MAC 339 (Graduação) e MAC 5800 (Pós-graduação)

Informação, Comunicação e Sociedade do Conhecimento

Tema 3.5 - Pautando a transição (set. 2000)


Introdução

Complementando o tema Caos e Emergência, apresentamos cinco cientistas cujos estudos podemos relacionar com a Transição de Fase descrita por Stacey. São autores de áreas distintas e abordam temas pertinentes às suas áreas, no entanto podemos por analogia, distinguir em cada trabalho, características identificadas na mudança de fase, como as tensões dos valores contraditórios, a comunicação desordenada, a emergência de novas realidades com a mudança de paradigmas e outras.


Thomas Kuhn

Thomas Samuel Kuhn nasceu, em Cincinnati, Ohio, em 1922. Obteve o grau de doutor em física em Harvard, onde se tornou professor, trabalhando também nas Universidades de Berkeley e de Princeton, e mais tarde no Massachusets Institute of Technology - MIT. Sua obra mais conhecida é "The Structure of Scientific Revolutions", de 1962, onde descreve a ciência não como algo estático, mas como uma constante revolução intelectual, onde após cada revolução, a visão do mundo conceitual é substituída por outra.

Para Kuhn, uma ciência normal possui um conjunto de convicções que formam seus fundamentos, sua matriz disciplinar. Esses conceitos básicos guiam o funcionamento dessa ciência. Quando anomalias e novidades surgem são eliminadas para não minar esses fundamentos e assim fortalecer a ciência. O paradigma é essencial para a investigação científica.

O argumento principal de Kuhn é de que o padrão típico de desenvolvimento de uma ciência são as transições sucessivas de um paradigma à outro, num processo de revolução. Quando ocorre uma troca de paradigma, o mundo dos cientistas é transformado qualitativa e quantitativamente, enriquecido pelas novidades fundamentais dos fatos e das teorias.

Quando uma anomalia vem abalar os conceitos básicos de uma ciência, ocorre uma mudança na ordem pré estabelecida, que Kuhn chama de revolução científica. Com a mudança de paradigma, surge uma reconstrução dos conceitos anteriores e uma reavaliação dos fatos.

Em sua obra "The Structure of Scientific Revolutions", Kuhn aborda os seguintes temas:

Capítulo I - Introduction: A Role for History. Kuhn formula algumas suposições que servem como base para fundamentar as discussões e as argumentações-chave de sua obra: a comunidade científica, a ciência normal, a pesquisa e a mudança decorrente de uma anomalia (revolução científica).

Capítulo II - The Route to Normal Science. Kuhn descreve como os paradigmas são criados e em que contribuem para a pesquisa científica.

Capítulo III - The Nature of Normal Science. Quando aparecem, os paradigmas são limitados em sua extensão e em sua precisão. Os principais problemas de uma ciência normal são: determinar um fato significante; combinar os fatos com a teoria; articular uma teoria. Abandonar um paradigma é parar de praticar a ciência que ele define.

Capítulo IV - Normal Science as Puzzle-solving. A execução de uma pesquisa tem como propósito descobrir o que já se sabe de antemão. Faz-se pesquisa para se fortalecer a aplicação de um paradigma. Apesar da novidade não ser buscada e dos conceitos fundamentais de uma ciência não serem desafiados, a iniciativa científica pode e trás resultados inesperados.

Capítulo V - The Priority of Paradigms. Os paradigmas de uma ciência madura podem ser determinados com relativa facilidade; porém as regras usadas pelos cientistas que compartilham um paradigma não são determinadas facilmente.

Capítulo VI - Anomaly and the Emergence of Scientific Discoveries. Este capítulo aborda a forma de mudança de paradigmas resultantes de descobertas trazidas pelas anomalias. São as inquietações dentro de uma ciência normal. São caminhos para o paradigma 2; não há um consenso, uma cultura, mas uma tensão com proposições ao novo paradigma.

Capítulo VII - Crisis and the Emergence of Scientific Theories. Este capítulo aborda a forma de mudança de paradigmas resultantes de invenções de novas teorias trazidas pelas falhas da teoria existente em resolver problemas definidos por ela mesma. São conhecidas como "crises" da comunidade científica.

