
Porém, não era um dia comum. Era seu aniversário. Embora eu tivesse dificuldades com data (como, aliás, ainda tenho), eu sabia disso. Naquele dia, mais do que nos demais, queria terminar o treino mais cedo, sair e poder conversar com ela, lhe dar um abraço e poder lhe desejar "feliz aniversário". Realmente, não via a hora passar. Mas, o que eu menos queria acabou acontecendo. Seu irmão (pequenino na ocasião) terminou o treino mais cedo. Assim, ela aproximou-se da piscina, e ainda que distante, olhou em meus olhos e se despediu. Apesar de tal distância entre a arquibancada e a piscina, acredito que pôde notar minha decepção. Acredito também que ela sabia o porquê. Acho que nunca treinei tão rápido. Terminei todas as atividades com um rendimento altíssimo. Isso por ter esperança em chegar ao ponto de ônibus e encontrá-la. Depois que terminei, lembrei-me que na história ainda havia meu irmão. De fato, eu não podia nadar por ele. Assim, tive que esperá-lo. Contudo, ainda havia esperança. No fundo, essa esperança era quase uma certeza. Afinal, ainda queria lhe dar o abraço. E quando estávamos prontos para ir embora, tinha passado quase meia hora. Era improvável que nesse período não passasse o ônibus. Bem, improvável, mas não impossível. Assim, fomos embora. Na saída, não podíamos ver o ponto de ônibus. Apenas ao virar a esquina a apreensão terminaria. Quando viramos a esquina, lá estava ela e seu irmão. Eu, levemente, sorri. Parecia que eu já sabia. Ela, levemente sorriu. Parecia que já sabia também. Pude, então, abraçá-la e desejar-lhe "feliz aniversário". O mais interessante de tudo é que, desde aquela data, em todos os dias 05 de fevereiro tenho a mesma apreensão - O desejo de lhe abraçar e de lhe dizer: "feliz aniverário". Paulo Roberto Nunes Recado de aniversário a Michele M. de Lima. 05/02/2006 | |
Boas vindas a 2006 |
Iniciamos mais um ano. Este ano promete! E quando nos dermos conta, já terá acabado.
Tem carnaval, quaresma e páscoa. No meio do ano, copa do mundo. Sem percebermos já é semana da pátria e logo em seguida, já entra outubro com o dia das crianças e de nossa Senhora. Paramos um pouco e pensamos: “Nossa! O ano passou voando!”. Enquanto filosofamos a velocidade com que o ano passou, novembro passou também. Então já é dezembro e com ele vem a festa de Natal e da virada do Ano. E... acabou.
E todos os anos são assim. As coisas acontecem ao nosso redor e vão ficando para trás. Às vezes, chegamos ao fim do ano com uma sensação de que poderíamos ter aproveitado mais o tempo, ou, aproveitado melhor o tempo. Isso porque, muitas vezes, não damos atenção às coisas simples como um sorriso, um nascer do sol e até mesmo ao nosso próprio respirar. Iniciamos mais um ano. Novamente, com ar de recomeço, fazemos planos para os próximos doze meses. Conseguimos cumprir muitos desses planos. Outros, não. A todo tempo, sentimentos de conquista e de frustração nos rodeiam. O ano inteiro assim, alternando felicidades e tristezas. Então, o ano acabou. E todos os anos são assim. Ficamos felizes com uns acontecimentos. Ficamos tristes com outros. Às vezes, o ano nem terminou e já fazemos planos para o seguinte e para o seguinte do seguinte, e assim por diante. Isso, geralmente, nos toma tempo demais. Nos dedicamos muito aos planejamentos e, quando percebemos, não demos atenção às coisas simples como um sorriso, um nascer do sol e até mesmo ao nosso próprio respirar. Iniciamos mais um ano. E, como nos anos anteriores, façamos planos. A vida é feita de planos. Porém, não devemos nos apegar em excesso a eles. Neste ano que acabou de sair do forno, ainda cheirando à tinta, façamos planos, sim. Mas, não deixemos que esses planos suguem nossa vida. Com certeza, Deus tem um plano para todos nós. Então, prestemos atenção nas coisas simples como num sorriso, num nascer do sol e até mesmo em nosso próprio respirar. Paulo Roberto Nunes Fonte: Artigo publicado no informativo de fevereiro/06 da Paróquia São José Operário de Itaquera - São Paulo 01/02/2005 | |
Eis que, de repente, já passou |
Às vezes eu paro e penso em tudo que já ficou para trás. Muitos momentos
alegres, alguns momentos tristes... Desde o primeiro olhar até o
último "até logo!".
