Determine a área da região do plano entre os gráficos de \(f(x)=xe^x\) e \(g(x)=e^x\text{,}\) para \(x\in[0,2]\text{.}\)
Solução.
Sem seque esboçar os gráficos das funções (que são contínuas), percebemos que \(f(0)=0<1=g(0)\) e \(g(1)=e<2e^2=f(2)\text{,}\) indicando que esses gráficos se interceptam. Vamos encontrar trais pontos para viabilizar o cálculo da área pedida:
Em vista das estimativas acima e, como \(f'(x)=(1+x)e^x\) e \(g'(x)=e^x\text{,}\) temos que \(f'(1)=2e<e=g'(1)\text{.}\) Isso garante que os gráficos se cortam transversalmente em \(x=1\) e este é o único ponto onde isso ocorre. Assim, se \(0\leq x\leq 1\text{,}\) temos \(f(x)\leq g(x)\) e, se \(1\leq x\leq 2\text{,}\) temos \(f(x)\leq g(x)\text{.}\)
pois uma primitiva para \(g(x)=e^x\) é \(G(x)=e^k\) (imediata) e para \(f(x)=xe^x\) é \(F(x)=(x-1)e^x\text{,}\) que pode ser encontrada via integração por partes:
Assim \(f\) é crescente no intervalo \((0,e)\) e decrescente no intervalo \((e,+\infty)\text{.}\)
Com isso e os resultados do item anterior, temos que \(x=e\) é o único ponto de máximo (global), onde \(f(e)=\dfrac{3}{e}\) que não existem pontos de mínimo (locais ou globais) para \(f\text{.}\)
A equação \(3\ln(x) - x=0\) pode ser escrita como \(f(x)=1\text{.}\) Como o valor máximo de \(f\) é \(f(e)=\dfrac{3}{e}< 1\text{,}\) considerando o crescimento de \(f\) estudado acima, temos que existem dois valores de \(x\) tais que \(f(x)=1\text{,}\) um menor e outro maior que \(e\text{.}\) Veja no gráfico (desnecessário para resolver o exercício):
Figura2.3.2.
3.
Seja \(f(x)=\begin{cases}
\hfill (x-1)\sin(x-1)\cos\Big(\dfrac{\sqrt{x^4+x^2}}{x-1}\Big),&\text{ se }x<1;\\
\hfill \sqrt{x}-1,&\text{ se }x\geq 1.
\end{cases}\)
\(f\) é contínua em \(x=1\text{?}\)
\(f\) é derivável em \(x=1\text{?}\)
Solução.
Para que \(f\) seja contínua em \(x=1\) devemos ter \(\lim\limits_{x\to 1}f(x)=f(1)=0\text{.}\) Para que esse limite exista, precisamos calcular seus laterais, que devem ser igual entre si. Se este valor for igual a \(f(1)=0\text{,}\) então \(f\) será contínua no ponto em questão. Às contas:
\(\lim\limits_{x\to 1^-}f(x)=\lim\limits_{x\to
1^-}(x-1)\sin(x-1)\cos\Big(\dfrac{\sqrt{x^4+x^2}}{x-1}\Big)=0\text{,}\) pois o último fator é limitado e os dois primeiros tendem a zero.
Assim, temos que \(f\) tem limite em \(x=1\) e \(\lim\limits_{x\to 1}f(x)=f(1)=0\text{,}\) mostrando sua continuidade nesse ponto.
Uma vez verificada a continuidade acima, podemos verificar a derivabilidade, também pela definição. Aqui, faz-se necessário estudo dos limite laterais que definem a derivada de \(f\text{:}\)
pois o último fator é limitado e o primeiro tende a zero.
Com os valores distintos acima, temos que \(\lim\limits_{x\to 1}\dfrac{f(x)-f(1)}{x-1}\) não existe e portanto \(f\) não é derivável em \(x=1\text{.}\)
onde multiplicamos e dividimos por \(\sqrt{x^2+5x}+x\text{,}\) fatoramos \(x\) que simplificou com o denominador e usamos que \(\lim\limits_{x\to+\infty}\dfrac{5}{x^2}=0\text{;}\)
onde a indeterminação do tipo "\(1^{+\infty}\)" foi transformada numa do tipo "\(e^{0/0}\)", usamos que a exponencial é contínua para que o limite "subisse" para dentro da exponencial e então aplicamos a regra de L’Hospital;
Fazendo \(u=\sec(x)\text{,}\) temos \(du=\sec(x)\tan(x)\,
dx\) e então