Acessibilidade na Internet

por Levi Fukumori <fukumori@linux.ime.usp.br> e Adriano Lopes Pereira <apereira@linux.ime.usp.br>

Esta página foi desenvolvida seguindo as regras e recomendações de acessibilidade.

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Índice


  1. Introdução

  2. Definição

  3. Regras de Acessibilidade

  4. Ferramentas para desenvolvimento de acessibilidade

  5. Governo, Organizações e projetos sobre acessibilidade na Internet

  6. Conclusão

  7. Referências


  1. Introdução


Entre os fenómenos que têm maior impacto na sociedade da informação encontramos a Internet e os diversos serviços que lhe estão associados (WWW, E-mail, FTP, Gopher, etc.). Este meio de comunicação veio criar oportunidades e desafios em permanente mutação, sendo, do nosso ponto de vista, o acesso a informação em qualquer ponto do globo em tempo real a um custo muito reduzido, quer do produtor da informação quer do utilizador, um dos seus maiores trunfos. Com isso, a Internet contribui para melhorar a qualidade de vida e bem estar de todos os cidadãos. Isso quer dizer que todos devem ter, não só acesso às novas tecnologias de informação, mas, sobretudo, que todos devem ter a efetiva possibilidade de utilizá-las.

O acesso aos benefícios da Internet deve, portanto, ser assegurado, tanto quanto possível, sem discriminações ou exclusões, sendo necessário considerar as características e exigências próprias dos cidadãos com necessidades especiais.

A consideração destas características não pode ser ditada por meras razões de solidariedade, mas sobretudo por uma concepção de sociedade, na qual se entende que todos devem participar com direito de igualdade e de acordo com as suas características próprias.

Neste contexto, cabe a todos assegurar que a informação disponibilizada na Internet seja suscetível de ser compreendida e pesquisável pelos cidadãos com necessidades especiais, determinando-se que sejam adotadas as soluções técnicas adequadas a que este objetivo seja alcançado. Isso é a acessibilidade.


  1. Definição


Acessibilidade, do latim, accessibilitate, qualidade de ser acessível; facilidade na aproximação, no trato ou na obtenção. (Dicionário Universal da Lingua Portuguesa

A Acessibilidade que defendemos envolve três noções: "Utilizadores", " Situação" e "Ambiente":

  • O termo "Utilizadores" diz que nenhum obstáculo é imposto ao indivíduo face às suas capacidades sensoriais e funcionais.

  • O termo "Situação" diz que o sistema é acessível e utilizável em diversas situações, independentemente do software, comunicações ou equipamentos;

  • O termo "Ambiente" diz que o acesso não é condicionado pelo ambiente físico envolvente, exterior ou interior.

A acessibilidade da Internet caracteriza-se pela flexibilidade e quantidade da informação, mas nem sempre com qualidade suficiente. Esta flexibilidade permite a sua utilização por pessoas com necessidades especiais, bem como a utilização em diferentes ambientes e situações, e através de vários equipamentos ou navegadores.

A acessibilidade é definida, por Moore (1996), como o "acesso físico e cognitivo a produtos standard de consumo, edifícios públicos, transportes e serviços de comunicação. A elaboração de linhas de orientação nestes âmbitos deve ter em consideração os requisitos (necessidades) das pessoas com deficiência ou idosas, garantindo a acessibilidade e standards apropriados. Ela envolve um grande número de setores e profissionais" (Pereira, 2000). A acessibilidade às tecnologias de informação e comunicação (nomeadamente a Internet) pode e deve ser considerada como um fator de promoção de qualidade de vida a que todos tem direito (UTAD/GUIA, 1999).

A acessibilidade encontra-se associada a todas as ações que tem por objetivo tornar a Word Wide Web (Internet) acessível a todas as pessoas que a consultam, satisfazendo suas motivações, necessidades e preferências (Neto, 1998). Assim, a acessibilidade na Internet, caracteriza-se pela flexibilidade da informação e interação relativamente ao respectivo suporte de apresentação, permitindo a sua utilização por indivíduos com necessidades especiais, em diferentes ambientes e situações, através de diferentes equipamentos ou navegadores (GUIA, 1999).