Às vezes tenho a impressão de que não passou tanto tempo assim. Não me pergunte porquê. Pode ser que de fato não tenha passado muito tempo. Porém, pode ser também que aproveitamos tão bem cada momento que, realmente, passou rápido. Aproveitamos. Isso é uma afirmação inquestionável. Tenho registrado em meu coração cada sorriso seu, cada olhar. Enfim, tudo que é capaz de matar e ao mesmo aumentar a saudade que tenho de você. Mas, não é só isso que eu entendo por aproveitar. Há ainda as atitudes que temos entre nós. Com o passar do tempo, aprendemos diversas coisas. Muitas vezes, olhamos para trás e pensamos que poderíamos ter agido de maneira diferente. No entanto, não me recordo de algo que tenha feito com que eu pensasse dessa forma. Talvez, se eu voltasse no tempo, eu faria tudo da mesma forma. E assim continuamos juntos. Felizes. Continuo segurando a sua mão, olhando em seus olhos e perguntando se você quer namorar comigo. De novo, e de novo, e de novo... Paulo Roberto Nunes Fonte: Comemoração - Oficialmente, 6 anos: Paulo pegando no pé da Mi! 10/11/2005 | |
O beijo |
Digam o que disserem, amor é dom e acolhimento. O beijo, por sua vez, é um belíssimo símbolo de amor;
ele é sinal, ao mesmo tempo, do dom e do acolhimento. Um beijo não será realmente dado, se não for
acolhido. Lábios de mármore, de uma estátua, não acolhem um beijo; é preciso que sejam lábios vivos.
Ora, lábios vivos são lábios que acolhem e dão, ao mesmo tempo.
O beijo é um gesto admirável, e é precisamente por essa razão que não devemos prostituí-los, brincar com ele mas, sim reservá-lo como um sinal de alguma coisa extremamente profunda (e isso é o centro de tudo que a Igreja pensa em matéria de moral sexual). O beijo é a troca de sopros que significa uma troca de nossas profundezas: eu sopro em você, eu me expiro em você e a inspiro em mim de tal forma que eu esteja em você e você esteja em mim. Francois Varillon Pela primeira coloco um texto nesta página que não é de minha autoria. Mas, neste caso, eu diria, vale a pena. Um texto muito bem escrito. 10/10/2005 | |
Uma base para a família | ||
É natural nos questionarmos o porquê da família atualmente se desestabilizar
facilmente. Não é preciso procurar muito para vermos casos em que casamentos
terminam com menos de um ano de duração. O pior é que isso não é restrito somente
aos recém casados. Existem diversos casos de casamentos longos que simplesmente
acabam. Acabou o amor? Não há mais condições para enfrentar os problemas?
