Textos enviados para a apostila do Seminário de Inverno


Autor: Mario Hashimoto

Tema do painel:  Solidariedade Competitiva Reconhecedora

    
    “Revoluçao  possível e sustentável acontece dentro
de si próprio (Gandhi)”
  “Se choras por não ver o sol, então tuas lágrimas
impedir-te-ão  de ver as estrelas. (Tagore)”
  Solidariedade é algo do sentimento. Não pode ser
imposta, como fez o comunismo, e caiu. Não pode ser
comprada, como muitos homens se enganam tentando
comprar sentimento de mulher que não está a venda.
  Muitas cooperativas foram fundadas há 70 anos porque
havia necessidade mínima urgente de sobrevivência.
Hoje a geração de netos, usufruindo da facilidade e
conforto proporcionados pelo dinheiro, vivem no
aparente enganoso da solidariedade construída sobre
areia monetária movediça. Solução com dinheiro é
inconfiável: Plano de saúde, reuniões familiares com
banquetes, seguro de vida. História se repete
gaguejando degenerativamente. Há de se piorar muito
para despertar  a percepção, sensibilidade,
consciência da necessidade de uma solidariedade com
qualidade competitiva (comparativa, concorrência), e
reconhecedora (gratidão, valorização).
  Viver as 3 gerações de pai rico, filho nobre e neto
pobre, simultaneamente numa só vida.
  Solidarizar, sintonizar coletivamente e crescer
individualmente. Solidariedade individual interna
entre as partes e órgãos  é principal.
Solidariedade externa é complementarmente
imprescindível, importantíssima.
  Vítima miserável é o dependente da solidariedade
externa do médico, sacerdote, advogado, banqueiro...
(Platão)
  Vamos continuar conferindo nossas experiências e
corrigindo nossos erros, alavancando nossa vida,
durante o Seminário.


Autor: Adolfo Gustavo Serra Seca Neto

Tema do painel: Fidelidade Inflexível Inútil

Alguns estudos mostram que um dos únicos animais irracionais que consegue ser fiel no casamento é o porco-espinho, pois a briga entre dois machos disputando uma fêmea resulta em danos muito grandes a ambos os competidores. Logo, já está nos genes da espécie que não vale a pena brigar para roubar a companheira de outro. Entre muitas outras espécies de animais, não chega sequer a existir a idéia de formação de par por longo tempo, logo não há a noção de fidelidade. Os relacionamentos são curtos e com fins de procriação apenas.

Foi graças ao casamento e à fidelidade que o ser humano conseguiu se desenvolver. O bebê humano é muito dependente dos pais. Se a mulher é abandonada pelo homem após o nascimento do bebê, fica muito mais difícil cuidar da prole. E é uma questão de inteligência do homem manter a relação com a mulher. De que vale ter filhos e não cuidar deles? Se fizer isso, a sobrevivência genética numa geração está assegurada, mas não para as gerações futuras. De que vale plantar várias sementes e não cuidar delas, aguando-as e afastando as ervas daninhas? Melhor é plantar poucas mas cuidar bem de cada uma delas.

A mídia mostra que jogadores de futebol e atores de televisão, em geral (existem exceções) são muito infiéis. Alguns até argumentam que quando são infiéis estão sendo fiéis a si próprios, o que é uma grande bobagem. Outros usam e abusam da possibilidade de romper relacionamentos para ter uma espécie de poligamia no tempo, trocando a companheira que atingiu uma certa idade por uma mais nova. No filme chinês "Lanternas Vermelhas", onde um homem tem quatro mulheres, vemos que este hábito não é só ocidental, a diferença é que o marido continuava tendo na mesma casa as mulheres de antigamente, sustentando-as financeiramente mas não afetivamente. Enfim, uma situação bem cruel.

E desde quando fidelidade pode ser flexível? Se for flexível, não é mais fidelidade. Por exemplo, com relação à fidelidade às idéias. Suponha que existe uma pessoa de cor branca que é contra qualquer tipo de racismo. Mas quando seu filho se apaixona por uma pessoa de cor negra, ela se mostra por causa da cor. Essa pessoa não foi fiel às suas idéias. Não há como ser flexível nesse caso.

Existem situações em nossas vidas em que nos deparamos com problemas que nos forçam a mudar de idéia. Por exemplo, quando uma pessoa contrai uma doença grave, como a leucemia. A pessoa acreditava que estava fazendo a coisa certa no trato com o seu corpo, mas a realidade veio lhe mostrar que isso não era verdade. Neste caso, é necessário mudar de idéia, isto é mudar o estilo de vida, mudar a alimentação e os hábitos de pensamento e movimentação. É preciso ser infiel às próprias idéias do passado e adotar novas idéias. Não é a "fidelidade inflexível" que é inútil, mas a própria "fidelidade" a idéias que se mostraram erradas é que se enche de inutilidade.


VOLTAR À PÁGINA SOBRE AUTO-EDUCAÇÃO VITALÍCIA

Você é o a acessar este site. Grato.