Se para a maioria das pessoas a tecnologia, torna a sua vida mais fácil, para uma pessoa com necessidades especiais a tecnologia pode abrir um leque de novas oportunidades e possibilidades situadas para além de qualquer obstáculo físico ou social. Em muitos casos a Internet traduz-se no único meio disponível para se aceder a todo um conjunto de fontes de (in)formação, de se exercer uma atividade, de se estabelecer contatos e trocas de informação, de aumentar as possibilidades de lazer e divertimento, etc... de construir uma vida repleta de significado.

Partindo da filosofia de que a acessibilidade às novas tecnologias constitui um fator de qualidade de vida a que todos os cidadãos devem ter direito, surge o conceito "Internet para necessidades especiais" baseada na concepção de equipamentos, software e conteúdos (por exemplo a Web e o correio eletrônico) com características de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais (que beneficiam todos os utilizadores em geral não devendo constituir por isso um fator de discriminação entre utilizadores com e sem necessidades especiais) (UTAD/GUIA, 1999).

Segundo a Microsoft (1998), a acessibilidade pode ser abordada tendo em conta (Neto, 1998):

  • As características de acesso que podem ser incorporadas no hardware ou no sistema operacional.

  • Os utilitários, que modificam o sistema para o tornar mais utilizável por um maior número de pessoas (apesar de por vezes não serem práticos para instalar em todas as plataformas) e incluem por exemplo, os sistemas de saída em Braille, modificações no teclado e mouse.

  • Os aplicativos especiais, com o objetivo de auxiliar indivíduos com aptidões de escrita e leitura limitadas, podem ser previstos processadores de texto desenhados para integrar voz e texto.

  • As características de usabilidade, incorporados ou não, nos principais aplicativos como por exemplo a parametrização de cores ou aceleradores de teclado.


  1. Regras de Acessibilidade


Apesar de não ser nossa intenção homogeneizar, separar ou agrupar as pessoas pelas suas deficiências (sensoriais, intelectuais ou motoras) faremos uma abordagem das dificuldades e de possíveis soluções no uso da Internet de forma a facilitar a sua utilização pelas pessoas em relação à sua deficiência principal. Pois o indivíduo deve ser visto como um todo harmonioso, salientando o conjunto de interações que o utilizador é capaz de realizar consigo próprio e com os outros, e não as tarefas que este não pode realizar por impedimento da sua deficiência. Cada pessoa com deficiência procura com o computador satisfazer uma determinada necessidade. Para a tal fim deste objetivo pode ser útil seguir a seguinte recomendações:

  1. Diagnosticar e avaliar as dificuldades da pessoa que utiliza o computador;

  2. Selecionar e avaliar os dispositivos e programas que estão adequados às suas necessidades;

  3. Estabelecer uma correlação entre as necessidades do indivíduo e o funcionamento dos programas e dispositivos.

Para determinar com exatidão as dificuldades que podem ser sentidas pelas pessoas com deficiência, quando utilizam o computador é necessário analisar a anatomia deste, determinar com precisão os processos corporais necessários à sua utilização e os problemas que eles levantam, para então procurar formas de solucionar os problemas.

Relembrando as três noções de utilizador, situação e ambiente vamos especificar para cada tipo de deficiência:

Quanto aos utilizadores, às dificuldades que estes sentem para acessar uma informação devido à sua deficiência ou dificuldade, nomeadamente (GUIA, 1999):

  • Utilizadores cegos ou amblÍopes

  • Utilizadores surdos ou com dificuldades de audição

  • Utilizadores com limitações motoras

  • Utilizadores com problemas a nível cognitivo.

Em relação às situações existem os problemas relacionados com o software, com as comunicações ou equipamentos e com a compatibilidade dos navegadores (GUIA, 1999):

  • Utilização de comunicações lentas;

  • Utilização de equipamento sem saída de áudio;

  • Compatibilidade com monitores e resolução de tela;

  • Utilização de vários equipamentos (sem monitor e/ou sem mouse, por exemplo);

  • Utilização de impressoras monocromáticas.

No que refere aos ambientes são os problemas relacionados com o ambiente físico envolvente, exterior ou interior (GUIA, 1999):

  • Utilização em ambientes barulhentos;

  • Utilização em ambientes interior/exterior com muita luminosidade.

A seguir passaremos a abordar as vantagens e as desvantagens sentidas pelas pessoas com deficiência visual, auditiva, motora e cognitiva quando utilizam a Internet. Só após esta abordagem serão referenciadas as Regras de Acessibilidade, e a respectiva justificação relativamente às situações, uma vez que estas podem beneficiar não só cada uma das populações abordadas e sim a todos em geral, tendo ou não deficiência.