Se ficarmos citando os possíveis motivos para separações, provavelmente não haverá espaço para escrevê-los. Assim, vamos tomar apenas o ponto de vista da origem do relacionamento (aproveitando o embalo da comemoração do dia 12 de junho): o namoro. É muito bonito quando de uma amizade nasce o namoro, ou de um namoro nasce uma amizade. A amizade entre os namorados é fundamental para qualquer tipo de evolução no relacionamento. Uma amizade onde existe cumplicidade, respeito, compreensão e, principalmente, sinceridade tem os principais ingredientes para ser uma ótima amizade. Esse amor e amizade que um sente pelo outro é o que mantém vivo o namoro. Há felicidade em ver o outro feliz, que, aliás, é uma característica do amor cristão. Infelizmente, muitos não vêem a felicidade dessa forma, mas vêem como nos é apresentada (e muitas vezes imposta) pela sociedade. Diante disso, o que aconteceria se o namoro não acabasse, mesmo depois de casados? Não estamos apontando a solução de todos os problemas, mesmo porque é meio óbvio que existem problemas diferentes e muito mais complicados quando se "muda de categoria". Afinal, quanto mais maduros estamos, nos tornamos mais capazes de enfrentar problemas mais difíceis. O namoro é um aprendizado. O namoro constante mantém o aprendizado mesmo depois do casamento. Aprendamos a amar com amor cúmplice, respeitoso, compreensivo e sincero. Enfim, aprendamos a amar como Cristo amou. "O verdadeiro amor não se conhece por aquilo que exige, mas por aquilo que oferece". (Jacinto Benavente) Feliz dia dos namorados para os namorados que estão ou não casados! Paulo Roberto Nunes Artigo publicado no informativo de junho/05 da Paróquia São José Operário de Itaquera - São Paulo 02/08/2005 |
||
Felicidade | ||
Quando fito no mais profundo dos seus olhos,
Ouço o som do palpitar do seu coração. E quando, com a ponta dos dedos, toco sua mão Poderia, eu, ser capaz de descobrir o que lhe faz feliz? Talvez, o seu sorriso me mostre o caminho. Quando não vejo a alegria em seu rosto, sinto-me sem direção. Por isso, esforço-me tanto pra fazê-la sorrir. Só assim poderei encontrar a resposta: perceber que amar é se dar pela pessoa amada. Vou sempre buscar torná-la cada vez mais feliz... Pois, fazê-la feliz, faz-me bem. Paulo Roberto Nunes Texto a Michele M. de Lima. 13/04/2005 |
||
Mi, | ||
E mais um ano estou aqui. Para mim, é muito importante estar a seu lado
para vivenciar todos esses momentos.
Já lhe falei diversas vezes, mas faço questão de deixar registrado aqui. Disponho-me a sempre lhe ajudar. Sempre que for preciso, você sabe que poderá contar comigo. A minha intenção é lhe levar a alegria de Deus pra dentro do seu coração e, assim, lhe tornar cada vez mais feliz. Peço que Ele continue lhe abençoando. Não só hoje, que é um dia especial, mas, sim, todos os dias. Grande beijo no seu coração e Feliz aniversário Paulo Roberto Nunes Recado de aniversário a Michele M. de Lima. 05/02/2005 |
||
A paz de Jesus esteja convosco... | ||
"...O Amor de Cristo nos uniu". É o que respondemos logo após a oração da paz nas
Santas Missas. Jesus desejou que nos uníssemos em sua paz. Não somente a nós, que
frequentamos a Igreja, mas a todos os filhinhos do Pai.
Porém, é evidente que isso não tem acontecido. E pior ainda: nem mesmo entre os cristãos. Por muitas vezes, parece que não estamos tão unidos assim. Não siginifica que Deus se esqueceu de nós. Tudo tem seu tempo e o Senhor age em nós conforme sua vontade. Como tudo tem seu tempo, com a paz não é diferente. Não é algo que acontece ou aparece da noite pro dia, mas exige trabalho e esforço de cada um de nós. E realmente a paz será semeada e colhida por todo o lugar. E sabemos que no devido momento, o nosso Pai nos concederá essa graça. O primeiro passo para que espalhemos essa santa paz é fazê-la nascer dentro de nós. "O coração em paz dá vida ao corpo"(Pro 14:30a). A doce presença da tranquilidade e serenidade em nós faz com que estejamos bem até com nossos inimigos. Assim, estaremos pomovendo a paz: na nossa família, na nossa comunidade, e em todos os lugares que frequentamos. Num mundo cheio de conflitos e mal querência com o próximo, quem semeia a paz pode se considerar feliz. "A alegria está entre os que promovem a paz". (Pro 12:20b) Paulo Roberto Nunes Artigo publicado no informativo de janeiro/05 da Paróquia São José Operário de Itaquera - São Paulo 17/12/2004 |
||
Paz no Fim de Ano. E o resto do ano? | ||
O fim de ano se aproxima e com ele um monte de coisa que estamos acostumados a ver:
promessas para o ano novo, previsões, simpatias, etc.