Capítulo VIII - The Response to Crisis. A consciência de que existe uma crise cria fundamentos para que ocorra uma troca de paradigmas. Kuhn discute como os cientistas respondem a uma anomalia.

Capítulo IX - The Nature and Necessity of Scientific Revolutions. Este capítulo tenta responder porque a mudança de um paradigma pode ser chamada de revolução e quais são as funções da revolução científica no desenvolvimento da ciência.

Capítulo X - Revolutions as Changes of World View. Kuhn aborda questões relacionadas a revolução como mudanças de visão do mundo. Se um paradigma muda, será que o mundo também muda? Como os conceitos e as concepções dos cientistas mudam como resultado das mudanças de paradigmas?

Capítulo XI - The Invisibility of Revolutions. A invisibilidade da revolução acontece porque as mudanças de paradigmas não são geralmente vistas como revolução, mas sim como uma adição ao conhecimento científico, e porque a história das ciências é representada através de livros pertinentes a área.

Capítulo XII - The Resolution of Revolutions. Kuhn aborda perguntas do tipo como os proponentes de um novo paradigma convertem toda a comunidade para seus pontos de vista? O que faz com que um grupo abandone a tradição de uma pesquisa em favor de outra? Qual é o processo que um novo candidato a paradigma passa para substituir o outro?

Capítulo XIII - Progress Through Revolutions. Face ao argumentos feitos neste livro, porque a ciência progride, como progride e qual a natureza desse progresso?

Kuhn foi criticado pelo uso do termo paradigma, o qual descrevia como uma coleção de crenças compartilhada por cientistas; um consenso de como os problemas devem ser entendidos. "Um paradigma é o que os membros de uma comunidade científica compartilham e uma comunidade científica consiste de pessoas que compartilham um paradigma". Em 1969, o autor escreve um pós-escrito à sua obra, esclarecendo que o termo paradigma foi usado de duas formas diferentes:

Paradigma 1 – Matriz disciplinar

Interesse comum sobre uma ciência que se comunica; é a cultura comum do grupo em torno de um determinado assunto; engloba todas as crenças, valores, técnicas, etc. compartilhadas pelos membros de uma certa comunidade. A crença nesse saber seguido como verdadeiro leva a uma resistência a mudanças.

Paradigma 2 – Exemplos compartilhados

É um elemento dessa constelação de crenças que empregado como modelo ou exemplo, pode substituir regras explícitas como base de uma solução dos enigmas remanescentes de uma ciência comum. É o conhecimento da natureza adquirido enquanto se aprende as relações de similaridade incorporadas na maneira de se ver situações físicas em vez de regras ou leis. Resulta no conhecimento tácito que é aprendido ao se fazer ciência, e não no aprendizado das regras de como fazer ciência.

 Embora a teoria de Kuhn se aplique à ciência, ela exemplifica como ocorrem as revoluções, seja da informação ou da política. Como o próprio paradigma 2 sugere, podemos utiliza-lo como um elemento de exemplo, para transportar essas idéias à "Mudança de Fase" da proposta de Stacey.

Alguns sites e referência de interesse:

http://mfp.es.emory.edu/Kuhn.html Resumo e estudo da obra "The Structure of Scientific Revolutions" preparado pelo Professor Frank Pajares, da Emory University

http://mfp.es.emory.edu/kuhnsyn.html trás uma sinopse do trabalho do Prof. Frank Pajares, do Philosopher's Web Magazine

http://hcs.harvard.edu/~hsr/hsr/winter97/kuhn.html Thomas Kuhn: Paradigms Die Hard

http://www.sciam.com/2000/0900issue/0900reviews1.html Steve Fuller, professor de sociologia da Universidade de Warwick, veio recentemente à Usp, na sede do IEA, para falar sobre seu livro "Thomas Kuhn; a phylosofical history for our times", onde analisa as idéias de Kuhn.