Vantagens e Desvantagens

Deficiência Visual

Com o desenvolvimento das telecomunicações abrem-se novas possibilidades a todas as pessoas e com como não poderia deixar de ser também às pessoas com deficiência visual. Com a ajuda dos navegadores e dos dispositivos tecnológicos, como o sintetizador de voz, a linha braille ou os amplificadores de imagem (que podem ler a informação que se encontra na tela do computador), torna-se possível acessar a informação vinda de qualquer parte do planeta. A popularidade da rede favorece esta situação com as consultas à Web e com as possibilidades de comunicação oferecidas pelo correio eletrónico (e-mail).

Contudo, como não podia deixar de ser, nem tudo são vantagens. E a grande dificuldade sentida pelas pessoas cegas é que com o desenvolvimento das tecnologias deu-se um aumento da utilização de interfaces gráficos (GUI - Grafical User Interface) (National Council on Disability, 1998), que muitas vezes não são compatíveis com os navegadores de texto ou com os dispositivos de leitura de tela. Apesar de persistir a ideia de que "uma imagem vale mais do que mil palavras" (Richards & Shumila) as pessoas com deficiência visual sabem melhor do que ninguém que isso nem sempre é assim, quando se preparam para pesquisar informação na Internet e se deparam com as seguintes dificuldades:

  • Obter informações apresentadas visualmente;

  • Interagir usando um dispositivo diferente do teclado (ex. mouse);

  • Distinguir rapidamente os links em uma página web;

  • Navegar através de conceitos espaciais;

  • Distinguir entre outros sons uma voz produzida pelo sintetizador.

  • Distinguir diferenças cromáticas, de contraste ou de profundidade;

  • Utilizar informação dependente das dimensões;

  • Distinguir diferentes tipos de letra;

  • Localizar e/ou seguir ponteiros, cursores, pontos ativos e locais de recepção de objetos, bem como manipular diretamente objetos gráficos.

Deficiência Auditiva

Uma pessoa surda ou com dificuldades auditivas tem, em relação à utilização do computador, as mesmas dificuldades que podem ser sentidas por qualquer pessoa, assim não necessita de nenhuma adaptação especial uma vez que a sua deficiência sensorial não afeta o seu acesso aos mesmos. A Internet, pode constituir para as pessoas surdas, uma grande vantagem pois oferece a possibilidade de comunicar à distância , de uma forma mais rápida do que por carta, e mais pessoal do que pela utilização do telefone, (sem que seja necessária a participação de terceiros elementos) . A Internet oferece também os "Chats" que possibilitam manter agradáveis conversas entre grupos de pessoas que se encontram ligadas, sem que se sintam as limitações provenientes da deficiência.

Estas vantagens são postas em causa, quando a informação é apresentada verbalmente.

Assim utilizadores com dificuldades de audição têm dificuldade em:

  • Distinguir alterações de frequência;

  • Ouvir certas gamas de frequências;

  • Localizar sons;

  • Identificar sons específicos de entre o ruído de fundo.

  • Perceber-se de informações auditivas;

  • Produzir fala reconhecível como sendo um sinal vocal;

  • Utilizar o inglês como segunda ou terceira língua (visto a linguagem gestual ser a primeira língua das pessoas que tenham nascido surdas). ]

Deficiência Motora

Em relação à população que apresenta dificuldades ou deficiências a nível motor a Internet abre oportunidades que até agora se pensavam ser impossíveis. As pessoas com pouco controle motor podem comunicar com os outros, ocupar o seu tempo de lazer de forma gratificante, realizar cursos de formação e integrar-se a nível profissional. O computador, em geral, e a Internet, em particular, vieram acabar com a ideia de que as pessoas com problemas físicos graves deveriam estar excluídas e aceitar, como algo definitivo, a sua impossibilidade de participar na sociedade.

Mais uma vez, as vantagens referidas para esta população encontram barreiras no uso da Internet, como por exemplo:

  • Carregar simultaneamente em várias teclas;

  • Carregar em teclas quando movem o mouse;

  • Deslocar os membros ou tentar alcançar objetos;

  • Executar ações que impliquem precisão ou rapidez.