As promessas quase sempre são as mesmas, visto que no geral não conseguimos cumpri-las: "Ah! Esse ano eu prometo não brigar com meu vizinho"; "Ano que vem eu vou fazer mais caridades"; "Ano novo, vida nova! Irei todos os domingos à Missa!"; entre outras. Previsões que também são quase as mesmas coisas. "As guerras no oriente médio vão continuar", ou então "O Brasil vai surpreender no futebol", e tem a clássica "Alguem muito importante vai partir dessa pra melhor", etc, etc, etc. E as simpatias? "Entre o ano novo com um amor novo!" Parece até propaganda de agências de casamento! E nem comentei a mais comum: "Ao entrar o ano novo, pule sete ondas...". Olhemos a nossa volta. A própria mídia divulga esse tipo de comportamento. No entanto, a cada ano parece que nada do que falamos (prometemos, pedimos) no começo do ano chega a acontecer. Vivemos numa comunidade (generalizando: mundo) cheio de revoltas, ódio e ganância. Sem contar que no geral os pedidos que fazemos através dessas simpatias não acontecem. Com isso, o que mais precisamos é paz. E o que devemos fazer para mudar isso? Alguém sugere alguma simpatia? Pode até haver alguém que venha a você e diga: "Enterre um frango com a farofa do 'reveillon'... Depois disso você viverá em paz com as pessoas!" Mas isso não é um sentimento ou simplesmente um estado de espírito que se pode conquistar com um simples "frango com farofa enterrado". A verdade é que a paz, a mesma desejada por Cristo a nós, é muito mais que a paz tão almejada pelos homens. É olhar com carinho nos olhos de um amigo e lhe desejar bom dia. É sorrir para alguém quando lhe encontra. É transmitir pelo seu semblante calma e serenidade, mesmo diante da correria e agitação que vivemos nesta cidade. Isso significa a presença de Cristo em nosso coração. O difícil é viver assim o ano inteiro! Mas tudo é questão de prática. O ideal é que contagiemos as pessoas com nossa paz a todo instante. Se em algum instante estamos triste, sem paz, outra pessoa vem e nos contagia com a paz dela. Para que tudo isso aconteça, devemos viver essa paz e desejá-la ao nossos irmãos. O próprio Cristo nos disse "Quando entrarem numa casa, digam primeiro: Paz a esta casa." (Lc 10:5) Assim, sugiro a nós todos que façamos uma promessa de início de ano: "Este ano eu vou me empenhar em buscar a paz de Cristo dentro de mim e assim contagiá-la aos outros". Mas poderiamos dizer ainda: "O que me garante que eu vou cumprir minha promessa?". A fé. Se Cristo está com nós então nós conseguimos transmitir essa paz. Portanto, confiemos no nosso Pai querido e ele nos ajudará a transmitir a Paz a todas as pessoas. O Ano inteiro! "O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor dá a seu povo a bênção da paz." (Sl 29:11) Paulo Roberto Nunes Artigo publicado no informativo de dezembro/04 da Paróquia São José Operário de Itaquera - São Paulo 26/11/2004 |
||
Para uma pessoa Especial | ||
Ainda não consegui achar uma explicação (que possa ser entendida) justificando o
sentimento que tenho por ela.
Quando menos espero, os pensamentos se concentram nesta pessoa. Ah! Insiste em me deixar sem ação quando sorri! Por quê? Esses pensamentos acabam despertando a saudade. Isso poderia explicar o motivo pelo qual, mesmo ainda estando na sua presença, já começo a sentir sua falta. E essa saudade que aumenta a cada dia? Como é algo constante, acabo me acostumando. O que não me acostumo é com a despedida. Tenho a sensação de que seja o auge da saudade, mas não é. O auge da saudade é o instante que antecede o reencontro. Essa saudade é legal. As outras? O costume conforma. Viver isso todos os dias só torna o amor mais interessante. Aprendemos a lidar com essas situações. Assim, faz parte das minhas orações diárias pedir ao bom Deus que cuide sempre dela e que nada faça sumir de seu rostinho o sorriso que me traz tanta felicidade. Paulo Roberto Nunes Esse texto foi escrito em homenagem a mulher mais linda do mundo: Michele M. de Lima 19/09/2004 |