Palavras-chave do estudo de Kuhn


Manuel Castells

Manuel Castells, cientista social, nasceu em Barcelona, Espanha, em 1942. Aos 24 anos já era professor de universidade em Paris. Desde 1979 é professor na universidade de Berkeley, Califórnia ("City and Regional Planning"). Sua atenção está sempre focada no desenvolvimento tecnológico da sociedade. Escreveu vários livros, entre eles a trilogia "A era da informação; economia, sociedade e cultura"; volume 1 "Sociedade em rede", volume 2 "O poder da identidade" e volume 3 "Fim de milênio".

"A sociedade em rede" busca esclarecer a dinâmica econômica e social da nova era da informação. Baseado em suas pesquisas, procura formular uma teoria que dê conta dos efeitos fundamentais da tecnologia da informação no mundo contemporâneo. Cada capítulo aborda um tema específico, evidenciando sua preocupação de interdisciplinaridade, porém enfocando agregar as diversas dimensões. Sua análise busca identificar uma nova estrutura social influenciada pelos sistemas de redes interligados, uma sociedade globalizada e centrada no uso e aplicação da informação.

 

Em seu estudo, Castells tenta tirar conclusões do que está acontecendo atualmente Baseia-se em fundamentos históricos, mas não chega a fazer previsões de possíveis conseqüências decorrentes da transformação em que vivemos. No entanto, seu trabalho é tão rico que está servindo de base para outros estudos que pretendem interpretar o que está por vir.

Alguns sites de interesse:

http://crab.rutgers.edu/~goertzel/fhccastells.htm entrevista com Manuel Castells. A integra desta entrevista foi publicada no Jornal Folha de São Paulo em 8 de Fevereiro de 1999.

http://www.berkeley.edu/news/berkeleyan/1998/0916/castells.html Book review – A sociedade em rede

Resenha dos livros feita por alunos do IME:

http://www.ime.usp.br/~cesar/projects/lowtech/sociedadeemrede/ep3.html Sociedade em Rede

http://www.linux.ime.usp.br/~marzano/castells/main.htm O Poder da Identidade

Palavras-chave do estudo de Castells


Lawrence Lessig

Lawrence Lessig nasceu em 3 de junho de 1961 em Rapid City, S.D. e viveu em Williamsport, Pa. É advogado especializado em direito constitucional e professor no Berkman Center do Internet & Society at Harvard. Foi conselheiro do Juiz Thomas Penfield Jackson no caso antitruste da Microsoft.

Em seu livro "Code, and Other Laws of Cyberspace", Lessig argumenta que a Internet pode ameaçar nossa privacidade, a liberdade de expressão e as inovações se não forem corretamente estudadas pelas cortes e legislaturas. Ele acredita e advoga o equilíbrio judicial entre deixar o mercado trabalhar e impedir que companhias, ou o governo, exerçam muito controle.

Em sua obra diz que é falsa a crença de que o ciberespaço não pode ser regulado e que em sua essência é imune aos governos. O ciberespaço não tem natureza, tem somente códigos de softwares e hardwares que o fazem como ele é. Esses códigos podem criar um lugar de liberdade ou de controle rigoroso. Sob a influência do comércio, está se tornando um lugar cada vez mais regulável onde nossos comportamentos são muito mais controlados do que no espaço real, mas compete a nós mesmos escolhermos que tipo de ciberespaço queremos e quais liberdades iremos garantir. Diz que estas escolhas dependem da arquitetura, qual tipo de código que governará o ciberespaço e quem o controlará. Assim, o código é uma forma de lei muito significante, e cabe aos advogados, políticos e principalmente aos cidadãos decidirem quais os valores que esses códigos devem incorporar.

Os principais assuntos que constituem seu livro são: Regulabilidade, Código e outras regulamentações, aplicação (propriedade intelectual, liberdade de expressão, privacidade etc.)

