T-junções, T-cortes e funções conservativas

Dissertação de mestrado, IME-USP, 1999

Mario Leston Rey

 

Orientador:  Paulo Feofiloff

Palavras-chave:  teoria dos grafos, algoritmos em grafos, T-junções,
problema do carteiro chinês, circuitos negativos, emparelhamentos.

 

A dissertação trata dos seguintes problemas em grafos não-orientados cada uma de cujas arestas tem um comprimento (positivo, negativo ou nulo):

  1. Problema do circuito negativo:  Encontrar um circuito de comprimento negativo.
  2. Problema da distância: Encontrar um caminho de comprimento mínimo entre dois vértices dados.
  3. Problema da T-junção mínima:  Dado um conjunto T de vértices, encontrar uma T-junção (= T-join) de comprimento mínimo.
  4. Problema do carteiro chinês:  Encontrar uma trilha de comprimento mínimo que passe por todas as arestas e volte ao vértice de partida.

A dissertação se restringe ao caso em que o comprimento de cada aresta vale +1 ou –1.  Esse caso é suficiente para encontrar uma T-junção com número mínimo de arestas.

Contexto

Se todas as arestas tivessem comprimento não-negativo, o célebre algoritmo de Dijkstra resolveria o problema 2.  Em geral, entretanto, o problema é NP-difícil.  (Basta observar que o problema de encontrar um caminho de comprimento máximo entre dois vértices dados é um caso particular do problema 2.)

Sebö e Lucchesi descobriram independentemente um algoritmo eficiente para o problema 1.  O par de problemas 1+2 pode ser resolvido conjuntamente no seguinte sentido: existe um algoritmo polinomial que recebe um grafo e um vértice r e devolve

  1. um circuito de comprimento negativo ou
  2. para cada vértices v, um caminho de comprimento mínimo de rv.
No caso B, os caminhos são acompanhados de um certificado de minimalidade que pode ser conferido em tempo polinomial.

(Se o grafo fosse orientado, o célebre algoritmo de Ford-Bellman resolveria o par de problemas 1+2 no sentido A+B.)

Os problemas 1 a 4 estão intimamente relacionados. Em particular, um algoritmo eficiente para o problema 1 leva facilmente a uma solução do problema 3.  Por outro lado, o problema 4 é um caso particular do problema 3.

Definições básicas

Algumas referências

 


Last modified: Thu Aug 16 09:02:23 BRT 2018
Paulo Feofiloff
Instituto de Matemática e Estatística da USP