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Re: [ABE-L]: Uma oportunidade!



Sà completando: achar que uma pessoa com uma deficiÃncia fÃsica nÃo pode ser um professor universitÃrio Ã, alÃm de preconceito, uma brutal ignorÃncia. Serà que nunca ouviram falar emÂStephen Hawking?


Em 26 de maio de 2014 08:41, Vermelho <vermelho2@gmail.com> escreveu:
Caros,

Aqui no IBGE temos colegas com deficiÃncia em vÃrias Ãreas e no Ãltimo concurso, para colegas que estÃo sendo contratados no momento, tivemos vagas, inclusive para EstatÃstico. Infelizmente em muitas carreiras nÃo tivemos candidatos à essas vagas e , em outras, nÃo tivemos aprovados, nÃo por causa da deficiÃncia, mas porque nÃo foram aprovados nas provas teÃricas. Eu participei do Comità do Concurso e garanto que a anÃlise dos candidatos quanto Ãs deficiÃncias foi a mais isenta possÃvel, com a participaÃÃo de funcionÃrios do Instituto dos surdos e do Instituto Benjamin Constant, mÃdicos especialistas de diversas Ãreas. A Ãnica restriÃÃo devida a deficiÃncia de um candidato foi de um postulante a cargo de coletor de dados (cuja funÃÃo à exercida quase que totalmente nas ruas e caminhando), de nÃvel mÃdio, que era cadeirante.
AlÃm disso posso testemunhar que temos colegas portadores de deficiÃncia que trabalham a anos conosco e nÃo ficam a dever nada a ninguÃm dos ditos sem deficiÃncia.
AbÃ;


Em 26 de maio de 2014 08:23, <poliveir@ime.usp.br> escreveu:

Prezados colegas

Em primeiro lugar, desejo agradecer a repercussÃo que teve da minha apresentaÃÃo na 59 rbras, quanto a minha situaÃÃo, diria que acontece o seguinte.
ApÃs lutar muito, com todas as dificuldades possÃveis e inimaginÃveis para obter uma formaÃÃo melhor que constitui de graduaÃÃo, mestrado me doutorado pelo IME-USP E POS DOC no IPEN financiado pela FAPESP nÃo consigo uma colocaÃÃo que esteja de acorod com essa formaÃÃo.
Se presta concurso para docente para universidade fala que nÃo tenho condiÃÃes e chegou atà o ponto, que em certos casos, noto que as bancas ficam predispostas, Âou seja, posso estudar o que for, me preparar o que for que nÃo conseguirà e falam para ir as empresas ou tentar vaga de pesquisador.
Empresas, se tento esse caminho, pior, pois nas universidades jà cheguei a ter aprovaÃÃes, embora, nÃo obtenha a vaga. Empresas, na grande maioria delas nem se quer dÃo respostas, e, quando dÃo, à para oferecer vaga do tipo, recepcionista, balconista ou outra do tipo mais humildade e naquela forma " Que tenho para oferecer a voce à isso, pear ou largar" Âe onde respondo " infelizmente jà larguei", pois acho que nÃo à por ai, pois acho que tenho condiÃÃes de desempenhar uma funÃÃo melhor do que isso.
Outros concursos para outras Ãreas os problemas sÃo maiores e dos mais variados tipos, por exemplo, institutos completamente despreparados para recepÃÃo de pessoas com deficiÃncia, chegando ao cÃmulo de enviar para mim provas trocadas e para funÃÃes diferentes da que escolhir e nÃo enviar prova ampliada, sendo que a havia pedido, mas enfim, foi parar no MPF, que nÃo teve resoluÃÃo satisfatÃria sob a alegaÃÃo de que sà trata do coletivo e como estava sozinho sà disseram que teria que constituir meu prÃprio advogado, ou seja, esquece.
Outros concursos chegam ao cÃmulo de exigir, por exemplo, CNH em funÃÃo de EstatÃstico como na SABESP, sabendo que eles nÃo viajam com seu prÃprio carro.
Outro problema muito sÃrio à a prÃpria lei de cotas, que fez piorar drasticamente a situaÃÃo das pessoas com deficiÃncia que possui maior nÃvel de instruÃÃo, pois antigamente, mesmo sendo complicado, quem resolvia se a deficiÃncia impediria ou nÃo executar uma determinada funÃÃo era o mÃdico e pronto. Agora, as empresas e autarquias que realizam concursos possui autonomia para determinar se determinado cargo, pode ou nÃo ser preenchido por pessoa com deficiÃncia e ai acontece determinadas aberraÃÃes como na PetrobrÃs que determina que funÃÃes como EstatÃstico e Engenheiro nÃo podem ser preenchidas por pessoas com deficiÃncia, ou seja, mesmo que deseje prestar esse concurso, mesmo renunciando a lei de cotas serei desclassificado de forma automÃtica no exame mÃdico, coisa que antes nÃo aconteceis, muito embora, conforme casos era mais difÃcil recurso, por precisar de parecer de outro mÃdico.
A lei de cotas nas empresas, o que acontece à que elas necessitam uma porcentagem em torno de 2 a 5% conforme a quantidade de funcionÃrios que a empresa possua e o problema està ligada ao fato de que para feito do cumpriemnto dessa lei por parte das empresas, nÃo importa a funÃÃo que esses funcionÃrios desenvolverÃo, ou seja, para a empresa neste caso, tanto faz se o funcionÃrio vai ser um faxineiro ou um diretor e nem à preciso dizer, numa situaÃÃo como essa, qual serà a preferencia das empresas.
Entre outras mais, o que fazer? NÃo sei..., mas continuo tentando... Atà quando vou poder fazer isso? ... De qualquer maneira deixo a discussÃo em aberto...

