MAC 337/5900 - Computação Musical
Aula 3 - 14/8/7
Na última aula terminamos com: Polifonia
- Voltando ao ocidente e ao Canto Gregoriano...
- Uníssono não funciona num coro heterogêneo.
Os homens baixo cantavam oitava abaixo. As mulheres e crianças,
oitava acima. Outros (p.ex. barítonos) quarta acima ou quinta
acima, etc.
- Aos poucos foi-se criando a polifonia: várias linhas
melódicas, separadas por oitavas, 4as e 5as, todas sempre
paralelas.
- Compositores passaram então a explorar a
independência das vozes, não mais cada pessoa precisava
cantar algo exatamente igual às demais.
- Tornou-se comum escrever peças para 4 vozes com linhas
melódicas independentes (baixo, tenor, alto, soprano). Mas
seguindo um conjunto relativamente fixo e rígido de normal: as
regras do contraponto.
Música Tonal
- A passagem do modal para o tonal na Europa acompanhou a passagem do feudalismo para o capitalismo.
- O tonalismo deriva da música polifônica medieval e se consolida ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII.
- No século XIX, ele chega ao seu ápice e "se
esgota", levando às experiências vanguardistas do
século XX.
- Na música modal, tudo gira em torno de um único centro
- exemplo musical: A idéia de um centro (O som e o sint).
- exemplo musical: Vinheta Pentatônica (O som e o sint).
- Na música tonal, o ritmo tende a se manter constante mas
os acordes mudam de lugar, por exemplo, da tônica para a
sub-dominante, para a dominante e de volta para a tônica. A
fundamental pode mudar também, através de uma
modulação.
- Assim, a música modal soa como movimento dentro de um
território fixo enquanto que a música tonal soa como
progressões que caminham por lugares diferentes.
- A música tonal traz o jogo de tensões e resoluções, que podem levar a novos territórios.
- Movimento cadencial.
- Cadências: I V I,
I IV V I,
II V I, etc.
- No início, usavam-se apenas tríades. Depois, o acorde de V inclui a 7a para ressaltar a tensão.
- Bem mais tarde, acordes de 7a foram incluídos em outros graus (por exemplo, em Debussy e no Jazz).
- Intervalos que são primeiro introduzidos como
dissonâncias, depois passam a ser considerados como
semi-dissonâncias e finalmente como consonâncias. Foi o que
ocorreu com a 7a maior, por exemplo.
- Mais tarde, as 9a, 11a, 13a, 6a, 4a, 5a diminuta, etc, começaram a ser acrescentadas também.
- Alguns musicólogos afirmam que os intervalos foram sendo
introduzidos na música ocidental na mesma ordem em que aparecem
na série harmônica: 8a, 5a, 4a, 3as, 7as, 9a, 11a
aumentada e 12 aumentada, desenbocando no microtonalismo experimentado
no século XX. Mas essa linearidade é um pouco
discutível.
- As modulações que eram raras no século XVI e
pouco freqüêntes no século XVII, passaram a ser
comuns no século XVIII e ocorriam a todo instante em Wagner no
século XIX.
Movimentos da Música Tonal
- Polifonia pré-tonal, e início do tonal
- exemplos musiais:
- 3. Trovador - Adam de la Halle - Jeu de Robin et de Marion
4. Organum - Perotin - Organum quadruplum - Sederunt
5. Machaut - Missa - Agnus Dei
6. Du Fay - Ballade - Resvellies vous et faites
7. Gesualdo - Madrigal - Io parto
8. Josquin - Missa Pange lingua - Kyrie
9. Monteverdi - L'Orfeo - Prologue
10. Palestrina - Missa Papae
- Renascença: Guillaume Du Fay, Josquin Des Prez,
- Barroco: Monteverdi, Vivaldi, J.S. Bach, Händel (os 2 últimos nascidos em 1685)
- Clássico: Haydn, W. A. Mozart, L. van Beethoven (1770 - 1827)
- Romântico: Beethoven, Paganini, Rossini, Schubert,
Frédéric Chopin (1810–1849), Franz Liszt
(1811–1886), Johannes Brahms
(1833–1897), Tchaikovsky (1840–1893),
- Final do Romantismo para moderno Gustav Mahler (1860–1911), Richard Wagner (1813-1883)
Transição para a Música pós-tonal
- Claude Debussy (1862-1918)
- Igor Stravinsky (1882-1971)
- Olivier Messiaen (1908-1992)