Deficiência Cognitiva

Relativamente à deficiência cognitiva a Internet apresenta-se como um meio de estimulo e desenvolvimento dos processos cognitivos, possibilitando um meio de formação e de aprendizagem, uma oportunidade profissional, uma forma de lazer e de contato com grupos de interesses comuns.

Contudo, associadas a estas vantagens encontram-se algumas dificuldades.

Utilizadores com problemas de concentração, memorização, leitura ou percepção:

  • Ler sem ouvir o texto lido em voz alta (dislexia);

  • Executar algumas tarefas no espaço de tempo requerido;

  • Ler e compreender as informações existentes;

  • Perceber qual a função de um objeto gráfico sem legenda.

Regras de Acessibilidade

As regras têm como principal objetivo melhorar a acessibilidade da informação disponível na Internet, sem no entanto prejudicar o seu aspecto gráfico ou funcionalidade. Nem todas as regras são obrigatórias, alguma constituem recomendações pelo que iniciam-se por "se possível,...".

Apresentação da informação

Imagens (qualquer representação gráfica):

  • Devem fornecer uma descrição textual

  • A informação contida nos gráficos deve ter um equivalente textual

Pois pode ser necessário desativar as imagens devido a comunicações lentas, para além de a informação visual poder não ser compatível com os navegadores de texto e a utilização de equipamentos sem monitor.

Áudio:

  • Devem fornecer uma descrição textual;

  • Deve fornecer, se possível, uma transcrição textual e/ou legendas;

  • Deve facilitar a interrupção da legenda e de sons automáticos/ repetitivos.

O que permite pesquisar documentos de áudio usando as respectivas transcrições e a utilização de equipamentos sem saída de áudio.

Animações ou vídeos:

  • Devem fornecer legendas, descrições e/ou transcrições;

  • As legendas devem aparecer na mesma página da animação ou vídeo;

  • Deve, se possível, fornecer também uma descrição áudio.

Porque as animações podem não ser compatíveis com os navegadores de texto, permite a utilização de equipamentos sem monitor ou sem áudio, permite pesquisar documentos de vídeo usando as respectivas descrições/ transcrições.

Objetos executáveis (referem-se a objetos que podem ser manipulados para dar acesso à informação ou produzir resultados):

  • Devem fornecer descrição sobre o seu objetivo ou o seu modo de funcionamento;

  • Deve fornecer alternativas se o seu objetivo não for acessível.

Informação Dinâmica (informação que é atualizada após uma interação ou período de tempo):

  • Deve oferecer uma alternativa estática;

  • Deve haver a possibilidade de interromper ou parar os objetos e páginas de atualização automática, movimentos ou efeitos de piscar.

Pois os objetos executáveis ou a informação dinâmica podem ser incompatíveis com os navegadores de texto e a utilização das normas para ambos os casos permite a utilização de equipamentos sem monitor.

Cores:

  • Devem ser escolhidas de modo a garantir um bom contraste entre a cor do texto e o fundo;

  • Deve haver a possibilidade de alterar a cor do texto, dos links e do fundo;

  • Deve estar garantido que os textos e os gráficos mantém a sua legibilidade e significado quando observados sem cores.

Uma vez que torna a informação acessível quando visualizada num monitor monocromático ou com reduzida resolução cromática e a utilização de impressoras monocromáticas.

Disposição da Informação:

  • Deve permitir, se possível, que a disposição da informação possa ser estruturada;

  • Devem ser atribuídos nomes descritivos e consistentes à estrutura e elementos da página.

Pelo que assim se elimina o problema da incompatibilidade com navegadores, com a resolução de tela e permite a utilização de equipamentos sem monitor.

Contatos:

  • Deve fornecer uma forma simples e óbvia para contactar a pessoa da organização responsável pela informação e o(s) administradores do site;

  • Deve fornecer também o endereço, telefone e fax da organização.

  • Pois os utilizadores poderão ter necessidade de contactar com a organização.

    além das regras acima à apresentação da informação deveria ter um modelo com as características do texto (tamanho, tipo e cor da letra) e da cor de fundo.

    Navegação

    Ligações:

  • É necessário garantir que os links textuais sejam palavras ou expressões compreensíveis fora do contexto;

  • Deve ser fornecido um equivalente textual dos links embutidos em objetos.

  • Pois permite a utilização de equipamentos sem monitor.