SaudaÃÃes,

         Paulo Tadeu




Citando Adelmo Bertolde <adelmoib@gmail.com>:

Caros,

nÃo quero qq crÃdito por ter postado minha opiniÃo aqui. Muitos certamente
jà trataram do tema em conversas em outros ambientes.

NÃo custa tentar.

Obrigado.
Adelmo



Em 25 de maio de 2014 20:47, Adelmo Bertolde <adelmoib@gmail.com> escreveu:

Roseli e Luzia,

obrigado por retornar.

NÃo sou amigo do Paulo, nem mesmo sabia de sua formaÃÃo no doutorado, mas
me recordo bem que quando eu comecei a frequentar os eventos ainda como
aluno de graduaÃÃo, ele là estava em vÃrios deles.

Assistir à sua apresentaÃÃo na RBRAS foi um misto de surpresa/alegria e
decepÃÃo.

Ele certamente teria capacidade para ser muito (mais) Ãtil ao paÃs, senÃo
como professor, como pesquisador em muitos orgÃos correlatos.

Esse fato soa ainda mais estranho quando sabemos que vivemos num paÃs de
"bolsas" (nada contra elas, por favor).

à possÃvel mudar isso?

AbÃo.
Adelmo





Em 25 de maio de 2014 19:20, Roseli Aparecida Leandro <raleandr@usp.br>escreveu:

Olà Adelmo.

Como vai?

Tenho uma histÃria bastante marcante com o Paulo.

Participei de sua qualificaÃÃo, da defesa de doutorado e fui banca de
vÃrios processos seletivos nos quais ele participou. Ele era jovem e agora
jà nÃo à tanto... sinto que ele està cansado da luta e de tantos fracassos
em processos seletivos. Ele quer ser professor. Vc acredita que ele
participou de eventos internacionais? E foi sozinho!

No Ãltimo processo seletivo Âvi a apresentaÃÃo a qual vc se refere. Tb
fiquei bastante emocionada, no entanto, nÃo fiz a manifestaÃÃo que vc fez:
ParabÃns!

O que serà que nÃs poderÃamos fazer para que a luta do Paulo Âseja
reconhecida?

Coloco cÃpia para a Luzia Trinca, pq foi a Ãnica pessoa que se manifestou.

Abs, Roseli


Em 24 de maio de 2014 16:30, Adelmo Bertolde <adelmoib@gmail.com>escreveu:

Caros leitores,

venho me manifestar nessa lista em funÃÃo de uma situaÃÃo que me
comoveu, numa apresentaÃÃo ocorrida na 59RBRAS, evento que acabou de
acontecer na UFOP de Ouro Preto-MG.

Um palestrante, com formaÃÃo em doutorado no IME-USP, chegou a se
emocionar (e aos que assistiam) ao apresentar o seu trabalho relacionado
a pessoas com deficiÃncia. (
http://www.cead.ufop.br/jornal/index.php/rest/article/download/517/421)


Eu pergunto pra pessoas mais esclarecidas e que estÃo mais envolvidos
com os orgÃos de fomento: nÃo seria possÃvel a criaÃÃo de algum tipo de
bolsa para pesquisador com necessidades especiais? Isso jà existe?

Grato.


--
===================================================
*Adelmo InÃcio Bertolde*

Professor Adjunto III - Depto. de EstatÃstica/UFES - VitÃria/ES/Brasil
(27) 4009-2481
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Vermelho
F.: (21) 2501 2332 - casa
    Â 2142 0473 - IBGE



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