Utiliza��o evolucion�ria da crise progressiva
- "(...) estamos todos esperando o senhor falar
alguma coisa. Este � um momento muito triste e estamos todos emocionados
querendo que o senhor d� uma dire��o para a alma dessa pessoa seguir seu
caminho".
O caix�o n�o estava tampado e podia ver-se o cad�ver, ali,
deitado. Ent�o, o monge Ikkyu levantou o martelo, aproximando-o do morto
respeit�vel, e, "p�", deu uma martelada na cabe�a dele e, logo em
seguida, deu outra: "poin". Todo mundo entrou em p�nico:
- "Que coisa! Que neg�cio � este?" E, a�, Ikkyu
mostrou uma vibra��o com certa dignidade, e falou:
- "A realidade �: este homem est� morto. Se eu batesse
em algum de voc�s, voc�s iriam reagir. Mas ele est� morto, n�o vale nada,
n�o tem sensibilidade. Voc�s � que t�m de aprender, t�m que sentir esta
morte porque quem n�o tem sensibilidade n�o aprende nada. N�o adianta falar
palavras bonitas, para o morto, porque ele n�o vai entender. Mesmo batendo
nele, ele n�o sente nada. Ele acabou. Eu precisava falar era para voc�s, n�o
era para ele. � nos vivos que podemos ter esperan�a. O morto n�o pode
competir".
Assim, Ikkyu come�ou a falar.
XV Semin�rio Internacional de Inverno da Escola Musso Mairipor� - S�o Paulo - Julho de 1992