    Orientação:

  • A localização atual do utilizador deve estar claramente identificada na estrutura de informação;

  • Os objetos interativos e os links devem ser colocados numa forma lógica que permita uma navegação clara e compreensível através do teclado;

  • Deve fornecer um link para a página de entrada do site, em todas as páginas;

  • Os sites complexos devem fornecer um índice de conteúdos.

  • Uma vez que permite uma melhor indexação da informação nos motores/ índices de pesquisa e a utilização de equipamentos sem monitor.

    Interação:

  • Deve permitir a ativação dos elementos da página através do teclado.

  • Pois assim é possível utilizar vários equipamentos (sem monitor e/ou sem mouse, por exemplo).

    As regas apresentadas têm por objetivo tornar a Internet um meio cada vez mais acessível a todos sem ser necessário a utilização de dispositivos auxiliares para aceder à informação. Pois uma Internet acessível é aquela em que todos têm acesso à mesma informação independentemente dos meios que utilizem ou que disponham.

    Para uma referência completa e detalhada sobre as regras de acessibilidade a seguinte página deverá ser consultada tendo como base principal. http://www.w3.org/WAI/. O WAI (Web Accessibility Initiative) coordena com outras organizações no mundo, propõe a acessibilidade na Web com as cinco áreas principais de trabalho: tecnologia, guidelines, ferramentas, instrução e exceção, pesquisa e desenvolvimento.


    1. Ferramentas para desenvolvimento de acessibilidade


    A seguir seguem alguns dos programas que promovem a acessibilidade na Internet.

    • Legendagem de vídeos:
      SAMI: Synchronized Accessible Media Interchange.
      Desenvolvedores, educadores, produtores de multimídea e designers acharão mais fácil trabalhar de uma forma universal e acessível.

      SMIL: Synchronized Multimedia Integration Language (pronúncia: " smáile")
      Permite integrar um conjunto de objetos multimédia independentes numa apresentação multimédia sincronizada. Utilizando SMIL, um autor pode:

      1. descrever o comportamento temporal da apresentação;

      2. descrever a disposição da apresentação num tela;

      3. associar hiperligações a objetos multimédia.

    • Sintetizadores de fala em Português/Brasil:

      • Micropower DeltaTalk;

      • Digalo;

      • Eloquence da Eloquent technology inc.

    • Leitores de tela e documentos:

      • DOSVOX:
        Sistema para microcomputadores da linha PC que se comunica com o usuário através de síntese de voz, viabilizando, deste modo, o uso de computadores por deficientes visuais, adquirindo, assim, um alto nível de independência no estudo e no trabalho. O sistema conversa com o deficiente visual em Português.

      • JAWS for Windows;

      • Dentre outros.

    • Sites de validação de paginas:


    1. Governo, Organizações e projetos sobre acessibilidade na Internet


    Os links sobre política nesta página são compiladas como um recurso por instrução da iniciativa da acessibilidade do World Wide Web Consortium (W3C) (WAI) e excedem o grupo de funcionamento (EOWG). Esta página não é um recurso detalhado ou definitive para todas as leis e políticas aplicáveis a respeito da acessibilidade do Web. A informação contida nesta página não são conselhos legais. Se você tiver perguntas sobre a aplicabilidade das leis referenciada às situações específicas, por favor consulte as autoridades legais na jurisdição apropriada.

    Há muitas razões para tornar a Web acessível. Estas incluem vantagens para negócios que poderam ter maior alcance e aumentar o mercado na Web; benefícios do carry-over do projeto acessível para outros usuários da Web; e a vantagem de cumprir com as políticas de acessibilidade onde essas existem. A informação nesta página fornece um ponto de início onde se encontram leis relevantes, os regulamentos, as políticas, e os padrões governo-relacionados ou os guidelines que se relacionam à acessibilidade do Web; assim como um esforço inicial para informar sobre as novas políticas.

    A emergencia da Web como uma tecnologia de informação de referência levanta perguntas interessantes sobre a aplicação de leis e de políticas existentes para esta nova mídia. Há um corpo crescente de leis internacionais e as políticas que se dirijam à acessibilidade de tecnologias de informação.

    Quando existe um número de meios potenciais para regulamentar a acessibilidade de tecnologias de informação, estes caem geralmente em três categorias. Os governos podem estabelecer que os indivíduos com falta de acessibilidade têm direito a determinados tipos da informação; os governos podem requerer que os produtos ou os serviços vendidos dentro de um país devem se encontrar com determinados critérios para a acessibilidade; ou os governos podem requerer que as tecnologias de informação e os serviços de informação obtidos por entidades tais como agências de governo devem ser acessíveis.

