Os pitagóricos relacionavam a geometria e a aritmética através dos 
números figurados, isto é, expressavam os números através de pontos em determinadas configurações geométricas.
    
   Uma das configurações usadas era distribuir os pontos formando retângulos. Por exemplo, o número 12 seria representado assim:
    
 
    
   Alguns números só podiam ser representados numa linha, e nunca num retângulo, por exemplo o número 5:
    
 
    
   Estes números eram considerados 
"primários" (de onde deriva a palavra 
primos hoje utilizada), os outros números eram compostos.
    
   Atualmente, usamos a seguinte definição formal: um número inteiro 
p chama-se 
primo se tem exatamente dois divisores positivos, 1 e 

.
    
   Desta forma o número 0 é excluído, pois tem infinitos divisores positivos, e os inteiros 1 e -1 que têm um único divisor positivo.
    
   Um número diferente de 0, 1 e -1 que não é primo, chama-se 
composto.
    
   Note que, se um inteiro não nulo 
a  é composto, ele admite um divisor b tal que 

. Um divisor nessas condições diz-se um divisor próprio de 
a.
    
   O 
Teorema fundamental da aritmética estabeleceu que todo número inteiro pode-se escrever como um produto único de 
números primos. Desta forma, os 
números primos teriam, na aritmética, um papel semelhante ao dos átomos na estrutura da matéria: por multiplicação deles pode-se construir todos os números inteiros, a partir deles.