Pico da Neblina


Fotos e Legendas: Michel Gawendo




1) O encontro da equipe em Manaus. Marcelo (esq.) e Ben, o Ronaldinho da África do Sul: amarelou um dia antes da trip. Pagou o supermercado e resolveu viajar com um australiano para Letícia.


2) Centrão de Manaus, cheio de camelôs.


3, 4, 5 Gente de Manaus


6) A entrada do mercado municipal, no centro de Manaus.


7) Palafita à beira do rio, perto do porto de onde sai o barco para S. Gabriel: o lugare é sujo, muito sujo.


8) Vista desde a minha rede no barco. É como ver TV, só que muito mais bonito. Vimos botos!


9) Roni dormindo: uma das principais atividades no barco, for a ler, olhar a paisagem, conversar, ler, dormir, observar a paisagem, ler mais um pouco, tomar banho, comer, dormir, ler, conversar…


10) Marcelo balançando feliz em sua rede. A primeira etapa da expedição foi muito relaxante


11) Rapaz lê gibi em sua rede. Ler, dormir, conversar, olhar a paisagem


12) A balsa empurrada pelo barco. O que está levando: dois carros, bicicletas, muita, mas muita cerveja, muita, mas muita coca-cola mesmo, artigos de plástico, papel higiênico, frango congelado, enfim, tudo o que aguenta quatro dias no barco.


13 e 14) Esse é o prático, o homem que conhece muito bem o rio Negro para poder levar o barco “Almirante Martins”. Brotam ilhas, bancos de areia e pedras das águas escuras do Rio Negro. Não dá para saber onde ficam as margens. Quer dizer, ao que tudo indica, ele sabe.


15) Velocidade de cruzeiro: 20 nós


16) Êta motorzão Scania que funciona sem parar. Acostuma-se com o barulho depois de algumas horinhas. Sem ele, ficou difícil de dormir.


17) Sumiu a foto


18) Peixes tirados do rio por índios, comprados pelo dono do barco (Ricardo), cozidos pela cozinheira (Rosa) e comido por nós. As refeições no barco eram assim, impreterivelmente:

Café da manhã: pão com manteira, café, leite e umas bolachas

Almoço: arroz, feijão, macarrão, farinha e carne, ou frango ou peixe.

Jantar: igual ao almoço (com suas sobras) e talvez sopa


19) Olha a chuva!


20) Nosso deck, local de reuniões, conversas, da festa de Natal (com som e tudo) e de ver o céu de noite


21) De manhã


22) Margem. O rio estava muito baixo, o que atrasou um pouco a viagem. Tivemos que parar por uma noite para não ter risco de bater em pedras ou bancos de areia.


23) Olha a margem aí de novo.


24) Há! A preparação para a emoção maior no Almirante Martins


25) Eu na água. O negócio era descer segurando na corda e curtir a água.


26) Para subir de volta à balsa era um pouco difícil. O Marcelo ajudou. Depois ele foi também


27) No terceiro dia aparecem as serras, que mais para frente se transformam na cordilheira onde fica o Pico.


28 e 29) Este rapaz é o Cristiano, que tem 20 anos. Ele estava voltando de Manaus, onde estudava, para São Gabriel da Cachoeira.

Desistiu de tentar fazer faculdade na capital e decidiu trabalhar em S.Gabriel.

Ele tem dois sonhos na vida: “Quero ‘entrar’ na Internet e conhecer o mar”.

Cristiano sabe bem como funciona a rede, mas nunca sentou na frente de um computador. Acha que precisa fazer um curso de dez meses para navegar.

Tem um irmão que mora em Natal, onde é sargento do Exército e ganha R$ 1.500 por mês. “Ele sustenta a nossa família”, conta o Cristiano.

Ele gosta de rock, conhece as principais bandas de for a e adora o…Legião Urbana.

“Me identifico com as letras”, diz.


30) Olha a chuva chegando chegando. O pote de ouro a gente catou hehehee.


31) A estrada de São Gabriel para a beira do rio Iá Mirim (que significa rio pequeno).


32) Eu e o Oscar na cabine da F 1000 do seu Luizinho, que nos levou de S.Gabriel até a beira do rio. Dá uma hora e meia de viagem. A estrada até que é boa. De terra, mas é boa.


33) O comecinho da viagem de barco. Até o momento desta foto estava tudo ótimo, lindo e maravilhoso. Tudo funcionando tique-taque.


34) Michel e Roni na voadeira


35) Nosso guia até aqui, o Deco


36) Olha a balsa de garimpeiro no rio Iá Grande, continuação do Iá Mirim. Mas pode ter balsa de garimpeiro aí? Não. Mas ninguém faz nada? Não. Nem os índios? Não.

A balsa É de um índio.


37) Nossa primeira noite na beira do rio. Fomos recebidos por essas lagartas coloridas, umas trinta numa árvore. São inofensivas. Mas onde vocês dormiram na beira do rio? Bom, há alguns acampamentos de índios que ficam for a das aldeias em expedições de caça e pesca. O guia sabe onde tem.

Por acampamento entenda-se estacas de madeira fincadas no chão, onde se pendura a rede, e uma estaca por cima, onde se joga a lona. Água tem bastante, mosquitos também. OFF, pulseira repelente, mosquiteiro e que tais são motivos de troça entre os mosquitos


38)Oscar observa e Marcelo relaxa na “classe econômica do barco”: mais perto do motor e sem encosto (os galões azuis estão cheios de gasolina de R$ 2,20 o litro).