Sites de interesse:

http://cyber.law.harvard.edu/lessig.html The Berkman Center for Internet & Society at Harvard Law School

http://code-is-law.org/main.html Página que trás informações sobre Lessig e sua obra "Code and other laws of cyberspace", com prefácio e conclusão em html.

http://dl.napster.com/lessig.pdf Relatório de Lessig sobre o caso Napster

Palavras-chave do estudo de Lessig


Phil Agre pagre@ucla.edu

Associate Professor PhD, MIT

Áreas de pesquisa: Tecnologia da informação e mudança institucional; Tecnologia e privacidade; Teoria do gênero; Aspectos lingüísticos da computação; Cultura da Internet. Phil Agre é autor de "Computation and Human Experience" (Cambridge University Press, 1997) e co-editor de "Computational Theories of Interaction and Agency" (com Stanley J. Rosenschein, MIT Press, 1996), "Reinventing Technology, Rediscovering Community" (com Douglas Schuler, Ablex, 1997), e "Technology and Privacy: the New Landscape (com Marc Rotenberg, MIT Press, 1997). É autor de vários artigos de suas áreas de pesquisa, disponíveis em seu site.

Há um consenso geral que a tecnologia da informação irá mudar de maneira irreversível a sociedade como um todo, mas ninguém sabe exatamente como. Phil Agre defende que esta tecnologia irá mudar o próprio conceito que temos de algumas instituições, tais como as bibliotecas, as universidades e as bolsas de valores. Esta mudança de conceito é chamada de renegociação institucional por Agre.

No resumo da disciplina Information and Institucional Changes http://dlis.gseis.ucla.edu/people/pagre/change.html são levantados vários tópicos interessantes, dentre as quais podemos destacar:

  1. Utopia desmantelada: como a Informação acabou com a União Soviética. Num artigo escrito por Scott Shane mostra-se a inviabilidade de uma sociedade na qual há um controle governamental do fluxo de informações. Nesse modelo, apenas o órgão KGB ( a polícia secreta soviética) possuía uma visão geral do que acontecia no país e no mundo. Não por acaso foi este mesmo órgão que iniciou a Perestróika – o processo de reforma institucional que acabou com o antigo regime.
  2. A economia básica da tecnologia da informação. São levantados aqui alguns aspectos principais desta nova economia, tais como:
  3. Instituição: é um ato de relacionamentos entre pessoas. Alguns exemplos de instituição são o sistema de saúde, a universidade, o mercado de ações, o Natal, a família e a nação-estado. As instituições variam ao longo da história e entre sociedades diferentes, no entanto são caracterizadas pela habilidade de se manterem iguais por centenas de anos. Esta persistência influencia negativamente quando a própria instituição passa a ficar desatualizada , mas é bom quando permitem que as pessoas prevejam o futuro, focalizem sua atenção e induzam outros a cumprir sua promessas. É uma comunidade de pessoas que compartilham um interesse em comum. Ela apresenta uma enorme resistência à mudança, à renegociação institucional. Uma distinção importante ocorre entre instituições e organizações. Basicamente, organizações são casos particulares de instituições. Exemplo. Universidade é uma instituição; a USP é uma organização dentro da instituição universidade.
  4. Paradoxo da Produtividade. Apesar das imensas quantidades de dinheiro investidos na tecnologia de informação nas últimas décadas, é muito difícil mostrar o ganho em eficiência. Uma resposta plausível seria a dificuldade de se medir ganho de qualidade ( ganhos em quantidade são bem mais fáceis de se medir). Outro enfoque para isso seria de que o ganho real advindo da tecnologia de informação só vem com a renegociação institucional, e isso só ocorre muito lentamente.
  5. Estrutura de mercado. Uma questão central envolve a centralização/descentralização do mercado. Teóricos importantes defendiam cada lado; Marx defendia que um mercado fragmentado sem uma coordenação central iria se dissolver, enquanto Hayek defendia que era impossível manter uma coordenação central, já que o mesmo não poderia levar em conta as peculiaridades de cada mercado regional. A história vem demonstrando que lado estava certo.
  6. Bibliotecas. Uma previsão que ocorre freqüentemente devido a Internet é que as bibliotecas iriam sumir, sendo transformadas em simples bancos de dados online. Este tipo de previsão falha ao desprezar a importância desta instituição dentro da sociedade, além de desconsiderar o grau de complexidade dos inúmeros documentos e livros contidos numa biblioteca. Algumas previsões tiveram um grau de acerto considerável, como por exemplo o livro "Libraries of the Future", escrito por J.C. Licklider em 1965 que já mencionava a consolidação de uma rede mundial de computadores pessoais. Andrew Blau defendia em 1999 que grandes quantidades de informação digital disponíveis na rede iria alavancar a democracia, por permitir a todos acesso a elas. Porém ele foi muito simplista ao ignorar o meio social no qual as pessoas estão inseridas. Afinal, novas tecnologias por si só não trazem benefícios políticos se não forem corretamente acompanhadas de condições políticas e sociais que permitam um real ganho na vida das pessoas.
  7. Universidades. São instituições que se dedicam puramente a atividades mentais, podendo com isso ser substituídas por enormes bancos de dados online e aplicações de "groupware" em larga escala. Apesar de possível teoricamente, essa é uma idéia um tanto simplificada da realidade, e portanto Phil Agre faz um esforço para tentar delinear a fronteira entre o mundo físico e o online. Phil Agre indica um série de artigos pertinentes ao tema. Brown e Duguid mostram em seu artigo de 1998 o interessante conceito de "community of practice" : um grupo de pessoas que compartilham atividades e culturas e têm alguma área do conhecimento em comum. Assim, o ato de aprender não é somente adquirir conhecimentos e habilidades específicas, mas também o ato de se identificar com uma "community of practice" e se unir a ela. Com isso, eles propõe um novo método para organizar as universidades através dessas "communities ". M.Scott chama a atenção em seu artigo de 1998 para a questão da propriedade intelectual. Por exemplo, quando um professor prepara seu material de aula, nenhum aluno precisa se preocupar em saber a origem do mesmo. Isso pode não parecer muito, mas pode levar a complicações legais envolvendo direitos autorais.O próprio Agre levanta a questão do ensino a distância. Através da Internet, torna-se possível ministrar uma série de cursos a distância a um custo bem menor que os cursos convencionais. Essa idéia traz um contra-senso, pois a verdadeira economia só é possível se uniformizar os cursos e diminuir o leque de opções, o que empobreceria muito o conteúdo dos mesmos. Isso não quer dizer que não é possível termos cursos à distância de qualidade, mas sim que devemos repensar com cuidado sobre o queremos com a tecnologia. Em seu artigo "Commodity and Community", Agre mostra as duas visões da Universidade : a Commodity onde a universidade é um produto e o aluno, um simples consumidor, e a Community, onde tenta-se enquadrar cada aluno em microcosmos sociais de interesses em comum. Agre pontifica que a tecnologia da informação irá causar uma renegociação institucional para a universidade. Porém ele defende que a universidade deve tentar manter a coexistência desses dois modelos acima mencionados.
  8. Comunidades Locais. Comunidade é um termo que leva a várias interpretações. Mitos de comunidades locais ideais existem em vários lugares. Mas somente se aprofundando no estudo desses mitos poderemos avaliar como as comunidades locais se interagem e evoluem em contato com a Internet e outras novas tecnologias de informação. Uma comunidade geográfica local não é uma instituição em si, mas sim um conjunto de instituições específicas cujos integrantes interagem numa rede global de instituições.
  9. Código e Leis. Phil Agre discute as interações entre a tecnologia da informação e as leis. A grande questão é que as leis convencionais não conseguem acompanhar a rápida evolução da tecnologia da informação, criando –se pontos nos quais as leis não conseguem resolver. Dentro dessa lacuna criada, Agre defende que a tecnologia da informação, por si própria, serve como um tipo de lei. A dúvida é se essa lei implícita advinda diretamente da tecnologia irá complementar as leis convencionais ou irá simplesmente suplantá-la.

http://dlis.gseis.ucla.edu/people/pagre/ Phil Agre home page

http://www.ime.usp.br/~is/eventos/agre/ Phil Agre na USP

Palavras-chave do estudo de Agre

 


Estas notas foram preparadas por Lícia De Paula licia@usp.br e Maurício Hissayoshi Navate navate@ig.com.br


MAC 333 A Revolução Digital e a Sociedade do Conhecimento


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