    "Alcançar determinados tipos de informações em países como Austrália, Canadá e Estados Unidos é mais fácil para quem tem necessidades especiais. Em países como Portugal, existem legislações específicas que focalizam a acessibilidade na Web. Vários governos exigem detalhes para promover a acessibilidade; alguns fazem suas próprias versões de guias, especificando números e versões (???). Os originais de W3C podem se referenciar por originais de outras organizações sob as circunstâncias descritas na política do

    A primeira aproximação -- alcance a determinados tipos da informação por indivíduos com inabilidades porque é um direito civil, como na Austrália, Canadá, e os Estados Unidos -- é mais comum. Entretanto, às vezes nós vemos combinações destas aproximações, ou, como nos Estados Unidos, todas as três aproximações de fato. Recentemente, como em Portugal, tem estado uma legislação que focaliza especificamente na acessibilidade do Web.

    Há também uma variedade nas aproximações de que os governos diferentes fazem exame em estabelecer as exigências detalhadas para a acessibilidade da Web. Alguns governos referenciam normalmente as regras da WAI; alguns especificaram os originais e o número de versão; outros escreveram sua própria versão de regras de acessibilidade da Web ou combinaram estes com a usabilidade geral ou as melhores regras na prática. Os originais de W3C podem ser refereciados pelos originais de outras organizações sob as circunstâncias descritas na política do uso dos originais do W3C's. As vantagens de desvantagens de promover um padrão de acessibilidade são discutidas nos comentários da WAI's na observação da seção proposta na lei 508 dos EUA.

    Para maiores informações sobre legislação focada na Web visite o endereço http://www.w3.org/WAI/Policy/ que trata sobre este assunto e mostra alguma das leis específicas para a internet em alguns países como EUA, Japão, Australia.


    1. Conclusão


    A acessibilidade na Internet em sociedades com elevados padrões de responsabilidade social e tecnologicamente desenvolvidas deve-se traduzir não só num requisito social, numa mais valia tecnológica e económica mas também num fator de qualidade de vida a que todos devem ter direito.

    Neste trabalho foi analisado essencialmente o conceito de acessibilidade para utilizadores com necessidades especiais, as situações que os utilizadores enfrentam e o ambiente em que ele utiliza a internet, através da ilustração e apresentação de algumas tendências que já se fazem sentir a esse nível.

    Contudo, o conceito da acessibilidade além de não se poder restringir unicamente a este tipo de questões, está longe de ser uma realidade inquestionável para qualquer utilizador.

    Se por um lado a introdução do conceito de acessibilidade na construção de páginas e aplicações para a Internet, veio ajudar a ultrapassar alguns dos obstáculos ao nível dos interfaces utilizados pelas pessoas com deficiência (opções de acessibilidade do sistema operacional, o teclado, os links, o leitor de tela e terminal braille) permitindo a utilização de equipamentos menos convencionais para acesso à net (via TV, telefone, celular, equipamento eletrónico de bolso e até automóvel) bem como o acesso a ferramentas automáticas tais como motores de busca para indexação e outros obstáculos.

    O desafio que se coloca para o futuro, será além de tornar não só algumas mas todas as páginas mais flexíveis, rápidas e fáceis de utilizar pela generalidade dos utilizadores, como também pôr de lado alguns erros do passado e caminhar no sentido de ir ao encontro de um sistema de informação e comunicação universalmente acessível, sem a eventual necessidade de se recorrer a adaptações ou interfaces específicos, proporcionando uma interacção independente das diferentes modalidades sensoriais e de manipulação, que possa ser utilizada sem constrangimentos por todos os que o desejem. Para tal é indispensável a cooperação entre utilizadores, fabricantes e prestadores de serviços, que não só se continue a fomentar o desenvolvimento e disponibilização no mercado de sistemas com interfaces adaptados às necessidades especiais das pessoas mas como forma de a longo prazo se reduzir os custos associados ao desenvolvimento do conceito de "desenho inclusivo", que assenta na concepção e no desenvolvimento de produtos e ambientes tecnológicos capazes de serem utilizados por todos ou, pelo menos, pelo maior número possível de cidadãos, sem necessidade de adaptações a situações específicas.


    1. Referências


    Neste capítulo colocamos algumas referências para outras páginas que tratam sobre o assunto.