Na frente estavam Michel e Roni, na classe executiva, que dava direito a encosto de mochilas. Depois revezamos.


39) Visão da linha tênue entre a tarde e a noite in the jungle. É a hora dos sapos, aves, insetos e outros cantarem, perfazendo uma teknêra braba.


40) Bom, corta para a aldeia ianomami de Maturacá, onde paramos por um dia e meio. O guia ficou doente, não conseguiu seguir e tivemos que parar. Armamos nossas redes aí, o lugar de processamento da mandioca, a moenda da aldeia. Vimos alguns índios e conhecemos Orlando, nosso guia a partir daí, porque o Deco estava derretendo.


41) Material usado no processamento da mandioca (eles fazem farinha)


42) Casa do coordenador da aldeia, escolhido pela Funai. O restante da aldeia era de casas de pau a pique, com índios de calção Pênalti e sandálias havainas com tiras de cores diferentes.


43 e 44) Olha mais material dos índios. Usam havaianas, têm lanternas, shorts e tudo, mas são indíos. Comem arroz-feijão, mas ainda caçam.

Ah, a estada na aldeia foi um marco.

A viagem de voadeira levaria dois ou três dias até o começo da trilha. Paramos na aldeia e perdemos um dia e meio. Depois mais dois, porque pegamos uma trilha exclusiva dos ianomamis até o começo da trilha original.


45) Detalhe do caminho


46)Tá um pouco escura, mas a foto é do sapato do Marcelo depois do primeiro dia de trilha ianomâmi. Abriu a boca. O Roni deu um jeito amarrando e colocando uma sola da havaina dentro. Mas isso era só o começo…


47) Olha eu aí, o caubói ianomâmi.


48) Olha o Marcelo, na primeira noite no meio do mato fechado. Pulso aberto, sapato…er…..arregaçado. Já tinha caído da ponte também. Mas isso ainda era só o começo…


49) O chef Oscar prova das maravilhas culinárias. É verdade que qualquer comida seria um manjar depois de caminhar 7 ou 8 horas e suar pra caramba etc. Mas o Casinho é unanimidade na cozinha campestre. Mandou muito bem. O cardápio balanceado feito pela Simone, a nutricionista da expedição, ajudou (se bem que o papel do cardápio foi esquecido).

“Mas o que vocês comiam na selva?” é uma pergunta frequente. Aí vai:

Café da manhã: leite, café, granola, queijo, polenguinho, bolachas, salame, manteiga

Almoço: arroz, feijão, macarrão, proteína de soja, molhos , sopa, Tang e Clight

Jantar: não tem mané, são duas refeições por dia. O almoço já era ao entardecer

Durante a caminhada comíamos frutas secas, amêndoas, nozes, essas coisas energéticas.

Tinha sobremesas também: bolachas, goiabada etc.


50) Arroz, proteína de soja com molho madeira e cenouras


51 e 52) Michel. Bom, a máquina é minha, então tem algumas fotos minhas. Mas dá para ver o conforto da selva. Na real é bom acordar de madrugada, ao som da selva, olhar o céu e voltar a dormir. Bem ou mal, estávamos respirando quiçá o ar mais puro do planeta. E as árvores muito loucas? As plantas? Os bichos?


53) Estamos quase lá, é bom não esquecer que queremos chegar no topo do país! Esse é o barracão dos turistas na base do Pico da Neblina. Daí parte-se para o ataque ao cume. Isso já é mais ou menos no oitavo dia de caminhada, tomando banho de rio (delícia!!!) , dormindo na rede, andando muito, muito mesmo.


54) O estrago que o garimpo faz no Parque Nacional do Pico da Neblina. Alguns garimpeiros ainda estão lá.


55) E olha quem aparece aí. The Dan Top Hill. Chegamos à base e o Pico da Neblina apareceu!!


56) Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil, com 3.014 metros de altura.


57) Orlando, nosso guia ianomâmi que não sabia o caminho da base para o cume do Pico. Nunca tinha ido e ficou com vergonha ou sabe-se lá o que de dizer. Perdemos mais um dia, e olha que na base já fazia frio. Só conseguimos subir mesmo no terceiro dia. Um garimpeiro nos ajudou, abriu uma picada até a trilha que leva ao Pico.


58) O café da manhã no dia do ataque ao cume.


59 e 60) A família Hirsch quer evitar lesões. Nesse dia já dói aqui e ali, mas quem quer desistir de subir o Pico da Neblina?! Hein?!


61 a 66) Já subimos e descemos do Pico. Essa é a vista de um ponto na trilha. Acima das nuvens. No céu. Sei lá, no words.


67) Os irmãos Hirsch recebem luz no caminho de volta. Descemos da base até o penúltimo acampamento em um dia. Ainda encontramos um garimpeiro no caminho, o Cobal, que ofereceu feijão com farinha e macaco, mas recusamos o macaco porque não é kosher.


68) Pico visto na volta


69) A pulsante avenida principal de São Gabriel da Cachoeira.


70) Bar do Zé Roraima, em São Gabriel da Cachoeira.